A ata da reunião do Copom que manteve a taxa básica de juros em 10,5% ao ano indica que o Banco Central vai adotar uma política mais cautelosa nas suas próximas reuniões e que a tendência no momento é um longo período com a taxa no atual patamar. Depois de sete reduções seguidas, a Selic deve ficar em 10,5% ao ano até o fim de 2024 e também ao longo de 2025. Segundo o documento, o atual cenário indica a necessidade de uma atuação firme e vigilante da autoridade monetária na redução das expectativas de inflação. Por isso, os diretores do BC avaliam ainda que a manutenção dos juros em 10,5% ao ano é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante, que inclui o ano de 2025. Portanto, a indicação é de que o patamar da Selic em 10,5% ao ano deve ser mantido até a reta final de 2024 e ao longo de 2025. A decisão do Copom, anunciada na semana passada, foi tomada de forma unânime, ou seja, todos os diretores foram favoráveis à manutenção da taxa Selic, mostrando compromisso do Banco Central com o cumprimento da meta de inflação. Em meio às críticas do presidente Lula e de seus apoiadores, a ata do Copom reforça o compromisso da Banco Central com o cumprimento da meta de inflação para este ano e os próximos. Chegada de frente fria no Pantanal aumenta umidade do ar e deve reduzir propagação das chamasAnvisa proíbe venda e uso de produtos à base de fenol em procedimentos estéticos e de saúdeDeputada Lucinha manteve ao menos dois encontros mensais com chefes da milícia, diz MP O documento afirma que se deve perseguir a reancoragem das expectativas de inflação independentemente de quais sejam as fontes por trás da desancoragem. O Copom ressalta que a reancoragem das expectativas de inflação é vista como elemento essencial para assegurar a convergência da inflação para a meta. O Comitê avalia que a redução das expectativas requer uma atuação firme da autoridade monetária, bem como o contínuo fortalecimento da credibilidade e da reputação tanto das instituições como dos arcabouços fiscal e monetário que compõem a política econômica brasileira. Ou seja, o governo também precisa indicar o compromisso com o controle das contas públicas. Comitê também disse que não se furtará de seu compromisso com o atingimento da meta de inflação, que a política monetária deve se manter contracionista por tempo suficiente em patamar que consolide não apenas o processo de desinflação, como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas. O comitê diz que se manterá vigilante, afirmando ainda que eventuais ajustes futuros na taxa de juros serão ditados pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta. Para Fernando Haddad, a indicação aponta apenas para o fim do ciclo da queda nos juros. Antes da última reunião, quando a Selic foi mantida em 10,5% ao ano, foram sete reduções seguidas na Selic desde agosto do ano passado. Haddad afirmou que preocupações com o processo inflacionário referente aos problemas no Rio Grande do Sul, o que também é citado na ata, é uma questão que afeta o curto prazo e que o Banco Central olha no longo horizonte, portanto, não deveria levar em conta essa situação do Rio Grande do Sul. Para o ministro, a ata veio sem muitas alterações em relação ao comunicado da semana passada e confirma o fim do ciclo de queda na Selic. “Ata está muito aderente ao comunicado, o que é bom, transmite a ideia de que está havendo uma interrupção para avaliar o cenário interno e externo para que o Copom fique à vontade para tomar decisões a partir de novos dados. Eventuais ajustes, se for necessário, sempre vão acontecer, o que é importante frisar é que a diretoria fala numa interrupção do ciclo. Parece que essa é uma diferença importante a ser salientada“, diz. Numa live da Órama Investimentos, o diretor de política monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou que a situação fiscal não pode servir como muleta para não cumprir a meta de inflação. “De maneira nenhuma vai se utilizar o fiscal para que isso seja algum tipo de muleta ou desculpa para que você não persiga a meta de inflação. Se por acaso existir um ambiente que demanda manter juros, você vai manter juros. Se há um ambiente que demanda subir juros, você vai subir juros. Se há um ambiente que demanda cortar juros, permite cortar juros, você vai cortar juros. Nós temos meta de inflação. E meta de inflação não se discute, meta de inflação se cumpre“, explica. Mais recente Próxima Volkswagen T-Cross: atualizações do modelo dificultam ação de criminosos e iluminação nos frisos