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7003

DE GRAMTICA

Y DE

LENGUAJE

R. MONNER SANS
D e las R e a l e s A c a d e m i a s de B u e n a s L e t r a s de S e v i l l a y de B a r c e l o n a
y de la de A r t e s N o b l e s de A r a g n ; C a t e d r t i c o de I d i o m a y de L i t e r a t u r a
C o l e g i o N a c i o n a l C e n t r a l de B u e n o s A i r e s .

PE GRAMTIG
Y PE LENGUAJE

1915

MADRID
Suc. de Hernando.

BUENOS

AIRES

Cabaut & C.

ES P R O P I E D A D

DEL

AUTOR

M A D R I D . I m p r e n t a de l o s S u c e s o r e s de H e r n a n d o , Quintana, 33.

ADVERTENCIA

Agrupo formando libro estos trabajillos, que, escritos


en las fechas que se indican, aparecieron en diversos
peridicos y revistas; y los lanzo al mercado intelectual
en la creencia de que el lector si lo logran ha de
encontrar: en los menos, ciencia y erudicin; en los
ms, solaz y pasatiempo, ya que tengo por cosa agible
hermanar el gracejo con la doctrina. E n los asuntos que
en este libro se tratan, bien pueden compaginarse, huyendo de dogmtica seriedad, los decires del pueblo
con los saberes de los entendidos.
Son muchos y a forman ejrcito los que se dedican a estudios de lenguaje para adoctrinar a las generaciones que avanzan y mostrarles las innmeras bellezas de nuestro idioma. Nunca abrigu la pretensin de
ser de tales huestes sobresaliente capitn; ms modestos mis empeos, heme contentado con ser soldado de
ltima fila.
R.

B u e n o s A i r e s , 26 d e julio d e

1914.

MONNER

SANS.

PAREMIOLOGA INFANTIL
( F r a g m e n t o d e u n d i s c u r s o . ) (i)

Y o no s qu atractivo p o d e r o s o ha tenido s i e m pre para m la ciencia de los refranes; y aun siendo


p o c o a m i g o de salpimentar con ellos mi c o n v e r s a c i n
y mis escritos, deleitme l e y n d o l o s , c o t e j n d o l o s y
c o m e n t n d o l o s a mi sabor; que si en unos d e s c u b r o
gracia, en otros profundidad, en m u c h o s picarda y
en no p o c o s sin igual donaire, m u s t r a n m e t o d o s la
gran dosis de sentido c o m n de q u e est d o t a d o el
pueblo. Si no temiera que alguno de los q u e m e escuchan y los q u e ms tarde han de l e e r m e m e tacharan de e x a g e r a d o , afirmara q u e es la P a r e m i o l o g a
rama frondossima y vigorosa, c o m o nutrida con las
savias de infinitas g e n e r a c i o n e s , del rbol de la humana ciencia, y que el que llegase a d o m i n a r p o r
c o m p l e t o nuestro seductor y a b r u m a d o r

(i)

Pronunciado el 12 de diciembre de 1897.

refranero,

R. MONNER

SANS

sabra lo suficiente para vivir en paz c o n D i o s , con


sus semejantes y c o n s i g o m i s m o .
A este i n m e n s o caudal de ciencia m e a c e r q u en
diversas ocasiones, ansioso de c o l u m b r a r en l lo q u e
m e n e g a b a n los libros p o r personas eruditas redactados; y de m p u e d o decir que, ms de una vez, un
refrn, un p r o v e r b i o , un dicho, un a p o t e g m a , una
sentencia, una frase que todas estas g r a d a c i o n e s
presenta el c o p i o s o caudal p a r e m i o l g i c o r e s o l v i el
p r o b l e m a c u y a solucin b u s q u en v a n o en las obras
destinadas a dirigir al msero mortal p o r el e s c a b r o s o
sendero de la vida. Y

es que en este i n m e n s o libro

p o r el p u e b l o r e d a c t a d o , est nuestra alma con sus


anhelos y sus esperanzas, sus flaquezas y sus d e s m a y o s , sus aspiraciones al b i e n eterno, sus ansias de paz
terrena y sus deseos de substraerse al e g o s m o ajeno
y a la ajena marrullera.
H o y , b u s c a n d o asunto que p u d i e s e ser de v u e s t r o
agrado, y h u y n d o l e a la e m p a l a g o s a erudicin de
q u e da muestras cualquier i m b e r b e , a c e r q u m e de
nuevo a la Paremiologa, y p u e s m e o c u p o en educar
j v e n e s , y padres sois la casi totalidad de los q u e en
este m o m e n t o m e prestis atencin, creo p u e d e e n treteneros u n rato admirar el ramillete q u e os p r e sento. S o n unas cuantas flores que os ofrezco para
que aspiris su perfume; y p u e s g o c r e c o g i n d o l a s
una a una, p r e s u m o no ser m e n o r vuestro gozo al
contemplarlas reunidas. S l o r e c l a m o

benevolencia

si, i n e x p e r t o j a r d i n e r o , no s u p e presentar m s artst i c a m e n t e el ramo; si p s i m o literato, no logr ataviar

DE GRAMTICA

Y DE LENGUAJE

con las seductoras galas del lenguaje los h e r m o s o s


c o n c e p t o s populares q u e paso a consignar.
Hay un padre para
tin padre,

cien hijos, y no cien hijos

para

dice viejo refrn, q u e si es b u e n o r e c o r d a r

a las g e n e r a c i o n e s que nos empujan, b u e n o es lo t e n g a n presente aun los y a adultos, que c o n l a la m e moria s a b r e m o s dispensarles a los viejos sus l g i c a s
y naturales impertinencias. L o s q u e p o r suerte s u y a
tienen an padres, cmo olvidar el sin fin de sacrificios que les impusieran y el sin fin de disgustos que.
les causaran! No ha de ser el cario y la dulzura de
h o y p a g o y s i e m p r e ser m e z q u i n o d e los c a r i os y de las dulzuras de antao?
D i c e otro refrn, tan antiguo c o m o
Costumbres

de mal maestro,

sacan

el anterior:

el nio

siniestro;

advirtiendo a los padres el cuidado con q u e d e b e n


p r o c e d e r al e s c o g e r maestro para sus hijos. N o basta
la ciencia para dirigir a la juventud; es m e n e s t e r q u e
el encargado de tan p e n o s a tarea, en cuanto es h u m a namente posible, sea espejo d o n d e p u e d a mirarse el
alumno. P o r esto dijo nuestro s i m p t i c o S a m a n i e g o ,
con su g r a n dosis de sentido c o m n :
Procure ser, en todo lo posible,
el que ha de reprender, irreprensible.
A n t e s que el citado fabulista, el S r . F r a n c i s c o de
Guzmn, en una obra, De la flor

de sentencias

de sa-

bios, haba e x p r e s a d o la m i s m a idea, si b i e n en forma


menos sinttica. D i c e este castellano v i e j o :

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R. MONNER

SANS

No lo que reprendieres
a los otros, t hars,
que mal ejemplo dars
a quien doctrinar quisieres.
Y cuando fragilidad
a la frgil voluntad
guiare por va tuerta,
vaya la cara cubierta
con velo de honestidad (i).
T a n t o los padres c o m o los p e d a g o g o s , h e m o s de
emplear los m e d i o s preventivos; vale ms prevenir
que castigar, y esto, que es de l g i c a irrebatible, n o s
lo indica el p u e b l o c u a n d o n o s d i c e : Quien
ocasin,

quita el pecado.

quita

la

E n otras c o m a r c a s se d i c e :

Quien quita la ocasin, quita el peligro,

etc.

M e declaro francamente e n e m i g o del vino, y perd n e m e si h a y entre mis o y e n t e s algn discpulo de


G a l e n o . Que p o r q u lo sirvo a mis alumnos? Pues...
para no ir contra la corriente, y no se crea que la
supresin o b e d e c e a e c o n o m a . S i n n i m o s de ofender a los fabricantes de vino, bien p o d e m o s asegurar
que el m a y o r n m e r o de los brebajes q u e n o s sirven
no tienen ni una g o t a de lo que a N o hizo p e r d e r su
seriedad; y si a esto, que y a es un grave mal,, se a g r e g a que, c o n f o r m e dice el p u e b l o , agua no enferma,
emborracha,

ni adeuda,

ni

se c o m p r e n d e r mi e n e m i g a

hacia esos l q u i d o s n e g r u z c o s , que ni r o b u s t e c e n , ni


vigorizan, ni fortalecen, y sirven tan slo para estro-

(i) Registrado por el P. Sbarbi en su luminosa y erudita


obra Monografa de los refranes.

DE GRAMTICA

II

Y DE LENGUAJE

pear los aun no desarrollados e s t m a g o s de la j u ventud.


H a y que rodear a los nios de mil y mil c u i d a d o s :
seres delicados, necesitan a m p a r o , p r o t e c c i n y cario, y es c o n v e n i e n t e anticiparse a sus racionales d e seos, y es necesario favorecer su d e s e n v o l v i m i e n t o .
Come, nio, y criarte has, dice un refrn, y otro m u y
poco conocido

asegura q u e si quieres

que

tu

hijo

crezca, lvale los pies y rpale la cabeza.


P e r o c o n v i e n e que estos m i m o s y cuidados no se
exageren, y sea la razn la que los presida. E s p r u dente r e c o r d a r de continuo que hay carios
tan, y q u e tanto quiso el diablo

a sus hijos,

sac los ojos. L a s c o m p l a c e n c i a s exageradas

que maque

les

suelen

ser funestas a los padres y a los hijos, y as d e b e entenderlo el p u e b l o cuando dice quien bien te
te har llorar,

quiera,

indicando que a c c e d e r a los m e n o r e s

caprichos del nio, ms p r u e b a falta de seso que s o bra de amor. Si es la vida una serie no i n t e r r u m p i d a
de contrariedades, por q u no a c o s t u m b r a r al hijo a
sufrir algunas, para que las de maana no le h a g a n
llorar sangre? Si a c c e d e m o s a. sus deseos, p o r irracionales q u e sean, no le d a m o s una falsa idea de lo q u e
es la vida real? No dicen los p e d a g o g o s que h e m o s
de educar desde la cuna? Pues p r e p a r e m o s al nio
para q u e sea h o m b r e , y no le h a g a m o s voluntarioso.
R e c o r d e m o s que al enhornar
blase el mimbre
pequeos,

se cuece el pan; que d-

cuando es tierno, y que los nios,

que no hay castigo despus para

de

ellos; refra-

nes stos q u e se encuentrau reunidos, o c o m o c o m -

12

R. MONNER

SANS

p e n d i a d o s , en el siguiente p r o v e r b i o , entresacado d e
una c o l e c c i n existente en la B i b l i o t e c a N a c i o n a l de
Madrid:
Por qu medios se procura
que sean los hijos buenos?
Plantallos bien de pequeos,
que despus la rama es dura.
A f i r m a otro refrn a n t i q u s i m o

que al nio y

al

mulo, en el c... ( i ) , avisando q u e si h a y que llegar a


vas de h e c h o , conviene v a y a n a dar los azotes en
parte blanda, no sea q u e nuestro m o m e n t n e o y q u i zs disculpable enojo cause la deformidad, y a q u e no
la rotura, de algn m i e m b r o .
C r e e n no p o c o s padres, c o n una sensibilidad r a y a na en sensiblera y funestsima para sus m i s m o s hijos,
que h a y q u e dejarle al t i e m p o el cuidado de c o r r e gir sus defectos. C u a n d o l l e g u e la edad d e la razn
a g r e g a n y a se e n m e n d a r . O l v i d a n estos padres
no slo los refranes y a apuntados, sino que el loco por
la pena es cuerdo,

y q u e el leo tuerto, con fuego

hace

saben estos padres, indignos

derecho.

