![O ministro da Economia, Paulo Guedes, ao lado do ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, em evento no Palácio do Planalto em janeiro](https://s2.glbimg.com/ybP9fVtuoPsGJ0kRGNYxO-tVMfQ=/645x388/i.glbimg.com/og/ig/infoglobo1/f/original/2022/06/02/97169790_mariz_-_pa_brasilia_25-01-2-22_ocde-paulo_guedes-ciro_nogueira_brasil_e_convidado_a_partic.jpg)
Já não é segredo que o ministro da Economia e o Centrão já não se entendem sobre como mitigar os efeitos da alta dos combustíveis sobre a inflação.
Nos últimos dias, aliados de Arthur Lira (PP-AL) e Ciro Nogueira (PP-PI) passaram a dizer no governo que a resistência de Paulo Guedes em aceitar subsidiar o combustível vai acabar elegendo Luiz Inácio Lula da Silva no primeiro turno da eleição presidencial de outubro.
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Guedes se recusa a liberar os subsídios e prefere apostar numa troca da diretoria da Petrobras e no corte de arrecadação de impostos dos estados.
A última questão que opõe as duas alas é a ideia de aprovar um decreto de calamidade para permitir ao governo gastar mais.
Como Bolsonaro não desempata a disputa, aliados dos chefes do Centrão inventaram um apelido para se referir ao movimento em curso governo: Operação Hiroshima.
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"O objetivo deles é destruir tudo o que foi feito nos últimos anos", explica um desses líderes, oscilando entre a indignação e a ironia. " Uma ala (Guedes) quer eleger o Lula destruindo a economia. Outra quer destruir a economia não fazendo nada", explica esse membro do Centrão.
Como o impasse vai se resolver, não se sabe. Mas pelo jeito nem no governo há quem acredite em uma solução que não deixe mortos e feridos pelo caminho.