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Restrição

Instagram bloqueia temporariamente Eduardo Bolsonaro de iniciar lives em seu perfil

Deputado federal Eduardo Bolsonaro


Lucas Mathias e Luisa Marzullo

O Instagram bloqueou temporariamente as transmissões ao vivo do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). O parlamentar foi notificado quando tentou iniciar uma live, na noite desta terça-feira. Com a restrição, a plataforma informou que a ação havia sido bloqueada porque publicações de sua conta foram removidas recentemente, já que violaram as diretrizes da rede social. 

"As publicações de sua conta foram removidas recentemente por irem contra nossas Diretrizes da Comunidade, portanto, o compartilhamento de vídeos ao vivo foi temporariamente bloqueado", diz o aviso que apareceu para o parlamentar. 

Eduardo compartilhou uma captura de tela com a notificação em um de seus grupos no WhatsApp. 

Eduardo Bolsonaro foi bloqueado temporariamente de iniciar transmissões ao vivo no Instagram

Mais cedo, também nas redes sociais, o deputado havia questionado o selo exibido pela Justiça Eleitoral em publicações relacionadas às eleições. Em seu perfil no Twitter, Eduardo lembrou de outro aviso, exibido em posts relativos à pandemia, e ironizou a iniciativa. “Só Deus sabe aonde vai parar toda essa boa vontade”, escreveu.

Ao questionar o aviso, o parlamentar compartilhou a imagem de um post do comentarista Adrilles Jorge, em que a confiabilidade do sistema de votação brasileiro é colocada em dúvida. Até o momento, no entanto, não há indícios de fraude nas urnas ou no processo eleitoral brasileiro. Na publicação de Adrilles, o selo pode ser visto logo abaixo do vídeo e funciona como um atalho para que o internauta acesse o site da Justiça Eleitoral “para encontrar informações oficiais sobre as eleições de 2022”.

A iniciativa é fruto de parceria da Meta, controladora do Facebook e Instagram, com a Justiça Eleitoral e faz parte de um ​pacote de ações​ ​para ​"​garantir a integridade da eleição brasileira em 2022​"​, segundo a empresa. O selo conta com um link para uma página da Justiça Eleitoral com informações oficiais sobre o sistema de votação e artigos rebatendo desinformação sobre o processo eleitoral. O atalho é similar ao exibido em posts relativos à pandemia da Covid-19 e à vacinação contra a doença, que direciona os usuários às recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Em tom de ironia, Eduardo afirmou que as “tarjas” relacionadas à Covid-19 “eram para trazer informações supostamente verdadeiras da pandemia”, antes de sinalizar o selo da Justiça Eleitoral. O deputado também escreveu que a ferramenta não é utilizada na versão norte-americana da rede social, embora a parceria da Meta seja com a Justiça Eleitoral brasileira.

O Instagram, porém, é só uma dentre as diversas plataformas que firmaram acordos com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para combater a disseminação de desinformação durante as eleições deste ano. Nesse grupo, também estão WhatsApp, Twitter, TikTok, Facebook, Google, YouTube e o Kwai. Mais recentemente, o Telegram também abriu diálogo com a Corte e escapou de um bloqueio no país, embora não esteja cumprindo integralmente o acordo estabelecido.

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