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Joe Biden anunciou que não será mais o candidato do Partido Democrata à presidência dos Estados Unidos. Leonardo Trevisan, professor de Relações Internacionais da ESPM, fala sobre a decisão e suas implicações em entrevista ao Jornal da CBN.

'Temos que entender que a atitude de Biden é um resultado direto de todo um processo', explica Trevisan. Ele destaca que Biden enfrentava fragilidades físicas que Trump explorou e que, o desempenho infeliz de Biden no debate, reforçou a necessidade de 'um fato novo' na campanha.

Esse 'fato novo' veio com a escolha de Kamala Harris como possível nova candidata democrata. Trevisan destaca que a mudança trouxe de volta a atenção da mídia para os democratas, que até então estava concentrada em Trump, especialmente após o atentado.

Segundo Trevisan, Harris representa um perfil de política mais combativa e preocupante para Trump:

'Kamala Harris não é Joe Biden e, realmente, por várias razões, não só pela idade, até mesmo pela combatividade, é um outro perfil de política e de alguma forma Trump tem um problema novo na sua campanha. É uma forma de fazer isso é fazer o que ele está dizendo que Kamala Harris é uma adversária mais fácil a ser batida'.

A decisão de Biden de renunciar em favor de Harris também movimentou a base democrata, refletindo-se em uma arrecadação recorde de quase 50 milhões de dólares em 24 horas:

'O povo do Partido Democrático estava esperando um sinal para voltar a ter ânimo na política. Essa injeção de ânimo foi a renúncia e é claro o perfil de uma solução natural'.

Apesar do apoio significativo, ainda há uma falta de coesão absoluta dentro do partido em torno do nome de Harris. Figuras importantes como o ex-presidente Obama e Nancy Pelosi adotaram uma postura cautelosa.

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