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Governo

Após ignorar mortes por Covid, Bolsonaro decreta quarto luto oficial em 7 meses

Bolsonaro participa de cerimônia em Brasília

Jair Bolsonaro decretou nesta sexta-feira o quinto luto oficial durante seu governo. Desta vez, pela morte do chefe da Casa Imperial do Brasil, D. Luiz de Orleans e Bragança. Uma semana antes, a homenagem foi ao ex-primeiro ministro japonês Shinzo Abe, baleado ao discursar em seu país. Isso enquanto o Brasil ultrapassa as 675 mil mortes por Covid, que não receberam o mesmo tratamento por parte do mandatário.

Nos últimos sete meses, Bolsonaro decretou quatro lutos oficiais - coincidentemente após ganhar a pecha de presidente brasileiro que menos havia decretado luto oficial. Ao longo dos três primeiros anos de mandato, foi apenas um, pela morte do ex-vice presidente Marco Maciel.

Em 2022, também houve luto oficial pelas mortes de seu guru Olavo de Carvalho e do presidente dos Emirados Árabes, o xeque Khalifa bin Zayed. Todos compartilhavam semelhanças ideológicas.

Enquanto isso, perdas de personalidades importantes à história do país não foram contempladas pelo gesto simbólico. Nomes como João Gilberto, Marília Mendonça, Elza Soares, Paulo Gustavo, Tarcísio Meira e Bruno Covas. Até na hora do luto, o presidente faz questão de deixar claro quem são os seus.

 

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