O número de mortes diárias decorrentes da Covid19 seguem em trajetória de queda na Itália e na Espanha, indicando que as nações aos poucos deixam o pico desta primeira onda da pandemia do novo coronavírus. Mas ainda é cedo para encerrarem o isolamento.
Primeiro, não sabemos quanto tempo irá demorar para os números de óbitos nestes dois países retornar a próximo de zero. Em segundo lugar, é preciso um plano para encerrar a quarentena aos poucos para evitar que o retorno à normalidade leve a uma segunda onda de contaminações.
Para reduzir as restrições (eliminar totalmente é impossível) são necessários três fatores:
1) retorno a praticamente zero ou ao menos um valor controlável do número de novos casos, de internações e de mortes;
2) capacidade de testes em massa da população para as autoridades poderem rastrear possíveis novos surtos de infecção e agirem com rapidez para impedir uma segunda onda. Também são importantes para saber quantas pessoas já estão imunes;
3) melhora na estrutura dos hospitais para atender pacientes que venham a ser infectados.
A Itália e a Espanha ainda estão distantes destas etapas. Os EUA, mais ainda. O Brasil sequer começou a subida exponencial em direção ao pico dos casos.