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Tesouro Real

Portugal exibe ouro e diamantes extraídos do Brasil em exposição sobre joias da realeza

Laço de D.Mariana

O Museu do Tesouro Real será inaugurado hoje em Lisboa. Mas a abertura ao público acontecerá amanhã, quando os visitantes terão acesso ao espólio das joias da monarquia de Portugal, dividido em 11 núcleos. 

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Ouro e diamantes do Brasil estão no primeiro núcleo. São metais e gemas extraídos e transportados para Portugal durante o processo de colonização do território brasileiro pelos portugueses.

Ao explorar a abundante matéria-prima das jazidas de diamantes e ouro de Minas Gerais, a família real portuguesa viveu períodos pomposos nos séculos XVIII e XIX, representado pelas joias dos reis e rainhas.

Uma das preciosidades expostas é o famoso “diamante de Bragança”, um lingote de ouro de 34 quilates, informou a Lusa.

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Segundo o comunicado do museu, “o primeiro núcleo da exposição é denominado Ouro e diamantes do Brasil, onde é apresentada uma amostra de exemplares em bruto dos metais e das gemas que simbolizam dois importantes monopólios da Coroa: a extração de ouro e de diamantes no Brasil”.

“Os portugueses, desde a sua chegada ao Brasil, em 1500, procuraram ouro e pedras preciosas, mas só passados quase dois séculos, no final de 1600, é que descobriram as possantes jazidas de ouro na região posteriormente apelidada de Minas Gerais. A corrida ao ouro trouxe inúmeros exploradores e aventureiros à região que, olhando para o chão, não tardaram a encontrar os almejados diamantes em enorme e inédita quantidade, no primeiro quartel do século XVIII. É esta descoberta que explica a mudança de paradigma na joalharia, que passa a ser definida não pelos metais preciosos, mas sim pelas pedrarias, conferindo aos cravadores um protagonismo singular”, completou o comunicado.

Além das peças reunidas no núcleo brasileiro, o Museu do Tesouro Real apresenta mais de mil objetos que simbolizam o poder e a ostentação da monarquia. Entre eles, o laço de esmeraldas de D. Mariana, que pode conter a segunda maior pepita de ouro do mundo.

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O último núcleo, Viagens do Tesouro Real, conta as histórias das transferências do tesouro junto com a família real para o Brasil, o regresso de parte dele, em 1821, e o que aconteceu com as peças que ficaram em solo brasileiro.

É uma das maiores coleções mundiais e, por isso, o museu foi construído dentro de uma caixa-forte de 40 metros de comprimento, três andares, vidros à prova de bala, portas blindadas e outros sistemas de segurança.

O museu está inserido no Palácio Nacional da Ajuda (PNA), último endereço da monarquia, atualmente aberto ao turismo. Foi instalado na ala poente após uma obra que permaneceu inacabada durante 226 anos. O PNA Também é usado para reuniões e entrevistas coletivas do governo.

O valor total do investimento é de € 31 milhões (R$ 157 milhões), divididos entre o Fundo de Desenvolvimento Turístico de Lisboa, Ministério da Cultura e Associação de Turismo de Lisboa.

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