![Vista do Arsenale, um dos locais que recebe a Bienal de Arquitetura de Veneza — Foto: Divulgação](https://s2-casavogue.glbimg.com/3WZcF3l939yinz6wPUmHUHcNEww=/0x0:1296x729/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_d72fd4bf0af74c0c89d27a5a226dbbf8/internal_photos/bs/2023/W/q/AgM0zBSBOJpq1w4QyrDg/overview20by20avezzu8020courtesy20biennale20venez....jpg)
Com data marcada para 20 de maio a 26 de novembro, a Bienal de Arquitetura de Veneza estreia sua 18ª edição. Com foco nos chamados “agentes de mudança”, a exposição oferece uma reflexão entre a constância e a inovação da arquitetura, trazendo diversas novidades para o evento. Entenda tudo sobre a exposição e confira seus destaques:
Novidades
![Umbrella — Foto: Divulgação](https://s2-casavogue.glbimg.com/RMx5i3F79F945zo1yK8N8sXNi7E=/0x0:1500x844/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_d72fd4bf0af74c0c89d27a5a226dbbf8/internal_photos/bs/2023/E/2/QWci3RQPOwYKRcZ6RuWQ/curator-context-05-umbrella.jpg)
A exposição é composta por três bases: os pavilhões nacionais, com projetos de cada país participante, a exposição internacional, feita pelo curador da Bienal, e eventos paralelos. A curadoria de 2023 está nas mãos da arquiteta e escritora Lesley Lokko e a maioria das programações oferecidas pelo evento acontece no Giardini e no Arsenale.
Neste ano, serão 63 pavilhões nacionais no total: o Níger participará pela primeira vez, enquanto o Panamá terá seu próprio pavilhão independente. Ainda, o Vaticano voltará ao evento com um pavilhão na ilha de San Giorgio Maggiore. Além disso, em todas as seções da Bienal de 2023, mais de 70% das obras expostas foram concebidas por estúdios geridos por uma única pessoa ou por uma equipa muito reduzida.
![Lesley Lokko é a curadora da 18ª edição da Bienal de Arquitetura de Veneza — Foto: Divulgação](https://s2-casavogue.glbimg.com/iYMrX9-LDJAcJyVrKC2UeIMHWIE=/0x0:1600x1067/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_d72fd4bf0af74c0c89d27a5a226dbbf8/internal_photos/bs/2023/X/T/fjQh9AStONWYQ4o2YnxQ/lesley-lokko-photo-jacopo-salvi-courtesy-of-la-biennale-di-venezia-93a6240.jpg)
Com o objetivo de preencher a lacuna entre arquitetos e o público, o programa será apoiado pelo chamado Carnival, uma série de seis meses de eventos, palestras, painéis de discussão, filmes e apresentações que aprofundarão os temas tratados na Bienal de Arquitetura de Veneza. Nesta nova iniciativa, de acordo com Lesley Lokko: "políticos, formuladores de políticas, poetas, cineastas, documentaristas, escritores, ativistas, organizadores comunitários e intelectuais públicos dividirão o palco com arquitetos, acadêmicos e estudantes".
Exposição internacional
A exposição internacional tem curadoria da arquiteta Lesley Lokko e terá foco na África e sua diáspora, abordando questões históricas, econômicas, climáticas e políticas. Intitulado Laboratório do Futuro, a exposição adota o conceito de “mudança” como seu pilar essencial e traz 89 participantes, sendo mais da metade da África ou da diáspora africana.
![Corderie 2 — Foto: Divulgação](https://s2-casavogue.glbimg.com/-gkvw-jGCN6wSjElKOTSrznzPMw=/0x0:1320x880/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_d72fd4bf0af74c0c89d27a5a226dbbf8/internal_photos/bs/2023/b/G/WBBArZSWeQjcZN73ZjTw/corderie-2-giulio-squillacciotti-courtesy-la-biennale-di-venezia.jpg)
O Laboratório do Futuro começa no Pavilhão Central no Giardini, que reunirá 16 práticas que representam uma "grande força da produção arquitetônica africana e diaspórica", segundo Lokko. Dando seguimento a exposição internacional, há o complexo do Arsenale, onde ficam os Projetos Especiais, que pela pela primeira vez são tão numerosos quanto as outras categorias.