No

se
del

h o n r o s o n o m b r e , q u e ceo y enseo, de mal hijo hacen bueno; o sase, que para educar se necesita saber
y energa. Y cualquier p e d a g o g o m e d i a n a m e n t e instruido sabe q u e arco siempre

armado,

o flojo o que-

(i) Y otro refrn dice: Quien no castiga culiio, no castiga


culazo; o sase, quien no castiga a tiempo, pierde autoridad
para castigar ms tarde.

DE GRAMTICA

Y DE

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LENGUAJE

brado; que si es funesto ser de continuo c o m p l a c i e n te, no lo es m e n o s erigir la contrariedad en sistema.


E l hogar, y t o d o s lo sabis, ejerce soberana influencia en la e d u c a c i n del nio. D a d m e un alumno, y a
los o c h o das os dir q u piensan sus padres. Y

no

creis e x a g e r a d a mi afirmacin, p u e s cuantos v i v i m o s


en continuo trato c o n la niez y la j u v e n t u d , s a b e m o s
que el hijo de la gata, ratones
asno, dos veces rebuzna

mata; q u e el hijo

del

al da; que el hijo de la cabra,

de una hora a otra bala, y q u e ,

finalmente,

a uso de

la iglesia

los padres,

los

catedral,

acales fueren

hijos

sern.
N o se recatan los padres de hablar ante sus hijos
juzgando actos y h e c h o s ajenos c o n criterio q u e p u e de ser e x a g e r a d o , y hasta h a y p e d a g o g o q u e afirma
que en el seno de algunos h o g a r e s se c o m e n t a n las
disposiciones del profesor, l l e g n d o s e a p o n e r

en

tela de juicio su c o m p e t e n c i a . E l p u e b l o les aconseja


prudencia c u a n d o les advierte q u e dicen los nios en
el solejar

lo que oyen a sus padres

en el hogar, y q u e

no dice el mozuelo sino lo que oye tras el fuego.


Si es cierto, c o m o lo es, que lo que se aprende

en

la cuna siempre dura, qu t r e m e n d a responsabilidad


para los q u e no saben dirigir b i e n a sus hijos, no e n sendoles lo q u e d e b e n saber para ser

hombres

sanos de corazn!
T a m b i n el p u e b l o , q u e se fija m u c h o , ha o b s e r vado q u e los que de nios fueron b i e n dirigidos,
c u a n d o llegaron a ser h o m b r e s lo son de v e r a s : seres
que no se abaten fcilmente p o r las contrariedades,

14

R. MONNER

SANS

ni la fortuna les envanece. El

hijo del bueno,

pasa

malo y bueno, asegura el p u e b l o , p o r q u e sabe que es


la b u e n a e d u c a c i n una de las b a s e s s o b r e q u e d e s cansa la relativa tranquilidad terrena.
D i s g s t a n s e no p o c o s p a d r e s p o r q u e un extrao
r e p r e n d e a sus hijos, sin r e c o r d a r con el p u e b l o q u e
quien a mi hijo quita el moco, a mi me besa el

rostro;

o lo que es lo m i s m o : quien a mi hijo corrige, a m


m e dispensa un g r a n favor. E l cario p o n e una v e n d a
en los ojos; s a b e m o s t o d o s que el a m o r es c i e g o .
Por qu disgustarse si otro c o r r i g e lo que nosotros
no vimos?
Las madres

quieren

m u c h o . Oh!, no h a y a m o r

c o m p a r a b l e al a m o r materno; p e r o p o r regla general,


y quizs p o r lo m i s m o q u e es tan g r a n d e , es un amor
c o m p l e t a m e n t e ciego; no sirve para educar. N o , y no;
lo digo y o , lo dice el p u e b l o c u a n d o afirma q u e hijo
de viuda, o mal criado

o mal acostumbrado.

E l amor

paterno es ms reflexivo; ser m e n o s profundo, p e r o


al hijo y hablo s i e m p r e en tesis general le es
ms til.
Cunto quieren los abuelos! D e b e n de querer m u cho c u a n d o asegura un refrn q u e quien

no sabe de

abuelo, no sabe de bueno; p e r o p r e c i s a m e n t e p o r q u e


este a m o r mustrase e x a g e r a d o , y son las e x a g e r a ciones perjudiciales, otro refrn afirma que criado
abuelo, nunca

por

bueno.

R e s u m i e n d o lo dicho atropelladamente hasta aqu,


y que no alargo ms para no abusar de vuestra p r o bada benevolencia, resulta q u e m u y til es t a m b i n

DE GRAMTICA

Y DE LENGUAJE

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para el dificilsimo arte de educar la Paremiologa.

aun resulta m s : cualquiera p u e d e c o n v e n c e r s e de las


dificultades q u e p r e s e n t a la e d u c a c i n del ser h u m a no si p r e v a l e c e n s o b r e los consejos de la razn los
carios e x a g e r a d o s de que h a b l b a m o s al principio;
si irreflexivamente se le deja al t i e m p o , que es m a e s tro, no lo niego, p e r o maestro d e s p i a d a d o , el encarg o de m o d e l a r el carcter o torcer aviesas t e n d e n cias. L a sociedad es cruel, p e r o a esta crueldad p u e d e
y d e b e o p o n e r s e una sana y l g i c a educacin, basada
no tanto en el amor, que es c i e g o , sino en la razn;
no en una tolerancia, que no vacilo en calificar de
criminal, sino en una cariosa severidad. N o olvidem o s nunca que e d u c a m o s , no hijos, esto es, seres que
han de vivir siempre con nosotros, sino h o m b r e s q u e
h e m o s de entregar al m u n d o t e m p l a d o s para las luchas de la vida; h o m b r e s en c u y o c e r e b r o h e m o s de
depositar la semilla de la b u e n a

doctrina, la cual,

dadas mis ideas, que creo son las vuestras, t e r m i n o


sintetizando con las frases inmortales de nuestro c r e do i n m o r t a l : A m a a D i o s s o b r e todas las cosas, y
al prjimo c o m o a ti mismo.

PAREMIOLOGA MERCANTIL
(Fragmento de un discurso.) (i)

H a b l e m o s de P a r e m i o l o g a comercial, t e n i e n d o en
cuenta que al m a y o r n m e r o de los que m e escuchan,
comerciantes, industriales o estancieros, no les ha de
saber mal que refresque

su m e m o r i a c o n

pginas

arrancadas al libro del p u e b l o . E s pblica mi aficin


a tales estudios, y no ha de sorprender, p o r cierto, q u e
a ellos acuda para entreteneros un rato. O i d m e con
benevolencia.
R e c o r d a n d o que aunque seas muy sabio y viejo,
desdees

consejo,

no

m e atrevo a dirigirme a v o s o t r o s ,

sabios de una ciencia a m v e d a d a , la riqueza, para,


no daros, r e c o r d a r o s algunos consejos q u e p u e d e n
haberse olvidado, o c u p a d o s c o m o estis, la casi totalidad de los aqu c o n g r e g a d o s , a rendir culto al antiptico Mercurio. A n t i p t i c o dije y no r e t r o c e d o , y a
q u e vio antao c o n malos ojos q u e m e acercara a su
altar, y no cej hasta que, no s si en bien o en mal

(i)

Pronunciado el 12 de marzo de 1899.


2

18

R. MONNER SA.NS

de mis p e c a d o s , m e o b l i g a afiliarme d e nuevo en


las huestes q u e acaudilla Minerva, no para e m p u a r
dorada p l u m a , sino para q u e en mis ratos de ocio
quitase el p o l v o a envejecidos m a m o t r e t o s .
A esta mi aficin recurr h o y , p r e s u m i e n d o no t o marais a mal q u e en este deshilvanado trabajo cite a
algunos de v o s o t r o s , q u e he m e n e s t e r ejemplos de
carne y hueso para a y u d a r m e a p r o b a r o s lo q u e para
m es y a v e r d a d inconcusa; esto es, q u e es la ciencia
de los refranes la ciencia de las ciencias, y q u e a y u d a
en m u c h o en la difcil tarea de vivir bien y en paz
con todos.
L o s h a y para t o d o s los g u s t o s y para t o d o s los
estados, y es que el p u e b l a tiene una g r a n dosis de
sentido c o m n y una clara idea de lo q u e es esta
picara vida. S a n c h o , el sin par e s c u d e r o , chorrea refranes y los aplica con un arte q u e en vano han q u e rido r e m e d a r l u e g o los escritores; y es q u e en stos,
si h a y estudio no h a y la intuicin d e las necesidades
de la vida, c o n sus altibajos y sus vaivenes. U n o s p a tentizan p r u d e n c i a , d e s c u b r e n otros picarda, cules
m u e s t r a n severas reglas de acertado vivir, cules m a rrullera y mala intencin; y de esta revuelta m e z c o lanza de refranes, adagios, p r o v e r b i o s y a p o t e g m a s ,
sacar p u e d e cualquiera tiles enseanzas, y a su m o d o
de ser sea el plcido y tranquilo d e q u e ni envidiado
ni envidioso p e r e g r i n a p o r la tierra, y a viva, se agite
y bulla en los no s i e m p r e transparentes mares de la
sociedad actual.
A este g r a n d e p s i t o de v e r d a d e s acud, d e s e o s o

DE GRAMTICA

DE

LENGUAJE

19

de entresacar y mostraros aquellas que, a mi juicio,


habis tenido presentes, quizs sin s a b e r l o y esta
ignorancia os honra , y otras que no holgar c o n o z cis y r e c o r d i s ; q u e si es cierto q u e el saber no
ocupa lugar, cierto es q u e van las enseanzas q u e
ellas implican sin t o m o de inters.
Quizs alguno de los que m e escuchan, y no lo
digo en son de censura, antes bien de alabanza, fu
cadete ( i ) y ha subido uno a uno los p e l d a o s de la
escalera que c o n d u c e al t e m p l o de la F o r t u n a . s t o s
hicieron b u e n o el refrn bastante a n t i g u o : El que est
en la acea muele,

que no el que va y viene; esto e s ,

p r o b a r o n c o n h e c h o s que para c o n s e g u i r algo es p r e ciso tener sufrimiento y constancia.


A l contrario, no algunos, t o d o s , p o d i s repetir y
mandar grabar en vuestros e s c u d o s , a guisa de m o t e ,
los dsticos siguientes, que nos dio a c o n o c e r el e m i nente p a r e m i l o g o P. S b a r b i :
No puede el hijo de Adn,
sin trabajo comer pan.
Frutos del trabajo justo,
son honra, provecho y gusto.
Al fin se rinde fortuna
si el trabajo la importuna.
P o r q u e t o d o s rendsteis culto al trabajo, y los m s
r e c o g i d o habis o p i m o s f r u t o s , d e s p u s de

haber

(i) Cadete significaba en la Argentina aprendiz de comercio.

20

R. MONNER

SAt

l o g r a d o v e n c e r a la fortuna c o n las bien t e m p l a d a s


armas de la paciencia, de la constancia, del o r d e n y
de la economa.
Veis al seor... fulano de tal? A

qu creis que

d e b e su fortuna? Al dios xito? N o ; d e b e su actual


bienestar y la justa fama de q u e goza a que supo
p o n e r en prctica, tal vez sin c o n o c e r l o , un antiqusim o refrn que d i c e : Regla y comps, cuanto ms,

ms.

S; regla, m t o d o , o r d e n y c o m p s , esto es, nada de


precipitaciones se han m e n e s t e r para labrar
fortuna. Y

slida

a p r o p s i t o de estas precipitaciones, os

dir q u e las i m p r o v i s a d a s posiciones m e recuerdan


frecuentemente y sin querer un refrn q u e no he visto
i m p r e s o y que entraa, c o m o regla general, un g r a n
fondo de verdad, y es el s i g u i e n t e : Ningn
sin aguas turbias.

ro crece

N o os fiis, y lo repito, de las for-

tunas i m p r o v i s a d a s , q u e bien p u e d e n

derrumbarse

con la m i s m a facilidad que se alzaron. S a b i d o es q u e


los dineros del sacristn,

cantando se vienen y

cantando

se van.
N o a los viejos, q u e en esto y en t o d o saben ms
que y o , p e r o s a los j v e n e s un tantico a m i g o s de
diversiones y j o l g o r i o s , les r e c o r d a r con el p u e b l o ,
que si quieres

buena fama,

no te d el sol en la cama;

refrn que y a conocan ciertamente de esta manera


ms v u l g a r : Al que madruga,

Dios le ayuda.

