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Resposta pública

Felipe Neto critica deputado bolsonarista que tenta enquadrá-lo na Lei de Segurança Nacional: 'Tentativa de silenciamento'

O youtuber Felipe Neto

O youtuber Felipe Neto divulgou uma nota nesta terça-feira para responder à tentativa do deputado José Medeiros (Podemos-MT) de enquadrá-lo na Lei de Segurança Nacional por meio de um pedido para que a Procuradoria-Geral da República (PGR) o investigue. O argumento do parlamentar é de que Felipe teria violado a lei, que é originária da ditadura militar, ao apoiar atos antifacistas ocorridos no país em maio deste ano. 

Para Felipe, a atitude de Medeiros representa uma "tentativa de silenciamento" que confunde essas manifestações com atos antidemocráticos. Além dele, também houve pedidos para que sejam investigados os deputados Sâmia Bonfim e Glauber Braga, do PSOL, e o candidato a prefeito de São Paulo Guilherme Boulos. O documento foi enviado à PGR em 1º de junho, mas os nomes envolvidos só foram tornados públicos nesta terça-feira. 

“Por meio de assessoria de imprensa, Felipe Neto afirma que, como já é de conhecimento de todos, a partir do momento em que assumiu postura crítica em relação ao governo vigente, vem sendo alvo de uma criminosa campanha difamatória. Por esses motivos, e por confiar nas instituições responsáveis, Felipe Neto recebe com absoluta tranquilidade a notícia de que o referido deputado, em tentativa de silenciamento e confundindo manifestações de livre pensamento e crítica com atos antidemocráticos, próprios justamente do governo que ele apoia, solicitou à Procuradoria Geral da República que o investigue por crimes que jamais praticou. Felipe Neto finaliza reiterando que sua assessoria jurídica está acompanhando o ocorrido”, diz o texto.

No ofício enviado a Augusto Aras, chefe da PGR, Medeiros argumenta que os atos antifacistas teriam sido violentos, com o objetivo de derrubar o governo de Jair Bolsonaro. Em meio à pandemia de Covid-19, opositores do presidente foram às ruas para protestar contra a maneira como ele conduziu a crise sanitária e econômica, ao mesmo tempo em que demonstraram indignação com a presença de Bolsonaro em manifestçaões de seus apoiadores que pediam o fechamento do Congresso e do Supremo Tribunal Federal (STF).

"Tais posturas não podem ser consideradas democráticas, uma vez que visam apenas o caos social para tentarem tomar um poder que foi dado ao Presidente da República pela maioria do povo brasileiro. É preciso que se estabeleça limites e que as pessoas ligadas à oposição aprendam a perder eleições e respeitar o voto da maioria do povo brasileiro. Aprender a perder também é democracia, não incitar violência e depredação de patrimônio público é civilidade", diz trecho do ofício. 

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