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Crise institucional

Ação de Bolsonaro contra Alexandre de Moraes gera onda de ataques a ministro nas redes

Alexandre de Moraes e Bolsonaro

Jan Niklas

Apesar de ter sido negada pelo ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), a ação do presidente Jair Bolsonaro (PL) contra o ministro Alexandre de Moraes serviu para mobilizar sua base nas redes sociais. Segundo apontou um relatório do grupo “Observatório de Conflitos na Internet”, a repercussão do caso no Twitter gerou 216 mil tweets em dois dias, sendo que 77,7% das interações partiram do campo bolsonarista, entre eles ataques e ofensas a Moraes.

A pesquisa detectou que apoiadores do presidente compartilharam uma narrativa dizendo que o ministro do STF comete frequentemente abusos de autoridade e desrespeita a Constituição. As mensagens defendem e exaltam a ação do presidente Bolsonaro contra Moraes, que agiria de forma autoritária. 

O grafo abaixo mostra a polarização do debate na plataforma, com o campo bolsonarista em verde e o anti-bolsonarista em rosa:

Grafo do debate no Twitter

Há entre as mensagens e o material compartilhado no Twitter diversos ataques a Moraes e ao Supremo. Há internautas chamando o STF de "organização criminosa" e "vergonha nacional". Já o ministro é classificado como "corrupto", "ditador", além de ser alvo de xingamentos.

Entre os perfis bolsonaristas de maior influência que usaram as redes para apoiar Bolsonaro na ação contra Moraes estão as deputadas bolsonaristas Carla Zambelli (PL-SP) e Bia Kicis (PL-DF), além de páginas de influenciadores como "Te atualizei" e "Família Direita Brasil".

Junto à repercussão sobre a ação de Bolsonaro, os internautas também se engajaram em críticas ao ministro Edson Fachin por defender as urnas eletrônicas e o sistema eleitoral brasileiro. Segundo a pesquisa, que produz relatórios semanais sobre o debate no Twitter, Alexandre de Moraes desponta como o principal alvo do campo bolsonarista entre os ministros do STF, seguido de Fachin.

 

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