• 11/06/2018
  • TEXTO: DAVEY YOUNG e KEITH FLANAGAN* | Fotos Divulgação | Tradução Luciana Fatima
Atualizado em

Decidir o que ver e fazer em Tóquio depende de quanto tempo você tem – e para o seu bem, esperamos que você tenha, pelo menos, um mês. É tanta coisa! As ruas da cidade podem parecer um videogame, enquanto algumas atrações mais calmas variam entre templos, museus contemporâneos, jardins charmosos, cruzeiros fluviais e estadias boêmias. Tóquio tem excêntricos pit stops (alguém quer café com coruja?) mais do que suficientes para deixar qualquer um confuso, portanto, um conselho: chegue com tudo planejado. Nós compartilhamos a nossa lista das melhores coisas para se fazer em Tóquio para você começar.

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ATIVIDADES

Museu Yayoi Kusama

25 lugares imperdíveis para visitar em Tóquio (Foto: Getty Images)


Nos arredores de Shinjuku, um edifício branco, suave, com cinco andares – todos dedicados às obras da artista Yayoi Kusama. O prédio parece esguio, mas abriga grande parte das enormes peças avant-garde da artista, incluindo uma nova instalação da sua série “sala infinita” (sensação no Instagram que, no passado, atraiu centenas de milhares de visitantes em exposições pelos Estados Unidos), as pinturas e esculturas de bolinhas. A atenção descomunal, na verdade, levou os proprietários a reduzir o número total de visitantes (apenas 200 por dia), portanto, acredite, você não estará sozinho.

Jardim Nacional Shinjuku Gyoen

TOKYO - APRIL 10:   Visitors gather under cherry blossoms trees at Shinjuku Gyoen National Garden on April 10, 2011 in Tokyo, Japan. The 9.0 magnitude strong earthquake struck offshore on March 11 at 2:46pm local time, triggering a tsunami wave of up to t (Foto: Getty Images)


Quer dar um passeio por um jardim japonês? Tenha isso e muito mais no Shinjuku Gyoen. Além de jardins nativos e tradicionais, o parque com quase 600 mil m2 abriga os jardins French Formal e English Landscape, que valem a módica taxa de entrada. As paisagens são impressionantes e impossíveis de esquecer, como o Taiwan Pavilion, à beira de um sereno lago. Previamente um jardim imperial, o Shinjuku Gyoen tornou-se jardim nacional após a Segunda Guerra Mundial – portanto, você pode confiar que esse precioso local é sempre belamente preservado.

Senso-ji

TOKYO, JAPAN - SEPTEMBER 01:  People visit Senso-ji in Asakusa on September 1, 2013 in Tokyo, Japan. Completed in the year 645, making it the oldest and most significant temple in Tokyo, the Sensoji Temple attracts many visitors throughout the year. Along (Foto: Getty Images)


A atmosfera do Senso-ji entrará na lista dos favoritos. Senso-ji, o próprio templo, fica no final da rua comercial, enquanto um pagode de cinco andares, recentemente reformado, fica à esquerda (considerado o segundo pagode mais alto do Japão). Os visitantes japoneses passam ao redor de um grande caldeirão de incenso, em frente ao templo, no qual dizem que o incenso beneficia a saúde, e há até mesmo um santuário xintoísta do outro lado – é uma atração interessante (para dizer o mínimo).

Cruzamento de Shibuya

Qualquer um remotamente impressionado de que Tóquio é a cidade mais populosa do mundo deve visitar o Cruzamento de Shibuya. A melhor hora para ir é ao anoitecer, um dos horários de pico do passeio e em sua luz mais agradável.

Nakameguro

TOKYO, JAPAN - MARCH 26:  Visitors cross a bridge as cherry blossom hangs over the Meguro River in Nakameguro on March 26, 2018 in Tokyo, Japan. The Japanese have a long-held tradition of enjoying the blooming of cherry blossoms. The blossom is deeply sym (Foto: Getty Images)


Tudo bem visitar esse artístico bairro, Nakameguro, apenas por sua atração sazonal: um dos lugares mais perfeitos de Tóquio para se ver as flores de cerejeira. No entanto, dê uma voltinha por essas ruas encantadoras e você encontrará vários cafés e boutiques independentes que oferecem uma alternativa descontraída para os movimentados centros da cidade.

Museu Nacional de Tóquio

25 lugares imperdíveis para visitar em Tóquio (Foto: Getty Images)


A instituição é um verdadeiro tesouro nacional – é o museu mais antigo do Japão. Também está localizado em um dos parques públicos mais antigos de Tóquio, o Ueno Park, que se estende por uma área de mais de 400 mil m2, com atrações como antigos santuários, templos, lagos e mais de mil cerejeiras em flor. Compreendendo a coleção mais abrangente do mundo de arte japonesa, o museu é apenas a ponta do iceberg, exibindo regularmente seus 110 mil objetos nos cinco distintos edifícios de exposição.

