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Por — Rio de Janeiro

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, deve discursar pela primeira vez, nesta quinta-feira (11), após participação no debate presidencial 'desastroso' contra o ex-presidente Donald Trump. Em entrevista ao Ponto Final CBN, o professor e pesquisador Vitelio Brustolin analisou o contexto político de pressão que circunda o presidente democrata para o próximo pronunciamento.

Segundo o professor, a falta de 'jogo de cintura' de Biden durante a sabatina deixou eleitores democratas com a impressão de que o presidente é incapaz de continuar na cadeira presidencial e na corrida eleitoral. O discurso de encerramento do evento de 75 anos da OTAN, analisou, será um 'teste de fogo' para o presidente americano.

Para o especialista, Biden estará diante da oportunidade de provar que, caso seja reeleito, não governaria 'tutelado' -- como afirma o ex-presidente Donald Trump.

'Hoje, são 10 deputados, e o primeiro senador que pede que o Biden se retire da campanha. Isso também tem uma relação com a possibilidade de eleição ou reeleição dos candidatos democratas, porque uma cabeça de chapa forte, um presidente forte, acaba puxando votos para os outros candidatos', declarou.

'Ele vai fazer uma coletiva com a imprensa, ou seja, serão minutos, talvez uma hora de perguntas e respostas. E isso para tentar enfrentar essa versão de que ele seria tutelado, que, ao invés de responder perguntas abertas dos jornalistas, os seus assessores combinariam as perguntas, escolheriam os jornalistas e as perguntas que seriam respondidas e que, portanto, os Estados Unidos não teriam um presidente, mas sim um grupo por trás do Biden que governaria o país, que é isso que o Trump afirma.'

Além disso, segundo Brustolin, pedir para que Biden se retire da corrida eleitoral no contexto da reunião de 75 anos da OTAN não seria uma boa estratégia. Isto, afirmou o especialista, enfraqueceria o país líder da organização.

'O mundo enfrenta uma ameaça de terceira guerra mundial,. Mão há dúvidas que nós estamos numa segunda Guerra Fria nesse momento. Essa reunião foi em Washington, então minar a liderança do presidente Biden nesse momento seria enfraquecer o líder da OTAN, os Estados Unidos são o país fundador da OTAN', analisou.

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