R e c u e r d e n los q u e apenas comienzan, q u e


trabaja

tiene alhaja,

y que quien

quien

busca halla. N o se

desanimen si las contrariedades 'les salen al p a s o ,


p u e s harto s a b e m o s t o d o s que no hay atajo sin

tra-

DE GRAMTICA

21

Y DE LENGUAJE

bajo, y s o b r e todo no c a m b i e n

con frecuencia de

ramo, oficio u o c u p a c i n , y a q u e piedra

movediza

no

cra musgo, y no olviden que para p r o s p e r a r es m e nester ser m u y ducho y saber p o n d e r a r su mercanca,
pues, c o m o dicen los ingleses, el c o m e r c i a n t e que
no sepa mentir, y a p u e d e cerrar su t i e n d a .
A los que, dueos y a de c o m e r c i o o tienda, tienen
gente que les sirva y b u e n o s a m i g o s y c o m p a e r o s ,
no hacen b u e n o el refrn de cada uno quiere llevar el
agua a su molino y dejar

en seco a su vecino;

bien, saben que cuando sale el sol sale para

antes

todos, m e

permitir refrescar su m e m o r i a c o n algunos refranes


que p u e d e n serles de utilidad. N o olviden que el ojo
del amo engorda

el caballo; q u e quien a mano

ajena

espera, mal yanta y peor cena. S e p a n y digan con los


a n t i g u o s : Obreros

a no ver, dineros

a perder;

da, tu dueo te vea, y , finalmente, quien


que

tiene

hacientienda,

atienda.

C o n respecto a mozos y criados, es de c u e r d o s no


olvidarse que no c o n v i e n e ni mozo dormidor
maullador;

que quien su carro unta, sus bueyes

ni gato
ayuda;

o sase, que h a y que retribuir bien a quien sirve, y


p o r q u e al cabo de un ao tiene el mozo las maas

de

su amo, conviene ensearles bien.


Quieres

hacer de un

date de mercado

maraved

en mercado;

tienda o de registro

en registro

un cornado};

n-

esto es, de tienda en


( i ) , para p o d e r c o m -

parar precios y calidades y c o m p r a r lo q u e ms a tu


(i)

Tienda donde slo se vende al por mayor.

22

R. MONNER

SANS

bolsillo conviniere. Y en cuanto a c o m p r a r , no d e b e


olvidarse q u e el buen pao

en el arca se vende, y no

se arrepienta l u e g o de su trato, p o r q u e no se
del engao quien por la muestra

queje

compra el pao.

A stos q u e van a la h u s m a en p r o c u r a de g a n g a s
c o m e r c i a l e s no les v e n d r mal r e c o r d a r q u e
buhonero

alaba sus

agujas;

chero; cada zmo alaba

sus

cada

cada ollero alaba su puagujetas,

y cada

pulpero

alaba su queso; cuatro refranes diferentes y una sola


idea verdadera, la de que cada cual p r o c u r a v e n d e r
lo q u e tiene c o n el m a y o r lucro p o s i b l e .
Y , al revs, sabe m u y bien el que v e n d e q u e quien
desalaba
la yegua,

la cosa, se la compra; q u e quien dice mal de


se la merca, y q u e quien desdea

comer quiere

la

pera,

de ella; y del maridaje de estos siete

refranes l t i m o s resulta el l g i c o mercadear, el d e seo en u n o s de v e n d e r a buen p r e c i o y en otros de


c o m p r a r barato, y as fueron s i e m p r e las mercantiles
t r a n s a c c i o n e s , y as son y as sern mientras t e n g a
Mercurio discpulos y a unos s o b r e lo q u e a otros
falta.
T r a t n d o s e de n e g o c i o s de m o n t a , dice un antiguo
refrn c a s t e l l a n o : Dormiris
acuerdo.

sobre

ello y

tomaris

Y q u e el dicho tiene m i g a p r u b a l o , a ms

del p r o p i o criterio, el q u e un p u e b l o tan mercantilista c o m o el ingls lo tradujese a su i d i o m a d i c i e n d o :


Los asuntos importantes para maana.

A s ste c o m o

el nuestro dan a e n t e n d e r que se d e b e p r o c e d e r en


las cosas de importancia c o n la m a y o r madurez.
C o m o reglas generales para bien comerciar, y aun

DE GRAMTICA

Y DE

23

LENGUAJE

para vivir en paz, p u e d e n citarse, entre otros, los r e franes s i g u i e n t e s :


No firmes carta que no leas, ni bebas agua que no
veas; saludable consejo q u e n o s p o n e a cubierto del
mal q u e p u d i e r a causarnos la torpeza o la villana d e
un mal d e p e n d i e n t e .
Entre dos amigos,

un notario y dos testigos; p o r q u e

la seguridad y formalidad e n lo q u e se trata no s e


d e b e juzgar desconfianza; antes bien, sirve p a r a m a n tenera sin quiebra ni discordia.
Escribe

antes que des y recibe antes que

escribas,

que d e n o t a la p r e c a u c i n con que se ha de c o m e r ciar y tratar los n e g o c i o s para no e x p o n e r s e a las


p r d i d a s q u e ocasionan el d e s c u i d o y la d e m a s i a d a
confianza.
La plaza est mal, oigo t o d o s los das y a c a d a
p a s o , y a m, l e g o e n asuntos mercantiles, se m e antoja que estamos sitiados y q u e a lo mejor el e n e m i g o v a a colarse p o r las puertas de la ciudad. M a s
al ver la tranquilidad de sus habitantes y no or ni
chocar de armas ni militares m o v i m i e n t o s , colijo q u e
esa plaza de que m e hablan es el conjunto de p u l p e ras, tiendas, a l m a c e n e s y c o m e r c i o s , y q u e al d e c i r nos que est mal nos dan a e n t e n d e r q u e don

dinero

anda retrado, y q u e quin ms, quin m e n o s , b u s c a


comerciar c o n los ajenos intereses, u s a n d o y aun
abusando del crdito.
B u e n o es dar la m a n o al h o m b r e h o n r a d o y trabajador; p e r o no es malo r e c o r d a r q u e quien fa

o prome-

te, en deuda se mete; refrn que antao se deca ni fa,

24

R. MONNER

ni porfa,

SANS

ni entres en cofrada,

p o r los disgustos q u e

cada una de estas tres cosas sola dar. M s tarde se


fu ampliando el c o n c e p t o y se dijo: Ni fes,
fes, ni prestes, y vivirs
decir: Ni fes,
vivirs

ni con-

entre las gentes; y aun se sola

ni porfes,

ni confes,

ni arriendes,

entre las gentes; siendo de notar que la pala-

bra fiar consta en los cuatro refranes, p r u e b a plena


d que y a de antiguo se abusaba del crdito, y p o r
esto sin duda se e n c a r g a b a no fiar, idea q u e un p o e t a
del siglo x v i ( A n t o n i o D l o Frasso) p u s o en verso
diciendo :
las vuestras mercaderas
si podis vender contado
excusar vender fiado;
p r u d e n t e consejo, d i g n o , m e p a r e c e a m, de ser t e nido en cuenta, y m s si es verdad, c o m o aseguran,
q u e la plaza est mal.
L a s ventas al fiado crean los d e u d o r e s , y la insolvencia o mala fe de stos da lugar a p l e i t o s : hablem o s de unos y otros y s e p a m o s lo q u e nos ensea
la ciencia p o p u l a r .
Para los d e u d o r e s de buena fe, o sase para a q u e llos que lo son bien a pesar s u y o , dice un refrn antiqusimo registrado p o r Iigo L p e z de M e n d o z a :
debdor non se muera, que la debda pagarse

El

ha; refrn

que se m o d e r n i z d i c i e n d o : El deudor no muera,

que

la deuda en pie se queda. T a m b i n se sabe q u e al buen


pagador

no le duelen prendas,

se invent el de no hay plazo


deuda que no se pague.

y para stos, sin duda,


que no se cumpla,

ni

DE GRAMTICA

Y DE

25

LENGUAJE

Para los malos p a g a d o r e s , para aquellos a quienes


se ha v e n d i d o gato por liebre, invent el p u e b l o el del
mal pagador,

siquiera

en pajas; o sase, del q u e t e m e s

que te p u e d a pagar en aquellos tres plazos de t o d o s


conocidos, tarde, mal y n u n c a , c b r a l e p r o n t o , de
cualquier manera, c o m o p u e d a s , si no en m o n e d a , en
pajas.
N o os deseo pleito; pienso c o n el v u l g o q u e ms
vale mal ajuste que buen pleito,
avenencia que buena sentencia.

y q u e ms vale

mala

S i n e m b a r g o , si contra

vuestra voluntad hubiereis de pleitear, r e c o r d a d siempre q u e pleito

bueno o malo, de tu parte el

escribano.

Pero, lo repito, t e m o a los curiales, quizs

porque

no p u e d o olvidar la maldicin de la gitana: Pleitos


tengas y los ganes.
R e p a s a n d o libros antiguos d e s c u b r o en las pasadas
g e n e r a c i o n e s un g r a n saber y una profunda intuicin.
A l l en el siglo x i alguien p r e v e y la existencia de la
R e p b l i c a A r g e n t i n a , y c o n ella las l e y e s fiscales que
e n t o r p e c e n hasta casi anularlo el c o m e r c i o de caldos.
A

aquellos de mis compatriotas q u e arriesgan sus

caudales en el z u m o de la vid, bueno ser recordarles


que alguien dijo : En

vino nin en moro, non

pongas

tu tesoro; y en v e r d a d que la vigente g r a d u a c i n a l c o hlica p a r e c e aconsejar q u e no se inviertan capitales


en la trada de c a l d o s ( i ) .
Al

saber q u e h a y n e g o c i a n t e s

cariosos

amigos

unos de otros, adivino sin gran esfuerzo que la cul(1)

Entiendo que esto se ha modificado ya.

26

R. MONNER

SANS

tura social v a r e f o r m a n d o algunos refranes. E l

qtn

es tu enemigo}; el de tu oficio, va resultando, s o b r e t o d o


aqu, incierto c o n c e p t o ; que en amistoso c o n s o r c i o h e
visto y c o n frecuencia v e o g e n t e s de la misma o c u p a c i n y en iguales tareas absorbidas.
No adivinis p o r qu mi a m i g o el seor X es h o y
h o m b r e de capitales? Pues sencillamente p o r q u e supo
p o n e r en prctica que quien bien ata, bien desata; esto
es, c o m p r e n d i que el q u e e m p r e n d e c o n c o n o c i m i e n t o y b u e n a p r e p a r a c i n cualquier n e g o c i o arduo,
sabr salir en bien de l.
Sabis p o r q u el seor Z, a pesar de sus haciendas y millones, se levanta t e m p r a n o y no deja a ajenas m a n o s el c u i d a d o de sus asuntos? Pues p o r q u e
sabe, sin q u e nadie le enseara, q u e quien
mesura,

las manos

administra,

el aceite

se unta, y q u e administrador

y enfermo

que se enjuaga,

que

algo traga; avi-

sando a m b o s refranes q u e l o s q u e manejan d e p e n dencias o intereses ajenos esto en tesis general

suelen a p r o v e c h a r s e de ello m s de lo j u s t o .
T e n g o p o r c o s t u m b r e , que estimo p r u d e n t e , p r o c u r a r m e lo q u e necesito s i e m p r e en las mismas tiendas. Si m e engaan s o b r e su conciencia v a y a , q u e de
nio m e dijeron q u e suelen repetir los tenderos, y va
el dicho de g e n e r a c i n en g e n e r a c i n , q u e al ave de
paso,

caazo.

