É verdade que a crise da Petrobras mostrou que Paulo Guedes não tem mais nenhuma influência na escolha dos novos dirigentes da petroleira.
Não foi consultado pelo presidente Jair Bolsonaro a respeito das indicações de Rodolfo Landim e Adriano Pires, que desistiram dos cargos, e seu secretário Caio Paes de Andrade também não emplacou.
Eleições 2022: Petistas pressionam por mudanças na campanha de Lula
Mas, finda a crise dos últimos dias, o ministro da Economia tem motivos para comemorar.
Primeiro porque Guedes considera que a iniciativa de fazer um fundo de estabilização para os preços dos combustíveis, contra a qual ele trabalhou dia e noite, perdeu força.
Centrão: Arthur Lira, a Petrobras e a ética do arcebispo
A aposta na área econômica do governo é que nem mesmo o subsídio por tempo limitado deve ser de fato implantado.
Contribuem para essa avaliação o fato de que, entre as primeiras indicações e o fim da crise, caíram a cotação do dólar e nos preços do barril do petróleo, que têm impacto direto no preço dos combustíveis.
Estatal à deriva: Secretário de Paulo Guedes não preenche critérios legais para ser presidente da Petrobras
Mas Guedes também pode celebrar o fato de que o Centrão não conseguiu substituir Landim e Pires por nomes de sua confiança. Seus líderes deram aval às indicações de José Mauro Ferreira Coelho e de Marcio Weber.
Mas o bloco não é o dono das indicações – o que, na visão da Economia, também ajuda a diminuir a pressão por uma alteração na política de preços da Petrobras.
E mais: Depois de desistir de Petrobras, presidente do Flamengo foi para a Espanha com Carlos Suarez