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Reestruturação

TAP aposta no mercado brasileiro em meio à ajuda bilionária de recuperação

Avião A330 da TAP, que terá socorro do governo

A TAP não pode reclamar do Natal este ano. Na última semana, o governo recebeu sinal verde da União Europeia para o bilionário plano de reestruturação da companhia aérea portuguesa, de maioria estatal.

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O valor da injeção do governo será de € 2,5 bilhões. Além da quantia, a TAP recebeu dois apoios de socorro logo após o aval principal de Bruxelas, que aprovou mais € 71,4 milhões de auxílio estatal e mais € 107,1 milhões para cobrir danos da pandemia de Covid-19. Somente nos três últimos dias, mais de cem voos da empresa foram cancelados no país devido aos casos entre funcionários. 

Em contrapartida, terá que ceder espaço para outras companhias no aeroporto de Lisboa e vender a empresa de manutenção que detém no Brasil. Mas, principalmente, não poderá fazer mais demissões ou reduzir salários.

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Antes da aprovação do programa, a presidente da TAP, a francesa Christine Ourmières-Widener, disse numa entrevista aos correspondentes estrangeiros em Portugal qual é a importância do Brasil na recuperação. 

 — O Brasil é muito importante na recuperação da TAP. É nosso primeiro mercado internacional, absolutamente estratégico — explicou Ourmières-Widener.

Até outubro, 121 mil turistas brasileiros se hospedaram em Portugal. Mais de 100 mil chegaram nos aeroportos desde 1º de setembro. E a TAP foi responsável pelo transporte de boa parte dos passageiros.

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Em meio à abertura de uma dezena de rotas de ligação com o Brasil este ano, a presidente diz que a companhia aérea pretende decolar a partir de Porto Alegre no próximo verão europeu.

— É prova de que estamos dedicados e reforçando o serviço no Brasil, onde temos duas companhias parceiras que são forças em cidades diferentes — disse Ourmières-Widener.

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