Publicidade

Combate à pandemia

Empresários brasileiros entram otimistas e cautelosos em nova fase restritiva em Portugal

Cliente na mesa instalada na calçada de um bar em Alfama, Lisboa

Hoje é o primeiro dia da volta de Portugal às medidas para conter a nova onda da pandemia de Covid-19. 

Até janeiro: Portugal estende viagens de turismo do Brasil, mas regras são mais rígidas

Calejados após 20 meses de pandemia e regras que limitaram o funcionamento dos seus empreendimentos no período, os empresários brasileiros em Portugal estão divididos entre o otimismo e a cautela neste primeiro dia, feriado da Restauração da Independência.

O certificado digital de vacinação ou recuperação da doença, emitido pela União Europeia (UE), voltará a ser obrigatório para o acesso ao interior dos restaurantes, por exemplo. Além da máscara, obrigatória em espaços fechados.

Em Portugal: Falar ʽbrasileiroʼ na escola é preocupação para os pais e problema para alunos

Diante da retomada da exigência e do aumento dos números da Covid-19 em Portugal, dizem que as reservas para jantares e almoços de fim de ano, a salvação do período, têm sido canceladas.

É  o que conta Vinícius Gregório, dono do Salve Simpatia, no Porto,

— Já sentimos os reflexos. Poucos dias após o anúncio das novas restrições, tivemos os cancelamentos de quatro mesas, no total de 25 pessoas. Para esta semana, também tivemos algumas mesas canceladas ou uma redução do número de pessoas nas reservas de grupo. Eu diria que o movimento, nesse primeiro momento, caiu cerca de 20% — contou Gregório.

Produtores culturais que organizam festas e shows têm adiado datas. Além do certificado, é obrigatório apresentar teste negativo para entrar em discotecas.

Retomada: Falta de mão de obra chega a nível crítico e Portugal precisa de milhares de trabalhadores

Em Lisboa, Verônica Fernandes, sócia do Delirium Café com o marido Neko Pedrosa, não está tão assustada com as medidas, mas com possíveis cancelamentos das viagens, uma vez que os turistas são um público importante da cervejaria. 

Estamos tensos com a situação na Europa e esse é provavelmente o maior impacto. Provavelmente, haverá menos viagens neste final de ano do que se não houvesse a nova onda. As medidas não assustam, porque já foram piores. Estamos mais organizados na dinâmica de pedir certificados e máscaras — disse a empresária.

Com base na taxa que ronda os 90% da população vacinada, Leonardo Bevilácqua, sócio da Casa Guedes, no Porto, está certo de que tudo será passageiro. O local não faz reservas.

Vagas: Empresa quer 300 brasileiros para trabalhar e repovoar cidade de Pedro Álvares Cabral

— Apesar de nos dar um trabalho adicional na entrada dos clientes, estamos convictos que a pandemia irá abrandar e as variantes terão menos efeitos. Outra coisa importante é não termos restrições de horários. Isso dificulta muito o nível de serviço de qualidade que temos.



Leia também