Sérgio Camargo, presidente da Fundação Palmares, anunciou ontem que excluiria dois nomes da lista de personalidades negras brasileiras. Segundo afirmou, as homenagens estavam em desacordo com um decreto publicado há poucos dias.
Em tal decreto, há um artigo que permite que Camargo e sua equipe tomem as decisões baseados em critérios subjetivos. Exemplo: o decreto reza que os homenageados devem estar de acordo com “os princípios defendidos pelo Estado brasileiro”.
LEIA MAIS: Sérgio Camargo anuncia exclusão de mais dois nomes da lista de personalidades da Fundação Palmares
A Palmares excluiu os nomes de uma socióloga que era ligada ao PT e de uma médica que atuou no PCB. São elas:
A socióloga baiana Luiza Helena de Barros, que foi ministra-chefe da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial do Brasil entre 2011 e 2014, na gestão Dilma Rousseff. Ela morreu aos 63 anos, em 2016, vítima de um câncer no pulmão.
A outra que teve seu nome excluído foi a médica Maria José Camargo Aragão, que faleceu em 1991, no Maranhão, aos 81 anos. Negra e de origem humilde, ela iniciou a carreira como pediatra, em São Luís, mas migrou para a ginecologia. A médica foi uma das líderes do Partido Comunista Brasileiro. No Maranhão, há uma estátua feita por Oscar Niemeyer em sua homenagem.