• Por Marley Galvão
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Arata Isozaki (Foto: Reprodução)

Arata Isozaki (Foto: Reprodução)

Arata Isozaki, arquiteto japonês de 87 anos é o vencedor do Pritzker 2019, o prêmio mais importante da arquitetura mundial. O anúncio foi feito nesta terça-feira (5/3). Arata é o sexto arquiteto japonês a receber esta premiação, considerada a mais importante no campo da arquitetura. O vencedor leva além de uma medalha de bronze, um valor de US$ 100 mil.

+Balkrishna Doshi é vencedor do Pritzker 2018

Obra de Arata Isozaki - Moma (Foto: MOMA Gunma, photo courtesy of Yasuhiro Ishimoto)

Obra de Arata Isozaki : MOMA Gunma, photo courtesy of Yasuhiro Ishimoto)


+As mulheres que venceram o Pritzker

Arata Isozaki nasceu em Ōita, ilha de Kyushu, no Japão, em 1931, antes do início da Segunda Guerra Mundial. Ele tinha apenas 14 anos quando Hiroshima e Nagasaki foram bombardeadas. Para ele, embora os edifícios sejam transitórios, devem agradar os sentidos dos usuários que estão passando por eles.

Obra de Arata Isozaki (Foto: Domus: La Casa del Hombre, foto cortesia de Hisao Suzuki)

Obra de Arata Isozaki, Domus: La Casa del Hombre, foto cortesia de Hisao Suzuki)

“Quando eu tinha idade suficiente para começar a entender o mundo, minha cidade natal foi incendiada. Do outro lado da costa, a bomba atômica foi lançada em Hiroshima, então eu cresci perto do ponto zero. Estava em ruínas completas, e não havia arquitetura, nem edifícios e nem mesmo uma cidade. Apenas quartéis e abrigos me cercavam. Então, minha primeira experiência em arquitetura foi o vazio da arquitetura, e comecei a considerar como as pessoas poderiam reconstruir suas casas e cidades ”.

Arata Isozaki (Foto: Arata Isozaki - Nara Centennial Hall, foto cortesia de Hisao Suzuki)

Arata Isozaki: Nara Centennial Hall, foto cortesia de Hisao Suzuki

Formado na Universidade de Tóquio, Arata trabalhou quando jovem com o arquiteto Kenzo Tange, o primeiro japonês a receber o Pritzker em 1987. Considerado um sucessor de Tange, o vencedor do Pritzker 2019 é chamado de  “o imperador da arquitectura japonesa”. Arata Isozaki assina projetos bem conhecidos como o do Estádio Olímpico de Barcelona (1992), Museu de Arte Contemporânea de Los Angeles (1986), Palácio dos Desportos de Turim (Itália), a Sala de Concertos de Quioto (Japão) e o Museu de Arte Moderna Gunma de Takasaki, no Japão (1978).

Obra de Arata Isozaki (Foto: O Pritzker Architecture Prize é um prêmio internacional criado pela família Pritzker por meio de sua Fundação Hyatt em 1979,  e é considerado o “Prêmio Nobel de Arquitetura”. Seu objetivo é homenagear um arquiteto ou arquiteto vivo cujo trabalhos demonstr)

Obra de Arata Isozaki: Centro de Convenções Nacional do Catar, foto cortesia de Hisao Suzuki

O Pritzker Architecture Prize é um prêmio internacional criado pela família Pritzker por meio de sua Fundação Hyatt em 1979,  e é considerado o “Prêmio Nobel de Arquitetura”. Seu objetivo é homenagear um arquiteto ou arquiteto vivo cujo trabalhos demonstrem uma combinação de talento, visão e comprometimento, além de contribuir de forma consistente e significativa com a humanidade por meio da arte da arquitetura.

Arata Isozaki (Foto: Arata Isozaki - Art Tower MITO (1990), Yasuhiro ISHIMOTO)

Arata Isozaki (Foto: Arata Isozaki - Art Tower MITO (1990), Yasuhiro ISHIMOTO)

+Conheça o trabalho de Balkrishna Doshi, vencedor do Pritzker 2018

O júri, presidido pelo juiz Stephen Breyer, da Suprema Corte dos EUA, e tem como membros:  os arquitectos Richard Rogers (Pritzker de 2007), Kazuyo Sejima (Pritzker de 2010), Wang Shu (Pritzker de 2012) e Benedetta Tagliabue, bem como pelo diplomata brasileiro André Aranha Corrêa do Lago e pelo empresário Ratan N. Tata.

Obra de Ara Isozaki (Foto: LUCERNE FESTIVAL ARK NOVA, foto cortesia de Iwan Baan)

Em 2011, em parceria com o artista Anish Kapoor, Isozaki desenvolveu a estrutura inflável Ark Nova, para sediar o festival Lucerne


Ganhadores do Priztker nos últimos dez anos
2018  -  Balkrishna Doshi (indiano)
2017 -  Rafael Aranda, Carme Pigem e Ramon Vilalta (espanhois)
2016 -  Alejandro Aravena (chileno)
2015 – Frei Otto (alemão)
2014 – Shigeru Ban (japonês)
2013 – Toyo Ito (japonês)
2012 –  Wang Shu (chinês)
2011 – Eduardo Souto de Moura
2010 – Kazuyo Sejima e Ryue Nishizawa(português)
2009 – Peter Zumthor (suíço)

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