![Rafael Guerreiro Torezan, diretor da WEG Tintas — Foto: Divulgação/Arte de Clayton Rodrigues](https://s2-epocanegocios.glbimg.com/wn-xLhjjD3tEkxlQV4RuwKWpQzw=/0x0:2000x1334/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_e536e40f1baf4c1a8bf1ed12d20577fd/internal_photos/bs/2023/O/X/72MMSsRleHzyzJoAkSDg/en-inovacao-aberta-template-copy.jpg)
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Com investimento de R$ 1,5 milhão e dois anos de pesquisa e desenvolvimento, a WEG lança neste mês uma solução que promete atacar uma dor antiga da indústria de óleo e gás: a forte corrosão dos materiais. Os impactos desse problema no setor são bilionários -- estimativas dão conta de US$ 1,4 bilhão em perdas anuais só nos Estados Unidos. Outros autores indicam que os custos atribuídos aos danos por corrosão de todos os tipos representam cerca de 3% a 5% do Produto Nacional Bruto dos países industrializados.
A solução encontrada pela fabricante brasileira se chama WrapX, um revestimento flexível de 5 mm de espessura desenvolvido para plataformas offshore. Ele substitui os revestimentos tradicionais e, segundo a empresa, prolonga a integridade dos equipamentos e pisos metálicos onde é aplicado, o que deve se traduzir em economia de custos para as empresas no longo prazo.
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O projeto foi desenvolvido pelos times de inovação da WEG com orientação e apoio da área de Tecnologias para Materiais & Corrosão do Centro de Pesquisas e Inovação da Petrobras (Cenpes). A petroleira é também a primeira cliente do novo produto.
Além do aumento da durabilidade dos equipamentos, a nova solução promete reduzir em até quatro vezes o tempo de manutenção. "O aspecto fundamental de um ativo de alto valor é você reduzir o downtime, isto é, o período em que você não está operando ele. Hoje, nas plataformas offshore, o grande desafio é fazer a manutenção contra a corrosão, que é muito intensa. Normalmente, as soluções envolvem até 4 camadas de revestimento com tempo de secagem de 24 horas entre elas. Ou seja: você tem que parar para manutenção quase uma semana", explica o diretor da WEG Tintas, Rafael Guerreiro Torezan.
"A intervenção é muito mais rápida, o ativo é devolvido à operação com maior agilidade e terá maior durabilidade ao longo do tempo. Isso é que vai se traduzir num ganho de eficiência e redução de custo", observa. "Além disso, vale dizer que hoje boa parte dessa manutenção não é realizada, e a vida útil dos equipamentos acaba sendo abreviada porque não houve tempo hábil de fazer a parada para manutenção preditiva", acrescenta o executivo.
A companhia já vislumbra outros potenciais clientes nos setores de celulose, siderurgia e mineração. A tecnologia foi pensada para ambientes altamente corrosivos, mas outras indústrias já demonstraram interesse, comenta Toreza. "É interessante, porque já tivemos uma aplicação em parque temático, que não tínhamos imaginado de início. O retorno desse investimento deve ser rápido", diz o executivo.
Novo presidente
Na sexta-feira (8), a WEG comunicou que Harry Schmelzer Júnior vai deixar a presidência-executiva da empresa a partir de 31 de março do ano que vem, dentro do plano de sucessão da companhia. Para o lugar de Schmelzer Júnior, a Weg indicou Alberto Yoshikazu Kuba, atual diretor-superintendente de motores elétricos industriais, que tem mais de 21 anos de carreira na companhia e vai assumir a presidência-executiva a partir de 1º de abril de 2024.
Em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa destacou que a saída de Schmelzer faz parte do planejamento sucessório da companhia, estruturado e conduzido pelo conselho de administração com apoio de consultorias. O executivo ficou mais de quatro décadas na empresa, sendo 16 anos presidindo o Grupo WEG.
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