Após o caos no desembarque do aeroporto de Lisboa, registrado há cerca de dez dias, os passageiros voltaram a sofrer na fila da imigração. Na véspera do feriado de Corpus Christi, a espera chegou a três horas. Foi o tempo que o programador brasileiro Glauco Custódio diz ter permanecido em pé até ser atendido.
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Residente em Portugal há três anos e meio, Custódio disse ao Portugal Giro que foi a primeira vez que esperou tanto tempo no desembarque.
— Foi na quarta-feira passada, dia 15. Levei três horas para passar na imigração do aeroporto de Lisboa. Em alguns momentos, apenas duas cabines com funcionários atendiam — garantiu Custódio.
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O profissional de tecnologia da informação desembarcou de um voo com origem em Viracopos (SP). E lamentou a falta de organização na volta a Lisboa, onde, segundo ele, mais de mil pessoas aguardavam na fila da imigração, sendo a maioria brasileira:
— É cansativo chegar de um voo de nove horas e ficar mais três horas de pé na fila, mas tinha água e o calor estava suportável. Poderia ter coordenação. Um guichê ficava vazio e demorava até perceberem e chamarem o próximo da fila. Em alguns momentos, havia três policiais na mesma cabine, mas dois atendendo. O terceiro ficava de pé, conversando.
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Por ser residente em Portugal, Custódio defende a criação de uma linha rápida para os brasileiros com documentos, a exemplo do que acontece com os britânicos, incluídos em um sistema digital de checagem de passaporte que torna o carimbo opcional.
O Ministério da Administração Interna (MAI), responsável pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), informou que o tempo de espera em Lisboa teria sido “normalizado” no fim de semana devido ao plano de contingência emergencial.
Porém, o ministro da pasta, José Luis Carneiro, ameaça demitir os responsáveis do SEF se o caos voltar a se instalar.
— Uma falha desta natureza tem de levar à substituição imediata de quem tem essa responsabilidade no aeroporto. Esta foi a orientação transmitida à direção nacional do SEF. Porque, quando se detecta que está a haver concentração de chegadas, há uma equipe de contingência que é mobilizada por parte do diretor nacional do SEF — disse Carneiro ao “Público”.
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