Museu Nezu

Este sereno museu, no distrito de Aoyama, redesenhado pelo célebre arquiteto Kengo Kuma, é um templo contemporâneo de arte tradicional. Um longo caminho coberto, com paredes de bambu, serve de entrada minimalista; mas, uma vez dentro, os interiores de altura dupla e paredes de vidro se estendem por quase 4.000 km2, oferecendo uma experiência íntima. E enquanto o museu mistura design contemporâneo e arte tradicional, no interior – com mais de 7.400 peças –, o exterior também deve ser apreciado: a propriedade abriga um impressionante jardim privado que vale a pena visitar por conta própria.

Sumô, no Ryoguku Kokugikan

Apenas três dos seis grandes torneios oficiais acontecem em Tóquio, todos em Ryoguku Kokugikan. O estádio comporta mais de 11.000 fãs ansiosos, sob o teto verde em estilo pavilhão. Os torneios oficiais duram apenas duas semanas cada, o que significa que o Ryoguku Kokugikan, às vezes, realiza outros eventos (boxe, por exemplo). Mas o sumô é a atração principal da arena e, se você espera ver sumô em Tóquio, este é o lugar para isso.

Karaoke Kan

O Karaokê Kan é um típico bar de karaokê, instalado em um prédio esguio com uma série de andares, divididos em salas privativas. A aparência muda dependendo da sala, mas a maioria é decorada com cabines de couro, paredes pintadas em cores vivas, e luzes coloridas de discoteca. As bebidas são baratas e fortes, e as comidas, basicamente, são batatas fritas e pizzas. Se você quiser visitar um bar de karaokê que sabe como lidar com viajantes internacionais (agradeça à cena do filme Encontros e Desencontros por isso), este é barato, fácil, e em Shibuya.

Parque Yoyogi

O Yoyogi Park é um dos parques mais divertidos de Tóquio. Seus mais de 500.000 m2 se espalham em Shibuya, a um pulinho de Harajuku, e ele está sempre animado por piqueniques e artistas. O lado norte é exuberante, com calçadas limpas e extensos gramados, onde os moradores e turistas se espalham sob a sombra das Zelkovas (árvores japonesas) e se reúnem ao longo do grande lago. Observe improvisados times de badminton balançando suas raquetes, uma roda tocando bongô, ou dançarinos amadores acompanhando a batida.

Tokyo Skytree

TOKYO, JAPAN - MARCH 29:  Cherry blossom grows near the Tokyo Skytree in the distance, on March 29, 2018 in Tokyo, Japan. The tower was opened to the public in May 2012 and is the tallest tower in the world and the second tallest structure in the world af (Foto: Getty Images)

Com seus 634 metros de altura, a Tokyo Skytree é a torre mais alta do mundo. Das plataformas de observação 360º da torre de transmissão, toda a cidade – com seus impressionantes arranha-céus e interseções de néon – parece uma placa de circuito. É uma das principais atrações turísticas e o ingresso não é barato (até ¥ 4.000 para acesso total), mas, ainda que você não queira pagar, não há como negar que a Tokyo Skytree elevou o skyline a um novo patamar.

Museu Edo

O Edo-Tokyo Museum traça os 400 anos de história de Edo-Tokyo, por meio de modelos arquitetônicos, réplicas, xilogravuras e mapas originais ou recriados. A exposição permanente investiga a literatura de referência, os distritos históricos de prazer, os lares tradicionais, a evolução do estilo de vida da classe dominante e muito mais. E o restaurante do piso superior é um deleite para a vista panorâmica de Tóquio.

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Tóquio boêmia, em Shimokitazawa

Procurando pelo East Village de Tokyo? A apenas uma parada da brilhante energia de Shibuya, Shimokita (que os locais chamam de Shimokitazawa) é como baixar o volume e mudar a faixa para uma música acústica. Shimokitazawa pode abraçar seu estilo boêmio – com lojas vintage em, aparentemente, todos os quarteirões –, mas não perde o inconfundível e sofisticado estilo japonês no processo.

Origami Kaikan

O Origami Kaikan dedica cada um dos seus pisos à arte do origami. O térreo tem o formato de loja (algumas artes também estão expostas); o segundo piso, uma galeria completa; e o quarto, uma oficina ativa. Nem é tudo para exibição: os visitantes podem participar de aulas para aprender o ofício, enquanto a instituição tinge uma variedade de papéis diretamente no local. A galeria de arte muda sazonalmente, e vai desde bonecas de bolso até fabulosos buquês de flores (ou até mesmo uma única rosa). Naturalmente, pelo menos um Tsuru – ou até mesmo uma parede inteira deles – está entre os motivos familiares.

Rua Kappabashi

A Kappabashi Street, entre Ueno e Asakusa, é um destino de faux-food: embora seja dedicada à indústria de restaurantes, a comida fresca não é o motivo pelo qual as pessoas a visitam. Pelo contrário, a rua é o sonho de qualquer chef de lojas de suprimentos para restaurantes que são famosas pelo sampuru, réplicas de pratos de comida que fazem parte de uma arte centenária – e estão disponíveis. Procure empresas especializadas em sampuru (de tigelas de lámen a bolos de morango), réplicas de pratos básicos japoneses artisticamente trabalhados em plástico e cera.