Consejos saludables son el no compres

regatn,

ni te embobes en mesn, q u e avisa q u e no se d e b e c o m prar al q u e p o r fuerza tiene que v e n d e r caro, ni d e s cuidarse en sitios en q u e la m u c h a c o n c u r r e n c i a suele

DE GRAMTICA

dar lugar a hurtos; el de a dineros


quebrados;

27

Y DE LENGUAJE

tomados,

brazos

pues sabido es que el que t o m a a prsta-

m o , s o b r e contraer deuda, tiene fiscal q u e investiga


sus actos coartando as su libertad; el de cuenta
razn conserva
jas,

barajas

amistad, as c o m o el de a cuentas

nuevas,

y
vie-

d e m u e s t r a n cuan c o n v e n i e n t e es

aun entre amigos llevar las cuentas claras y saldarlas


cuanto antes.
El c o m e r c i a n t e ha de hablar p o c o ; lo dice as un
refrn: Callar y obrar por la tierra y por el mar; y si
logr reunir caudal ha de r e c o r d a r de continuo q u e
armas y dinero buenas manos quieren; y si an no lo
reuni, saber q u e ms valen amigos

en la plaza

que

dineros en el arca.
Paga

lo que debes y sabrs lo que tienes, dice otro

refrn; y otro, ideado sin duda para animar a los p e queos y cortar vuelo a los grandes, dice: No te abatas por pobreza,

ni te ensalces por

riqueza.

Van ustedes v i e n d o cuan rica es la P a r e m i o l o g a


comercial?
Si los que an no lo son llegan un da a ricos, p r o curen q u e no se les p u e d a aplicar aquello de
pobre, franco;

cuando rico,

cuando

avaro.

A b u n d a n t e es tambin mi idioma nativo en refranes y aforismos, y sin que se m e ocurra, para no


aburriros ms, daros a c o n o c e r los ms curiosos, no
p u e d o resistir al d e s e o de traducir unos cuantos aforismos catalanes citados p o r el erudito C a m p m a n y
en su curiosa obra Memorias
de Barcelona.

Dicen as:

histricas

de la

ciudad

28

R. MONNER

SANS

El m e r c a d e r en la plaza, y el menestral en

su

casa.
Si quieres vivir tranquilo, a tu hijo dale oficio.
Cuando la h o r m i g a trabaja, no te sientes con cachaza.
La seora q u e trabaja, m u y p o c o dinero gasta.
La que trabajar no quiere, gastar mientras tuviere.
El j o v e n que no trabaja, viejo dormir en la paja.
Casa en que se trabaja, nunca falta pan ni paja.
Y

basta y a

de refranes, aforismos, sentencias y

a p o t e g m a s , q u e v a siendo la cantilena pesada y machacona y no es justo abusar p o r ms t i e m p o

de

vuestra paciencia.
T e r m i n a r esta parte con un refrn indio q u e todos
c o n o c i s , a u n q u e p o c o s recordis. D i c e n los hijos del
Celeste Imperio : Queris ser feliz un da?; estrenad
un traje. Una semana?; matad un c e r d o . Un mes?;
g a n a d un pleito. Un ao?; casaos. Queris

serlo

t o d a la vida?; sed honrados.


Y eso digo y o : c o n honradez y laboriosidad se labra
la propia fortuna, se asegura la tranquilidad de c o n ciencia, que vale ms que las riquezas, y se contribuy e a honrar a la patria, y a se viva en su regazo, y a
se est ausente de ella, llevando, eso s, su r e c u e r d o
en el c e r e b r o , su i m a g e n en el alma.

NOTAS LEXICOGRFICAS

A l l va un puadito de observaciones arrancadas


del cuaderno

en que suelo

apuntar lo q u e en mis

lecturas m e llama la atencin.


L a s s o m e t o , sin pretensiones de ninguna clase, a
los l e x i c l o g o s y g r a m t i c o s , y h o l g r a m e saber q u e
alguna de ellas tuvo la suerte de aparecer l g i c a .
A L L E G A R . T a n anticuado es allegar c o m o

abajar,

con la sola diferencia de que el s e g u n d o de estos


v e r b o s hall cabida en el D i c c i o n a r i o a c a d m i c o

el primero no.
A n t i g u a m e n t e , ms que llegar, signific aportar (n).
C o n a m b o s significados lo encuentro e m p l e a d o p o r
Cieza de L e n en La guerra

de

Quito:

Alleg al n o m b r e de D i o s el v i s o r r e y . . . , etc.
Allegado

el v i s o r r e y . . . , etc.

E n el Diccionario

Enciclopdico

Hispano-Americano

se encuentra la palabra, y se d e m u e s t r a q u e la usaron en el sentido q u e dejo indicado V a l d i v i e l s o y


Mariana.
A N I V E L A R . T a m p o c o consta este v e r b o en nes-

R. MONNER

30

SAKS

tro D i c c i o n a r i o oficial, y su uso no es m u y r e m o t o ,


y a q u e , s e g n mis a p u n t e s , lo e m p l e c o n frecuencia
el d o c t o C a m p m a n y en su l u m i n o s a o b r a
histricas
gua ciudad

sobre la marina,
de

Memorias

comercio y artes ele la anti-

Barcelona.

B A N C A R R O T E R O . P a l a b r a usada p o r C a m p m a n y en
en vez de quebrado.

Y no es feo el v o c a b l o , y a q u e

a la q u i e b r a se la llama

bancarrota.

B O T E R O . Y p o r q u no p e r s o n a q u e h a c e y v e n d e botas? Si h a y zapatero, c a l c e t e r o , a g u j e r o ,

etc.,

por q u no botero en el sentido indicado?


CABEZA ( E N ) . D c e s e aqu p o r d e s t o c a d a , o d e s cubierta, o sin s o m b r e r o , etc.; esto es, c o n la cabeza
al aire.
A u n q u e no e n c o n t r hasta h o y la m i s m a l o c u c i n
en nuestros autores clsicos, hallo algo p a r e c i d o . D i c e
L o p e de V e g a :
La blanca nia en cabello
sali una maana al ro.
Tan
Y

figurado

est en cabello c o m o en cabeza.

en otra poesa d i c e el m i s m o a u t o r :
Con nuevos lazos como el mismo Apolo
hall en cabello a mi Lucinda un da.

C A B E Z C A D O . A d j e t i v o , s i n n i m o , sin duda, p e r o
quiz ms e n r g i c o q u e cabizbajo. L o e m p l e , s e g n
m i s notas, F r . D i e g o de E s t e l l a en su libro De la vanidad del mundo,

cap. X X V I I I .

C A P A . F a l t a en esta palabra el m o d i s m o

Se

DE GRAMTICA

V DE

LENGUAJE

c o m p u s o lo de C a p a n e g r a , q u e le a h o r c a r o n , citado p o r G o b e y o s , pg. 3 1 1 de sus

Conversaciones

crticas.
Capanegra

sera, sin d u d a

a l g u n a , un

bandido

famoso.
CARNEAR. H e aqu u n v e r b o q u e p i d e a voz en
grito un sitio en el D i c c i o n a r i o oficial, tanto p o r q u e
Salva da y a noticia de l c o m o p r o v i n c i a l i s m o a m e ricano, cuanto p o r q u e su f o r m a c i n no es fea.
pez se hizo pescar,

De

q u e significa c o g e r p e c e s , sin

duda para c o m e r l o s ; de carne, h a r a m o s carnear,

que

significa c o g e r y matar g a n a d o , reses, carne, en una


palabra, para c o m e r l a , significado q u e aqu tiene el
v e r b o y q u e le da y a el m e n t a d o S r . Salva.
CASQUETERO. U s a d o p o r C a m p m a n y , y que no
consta en el D i c c i o n a r i o , ser tan b u e n o c o m o zapatero.
CAVATIERRA. S u b s t a n t i v o que no e n c u e n t r o en
el D i c c i o n a r i o , y que vale tanto c o m o

destripate-

rrones.
L o e m p l e , segn mis apuntes, el notable
tico G a y o s o en su obra Conversaciones

gram-

crticas,

etc.,

CEJIHECHA. Y u x t a p o s i c i n usada p o r F r .

Am-

ao de 1 7 8 9 .
brosio M o n t e s i n o en las Coplas
Nuestra

de la Visitacin

de

Seora:
Mas la viuda cejihecha
que por calles se derrama.

C O R A C E R O . S e r no slo cuanto el D i c c i o n a r i o in-

ftt MONNER SANS

dica, sino el que hace o fabrica corazas, y en este


sentido e m p l e C a m p m a n y la palabra.
C O R C U S O . T e n e m o s el v e r b o corcusir
tivo participial corcusido,
registre

como

y el adje-

aun c u a n d o la A c a d e m i a lo

substantivo. A m b o s

constan en el

L x i c o , y en c a m b i o falta en l el v e r d a d e r o s u b s tantivo

corcuso.

L o encuentro p e r f e c t a m e n t e usado p o r el g r a m tico G a y o s o (pg. 304, G o b e y o s ) , as:


Pero p o r lo q u e toca a la entresaca y rebusca de
retales y corcusos,

se har m s adelante.

C O R P O R A D O . O f i c i o s corporados

dice

Camp-

m a n y . A d j e t i v o derivado del substantivo c o r p r e o ,


del q u e nacen t a m b i n c o r p o r a c i n , corporal, etc.,
c o m o del v e r b o agremiar nace el adjetivo participial
agremiado.
Corporado

y a g r e m i a d o seran en este caso sin-

nimos.
C R I T I Q U I C I O S . E x i s t e el v e r b o critiquizar.
no el substantivo critiquicio,
c o m e d i a Celosa de s

Por q u

usado p o r T i r s o en su

misma}

CUCHILLERO. A l l va una v e r d a d

de a p u o , y

dicha c o m o d e b e s e r : con voz c a m p a n u d a . N o siemp r e la t e r m i n a c i n ero indica oficio, p u e s si bien


p a n a d e r o es el q u e hace panes, enfermero no es el
q u e hace

e n f e r m o s , p o r ms q u e algunos

galenos

merezcan tal n o m b r e . Y as c o m o c o p e r o , p o r ejemplo,

es el q u e fabrica

te las manejaba
chillero

c o p a s , y el q u e a n t i g u a m e n -

para dar de b e b e r a su seor,

ser no slo el que fabrica

cu-

cuchillos, sino

DE GRAMTICA

el que los maneja.

Y DE

LENGUAJE

33

T o m a d a la palabra en ese sentido,

ser h e r m a n a de espadachn; pero as c o m o ste se


a p o y a en la espada, el cuchillero hace descansar su
fama en el manejo del cuchillo.
C U E R O . E n estilo j o c o s o , no slo significa

el

pellejo que c u b r e la carne de los animales, sino la


piel que c u b r e nuestro c u e r p o .
D i c e Castillejo hablando del a g u a :
En fin; fu tal el beber,
que mi vientre todo entero
se hinch como pandero
hasta que entrar ni caber
no pudo ms en el cuero.
T o d o el m u n d o dice en buen castellano andar o
estar en cueros-.
DESVERGENZARSE. N o consta en el D i c c i o n a r i o ,
a pesar de haberlo usado, entre otros, Cieza de L e n .
F i g u r a en el L x i c o , c o m o anticuado,

desvergen-

zamieuto.
EJECUTRIZ. D i c e C a m p m a n y

(Mentor.,

I, p g i -

na 148).
Y esta terminacin iz, q u e es m u y espaola, se
encuentra en diversos clsicos.
D i c e T i r s o de Molina en el p r i m e r acto de El
lador de

Bur-

Sevilla:
Pues es quien quiera
una lavandriz mujer?

