Brasil deve liderar debate sobre regulação da inteligência artificial

Para Ronaldo Lemos, especialista em legislação e tecnologia que participou da elaboração do Marco Civil da Internet, o país tem condições de elaborar um conjunto de leis que sirva de modelo para todo o mundo

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Ronaldo Lemos, especialista em tecnologia, mídia e regulação da internet — Foto: Divulgação

“O Brasil tem um passado glorioso com relação à regulação da tecnologia. Nós criamos o Marco Civil da Internet, uma lei feita por brasileiros para os brasileiros. Então acho que temos que fazer algo semelhante para a inteligência artificial.” Ronaldo Lemos fala com conhecimento de causa, já que participou, em 2014, da criação do Marco Civil, que rege o uso da internet no país.

Um dos maiores especialistas em tecnologia e mídia do país, Lemos é fundador do Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio de Janeiro e membro do conselho de várias organizações – incluindo Meta e Spotify. Agora, participa das discussões para a elaboração das regras que vão determinar o uso da inteligência artificial do país.

“Antes de qualquer regulação, a gente precisa decidir, como país, o que queremos da inteligência artificial”, disse o especialista durante sua participação no podcast NegNews. “Sem responder a essa pergunta, não tem como regular. Será que queremos olhar para a inteligência artificial como vítimas, como um país indefeso? Eu acho que, em vez disso, podemos pensar na IA como algo que pode ter um impacto positivo na educação, na indústria do país, no agronegócio”, conclui.

Lemos tem uma ideia muito clara de como as leis sobre IA devem ser elaboradas no país: de maneira multissetorial, com a participação de toda sociedade, sem pressa e com consciência. Confira a conversa completa abaixo.

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