A Polícia Civil do Paraná e a Vigilância Sanitária deflagraram uma operação, nesta quinta-feira (13), para investigar uma clínica de estética de Curitiba, onde uma mulher de 64 anos teve queimaduras graves após aplicação de peeling de fenol. Na ação, foram encontrados produtos sem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Frascos de fenol manipulado e ácido hialurônico vencido foram apreendidos. O caso aconteceu em 25 de maio. A mulher precisou ser internada no Hospital Evangélico Mackenzie, também na capital paranaense, e vai precisar fazer enxertos nas áreas lesionadas. 2 de 2 Mulher sofre queimaduras graves no rosto após aplicação de peeling de fenol em clínica de Curitiba — Foto: Reprodução/Arquivo pessoal Mulher sofre queimaduras graves no rosto após aplicação de peeling de fenol em clínica de Curitiba — Foto: Reprodução/Arquivo pessoal Nesta quarta-feira (12), a polícia informou que um inquérito foi aberto para apurar a situação, levada à delegacia pela família da vítima. Segundo a delegada Aline Manzatto, que conduz as investigações, a mulher que fez a aplicação do peeling de fenol se apresentou como biomédica para a cliente, mas não possui tal formação. Ela já prestou depoimento à polícia. "Na fiscalização, na clínica, nos deparamos com inúmeras irregularidades e crimes que estavam acontecendo lá. Como já suspeitávamos, a questão da medicação dos produtos usados não estava em conformidade. A gente achou, desde ácido hialurônico vencido, até produtos que não têm registro na Anvisa - todos injetáveis", explica a delegada. O fenol, utilizado no peeling, também foi localizado na clínica alvo da operação. "Inicialmente, na delegacia, ela disse que era uma empresa, uma fábrica que fazia esse produto; e, na verdade, não é. Ele é manipulado. Ele é mandado manipular numa farmácia de manipulação de São Paulo. É manipulado como se fosse para ser usado no nome da esteticista. Quem faz a prescrição é uma dentista de São Paulo. E aí, esse produto vem para cá e é usado nas pacientes", esclareceu. A delegada informou que, diante do apurado até o momento, há indicativo de exercício ilegal de Medicina. E a responsável pela aplicação deve ser indiciada por lesão corporal e falsificação de medicação. O caso em Curitiba não tem relação direta com a morte de um homem de 27 anos, em São Paulo, neste mês, após um peeling de fenol. Mas, segundo a polícia, a esteticista em Curitiba também fez um curso, mas presencial, sobre o procedimento e não tinha a habilitação necessária para isso. Mais recente Próxima Centenas de imigrantes aguardam no aeroporto de Guarulhos por liberação para entrar no Brasil