Facultad ejecutriz
te III, pg. 6 7 .

dice C a m p m a n y , t o m o I, par3

R. MONNER

34

SANS

E M B A J A T R I Z . E m p l e a d o en el siglo v x i u .
V a c a de G u z m n llama a la aurora del sol embajatriz .
ENMOLDAR. V e r b o ste que no figura en el L x i co, y c u y a omisin no m e e x p l i c o , y a q u e registra el
adjetivo participial
v-Emnolda

emnoldado.

tu alma en Jesucristo

Estella en el captulo II de La vanidad

dice D i e g o
del

de

inundo.

FREGATIZAR. V e r b o ms e n r g i c o que fregar.


F u e m p l e a d o p o r T i r s o de Molina en El
dor de

Burla-

Sevilla.

G E N T E . Gente
lano no es gente,

b i e n , por g e n t e decente; Fup o r no es p e r s o n a bien educada,

decente, son frases, y otras parecidas, de uso

muy

c o m e n t e en estos p a g o s .
Gente,

en el sentido

que dejo indicado, no d e b e

ser enteramente d e s c o n o c i d o en E s p a a , cuando C a l dos en Fortunata

y Jacinta

d i c e : Me vest de gen-

te-, esto es, de p e r s o n a d e c e n t e .


G U I S A . Define esta palabra el D i c c i o n a r i o , pero
no de m o d o tal que p o d a m o s los indoctos averiguar
el sentido de los siguientes versos de D . E. Manuel
de V i l l e g a s :
Qu placeres me guisa
un rbol, pica seca
cargado de mil hojas
sin una fruta en ellas?
P o r q u e aqu guisa "tampoco m e p a r e c e la tercera
p e r s o n a del singular del p r e s e n t e de indicativo del

DE GRAMTICA

Y DE

LENGUAJE

35

verbo guisar,

en su tercera acepcin; antes c r e y e r a

que est p o r

procura.

INDUSTRIADOS. P o r adiestrados, enseados, etc.


D i c e Cieza de L e n , refirindose a los indios: Estaban m e d i a n a m e n t e

industriados-.

L a palabra no consta en el D i c c i o n a r i o .
E l verbo industriar,

q u e t a m p o c o consta, ha sido

empleado p o r S o r Mara d e A g r e d a e n Mstica


dad de Dios:

Ciu-

Te sealo p o r maestra a mi M a d r e y

V i r g e n ; ella te industriar

y encaminar tus pasos a

mi agrado y beneplcito. (Parte I, libro I, c a p . I.)


MADRIZA. La escuela superior o -madriza dice
V a l e r a en la t r a d u c c i n d e S c h a c k ; esto es, escuela
de madres.
El vocablo no consta en el D i c c i o n a r i o .
C o n posterioridad lo he visto usado p o r Castelar.
PECHO. A esta palabra falta el refrn (citado p o r
G o b e y o s , pg. I O O ) T e n g a usted pecho y criar e s palda.
El conde de A r a n d a e m p l e a la palabra. V a n s e sus
cartas c o m o embajador en Polonia.
PEZ o RANA. E n cualquiera

de estas dos pala-

bras, aunque c o n m s p r o p i e d a d e n la p r i m e r a , falta


en el Diccionario oficial el m o d i s m o A salga pez o
rana.
R A E R . P a r c e m e q u e a este v e r b o le falta la a c e p cin de borrar con que lo usa D i e g o de Estella, c u a n do dice, traduciendo

el x o d o 2 3 :

Al que pec

contra m raerlo he del libro de la vida.


SILVATAR. V e r b o

c a p r i c h o s o , ms enrgico y ,

36

R. MONNER

SANS

s o b r e t o d o , ms despreciativo que silbar. L o e m p l e


T i r s o en su c o m e d i a La ventara

con el

nombre:

No las hurto como algunos


que a la postre se silvatan.
R e c u r d e s e que en lenguaje familiar es m u y c o rriente la palabra silbatina,

que no registra el D i c c i o -

nario, y que ste establece distincin, p o r ejemplo,


entre s e r m o n a r y sermonear.
SUBJECTO. B u s c o la palabra y no la hallo en el
D i c c i o n a r i o , y si es anticuado subjeto y hall cabida
en el libro citado, por qu no

subjecto?

A u n q u e t o d o s los indios, q u e son vuestros


jectos,

sub-

dice L p e z de G o m a r a .

L a o m i s i n es tanto ms de notar, constando en


el L x i c o el v e r b o subjectar,

que e m p l e a y a el citado

autor.
VASERA. D e
C a m p m a n y vasera

cristal,

cristalera; de vaso

al hablar de las artes

hizo

barcelo-

nesas.
Y basta p o r h o y de o b s e r v a c i o n e s .

(Revista Crtica de Instara y Literatura, 31 d e m a r z o d e 1899.)

LA LENGUA

N o pretendo p e r d e r t i e m p o , ni hacerlo p e r d e r , d e finiendo

lo que es la lengua, p u e s el m e n o s ledo sabe

que con el s o b r e n o m b r e de la sin hueso, lo m i s m o se


designa el r g a n o m u s c u l a r situado en la cavidad de
la boca, que el conjunto de v o c e s y trminos c o n q u e
cada nacin explica sus c o n c e p t o s ; surgiendo de estas
acepciones la capital diferencia de que sea la lengua,
para el galeno, objeto de estudio; para el

fillogo,

materia de estudio y reflexin; para el filsofo, punto


de arranque de profundas

meditaciones, y para el

pueblo, siempre vehculo para la c o m u n i c a c i n de


sus ideas, sin que se d e t e n g a en averiguar el s o r p r e n dente enlace que h a y entre la idea y su exteriorizacin por medio de la palabra.
A f i c i o n a d o a tiquismiquis gramaticales y

filolgi-

cos, quise p o n e r m e al habla con el p u e b l o para averiguar la relacin q u e en su innegable b u e n sentido


estableca entre la l e n g u a - r g a n o y la lengua c o m o
transmisora del pensamiento; y y a puesto en la faena,
di sin gran esfuerzo c o n los m o d i s m o s , l o c u c i o n e s ,
refranes y frases proverbiales que registra el L x i c o

R. MONNER

38

SANS

oficial, y q u e releer p u e d e cualquiera con slo t o m a r se el trabajo de abrir el m e n t a d o libro.


Pero... y a este pero v o y a asirme para hilvanar este
articulito.
Falta, a mi entender, en el D i c c i o n a r i o a c a d m i c o
una frase que he odo y ledo m u c h a s v e c e s , frase
que, nacida sin duda en los labios de algn g a l e n o ,
pas al p u e b l o , tan a m i g o de retricas i m g e n e s :
A l enfermo lo p r i m e r o que h a y que mirarle es
la lengua.-

T i e n e la lengua

sucia. L i m p i a r el es-

t m a g o , y p o r consiguiente la lengua,

es el p r i m e r

deber de un mdico. E s t o se repite diariamente.


D e suerte que la lengua, mejor dicho, su limpieza
o suciedad, revela en el m a y o r n m e r o de los casos
el estado del enfermo.
A l g u i e n , aunque corto de letras largo de alcances
y de sentido c o m n , h u b o de fijarse en la frase tener
la lengua
y

sucia c o m o delatora de e n f e r m e d a d fsica,

coligi, sirvindose de una bella i m a g e n , que si

quien est enfermo tiene el r g a n o muscular de la


b o c a sucio, el blasfemo, el mal h a b l a d o , el largo

de

lengua tendr sucia la sesera, y , clar est, siendo sucias sus ideas, sucias han de ser las palabras que de
su b o c a se escapen; y si, a ms de tener ideas bajas,
tiene pervertido

el corazn, p o r aquello de que no

dice ms la lengua que lo que siente el corazn,

cuanto

diga y profiera, descubrir a la legua la p e r v e r s i n


moral de su alma.
D e esta premisa, q u e al m e n o s a m m e p a r e c e l gica, surge lo s i g u i e n t e :

DE GRAMTICA. Y DE LENGUAJE

l.

39

Q u e con or hablar a una persona, no en el

saln ante damas, q u e s i e m p r e c o h i b e n , sino en el


seno de la intimidad, se p u e d e apreciar fcilmente la
limpieza o suciedad de su mollera.
2

Q u e la j u v e n t u d fin de siglo, m u y amiga del

lenguaje rufianesco, va p o n i e n d o de continuo en ridculo a los autores de sus das, p u e s si bien no t o d o s


c r e e m o s que d i c e n los nios en el solejar lo que
o y e n a sus padres en el h o g a r , h e m o s de suponer, o
sobra de ligereza en el padre, o falta de d i r e c c i n
educativa en los e n c a r g a d o s d e m o d e l a r el c e r e b r o ,
el corazn, el alma de sus hijos.
3.

Q u e al escuchar ciertos v o c a b l o s o ciertas fra-

ses, los que de pulcros n o s p r e c i a m o s c e r r a m o s los


ojos y c r e e m o s ver en nuestro c e r e b r o la i m a g e n de
un mozo de cuadra, de un p o r q u e r i z o o de un depravado faqun disfrazado de p e r s o n a d e c e n t e .
Y no vale decir, c o m o afirm cierto autor roplatense, que el hi... de p... es frase m u y castellana, de
uso corriente e n t i e m p o d e C e r v a n t e s T i m o n e d a ,
anterior a l, la us en sus clebres Cuentos,

porque

la frase apuntada" dej y a de usarse a fines del siglo x v n , y si no la rechazara el b u e n g u s t o , la rechazara la cristiana c o m p a s i n q u e m e r e c e r n o s d e b e el
hijo de la ramera, y a que, a la postre, no p u e d e ser
culpable de su bajo nacimiento.
Tener sucia la lengua equivale, p u e s , a u n q u e en el
Diccionario no conste, a ser malhablado, a e m p l e a r
v o c a b l o s bajos, t o r p e s o soeces; y si para limpiar la
l e n g u a - r g a n o se e m p l e a la magnesia, el acbar, el

R. MONNER

SANS

agua de L o e c h e s y tantos otros p r o d u c t o s naturales,


para limpiar la lengua, en el sentido social, no h a y
ms r e m e d i o que leer b u e n o s autores y frecuentar el
trato de p e r s o n a s limpias.
Cundo dejarn ciertas personas de tener la

lengua

sucia}
C u a n d o se lo p r o p o n g a n .

(Boletn del Instituto Americano, 30

de septiembre de

1899.)

EX

L o s p e q u e o s slo p o d e m o s o c u p a r n o s en p e q u e neces. H a b l e m o s , p u e s , de la p e q u e a partcula que


sirve de epgrafe a estas lneas, y aun no de las diversas modificaciones que e x p r e s a s e g n se a n t e p o n g a
a unas u a otras palabras, sino del caso en q u e

se

emplea para designar lo que fu y y a no es.


Fray G e r u n d i o era de parecer que se suprimiera
en lo sucesivo esa voz para denotar lo que se ha ido
y dejado de ser, p o r q u e van siendo tantos los ex de
todas clases, que la e x c e p c i n ha pasado a ser regla
general. Y en v e r d a d q u e el insigne historiador tena
razn, p o r q u e cuntos mozalbetes h a y de quince a
veinte aos a quienes, p o r desgracia, se les p u e d e llamar ex

jvenes}

Si se hubiese a p r o b a d o el divorcio, esta partcula


hubiera c o b r a d o m o m e n t n e a m e n t e gran celebridad,
pues cuantos a tan moralizadora (?) l e y se hubiesen
acogido, habran m a n d a d o imprimir tarjetas c o n el
significativo ttulo, puesto al pie del n o m b r e , ex

casa-

do, que, c o m o se c o m p r e n d e r , no es lo m i s m o q u e
viudo.