Cruzeiro Yakatabune Harumiya

Na maioria dos destinos, os cruzeiros fluviais são somente para turistas. Mas, no Japão, pegar barcos cobertos (especialmente durante a temporada de cerejeiras ou fogos de artifício) é uma tradição de elite, que remonta ao período Heian – e vem com o jantar. A Harumiya, empresa centenária, é a principal entre as operadoras que oferecem cruzeiros de jantar (Yakatabune) ao redor de Tóquio e Odaiba – uma atividade cultural que vem das cartas régias. A carta oferece uma visão refrescante de Tóquio ao anoitecer com um delicioso jantar, que vai de sashimi fresco a tempurá quente.

Kit Kat Chocolatory

No passado, os sabores do Kit Kat, no Japão, variavam de morango a batata-doce roxa, ou de saquê a wasabi. A recém-inaugurada Kit Kat Chocolatory, de Ginza, sob a direção do patissier japonês Yasumasa Takagoi, cria versões de luxo com sabores extravagantes (para começar, a loja estreou com um trio de Kit Kats que não está mais disponível, feito em forma de sushi). No futuro, está previsto um café no segundo andar, onde os visitantes poderão criar seu próprio sabor de Kit Kat (caso a já caprichosa seleção não agrade à sua fantasia).

Ilha artificial de Odaiba

Construída há mais de um século como uma ilha fortificada defensiva, Odaiba é agora um destino de lazer com sensacionais vistas do skyline, parques de diversões, amplos shoppings e um monte de atrações malucas (como a gigantesca estátua de um robô) que tornam perfeito o seu dia em Tóquio. Dê um mergulho no Oedo-Onsen Monogatari – um onsen japonês que é bem parecido com um parque de diversões aquático – ou, em outro espaço comunitário; e coma comida de rua, enquanto joga jogos japoneses tradicionais.

Purikura no Meca

Purikura, um termo derivado das palavras inglesas “print club”, são cabines fotográficas com inúmeras opções de personalização que envolvem os visitantes em todas as partes do processo. Antes das fotos serem tiradas, os clientes escolhem coisas como o tema de fundo e o tamanho dos olhos que desejam. Purikura no Mecca oferece ainda fantasias para quem estiver se sentindo particularmente inspirado.

COMPRAS

Ginza Six

The new ginza six retail complex, holds a press preview Friday before its grand opening 20 April 2017. Satoko Kawasaki. (Foto: Getty Images)

O Ginza Six é um novo e brilhante complexo comercial, projetado pelo arquiteto Yoshio Taniguchi, que abrange mais de 46.000 m2 e ocupa um quarteirão inteiro da cidade. Mais de 241 lojas se espalham pelo deslumbrante interior, onde os andares são inspirados nas passagens de Kyoto e Ginza. Os clientes passeiam e encontram os mais diversos tesouros, desde designers locais até marcas internacionais, como House of Dior e Rag & Bone.

Mercado de peixe de Tsukiji

TOKYO, JAPAN - FEBRUARY 28: A man gestures for assistance as he and others work at the Tsukiji fish market on February 28, 2012 in Tokyo, Japan. Handling nearly 3000 tons of fish a day, the Tsukiji fish market located in central Tokyo is the biggest whole (Foto: Getty Images)

Turistas de olhos caídos e de olhos arregalados chegam muito antes das 5 da manhã (visitantes bem descansados aparecem poucas horas depois) para pegar um dos 120 lugares abertos ao público para observar os leilões de atum, no mercado de peixe de Tsukiji. Mas as incríveis ofertas de atum não são garantidas; não há necessidade de lidar com o jet lag tão cedo. Chegando por volta das 8 da manhã, você terá os mesmos cheiros de peixe, corredores estreitos e peixarias lotadas – e não perca o breakfast sushi dos restaurantes ao redor.

BAR E RESTAURANTE

Golden Gai

Este conjunto de ruas estreitas, escondidas nas sombras de Shinjuku, é alinhado em centenas de minúsculos bares, com apenas alguns assentos, todos lembrando a devassidão pós-guerra. Não há ordem para a cena e, considerando que os bares estão empilhados – alguns ao nível do solo, outros localizadas em escadarias íngremes e estreitas –, é tão fascinante andar sem rumo quanto chegar com tudo planejado. E alegre-se – embora muitos dos bares de Golden Gai sejam abertos apenas para os habitantes locais, o Albatross dá boas-vindas a todos e a qualquer um.

Cat Cafe MOCHA

Deixe que o seu turista interior desfrute de um dos mais bizarros e totalmente cativantes cafés de Tóquio. Cat Cafe MOCHA opera alguns locais por toda a cidade, mas sua loja em Harajuku é um recanto estiloso, iluminado e arejado; um contemporâneo recanto para sua definitiva experiência “kawaii”. Quase vinte gatos (todos de raças diferentes) perambulam pelo quarto andar do café inundado de luz, provido com amplos assentos, plantas e Wi-Fi de cortesia. A escultura de uma árvore de madeira fica no centro, com assentos embutidos nos galhos para que os gatos possam se empoleirar; ao redor, gaiolas douradas pendem do teto como se fossem degraus suspensos.



*Esta matéria foi originalmente publicada na Condé Nast Traveller