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Você é contra ou a favor de vagões só para mulheres?

Você é contra ou a favor de vagões só para mulheres?

Em algumas cidades brasileiras há vagões exclusivos para elas em trens e metrôs nos horários de pico. Objetivo é coibir assédios sexuais e a exposição de passageiras a situações constrangedoras. Conheça os prós e contras

NATHALIA TAVOLIERI
28/03/2014 - 16h34 - Atualizado 28/03/2014 17h16
Nos horários de pico, o espaço entre passageiros fica reduzido (Foto: Reprodução )

Mulheres acostumadas a usar transporte público em horários de pico não reclamam só do calor, da demora ou da falta de cordialidade dos outros passageiros. Casos de homens que se aproveitam do pouco espaço entre os passageiros para assediá-las são cada vez mais comuns. Uma alternativa encontrada pelas autoridades para coibir este tipo de agressão sexual são os vagões exclusivos para as mulheres.

Em cidades do México, Japão e Índia , a ideia já virou lei. Em 2006, o Rio de Janeiro e, mais recentemente, Brasília, também adotaram a medida. Na hora do rush,  começo da manhã e final da tarde, as mulheres podem embarcar em vagões só para elas. Se preferirem, embarcam em vagões comuns. Em São Paulo e Belo Horizonte, já há projetos de lei sobre o tema em tramitação.

Propostas envolvendo a criação de espaços exclusivos para mulheres nos transportes públicos têm sido bastante discutidas no país. Principalmente diante do aumento das denúncias de assédio sexual nos vagões de trens e metrô. A questão é polêmica.

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Os defensores argumentam que, diante da conduta desrespeitosa de alguns homens, as empresas responsáveis pelos serviços de transporte devem oferecer uma alternativa que exponha menos as mulheres ao assédio sexual e a situações constrangedoras. Como os vagões para mulheres não são obrigatórios, as passageiras que se sentirem intimidadas passam a ter uma opção mais segura. E as que estiverem acompanhadas por algum homem não precisam se separar deles durante o trajeto. 

Para os contrários à proposta, a medida não soluciona o problema, pois não pune os culpados pelas "encoxadas" e outros tipos de agressões sexuais contra as passageiras. Eles podem continuar com o mesmo tipo de conduta em outros locais e situações. A segregação não deve ser a resposta, mas a educação e conscientização dos usuários. Os que não concordam com a ideia afirmam que não é justo fazer com que os homens que não abusam das mulheres peguem vagões ainda mais cheios nos horários de pico.

ÉPOCA foi às ruas ouvir o que os usuários do transporte público de São Paulo pensam sobre o assunto. Assista ao vídeo e responda nossa enquete. Você é contra ou a favor dos vagões exclusivos para as mulheres? 









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