![Ponto turístico: centro histórico do Porto visto de Vila Nova de Gaia](https://s2.glbimg.com/1JFBsCT7iCcHW5ltGofLDRWUKD8=/i.glbimg.com/og/ig/infoglobo1/f/original/2022/01/26/20220122_103112.jpg)
O setor do turismo em Portugal, onde está incluída a hotelaria, terminou 2021 com 85 mil trabalhadores em falta. A escassez de mão de obra é crítica e tem criado um gargalo para a recuperação econômica.
Crise: Falta de mão de obra chega a nível crítico e Portugal precisa de milhares de trabalhadores
Para o turismo, a retomada plena após o período agudo da pandemia de Covid-19 deve levar mais um ano. Mas 2022 tem sido apontado como crucial para iniciar o impulso financeiro devido à chegada das primeiras remessas do bilionário pacote europeu de ajuda.
Diante de um problema sem solução dentro de seu território, a Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) espera que o novo governo facilite a contratação de trabalhadores estrangeiros.
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A presidente executiva da AHP, Cristina Siza Vieira, revelou à “Lusa” que discute um processo de simplificação legislativa com o atual executivo e uma possível interrupção traria mais danos ao setor.
— (Representaria) um atraso inexplicável e que prejudicaria a economia do país e das empresas — disse Vieira.
Os principais partidos de Portugal, candidatos à vitória nas Eleições Legislativas antecipadas do dia 30 de janeiro, têm propostas distintas para trabalhadores estrangeiros.
O Partido Socialista (PS), do primeiro-ministro António Costa, manteve em seu programa a ideia de um visto específico para busca de trabalho. No entanto, o projeto é antigo e nunca saiu do papel.
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O rival Partido Social Democrata (PSD) propõe um sistema de pontos e um cartão verde semelhante ao “green card” dos Estados Unidos.
— Neste momento, a lei dos estrangeiros é altamente complexa. Foram apontados alguns pontos que estariam em alteração para poder simplificar estes procedimentos — contou Vieira.
Uma das saídas para a falta de mão de obra seria o acordo de circulação de Portugal com a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), ratificado pelo presidente Marcelo Rebelo de Sousa em novembro de 2021.
No entanto, o Brasil deverá ficar de fora, ao menos no início. Rebelo fez a ratificação após o acordo ser aprovado no Parlamento e o mesmo deverá ser feito pelo Congresso brasileiro antes da entrada em vigor.
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O turismo chegou a gerar 15,4% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2019. Volume reduzido à metade durante a pandemia. Nos meses seguintes à abertura pós-confinamento em 2021, os restaurantes e hotéis não conseguiam trabalhadores. Problema que persiste.
Durante o último verão no Algarve, era possível encontrar brasileiros com até três trabalhos sazonais na área do turismo devido à falta de mão de obra.