Os manifestantes já ocupam as ruas no Centro de Caracas e das grandes cidades da Venezuela. Um ato foi marcado para este sábado pela oposição. O anúncio foi feito pela líder María Corina Machado no X. Em uma publicação há pouco nas redes sociais, a líder da oposição disse que "Hoje temos mais força do que nunca. Seguimos avançando até o fim". Ontem, o Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela reafirmou a vitória de Nicolás Maduro e atualizou os números da apuração da eleição realizada no último domingo. A Suprema Corte da Venezuela, controlada pelo chavismo, pediu que o Conselho Nacional Eleitoral que entregue as atas de votação das eleições de 28 de julho. O pedido é uma resposta ao recurso apresentado por Maduro para que a Corte confirme a reeleição. A oposição critica e considera que a análise não é competência do tribunal e que na verdade a movimentação se trata de mais uma tentativa de validar a contestada eleição. As atas eleitorais não foram divulgadas até o momento. Os chanceleres do Brasil, da Colômbia e do México avaliam ir a Caracas. Segundo interlocutores do governo brasileiro, os três países querem ter conversas diretamente com Nicolás Maduro, presidente considerado reeleito pelo Conselho Nacional Eleitoral. A ideia é iniciar um diálogo sem a participação da principal líder da oposição, María Corina Machado, que permanece escondida em meio à perseguição de opositores. Já o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, conversou na sexta-feira com os líderes da oposição venezuelana Edmundo Gonzalez e Maria Corina Machado. Ele parabenizou Gonzalez “por receber o maior número de votos” nas eleições de domingo e expressou preocupação com a segurança de Gonzalez e Machado, disse o departamento em comunicado. Peru, Equador, Panamá, Uruguai, Guatemala e Costa Rica também reconheceram a vitória da oposição na Venezuela também reconheceram Gonzalez como o vencedor do pleito. Ao menos nove organizações internacionais signatárias condenam a falta de transparência nos resultados anunciados das eleições presidenciais na Venezuela de 28 de julho. De acordo com a Human Rights Watch, ao menos 20 pessoas morreram nos protestos na venezuela desde então. Mais recente Próxima Venezuela: Celso Amorim defende 'solução pacífica' entre latino-americanos para impasse eleitoral