Tanto no primeiro espaço quanto no segundo, jovens profissionais africanos e da diáspora mostrarão trabalhos diretamente relacionados à descolonização e descarbonização – os dois temas desta exposição.
O Pavilhão do Brasil
![Pavilhão do Brasil na Bienal de Arquitetura de Veneza 2023 resgata ancestralidade e histórias apagadas — Foto: Divulgação](https://s2-casavogue.glbimg.com/MTkg5rp2HhzJw1zMJYPWwiHOTBw=/0x0:2800x1979/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_d72fd4bf0af74c0c89d27a5a226dbbf8/internal_photos/bs/2023/a/Z/lCVouhQnyUPuBp50w7ug/proposta-pavilhao-brasil-bienal-arquitetura-veneza.jpg)
Com curadoria dos arquitetos Gabriela de Matos e Paulo Tavares, o Pavilhão do Brasil deste ano tem como título Terra. Com o objetivo de resgatar a ancestralidade e histórias apagadas do país, a mostra trata sobre “terra” tanto como elemento poético quanto concreto, realizando uma reflexão sobre o passado, presente e futuro do Brasil. Dessa forma, todo o pavilhão será aterrado, colocando o público em contato direto com a tradição dos territórios indígenas e quilombolas, além dos terreiros de candomblé.
![Os arquitetos Gabriela de Matos e Paulo Tavares são os curadores do Pavilhão do Brasil — Foto: Divulgação](https://s2-casavogue.glbimg.com/10jdxuCRyhhVF3REQpHLNYWBreE=/0x0:5504x4128/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_d72fd4bf0af74c0c89d27a5a226dbbf8/internal_photos/bs/2023/H/b/OLCR6ITC21uINqClMcVQ/gabriela-matos-paulo.jpg)
Com a proposta de trazer a diversidade cultural e detalhes comumente esquecidos, mas que definem o país, o pavilhão traz elementos de habitações populares brasileiras para sua estrutura. Toda a construção do espaço traz uma mensagem sobre a urgência de se abordar o que é ancestral no Brasil, tendo em vista a violência brutal contra a população indígena e a intolerância religiosa, recorrentes no país.
Leão de Ouro
![O artista Demas Nwoko — Foto: Divulgação](https://s2-casavogue.glbimg.com/UA__J-x5B0bXt-sq_dk39G_6w3s=/0x0:1194x1665/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_d72fd4bf0af74c0c89d27a5a226dbbf8/internal_photos/bs/2023/J/O/ta4ABmTdispaLDIAUyLA/demas-nwoko-image-credit-new-culture-studios.jpg)
O artista, designer e arquiteto nigeriano Demas Nwoko, de 88 anos, foi reconhecido com o Leão de Ouro da 18ª Bienal de Arquitetura de Veneza pelo conjunto de sua obra. O anúncio foi feito pela Diretoria da Bienal, presidida por Roberto Cicutto, por proposta da curadora Lokko. A cerimônia de premiação será realizada em 20 de maio, no Ca' Giustinian, sede da Bienal de Veneza.
![Demas Nwoko, Centro Cultural Akenzua, Cidade de Benin, 1972-1995 — Foto: Divulgação](https://s2-casavogue.glbimg.com/EjqWPW2xgwlZ2UMNTnCi-lHtLg8=/0x0:1600x1063/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_d72fd4bf0af74c0c89d27a5a226dbbf8/internal_photos/bs/2023/R/k/80Qo3lSuqAx3BlQSNdxg/dsc3425-figure15.jpg)
“Um dos temas centrais da 18ª Exposição Internacional de Arquitetura é uma abordagem à arquitetura como um campo "expandido" de iniciativas, abrangendo tanto o mundo material quanto o imaterial; um espaço em que as ideias são tão importantes quanto os artefatos, especialmente quando estão a serviço do que está por vir. Pela ênfase no futuro, portanto, parece absolutamente apropriado que o Leão de Ouro pelo conjunto da obra seja concedido a alguém cuja obra material se estenda pelos últimos 70 anos, mas cujo legado imaterial – abordagem, ideias, ethos – ainda esteja em processo de ser avaliado, compreendido e celebrado.”, comentou Lokko sobre o trabalho de Demas Nwoko.