Quando Elon Musk veio ao Brasil e foi agraciado com a medalha Ordem do Mérito da Defesa, o Ministério da Defesa justificou que a honraria foi concedida por seus "serviços prestados ao Brasil". Beleza, mas não convenceu. Dois meses depois, a pasta deu uma explicação ao menos mais detalhada.
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Diz agora que se deve aos "benefícios produzidos pelo lançamento exitoso dos satélites militares Carcará I e II pela SpaceX", empresa do bilionário sul-africano. Segundo o ministério, isso "vem dando ao Brasil uma maior capacidade de monitoramento de áreas sensíveis, como a Amazônia e a nossa vasta fronteira com dez países.
Foi baseado nesse argumento que o ministro Paulo Sérgio Nogueira observou "grandes indicativos da relevância dos serviços prestados". E acrescentou que a decisão de condecorar Musk atendeu ao interesse público.
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A justificativa consta em resposta a um requerimento de informação apresentado pelo deputado Marcelo Calero (PSD-RJ).
Se esperasse mais um mês, o ministério talvez tivesse outro argumento. É que o governo brasileiro trabalha com a informação de que em agosto a Starlink, também de Elon Musk, pode instalar dois gateways na Amazônia para ligá-los à malha de satélites da empresa.
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