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Imobiliário

Imóveis amplos e vista para o Tejo: novas preferências dos brasileiros ricos em Lisboa

Vista área do Parque das Nações com o Martinhal em construção abaixo à direita

Mais espaço interior, vista para o Rio Tejo e dezenas de serviços ao alcance de uma pedalada: são as novas preferências dos brasileiros ricos que compram imóveis em Lisboa. Depois de as adaptações para exigências básicas do passado, como áreas de serviço, agora virem na planta, a moda é viver sem pressa em bairros funcionais de Portugal.

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A tendência chega o mais perto possível do conceito das cidades de 15 minutos, criado na pandemia pelo urbanista colombiano Carlos Moreno. Ele estipulou este tempo máximo de deslocamento, a pé ou de bicicleta, para fazer atividades cotidianas sem estresse ou aglomerações.

Mas onde reunir trabalho, cultura, natureza, lazer, esporte, educação, gastronomia e etc. em um só lugar em Lisboa, onde parte dos moradores do centro foram expulsos pela gentrificação seguida do aumento do preço dos imóveis? A solução do Grupo Martinhal foi construir o Martinhal Residences no Parque das Nações.

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A área plana da cidade desenvolvida para a Expo 98 passou um tempo de lado até ser revitalizada. Foram erguidos na região, ao longo dos anos, escritórios de empresas multinacionais, hotéis, restaurantes e uma grande casa de shows. E ainda há o famoso Oceanário.

Agora chegou a vez do primeiro condomínio de luxo da capital, como diz o Martinhal, que integra o grupo que abriu ali perto a escola internacional de Lisboa. Com aulas em inglês e português, as mensalidades anuais podem custar até R$ 132 mil (€20,6 mil) no ensino secundário.

- As famílias podem caminhar e andar de bicicleta no calçadão ao longo do Rio Tejo, fazer programas culturais, visitar o Oceanário ou admirar a vista do rio e as inúmeras obras de arte ao ar livre. Tudo é pertinho e, para os brasileiros, é importante saber que dá para fazer quase tudo a pé ou de bicicleta e é seguro - disse Chitra Stern, fundadora e diretora de marketing do grupo.

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Um conhecido ator brasileiro comprou um apartamento em andar alto no condomínio, com vista para o Tejo. Uma família brasileira, que ganhará novo integrante, vai assinar contrato para a compra em breve. Eles vivem entre São Paulo e Londres e Lisboa entrará na rota. 

Já foram vendidas mais de 60% das unidades: 20% para brasileiros. Em média, a procura por informações é de 130 brasileiros por semana, do Rio, São Paulo e Fortaleza. A entrega está prevista para 2022.

Até o quarto andar será um hotel de luxo. Do 5º ao 14º, apartamentos residenciais. Clientes têm optado por uma vista de 180º e reformas para terem mais quartos e espaço dentro da unidade. E contam com piscina, clube para crianças, escritórios compartilhados, jardim e portaria 24h.

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Mas são poucos os que têm condições financeiras para pagar. Os preços começam em €340 mil para um estúdio e sobem até a cobertura, onde apartamentos de quatro quartos custam € 5,3 milhões. Uma parte dos proprietários compra como investimento imobiliário em troca da aquisição do Gold, o visto VIP de residência portuguesa para milionários.

Em 2019, ano da publicação do estudo mais recente da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP), os brasileiros foram os estrangeiros que mais compraram em Lisboa.

Já no Porto, os brasileiros só ficam atrás dos franceses. Na cidade do Norte, a opção brasileira também é por imóveis luxuosos à beira-mar ou com vista para o Rio Douro e ao longo das zonas costeiras de Matosinhos e Gaia, municípios da região metropolitana.

Diretor executivo da empresa imobiliária Century 21, Ricardo Souza diz que a procura em tempos de pandemia - e possíveis novas quarentenas - é por ar livre e espaço. Com tudo perto, ainda melhor:

- Percebemos que querem liberdade ao invés do condomínio fechado, além da transição rápida de 15 minutos.

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