O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, minimizou a indicação da ata do Copom que aponta para uma política monetária mais contracionista nas próximas reuniões do Banco Central. O documento divulgado nesta terça-feira chega a citar que eventuais ajustes, indicando até mesmo a possibilidade de aumento na Selic, podem ser realizados para garantir o cumprimento das metas de inflação. Para Fernando Haddad, a indicação aponta apenas para o fim do ciclo da queda nos juros. Antes da última reunião, quando a Selic foi mantida em 10,5% ao ano, foram sete reduções seguidas na Selic desde agosto do ano passado. Haddad afirmou que preocupações com o processo inflacionário referente aos problemas no Rio Grande do Sul, o que também é citado na ata, é uma questão que afeta o curto prazo e que o Banco Central olha no longo horizonte, portanto, não deveria levar em conta essa situação do Rio Grande do Sul. Para o ministro, a ata veio sem muitas alterações em relação ao comunicado da semana passada e confirma o fim do ciclo de queda na Selic. Ata está muito aderente ao comunicado, o que é bom, transmite a ideia de que está havendo uma interrupção para avaliar o cenário interno e externo para que o Copom fique à vontade para tomar decisões a partir de novos dados. Eventuais ajustes, se for necessário, sempre vão acontecer, o que é importante frisar é que a diretoria fala numa interrupção do ciclo. Parece que essa é uma diferença importante a ser salientada. Na ata do Copom divulgada nesta terça, o Banco Central também afirma que o controle das estimativas de inflação, que estão em alta, requer atuação firme e vigilante da autoridade monetária. Mais recente Próxima Copom indica que deve manter Selic em 10,5% por um longo período