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Petrobras e ex-Odebrecht adiam venda bilionária de ações da Braskem por falta de demanda dos investidores

Braskem em Santo André, SP

Subiu no telhado, por ora, a oferta de ações da Braskem na qual Petrobras e Novonor (ex-Odebrecht) reduziriam sua participação na petroquímica. As duas empresas decidiram adiar a venda, na noite desta quinta-feira, porque a demanda dos investidores estava aquém de suas expectativas, segundo fontes que acompanhavam a transação. Ela havia sido estimada, inicialmente, em mais de R$ 8 bilhões.

A demanda que o negócio atraiu, segundo gestoras que foram apresentadas à oferta, obrigaria Petrobras e Novonor a venderem seus papéis por cerca de R$ 40, um desconto de 14% em relação ao fechamento desta quinta-feira. A barganha representaria quase R$ 1 bilhão a menos no caixa das duas acionistas, na comparação com a cotação do fim do último pregão.

A operação ocorreria tanto no Brasil como nos EUA, em cuja Bolsa a Braskem tem recibos de ações. Não se sabe quando a oferta será tentada novamente.

A Novonor, que está em recuperação judicial, precisa se desfazer de seus papéis para pagar credores. Para a Petrobras, o principal objetivo é avançar em seu plano de desinvestimento de ativos que não são essenciais ao seu negócio. A Petrobras tem 36,1% da Braskem, enquanto a Novonor tem fatia de 38,3%. 

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