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Prefeito e Fecomércio apresentam em Portugal garantia para levar Web Summit ao Rio

O prefeito do Rio, Eduardo Paes, e o presidente da Fecomércio, Antônio Queiros, na Web Summit

A Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio) apresentou uma carta de garantia na qual se compromete a financiar os custos para a cidade sediar a Web Summit em 2023.

A cúpula ajudou a transformar Portugal no principal ponto de conexão do ecossistema digital e do empreendedorismo europeu. Todos os anos, Lisboa vira um imã para start-ups inovadoras em busca de financiamento. Há centenas de brasileiros credenciados e algumas das histórias serão contadas com detalhes no blog nos próximos dias. Na última terça-feira, 42 mil pessoas passaram pela Web Summit. E, pela primeira vez, as mulheres foram maioria.

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Ontem, o presidente da Fecomércio, Antônio Queiroz, disse em Lisboa ao Portugal Giro, logo após a reunião com os organizadores do maior evento tecnológico do continente europeu, que garantiu uma verba inicial de R$ 5 milhões. Ao todo, a Web Summit vai custar R$ 20 milhões por ano ao longo de três anos, a partir de maio de 2023. E, caso não haja patrocinadores, a Fecomércio assegurou ao co-fundador Paddy Cosgrave e ao gerente nacional Artur Pereira que assumiria o custo total.

— Será dinheiro dos empresários do comércio do Rio, uma garantia com aval do nosso conselho de administração. Firmamos este compromisso inicial hoje. Mas se houver necessidade, vamos completar todo o restante. É uma segurança que antes não havia — contou Queiroz.

Em contrapartida, Queiroz sugeriu que o Senac fique com o legado da Web Summit. Seriam os equipamentos para conectar o universo digital com os cariocas empreendedores que não têm condições de arcar com os custos de tirar uma empresa do chão, ainda que digitalmente.

 — A contrapartida que pedimos é social, para que toda a base tecnológica fique no Rio para capacitar a mão de obra e despertar um hub de empreendedorismo carioca — explicou Queiroz.

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O presidente da Fecomércio participou da reunião com os organizadores ao lado do prefeito Eduardo Paes e do secretário de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Simplificação, Chicão Bulhões.

Segundo o prefeito disse ao Portugal Giro, a garantia será fundamental para que o Rio não desista novamente, como teria acontecido no governo municipal anterior.

—  Foi ruim para imagem da cidade, porque os organizadores não estavam nem tendo uma resposta do Rio. Liguei para eles, disse que havia acabado de ganhar a eleição, tinha um caixa complicado e não poderia garantir nada naquele momento. O Chicão, com a InvestRio, começou a trabalhar patrocínio e, agora, o presidente da Fecomércio apresentou a garantia —  disse Paes ao blog após a reunião.

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No entanto, a decisão ainda não foi tomada. Artur Pereira explicou ao Portugal Giro que irá ao Rio na segunda quinzena deste mês. Ele já esteve na cidade, mas também irá visitar Porto Alegre e Brasília, que apresentaram candidaturas.

— A melhor recepção foi no Rio. Eu estive com o ecossistema e achei fantástico. Conheci unicórnios e há muitas coisas acontecendo no Rio. Poderia ser no parque olímpico ou no Riocentro. Em Porto Alegre há várias opções também. E em Brasília, um centro de convenções. Vamos visitar as cidades no final do mês, mas não definimos data para anúncios — declarou Pereira.

Sem especificar, Paes disse que o investimento do município seria a menor fatia do valor exigido pela Web Summit.

 — Sempre tem um custo pra cidade, mas é marginal diante do tamanho do evento e do impacto que tem. Seria em maio, período de baixa, e garantiria um evento por seis anos. Eles vão olhar as instalações e estruturas da cidade. A chance é pequena de não ganhar, porque tem esta coisa de o Rio ser sexy e tal, além da experiência de ter organizado uma  Olimpíada. Período de maio, baixa, seis anos, e garante evento. Na nossa visão, as visitas são meras formalidades — disse Paes.

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