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Lixo toma conta do aeroporto de Barcelona

Greve dos funcionários da limpeza completa quatro dias em protesto contra cortes de benefícios

Restos de lixo no terminal 1 do Aeroporto de Barcelona.
Restos de lixo no terminal 1 do Aeroporto de Barcelona.EFE
Josep Catà

A greve dos funcionários da empresa responsável pela limpeza do aeroporto de Barcelona-El Prat completou quatro dias nesta quinta-feira e deixou imagens dos dois terminais com o chão repleto de papéis, frutas e lixo que já não cabe nos cestos. Os trabalhadores protestam contra o que consideram cortes de benefícios trabalhistas da empresa Valoriza, do grupo Sacyr, em especial com relação aos horários e dias de férias.

O operador aeroportuário Aena concedeu em dezembro de 2015 a limpeza do aeroporto à Valoriza por três anos e 34,9 milhões de euros (130 milhões de reais). Os sindicatos preveem terminar a greve nesta sexta-feira e, caso suas exigências não sejam atendidas, voltarão a convocar a paralisação para os dias 22 e 23 de dezembro, um dos períodos mais movimentados do terminal, devido às festas de fim de ano.

Lixeira transbordando lixo no terminal.
Lixeira transbordando lixo no terminal.EFE

O cumprimento dos serviços mínimos deu margem a conflitos entre os grevistas e a empresa. Os funcionários cumprem as mínimas tarefas a que estão obrigados pelo Departamento de Trabalho do Governo catalão (Generalitat) – limpeza parcial (50%) dos banheiros e coleta apenas de material orgânico nas salas e nos pisos –, mas a empresa refere-se às tarefas estipuladas pelo Governo, que, segundo fontes sindicais, são a limpeza completa dos banheiros e parcial (50%) do restante dos terminais. Esse desacordo levou a Valoriza a demitir, na quarta-feira passada, três funcionárias por não cumprirem os serviços mínimos determinados pela Generalitat.

Segundo fontes sindicais, a greve teve adesão de “praticamente toda a força de trabalho”, formada por 350 trabalhadores, que todo dia se manifestam nos terminais jogando papéis e lixo não orgânico no chão. Os funcionários percorrem as salas de espera sempre escoltados pela polícia catalã e estão obrigados a fazer silêncio nas zonas de check-in.

Os principais sindicatos com presença no comitê da Valoriza convocaram a greve depois que a empresa apresentou um documento para alterar as condições de trabalho dos funcionários. O delegado da UGT na Valoriza, Ramón Morante, explicou no início da greve que a mobilização se deve à perda de horas de trabalho e dias de férias. “Trabalhamos oito horas, recebemos por sete e a última hora é acumulada para 24 dias de férias, que agora querem tirar de nós”, disse. Outra reivindicação dos grevistas é que possam ter férias no verão e mudar os turnos de trabalho para poder estar mais com a família. Fontes da Valoriza dizem que estão dispostas a dialogar, que ainda não fecharam a negociação com os sindicatos e que só pretendem “conseguir adequar os horários dos trabalhadores às necessidades do aeroporto.”

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