R. MONNER

SANS

Basta fijarse un p o c o para ver que el m u n d o est


lleno de ex. H a y ex ministros
h a y ex beldades,
ex pobres.

ex virtudes,

y ex diputados,
ex catlicos,

como

ex ?icos y

L o s franceses, c u y o gracejo no p u e d e n e -

garse, han dicho ex mujer virtuosa,

si bien, para ha-

blar c o n p r o p i e d a d gramatical, debieran haber escrito


ex virtuosa

mujer,

p o r q u e si h a y algo que no p u e d e

variar es el s e x o .
U n autor c u y o n o m b r e escapa en este m o m e n t o a
mi m e m o r i a , escribi la siguiente h e r m o s a quintilla :
"Don Angelito Fierabrs,
el de la persona ex casa,
que nunca en tu casa ests,
quin estuviera en tu casa
para no verte jams!
Comentando

estos versos dice el P. S b a r b i q u e

aquello de la p e r s o n a ex casa p o r escasa, no p u e d e


ser ms apropiado ni de ms fina i n v e n c i n .
C u a n d o la R e v o l u c i n francesa, derribando instituciones seculares, hizo tabla rasa d e cuanto p o r aquel
entonces exista, llen, sin sospecharlo, de ex la patria de S a n Luis; y tan en m o d a se p u s o la partcula,
q u e un conterrneo del santo h u b o de llamar en Genova a D . V i c e n t e M o b e r s o , y p o r irona, ex

jesuta.

E l discpulo de S a n Ignacio, q u e era en e x t r e m o ing e n i o s o , c o n t e s t al francs c o n el siguiente soneto :


No me nombres el ex, por caridad,
despus que lo adopt la Convencin;
debe Europa a la Francia su invencin
y fu su primer fruto la ex piedad.

DE GRAMTICA

Y DE

LENGUAJE

43

Siguise ex rey, ex reina, ex majestad,


ex cura, ex fraile, ex -monje, ex devocin,
ex papa, ex cardenal, ex religin,
ex culto, ex templo, ex fe y ex castidad.
Mira si el ex que bien me nombras hoy
un ex fatal para la Francia fu;
otro ex menos fatal buscando voy,
y de encontrarle tengo viva fe :
ya me parece que escuchando voy
ex Parts, ex nacin, ex liberte'.
El ex jesuta

fu profeta, p u e s t o d o se l l e g a p e r -

der en Francia tras la R e v o l u c i n y el I m p e r i o .


Parodiando al chispeante autor de las

Calilladas,

v o y a ensayar un parrafillo en que j u e g u e el ex el


principal p a p e l :
Espaa, ex pobre

p e r o ex feliz

ex hombres

de ex buena fe

ex virtudes,

llegar a ex Espaa

c u a n d o ex

y ex patriotas

llenos de

si D i o s no lo r e m e -

dia; que la ex moral, la ex justicia

y la ex

son capaces de labrar un ex palacio


ms ex

haba

honradez

a la ex

nacin

poderosa.

(Revista

de la Asociacin

Lacordaire,

septiembre de

1902.)

A PROPSITO DE SANTO
CARTA ABIERTA

Rdo. P. Fr. Julin

B.

Lagos.

Mi distinguido a m i g o :
Me p i d e usted algo para su Almanaque,

y a fin de

que su peticin p r o s p e r e , invoca el n o m b r e de S a n


Antonio. A u n

c u a n d o no deba recurrir a l

para

pedir, pues usted m a n d a y y o o b e d e z c o , q u e d a disculpado y v o y a intentar c o m p l a c e r l e .


H a b l e m o s de santos, no sin antes e n c o m e n d a r m e
a nuestro Padre S a n F r a n c i s c o .
P o c o t i e m p o har q u e en u n o de los diarios g r a n des de la maana l e :

San Santiago A p s t o l ; y

cuntese q u e en la R e d a c c i n del p e r i d i c o hay, no


uno, varios redactores que estn en el caso de c e n s u rar el p l e o n a s m o . P e r o se trataba de un santo y , aun
notado el disparate, para qu rectificar?
Santiago, patrn de las E s p a a s , no admite el San
delante, p o r la potsima razn de que el adjetivo va

R. MONNER

SAKS

y u x t a p u e s t o al n o m b r e . Santiago equivale a Sa/i Yago,


y ste a San

Diego

(Matamoros), uno de los ms

valientes santos y caballeros que tuvo el m u n d o y


tiene ahora el cielo. D e c i r , pues, San Santiago es
p o n e r albarcla s o b r e albarda. S a b i d o es que en lo antiguo san se escriba saut.
Y y a que de la palabra san tratamos, h a b l e m o s de
ella con algn espacio.
P r e g u n t a b a n a un chusco cuntos santos h a y en el
cielo, y contest r p i d a m e n t e : Slo h a y tres
tos y un santito,

refirindose a Santo

Toms,

sanSanto

D o m i n g o y Santo T o r i b i o , y a San Tito. L o que decir


quera q u e el adjetivo santo se a p o c o p a delante de
t o d o s los n o m b r e s m e n o s de los tres citados. Y

eso

p o r q u e as lo afirma la Real A c a d e m i a en su G r a m tica, al asegurar que santo slo se antepone a los tres
indicados.
M a s es el caso que a los que cita la docta C o r p o racin c a b e a g r e g a r Santo Cristo, Santo n g e l ,

Santo

T o b a s , Santo Job, Santo

Santo

A l a n o , Santo

Dios,

F u e r t e , Santo Inmortal, etc., etc., etc., tres etcteras


que equivalen a asegurar que h a y algunos ms.
C o m o regla general no exenta de e x c e p c i o n e s , San
Elias, p o r ejemplo, podra darse la siguiente i El
adjetivo santo pierde su ltima slaba delante de los
n o m b r e s que llevaron los perfectos que la Iglesia ha
r e c o n o c i d o p o r santos en el N u e v o T e s t a m e n t o , y la
c o n s e r v a en los que se c o m p r e n d e n en el A n t i g u o .
N o d e c i m o s San]oh

y d i r e m o s San Pedro.

San, c u y o plural es sanes, usado slo en las e x p r e -

DE G R A M T I C A

DE

LENGUAJE

47

siones familiares Por vida de sanes!- y V o t o a


sanes!,

tiene una larga descendencia, en la que si

figuran

no p o c o s v o c a b l o s de noble significado, otros

hay de significacin despectiva y vulgarota.


Prueba al canto :
Santamente.
Santera.

C o n santidad.

Sencillamente.

L a mujer del santero, o la q u e cuida de

un santuario.
Santero.

El que cuida de un santuario.

Santidad.

Calidad de santo. T r a t a m i e n t o h o n o -

rfico que se da al Papa.


A p r o p s i t o de esto, b u e n o ser advertir que refirindonos a la cabeza visible de la Iglesia, d e b e m o s
decir Padre

Santo y no Santo

Padre,

c o m o dicen y

escriben los galiparlistas.


Santificacin.

Accin y

efecto de santificar

santificarse.
Sautificador.
Santificante.
Santificar.

(Adjetivo.) Q u e santifica.
(Participio activo.) Q u e santifica.
H a c e r a uno santo, etc.

Santo. P e r f e c t o y libre de toda culpa, etc.


Santoral.

L i b r o q u e contiene vidas o h e c h o s de

santos. L i b r o de c o r o .
Santuario.

T e m p l o en q u e se v e n e r a la i m a g e n

o reliquia de algn santo.


A l laclo de estos p o d e m o s colocar :
Santero.

D c e s e del que tributa a las i m g e n e s

un culto indiscreto y supersticioso.


Santn.
tidad.

H o m b r e hipcrita o q u e aparenta san-

R. MONNER

Santucho.

SANS

S i n n i m o de

Santurrn.

N i m i o en los actos devotos; y

Santurronera.

Calidad de santurrn.

E n cuanto a refranes y m o d i s m o s en los que figuran las palabras san o santo, p u e d o citar treinta y seis
registrados en mi libro La Religin

en el idioma,

otro que h u b e de omitir p o r no acertar a velar su


c o n c e p t o . P o r d o n d e se v e la larga prole y d e s c e n dencia que tiene el adjetivo m o t i v o de estas lneas.
Para desarrugar el entrecejo a los que h a y a n tenid o la paciencia de leer la anterior insulsa charla, referir una discusin habida hace y a algunos aos, no
sabr si siglos, entre un francs y un espaol.
P o n d e r a b a cada cual la religiosidad de su pas. A
cada santo q u e el francs n o m b r a b a opona otro el
espaol, y la porfa se iba haciendo interminable. P o r
fin, y para acabarla, el francs ofreci p r o b a r
siendo a m b a s naciones

que

catlicas, el santoral de la

s u y a era ms largo que el de E s p a a . V i v o de imaginacin el peninsular, a c e p t el reto c r e y n d o l o una


fanfarronada, y c o n t e s t que a los santos registrados
en el martirologio c o m n a a m b o s pases, los e s p a o les aadan otro, sin vigilia: sanseacab.

E l francs,

que a juzgar p o r su salida deba ser g a s c n , solt la


carcajada

al or al peninsular, a g r e g a n d o en tono

triunfante : A' este sanseacab,

que es uno y no ms,

p o d e m o s los franceses o p o n e r tres, que son san


san cump liman y san seremon.

fasn,

Y p e r d o n e n la irre-

verencia religiosa y ortogrfica los d e s c e n d i e n t e s de


San L u i s .

DE GRAMTICA

Y DE LENGUAJE

49

Basta de c o n v e r s a c i n . S que lo escrito es una


nonada q u e no vale la p e n a de ver la luz pblica.
R m p a l o , si opina c o m o y o , d e s p u s de ledo, y srvale para p r o b a r q u e si es m u c h a la v o l u n t a d de c o m placerle, son, en c a m b i o , diminutas las dotes de i n g e nio de su b u e n a m i g o .

(Almanaque de San Antonio,

n o v i e m b r e de

1902.)

LA ENSEANZA DEL IDIOMA

Al Sr. Dr. Rodolfo

Rivarola.

Me hablaba usted de mi pleito? A q u traigo los


papeles. E s t o p u d e contestar a usted c u a n d o , con g a lantera q u e estimo, tuvo la atencin de d a r m e a saborear el h e r m o s o

escrito

titulado Los catedrticos


de segunda

enseanza

del francs M .

Pittolet,

de castellano en los

Institutos

de Francia.

P o r cierto, y dicho

sea c o m o previa digresin antes de entrar en

mate-

ria, que da m o t i v o para h o n d a s reflexiones el saber


que los literatos de m a y o r r e n o m b r e en F r a n c i a , A l e mania, Inglaterra y E s t a d o s U n i d o s , llevan su admiracin p o r el idioma de Castilla hasta el e x t r e m o
de dedicar a su profundo estudio largas vigilias, en
tanto que los superficiales, los dilettanti

en G r a m t i c a

y F i l o l o g a a b o m i n a n de l y tiran a bastardearlo.
O b e d e c e r la actitud de estos ltimos a un e x c e s o
de a m o r patrio, o estar inspirada p o r un sentimiento m e n o s noble, el t e m o r de una, aunque lejana, p o -

ft. MONNER

SANS

sible c o m p e t e n c i a comercial? V a y a usted a saber! L o


nico que p u e d o afirmarle es q u e son m u c h o s , m u chsimos los extranjeros catalogndolos e s t o y hace
y a t i e m p o q u e , sin abominar de su idioma nativo,
p o n d e r a n la nobleza y majestad del castellano, diputndolo c o m o el idioma ms h e r m o s o de los hablados p o r el h o m b r e .
O t r a feliz casualidad p u s o en mis m a n o s el
me de la Comisin

de los Diez,

der, m e le c o n avidez cuanto escribieran los


tes s o b r e la enseanza

Infor-

y , c o m o se c o m p r e n -

del ingls en los

firmanEstados

Unidos.
T i e n e para la tesis q u e hace aos defiendo, el sup r a d i c h o Informe, la ventaja de estar redactado en
una antigua colonia inglesa q u e ha b u s c a d o y hallado su p r o s p e r i d a d en el c o m e r c i o y en la industria,
no en el inocente e m p e o de crear para su uso p a r ticular un n u e v o i d i o m a que, a la postre, slo se hubiese formado

barbarizando

el de S h a k e s p e a r e

lord B y r o n .
R e c o j a m o s , p u e s , algunas de las ideas esparcidas
en el Informe

de la Comisin

de los Diez y en el cita-

d o trabajo de M. Pittolet.
E n la sntesis de la conferencia de ingls se l e e :
Tanto para las escuelas superiores c o m o para los
g r a d o s m e n o r e s , la Conferencia declara que cada profesor,

cualquiera

que fuere la materia, debe ser

sable del uso de buen ingls para sus

respon-

alumnos.

