Tempo

Atentado a boate gay é o pior nos EUA desde 11 de setembro de 2001

Atentado a boate gay é o pior nos EUA desde 11 de setembro de 2001

Atirador matou 49 pessoas e feriu 53 na madrugada de domingo. Não há brasileiros confirmados entre as vítimas

MARCELO MOURA
12/06/2016 - 13h34 - Atualizado 15/06/2016 13h27
Carros de polícia chegam à boate Pulse, na Flórida. Atirador matou pelo menos 50 pessoas (Foto: AFP PHOTO /  Orlando Police Department)

Aqui, a lista oficial de vítimas

O ataque à boate gay Pulse, em Orlando, na Flórida, é o pior massacre nos Estados Unidos desde os atentados de 11 de setembro, em 2001. Um homem deixou 49 mortos e 53 feridos, ao atirar dentro da casa. O Itamaraty não confirma até agora se há brasileiros na lista. “Hoje assistimos ao mais sangrento tiroteio em massa da história dos Estados Unidos”, disse o presidente Barack Obama. “Estamos no início das investigações, mas sabemos o bastante para dizer que isso foi um ato de terrorismo e um ato de ódio. É um dia especialmente doloroso para lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros. O lugar do ataque é mais que um clube noturno. É um lugar de solidariedade, empoderamento e luta por direitos civis.” Segundo a rede CNN, o grupo terrorista Estado Islâmico assumiu a autoria do atentado

>> Tudo sobre Estado Islâmico

Ray Rivera, DJ da boate Pulse, com uma amiga, diante da delegacia de Orlando (Foto: Joe Burbank/Orlando Sentinel/TNS via Getty Images))

>> Obama: “Um dia especialmente triste para lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros” 

>> Madonna: “Não se pode usar o nome de Deus para o ódio”

>> Liniker, a nova voz da MPB: “Sou bicha, sou preta. Quero espalhar a aceitação e a arte com liberdade”

O atirador abriu fogo dentro da boate por volta das 2 horas (3 horas, no horário de Brasília) deste domingo (12). “Alguém começou a atirar. As pessoas se jogaram no chão, perto do bar e da pista de dança. Quem estava perto da porta escapou e saiu correndo”, disse Ricardo Negron Almodovar, cliente da casa, pelo Facebook. “Tiroteio em massa na casa noturna Pulse. Múltiplos feridos. Fique longe da área”, disse pelo Twitter a polícia de Orlando.

O atirador manteve ao menos 30 reféns dentro da boate. A polícia cercou a área e, às 5 horas, invadiu a casa e matou o atirador. Um policial levou um tiro no capacete, mas passa bem. “Há sangue por todo lado”, disse o prefeito Buddy Dayer. 

Furos de bala marcam a parede dos fundos na boate Pulse, onde um atirador matou 50 pessoas antes de ser morto pela polícia (Foto: Joe Raedle/Getty Images)
Vista aérea da boate Pulse, em Orlando, onde 50 pessoas foram mortas na madrugada de 12 de junho (Foto: Red Huber/Orlando Sentinel/TNS  via Getty Images)

>> Parada Gay em São Paulo teve como tema a transfobia

O atirador foi identificado como Omar Mateen, cidadão americano de descendente de afegãos, de 29 anos. O suspeito tinha uma arma de mão e um rifle AR-15, disse John Mina, chefe do departamento de polícia de Orlando. As armas foram compradas legalmente, na semana passada, na Flórida. O FBI diz que não procura por comparsas. Segundo o canal de notícias CNN, antes de atacar o atirador telefonou para a polícia e jurou lealdade ao grupo terrorista Estado Islâmico. 

Omar Mateen, cidadão americano de família afegã, de 29 anos (Foto: Reprodução)

Investiga-se se a matança na boate Pulse tem alguma ligação com o assassinato da cantora Christina Grimmie, na sexta-feira (10), num teatro seis quilômetros distante da boate. O assassino de Christina se matou em seguida.

Orlando, que prefere não dizer seu sobrenome, ferido na boate Pulse, chora em uma missa em memória aos mortos da tragédia (Foto: Jon Raedle/Getty Images)

Pulse é uma boate na Avenida Orange, em Orlando, na Flórida, voltada ao público LGBT. Sua página no Facebook está recebendo milhares de mensagens de apoio aos gays. “É um dia especialmente triste para todos os nossos amigos – nossos companheiros americanos – que são lésbicas, gays, bissexuais ou transgêneros”, disse o presidente Barack Obama. “O atirador mirou em uma casa noturna onde pessoas se reúnem para estar entre amigos, para dançar e cantar, e para viver. O lugar onde foram atacados é mais que uma casa noturna – é um lugar de solidariedade e empoderamento onde pessoas se reúnem para se informar, se expressar e lutar por seus direitos civis.” Por risco à segurança, a polícia de Orlando pediu para as pessoas evitarem romarias e homenagens no local da tragédia.  

>> A tolerância à diversidade de gênero tornou-se uma questão urgente

>> O atentado em Bruxelas, em março de 2016

>> O atentado em Paris, em novembro de 2015

>> O atentado em Paris, em janeiro de 2015








especiais