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Crise do MEC

Igreja de Milton Ribeiro silencia sobre prisão de ex-ministro

O ministro da Educação, Milton Ribeiro

A Igreja Presbiteriana Jardim de Oração silenciou nesta quarta-feira (22) sobre a prisão do pastor Milton Ribeiro, detido pela Polícia Federal por suspeitas de envolvimento em um esquema de corrupção e tráfico de influência instalado em seu gabinete no Ministério da Educação (MEC).

A equipe da coluna procurou três pastores e seis presbíteros da igreja para repercutir a prisão de Ribeiro, mas ninguém quis se pronunciar. A reportagem também enviou um e-mail à entidade, que não foi respondido.

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Um dos integrantes da igreja, que pediu para não ser identificado,  disse que Milton Ribeiro é uma pessoa de “extremas qualidades” e que a sua prisão pegou todos de surpresa. 

“Penso que neste momento a gente tem de aguardar o que vai acontecer. Vou conversar com o nosso conselho”, disse. “A Igreja comunicou aos membros o que que aconteceu, mas não conversamos entre nós (integrantes do conselho).”

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A sede da igreja fica em Santos, mesma cidade onde o pastor foi preso pela PF nesta manhã.

No último boletim da Igreja, o nome de Ribeiro aparece com destaque na lista de integrantes da instituição. “O exercício da fé é sempre uma tarefa simples quando a vida está equilibrada e mais difícil quando a vida passa por turbulência", diz o boletim, divulgado no último domingo (19).

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Em culto ocorrido no domingo, o pastor Milton Ribeiro pediu aos fiéis da igreja que orassem por ele, por conta de uma ação judicial contra ele por conta de homofobia.

“Quero pedir aos irmãos que orem por mim. Semana passada fui informado que tem uma ação contra mim por homofobia, porque eu me neguei a permitir que crianças de 6 a 10 anos fossem expostas à ideologia de gênero”, disse Milton Ribeiro.

“Então, não é nada pros irmãos se envergonharem de mim, mas gostaria muito que os irmãos orassem por mim.”

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O site da igreja traz uma imagem de destaque do ex-ministro da Educação, acompanhada da mensagem “Uma igreja reformada e atual”. “De base história e relevância contemporânea. De cultura acolhedora e ação discipuladora”, informa.

O silêncio da Igreja contrasta com a posição de lideranças evangélicas de outras denominações, que vieram a público comentar o caso.

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 “Nós queremos a investigação, a punição de tudo e de todos. Esse é o nosso desejo, porque este governo é diferente do anterior. Este governo não joga nenhum erro para debaixo do tapete. Se alguém errou será punido. Que sirva de exemplo esse triste episódio para os demais”, disse o presidente da Frente Parlamentar Evangélica, deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ).

 “Mas queremos deixar uma pergunta: se houve corrupção passiva por parte do Ministro, onde está a corrupção ativa? Por que não houve prisões dos Prefeitos que supostamente foram os corruptores? Nós queremos a investigação, a punição de tudo e de todos”, questionou Sóstenes.

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Já o pastor Silas Malafaia afirmou que Ribeiro não representa os evangélicos e negou que o caso possa respingar no presidente. “Nós teremos investigação séria, doa a quem doer.”

 


 

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