Y ms adelante a g r e g a :
H a y en esta parte del Informe la idea

fundamen-

DE GRAMTICA

tal de q u e el estudio
contribuir

Y DE LENGUAJE

53

de todas las dems materias

a la enseanza

del

debe

ingls.

Qu le parece a usted, mi r e s p e t a b l e doctor, de lo


que s u b r a y a d o queda? Y q u e el c o n c e p t o es l g i c o ,
se averigua con slo parar mientes en la difcil situacin en q u e e s t a m o s c o l o c a d o s h o y en la A r g e n t i n a
los catedrticos de idioma, no i n c l u y e n d o , naturalmente, en esta categora a los que dictan la materia
p o r e x c e s o de b e n e v o l e n c i a g u b e r n a m e n t a l . S e afana
el profesor

p o r ensear terica y p r c t i c a m e n t e el

acertado u s o del patrio lenguaje, y a los p o c o s m i n u tos, y a q u e no a las p o c a s horas, el a l u m n o r e c o g e r


de doctos labios, o leer en o b r a s , p o r otro c o n c e p to r e c o m e n d a b l e s , palabras,

oraciones y

frases en

abierta oposicin con lo q u e aprendiera en las c l a ses de idioma. Y m e n o s mal c u a n d o se confiesa que
no se p o s e e el nativo lenguaje, y se le aconseja al
alumno

a t e m p e r a r s e a lo apuntado p o r el profesor

de Gramtica, p u e s casos h a y e n - q u e los laudables


esfuerzos del catedrtico de idioma se v e n esterilizados p o r consejos en c u y o seno palpitan la rebelda
y el desprecio p o r la lengua que, aun bastardeada,
tantas hermosuras nos muestra de continuo.
D e c a m e un cla cierto c o m p a e r o de tareas, q u e
no se distingue ciertamente p o r su respeto al i d i o m a :
Cunto d e b e n ustedes p a d e c e r obligados a escuchar
a cada m o m e n t o v e r d a d e r o s crmenes gramaticales,
y ver que sus e m p e o s desvirtuados q u e d a n no slo
p o r el v u l g o , sino p o r m u c h o s que estn en el d e b e r
de secundar a ustedes!

R. MONNER

54

SANS

S o b r b a l e razn al estimado a m i g o , y t o d o p o r q u e
se le niega eficacia a un estudio q u e es de capitalsim a importancia para los h o m b r e s t o d o s .
Oh! L a G r a m t i c a ! d i c e n no p o c o s e n c o g i n d o s e
de h o m b r o s ; hay aburrimiento mayor! Cierto es
q u e no es asignatura agradable; p e r o dejando a un lado
q u e un profesor e x p e r t o logra suavizar el tedio q u e
tal estudio causa a la j u v e n t u d , los d e m s profesores
y el v u l g o d e b e n saber y r e c o r d a r que as c o m o no
h a y sociedad h u m a n a sin relaciones jurdicas, no h a y
i d i o m a alguno sin relaciones gramaticales entre las
palabras que le forman; luego la Gramtica es esencialmente necesaria para a p r e n d e r a hablar y escribir
c o r r e c t a m e n t e . Q u i e n no sepa Gramtica, tropezar
s i e m p r e con los escollos que de continuo se alzan al
pretender manifestar el pensamiento en forma c o r r e c ta y bella.
A s d e b e n c o m p r e n d e r l o los ilustres

firmantes

del

aludido Informe, c u a n d o lo comienzan escribiendo :


Si el alumno d e b e considerar el c o n o c i m i e n t o del
idioma c o m o un instrumento para e x p r e s a r sus p e n samientos, es necesario q u e durante el p e r o d o de la
vida en q u e la imitacin es el principio fundamental de la e d u c a c i n , se le aleje lo ms posible de la
influencia de los malos m o d e l o s y se le tenga bajo la
d e los b u e n o s ; y q u e t o d o p e n s a m i e n t o que e x p r e s e
o r a l m e n t e o p o r escrito, se considere c o m o materia
de crtica para el idioma. A s , cada leccin de
fa,

de Fsica

o de Matemticas,

parte de la enseanza

Geogra-

puede y debe ser

del idioma para

el

alumno.

una

DE GRAMTICA

Y DE

LENGUAJE

55

U n m u n d o de ideas y otro de recuerdos se agolpan


a mi m e n t e para d e m o s t r a r que aqu s e g u i m o s c a m i no d i a m e t r a l m e n t e

opuesto al aconsejado

por

los

profesores norteamericanos. U n a lastimosa consideracin hacia el castellano c o r r e c t o y los e n c a r g a d o s


de ensearle i m p e r a en todas las esferas, y sus resultados l g i c o s son la anarqua p e d a g g i c a y el triunfo
del b a r b a r i s m o . E n vano p u g n a n p o r su pureza los
Mitres y Z e b a l l o s , los C a s y Q u e s a d a s , que el mal
ech profundas races y falta en los m d i c o s valor
para extirparlo.
R e m a c h a el clavo la citada C o m i s i n , d i c i e n d o :
Si se descuida este principio, una clase de H i s toria o de Geografa, por ejemplo, p u e d e fcilmente deshacer todo lo eme se ha c o n s e g u i d o c o n un b u e n
ejercicio de ingls.
Qu observacin tan profunda! T a n t o que... P e r o
q u e d e n por h o y en el fondo del tintero las ancdotas,
por cierto p o c o j o c o s a s , que pudieran referirse a p r o psito de la poca atencin que m e r e c e la G r a m t i c a
de parte de m u c h o s que estn en el deber de c o n o cerla y aplicarla.
Solamente a g r e g a n despus una cordial c o o p e r a c i n de t o d o s los profesores p o d r dar en ese
sentido resultados satisfactorios.
L a afirmacin no p u e d e ser ms lgica, e intil m e
parece p e r d e r el t i e m p o amplindola c o n datos y n o ticias al alcance de quien quiera t o m a r s e el trabajo
de compilarlas.
A l tratar de la enseanza del ingls en las escuelas

R. MONNER

SANS

superiores, dice que cualquier profesor, cualquiera


que fuese la materia q u e le corresponda, d e b e ser
r e s p o n s a b l e del e m p l e o de un b u e n ingls p o r parte
de sus a l u m n o s .
D e j a n d o a un laclo y para mejor o c a s i n las otras
ideas contenidas en el Informe de referencia, decir
d e b o q u e los prrafos c o p i a d o s tuvieron un fin, el de
demostrar el especial cario con que en N o r t e - A m rica se trata cuanto al patrio lenguaje se refiere, aad i e n d o , mejor dicho, h a c i e n d o mas las palabras del
ilustre venezolano R i v o d : N a d a enaltece ms a
un p u e b l o q u e p o s e e r c o r r e c t a m e n t e su idioma nativo.
E l artculo

de M. Camille Pittolet, escrito en un

castellano que para su cotidiano uso quisieran ms de


cuatro literatos espaoles y a m e r i c a n o s , es un h e r m o so canto a esa E s p a a mal juzgada p o r q u e es p o c o
conocida. Pittolet no es un discpulo, es un c o m p a e ro de M o r e l - F a t i o , de M e r i m e y de Fastenrath.
S o r p r e n d e , en v e r d a d , saber q u e en sus clases de
castellano, convertidas en v e r d a d e r o s m u s e o s de v i s tas, tarjetas, caricaturas, etc., hispnicas, h a y a p o d i d o
p o n e r un carteln q u e reza a s :
Se p r o h i b e , bajo la multa de una perra chica, hablar francs en clase.
Y el autor asegura, y fuerza es creerle, que t o d o
el q u e deja escapar un v o c a b l o francs, tiene que soltar la m o s c a y abonar la cantidad p r e c i t a d a .
N o c a b e intentar aqu la copia de m o d e l o tan herm o s o , pero en h o n r a a los alumnos argentinos, d e b o

DE GRAMTICA

V DE

LENGUAJE

57

consignar el siguiente h e c h o , que cada ao se repite


en mis clases, lo confieso, con gran contento mo :
A l comenzarse el curso, h a y la orden de q u e cada
alumno o c u p e su b a n c o : a las p o c a s lecciones, si h a y
ausentes, se me p i d e p e r m i s o para o c u p a r los b a n c o s
vacos; al m e s , en los p r i m e r o s b a n c o s estn sentados
dos alumnos en vez de uno, con lo que queda llena
la p r i m e r a mitad del aula y vaca la s e g u n d a mitad.
N o d e b e ser la G r a m t i c a tan rida, ni el alumno tan
refractario a ella, cuando en vez de alejarse del profesor quiere acercrsele.
E n cuanto al castellano en F r a n c i a , y v o l v i e n d o al
estudio de M . Pittolet, digno de saberse es que c u n de cada da en Francia la enseanza del castellano, y
engruesa aqu sin cesar el batalln de los h i s p a n filos,

dice el susodicho catedrtico.

Q u e r e m o s escribe , y es nuestro deber, que


los alumnos salgan del Lycc'e capaces de hablar la lengua castellana ante t o d o , y E s p a a , no y a A m r i c a ,
es la que q u e d a madre del habla castellana.
A s escriben cuantos no se dejan d o m i n a r p o r un
falso patriotismo.
Sera cosa curiosa p o n e r frente a frente de los hispanfilos franceses, alemanes, ingleses y n o r t e a m e r i canos esta media d o c e n a afortunadamente no son
ms de h i s p o n f o b o s que aqu suean c o n inventar una j e r g a , hija legtima de su ignorancia del e s plndido idioma de Castilla, y que con t e s n digno
de mejor causa se e m p e a n en aislarnos de los d e m s
pases del habla castellana,

R. MONNIill

SANS

Mas, dgase lo q u e se quiera, lo cierto es que de


algunos aos a esta parte h a y en no p o c o s el plausible deseo de manejar c o n soltura y elegancia el nativo idioma, depurndolo de barbarismos y giros c o n trarios a su ndole; y este deseo se ha e x t e n d i d o y a
tanto, q u e hasta se transparenta en los diarios. S e
m e asegura, si bien c o n s i g n o la noticia c o n temor,
que cierto diario cre, hace y a dos o tres aos, una
plaza, la de c o r r e c t o r de estilo, lo que quiere decir
q u e h a y en la D i r e c c i n de aquel diario el noble e m p e o de q u e aparezca cuanto en l se estampa escrito en c o r r e c t o castellano.
N o quiero r e p e t i r m e diciendo en distinta forma lo
q u e dicho q u e d a en la I n t r o d u c c i n de una obrita
m a ( l ) , escrita con ms cario q u e fortuna.Pero lo que
s aadir es que, as c o m o creo en la actual superioridad de los g r a m t i c o s americanos s o b r e los peninsulares, creo c o n V a l e r a en la aparicin para las castellanas letras de un siglo de o r o , en el que nuestra
prosa rica y abundante del siglo x v i aparezca an ms
rozagante y hermosa, ataviada con las galas q u e p r e s tarla p u e d e n las fantasas de venezolanos y chilenos,
c o l o m b i a n o s y argentinos. Y si este soado da llega,
yo y a no lo he de ver!, lo d e b e r e m o s a q u e nos d e s pertaron de nuestro letargo y nos ensearon a a d m i rar nuestra armoniosa lengua franceses y alemanes,
ingleses y n o r t e a m e r i c a n o s . Benditos sean!
(Revista de la Universiada, 15
(1)

Notas al castellano en la Argentina.

de abril de

1904.)

