O Partido dos Trabalhadores já começou a traçar planos para o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB) na campanha de Lula – e eles passam por Minas Gerais, o segundo maior colégio eleitoral do país, crucial para o resultado da eleição presidencial.
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Depois de participar de um evento público em Uberlândia com Lula e o candidato da chapa ao governo mineiro, Alexandre Kalil (PSD), no próximo dia 10, Geraldo Alckmin fará encontros com o empresariado, setores do agronegócio e lideranças democráticas do Estado.
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O coordenador da pré-campanha de Lula em Minas, deputado Reginaldo Lopes (PT), vem chamando esse tipo de roteiro de “agenda azul”, em referência à antiga legenda de Alckmin (o PSDB).
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Esses setores tradicionalmente abraçaram candidaturas do PSDB na região e aderiram à onda bolsonarista em 2018.
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Petistas apostam que Alckmin pode atrair de volta esses setores em Minas e no resto do país, defendendo uma agenda de “competitividade e desburocratização”, em aceno ao mercado financeiro.
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Roteiro semelhante também começou a ser montado nesta semana no Rio de Janeiro, pelo candidato petista ao Senado, André Ceciliano. A ideia no Rio é realizar eventos com Alckmin em associações empresariais do estado, com a mesma pauta de competitividade.
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“Alckmin vai ser um importante cabo eleitoral. Pela sua história, ele fortalece a ideia de que a campanha do Lula é um grande movimento de reconstrução do Brasil, que tem de ser amplo, acolhendo vários setores da sociedade brasileira”, disse à coluna Reginaldo Lopes.
Minas Gerais é tido como um estado-chave para a disputa presidencial, não só por reunir 15,7 milhões de eleitores, ou 10% do eleitorado brasileiro. Desde a redemocratização, todos os candidatos à Presidência da República que ganharam no Estado também saíram vitoriosos no plano nacional.
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Diferentes pesquisas mostram Lula bem à frente de Bolsonaro no estado, o que pode representar uma vantagem crucial para o petista nesta eleição.
No primeiro turno de 2018, Bolsonaro obteve 48,31% dos votos em Minas, ante 27,65% de Fernando Haddad (PT), 11,64% de Ciro Gomes (PDT) e 4,61% de Alckmin, um resultado semelhante ao registrado no plano nacional.
No segundo turno, Bolsonaro derrotou Haddad por 58% a 42% na região.
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Em 2006, quando se enfrentaram nas urnas, Lula derrotou Alckmin em Minas por 65% a 35%, uma vantagem maior do que a obtida nacionalmente (61% a 39%).
“Tenho conversado com Lula, com Alckmin, para otimizar a presença da nossa chapa no Estado de Minas. Minas é um pequeno Brasil”, afirmou Lopes.
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O deputado federal abriu mão da disputa por uma vaga no Senado para que o PT conseguisse fechar uma aliança com o PSD no Estado – o candidato da chapa Lula-Alckmin é o senador Alexandre Silveira (PSD-MG), em um acordo que foi selado por Lula e pelo presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab.
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