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Negócios

Exportações de vinho aumentam 52% e impulsionam empresários brasileiros em Portugal

Adega da Quinta Maria Izabel

O mercado do vinho português tem rendido boas colheitas para empreendimentos brasileiros. O aumento das exportações este ano aponta para a recuperação acelerada do setor e impulsiona a compra de quintas, lançamento de primeiras safras e novos projetos de atração de negócios do Brasil para Portugal.

Informações consultadas pelo Portugal Giro mostram crescimento da exportação total para outros destinos e ainda maior para o Brasil em 2021.

Ao fim de 2020, o movimento terminou ascendente, como mostrou o blog. Uma tendência que salvou o mercado interno de maiores prejuízos no ano da explosão da pandemia de Covid-19.

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O Instituto da Vinha e do Vinho (IVV) revela, agora, que a subida da venda para o Brasil foi de 52,1%, de janeiro a maio, no comparativo entre 2020 e 2021. No geral, para outros destinos, o aumento foi de 20,3% no mesmo período.

O Brasil ganha peso como um dos maiores destinos fora da União Europeia, com um volume de € 92 milhões (R$ 560 milhões), cerca de € 32 milhões (R$ 198 mihões) a mais que em 2020. O que equivale a 13% do total de fora do bloco.

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Presidente da IVV, Bernardo Gouvea expõe os fatores do crescimento do mercado brasileiro.

- Os vinhos de Portugal são, para o consumidor final do Brasil, um porto seguro. Uma extraordinária diversidade de opções é oferecida, com uma relação qualidade-preço  excepcional. É normal o crescimento, porque à medida que os vinhos das mais variadas regiões conseguem encontrar canais de distribuição e chegar a novos consumidores brasileiros, a vontade de continuar a experimentar e degustar é reforçada - explicou Gouvea.

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Para incrementar o consumo dos brasileiros, a Menin Douro Estates acaba de lançar os seus primeiros vinhos: o Douro’s New Legacy Reserva 2018, edição limitada e simbólica, e o Menin Reserva Tinto 2019.

No mesmo dia da prova dos vinhos, na última semana, o diretor Cristiano Gomes revelou que o grupo comprou mais uma propriedade no Douro, a região vinícola demarcada mais antiga do mundo. A Quinta do Caleiro é a quarta do empreendimento e custou cerca de € 2,5 milhões (R$ 12 milhões). Há menos de um ano, o grupo adquiriu a Horta Osório Wines.

- Faz sentido explorar e investir no Douro? Sim. Concluímos que é o momento de investir em Portugal e divulgar o vinho do Douro. Que não é só da nossa empresa, mas da região - disse Gomes, sócio de Rubens Menin, dono da CNN Brasil e que diz  pretender fazer a ponte com o Brasil, motivando a viagem e hospedagem em futuras instalações nas quintas do grupo.

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Em Amarante, também no Norte, o Grupo Dão Capital anunciou a compra de um terreno. O plano, ainda em fase de implementação, propõe na próxima etapa a construção de propriedades dentro dos oito hectares, seis deles de vinhas.

Quando a ideia sair do papel, o objetivo será “dividir o espaço para que futuros investidores possam construir suas casas e terem sua própria produção de vinho”, diz a nota enviada ao Portugal Giro pela assessoria de imprensa, que afirma, ainda, que o total de investimento é de € 500 mil (cerca de R$ 3 milhões), com entrega do projeto em dois anos. O perfil do público: estrangeiros fora de Portugal e investidores brasileiros.

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