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Recuo do presidente veio após forte reação do Congresso e da Justiça

O recuo do governo foi em tempo recorde. De manhã, a equipe econômica estava confiante na Medida Provisória que suspendia o contrato de trabalho por quatro meses, mas aí começaram as reações. Do Congresso, as principais lideranças mandaram um recado seco: “do jeito que a MP está não vai ficar”.

Havia até a possibilidade de devolução do texto para o Planalto. A associação de juízes do trabalho e o Ministério Público também se posicionaram contra. O presidente acabou revogando o artigo 18 da Medida Provisória.

Quem conversou com o governo no fim de semana não reconheceu o texto final da MP. A convicção dos políticos que estiveram em contato com a equipe econômica é que houve uma confusão na hora de fazer a Medida Provisória.

Os representantes de empresários pediram a redução da jornada e dos salários, o que será regulamentado em uma nova Medida Provisória. Mas o Planalto deu muito mais, ao propor que o contrato de trabalho fosse suspenso por quatro meses, sem obrigação de se negociar com sindicatos nem de manter o empregado após o período da suspensão. Era uma situação de muita insegurança para o trabalhador.

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