![Pagamento por aproximação com cartão — Foto: VioletaStoimenova/Getty Images](https://s2-epocanegocios.glbimg.com/UuaAl5LwR7JOzrDcmd0sB1NOWz0=/0x0:2121x1414/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_e536e40f1baf4c1a8bf1ed12d20577fd/internal_photos/bs/2024/Q/k/muayjNQziO8rr1tecgmQ/epoca-pagamento-aproximacao.jpg)
Um estudo das universidades de Adelaide e de Melbourne, na Austrália, descobriu que deixar de pagar com dinheiro físico nos faz gastar mais. Passar o cartão ou usar o celular parece estar nos tornando menos rigorosos com os nossos gastos, segundo a pesquisa, que batizou o fenômeno de ‘efeito cashless’ (sem dinheiro vivo, em tradução livre).
Ao analisar mais de 70 artigos de 17 países diferentes, os pesquisadores concluíram que o "sofrimento" do indivíduo ao fazer um pagamento é maior quando ele manipula notas e moedas do que quando paga por outros meios.
O estudo definiu o aumento nos gastos por conta deste efeito como “baixo, mas significativo”. De acordo com o relatório, o método de pagamento utilizado influencia a intensidade do crescimento das despesas.
“Quando usam dinheiro físico, as pessoas manipulam notas e moedas, dando maior atenção ao ato do pagamento. Se nada é fisicamente manipulado, é fácil perder a noção de quanto é gasto”, afirma Lachlan Schomburgk, especialista em marketing da Universidade de Adelaide, ao portal Science Alert.
Meios de pagamento como cartão – que, por serem físicos, tendem a simular dinheiro neste processo – impactam menos os gastos, enquanto pagamentos por aproximação no celular tendem a induzirem mais as pessoas a consumirem.
A compra de itens de maior valor e de luxo é a mais afetada pelo ‘efeito cashless’, de acordo com os pesquisadores.
O estudo também aponta que, à medida que os pagamentos de cartão e por aproximação ficam mais comuns, o fenômeno tende a ser atenuado.