LA MUJER Y EL MATRIMONIO

(t)

PAREMIOLOGA FEMENINA

Seoras, seores:
Cunta indulgencia he menester! Y no b r o t la
exclamacin de los puntos de mi pluma por falsa m o destia o p o r estudiado efecto retrico. No; convencido estoy de que slo vuestra excesiva benevolencia
p u e d e infundirme valor para tratar el t e m a que m e he
propuesto, y a ella m e acojo, bien cierto de q u e vuestra bondad sabr disculpar lo desgarbado de mi estilo y mi torpeza en ataviar conceptos.
Cuando, con galantera que estimo, el ilustrado
director de este Centro, que tanta luz irradia y a gracias a sus esfuerzos, no slo sobre La Plata, sino sobre la Repblica entera; cuando con deferencia, repito, que agradezco me invit a que ocupase esta tribuna por breves m o m e n t o s , titube luengo rato, no
p o r q u e la invitacin no halagara mi honrilla, lo confieso, sino p o r q u e no acertaba a dar con un t e m a que
(i) Discurso ledo en la Biblioteca Pblica de La Plata el
14 de agosto de 1904.

(5o

R. MONNER

SANS

pudiese ser de vuestro agrado. Deba esquivar, a lo


menos as lo crea yo, profundas investigaciones que
mal se avienen con la pequenez de mis luces; no p o da engolfarme en la solucin de problemas sociales,
para cuya sola enunciacin tantos y tan varios conocimientos se requieren; no me era posible penetrar
en el santuario de las ciencias exactas, p o r q u e sus
puertas estn cerradas para los profanos a piedra y
lodo; y, os lo declaro, desmayaba ya, cuando se me
apareci el recuerdo de una m a d r e perdida al pisar
y o los umbrales de la vida, y su sola memoria hizo
b r i l l a r e n mi mente un n o m b r e , mujer, n o m b r e que
compendia cuanto de ms grande y de ms hermoso
hay en la tierra, ora se trate de aquella por la que en
el vigor de la juventud suspiramos, ora sea la que, y a
a nuestro lado, en edad viril, nos ayuda a sobrellevar
la pesada carga de la vida; bien la que, convertida en
madre, disuelve su corazn en millonsimos tomos
de cario, cada uno de los que capaz es de conmover
a un mundo; bien la de blanca cabellera, que mira
reproducirse en sus nietos la juvenil estirpe, que
como esfumada legin ve all a lo lejos su, no p o r
envejecida, menos amorosa mente.
D e la mujer, pues, hablar quiero; pero hablar a
mi modo, que no ansio proclamar ninguna teora
nueva, ni levantar polmicas, ni suscitar discusiones.
Modesto literato, aficionado a estudios de lenguaje,
con los que honesto escasas ociosidades, al idioma
voy a recurrir para entreteneros breves m o m e n t o s .
Hablemos, pues, de La mujer y el matrimonio;

DE GRAMTICA

V D LENGUAJE

a la filosofa popular, a sea a la ciencia de los refranes, acudamos en d e m a n d a de noticias y datos que
servir puedan a ellos y a ellas para que la corona de
rosas que tejen galanes y galanas no slo no pierda
su perfume y hermosura en pocos aos, sino que
fresca y lozana se muestre mientras a Dios no le
plazca llamar a uno de los desposados al E t e r n o Jardn do no se marchitan nunca las flores que en la
tierra supo cultivar la virtud.
Inmenso es el caudal de refranes referentes a la
mujer y al matrimonio que me ha sido posible recoger de las inmortales obras de nuestros clsicos: pasan
de 900, los que he agrupado y dividido en secciones,
y a este copioso caudal acudo hoy, y, cual en vasto
jardn, a escoger voy unas cuantas flores, sintiendo
que, psimo jardinero, ande torpe mi mano en cortarlas, y ms torpe an en agruparlas para q u e el
ramo se presente a vuestros ojos armnico de colores y bien combinados los perfumes. H a y violetas
y r o s a s y rosas con e s p i n a s , y nardos y claveles,
y la tierna sensitiva y la modesta malva de olor: que
cada cual escoja o recuerde la que a su estado convenga, no olvidando que cada refrn es grave sentencia que de p r u d e n t e s es no olvidar.
E n t r e m o s en materia, comenzando p o r definir a la
mujer, que, para un autor m o d e r n o , e s :
Soltera, una flor; casada, una semilla; viuda, una
planta descuidada; monja, un hongo de la H u m a n i dad; hermana de la Caridad, una planta medicinal, y
solterona, una enredadera.

62

R. MONNER

SANS

No creo q u e del amor puro y casto no haya q u e dado rastro alguno sobre la haz de la tierra; no olvido
do q u e D . T o m s de Iriarte, y refirindose, como es
de suponer, a las jvenes de su poca, escribi:
Qu antigualla! Ya el amor
se escoge como una tela :
no se repara en que dure
poco, si la vista es buena;

pero s tambin que el amor santo patrimonio es de


almas nobles y honradas, y que en todas edades y
tiempos tuvo el hijo de V e n u s serios y abnegados
servidores.
No ha de haber, ciertamente, entre los q u e m e escuchan ningn doncel a quien aplicarse pueda el tan
conocido amor

trompero,

cuantas

veo tantas

quiero,

que mi admirado Alarcn glos en los siguientes


versos q u e p o n e en boca de T r i s t n :
Y o nunca he tenido aqu
constante amor ni deseo;
que siempre, por la que veo,
me olvido de la que vi (i);

antes al contrario, pienso, y como verdad inconcusa


defendiera, que esta juventud que m e escucha, verdadera esperanza de la patria, gala y orgullo de esta
simptica capital, sabe bien, y ni enmendarlo intenta,
q u e el amor primero,

(i)

dificultoso

La Verdad sospechosa.

es de olvidar;

refrn

DE GRAMTICA

Y DE

LENGUAJE

63

que los m u y ledos h a b r n hallado de esta otra man e r a : Sopas y amores,

los primeros

los mejores. Y aun

saben ms, de acuerdo con el culto caballeresco que


a la clama debemos, y es que, como dijo Cervantes,
donde hay mucho amor no suele haber demasiada
envoltura

des-

(1).

La ley de la cortesana se reducedeca un discret o a dos preceptos; a saber: en viendo una mujer
fea, no codiciar la mujer de tu prjimo; y en vindola hermosa, amar al prjimo como a ti mismo; acomodadiza ley, digo y o , que si platnicamente a nadie
puede perjudicar, aceptada como verdad palmaria
podra perturbar no pocos hogares.
Quin no sabe q u e el futuro esposo h a d e tener,
en cuanto sea posible, el A B C de los enamorados? Refirindose a este refrn, mejor dicho, explicndolo, p o n e Cervantes en boca de Leonela, doncella de Camila (2), esta especie de letana, siguiendo el
abecedario: Agradecido, bueno, caballero, dadivoso, enamorado, firme, gallardo, honrado, ilustre, leal,
mozo, noble, onesto, principal, quantioso, rico, sabio,
tcito, verdadero; y concluye con que la X no le
cuadra p o r q u e es letra spera. La Y y a est incluida
en la I latina, y la Z es lo mismo que zelador de su
honra.
Hablemos un rato de la hermosura femenina, descartando cuanto de convencional y exagerado hay en
(1) Don Quijote de la Mancha, parte II.
(2)' El C71rio.ro impertinente.

R. MNNER

&4

SANS

lo que a la belleza se refiere. Dejando a un lado que,


como dije en otra ocasin, con mejor deseo que
poesa,
No ha}' mujer fea en el mundo,
3'0 sostengo y sostendr;
para ser bella, le basta
y sobra con ser mujer;

y que nadie, y menos si es mujer, se agremia de


buen grado en las filas q u e capitanea Featriz, conviene r e c o r d a r q u e no hay mujer con seso, delante del

espejo; refrn q u e le dio pie a Gngora para escribir:


En palacio la princesa,
en la ciudad la seora,
en la aldea la pastora
y en la corte la duquesa,
madre, a ninguna le pesa
que le digan que es perfeta,
que la ms noble y discreta
se pierde porque la alaben...

Respecto a la hermosura femenina, el vulgo n o s


participa una verdad q u e muchos de mis oyentes n o
han de conocer, y es que fea en faja,

bonita en plaza,

y viceversa; refrn que significa q u e la nia fea al


nacer, trucase en hermosa una vez desarrollada, y al
contrario, la m u y bella en su infancia suele ms tarde
afearse. Consolarse deben stas, sin embargo, recordando que h a y otro refrn q u e asegura que la fortuna de las feas,

las bonitas la desean; lo que decir quie-

re q u e a veces suelen lograr matrimonio ms conve-

DE GRAMTICA

V DE

LENGUAJE

65

niente las mujeres feas que las que no lo son. Quizs


por esto exclamara el inspiradsimo cuanto extraviado E s p r o n c e d a :
Ay infeliz de la que nace hermosa!

L a esplndidamente dotada p o r la Naturaleza, b u e no es que r e c u e r d e que a mayor hermosura,

mayor

cordura, idea que L o p e de V e g a glos diciendo:


Que ha de ser la doncella virtuosa,
ms recatada mientras ms hermosa (1);

y a la que se refera Caldern al e s c r i b i r :


Que en la muj'er la hermosura
es la misma honestidad (2).

Como parntesis a esta disquisicin paremiolgica,


participar a cuantos ms clavan sus ojos en la hermosura del cuerpo que en la belleza del alma, que
para que una mujer sea enteramente hermosa, ha d e
tener estas diez y ocho seales:
H a de ser larga, pequea, colorada, ancha, negra
y blanca en tres lugares, y esto ha de ser de esta
suerte:
H a de tener el cuerpo medianamente largo.
El cuello, largo.
Los dedos de la mano, largos.
H a de tener pequeas medianamente las narices.
Pequea la boca.
(1)
(2)

La Gatomaquia.
La Devocin de la Cruz.
5

66

R. MONNER

SANS

Y p e q u e o s los pies.
H a de ser colorada en los labios.
Colorada en las encas.
Colorada en los carrillos.
Ha de ser ancha en los h o m b r o s .
A n c h a en las caderas.
A n c h a en los muslos.
H a de ser naturalmente negra en los cabellos y
cejas.
Negra en las pestaas.
Y negra en los ojos.
Y finalmente, ha de ser blanca en el cuerpo.
Blanca en la cara.
Y blanca en los dientes.
Y volviendo a tomar el hilo de mi discurso, dir
1

que mientras

es la mujer

ms hermosa,

es ms

peli-

grosa; refrn que deben tener presente cuantos deseen


ingresar en la Cofrada de San Marcos. A stos de
buena fe les aconsej acepten la recomendacin de
Garca Arista, quien en sus Cantas baturras dice:
Mejor que una mujer bella (i),
una gea has de elegir,
porque la bella es pa todos,
la gea slo pa ti.

La q u e se elija p o r compaera, dice el pueblo que


ha de ser ni hermosa

que todos alaben, ni fea que a

(t) El original dice guapa, palabra que aqu se emplea


tan slo en el sentido de vllenle.

DE GRAMTICA

Y DE LENGUAJE

67

todos espante; p o r q u e si es m u y hermosa, t e n d r m u -

chos perseguidores, y si es m u y fea, quizs llegue un


da a espantar al propio marido. Los gallegos tienen
un cantar q u e dice:
Pequeinas e ben feitas,
as as quere o meu Pedro;
nin morenia que espante,
nin blanca que pona miedo.

Bellezas femeninas "hay, no ciertamente entre las


que m e escuchan, a las q u e p u e d e aplicarse este otro
refrn: Hermosa

que encanta, si es tonta que

buen msico y mala garganta,

espanta,

q u e el sin p a r mejicano

Alarcn glos en los siguientes versos, q u e p o n e en


boca de R e d o n d o :
Linda cosa!
Porque si es boba la hermosa,
es de teido papel
una bien formada flor
que, de lejos vista, agrada,
y cerca no vale nada,
porque le falta el olor (i).

A los q u e andan an p o r estos m u n d o s de Dios


buscando para compaera, ms que la buena mujer, la
mujer hermosa, n o estar d e m s decirles con el r e franero en m a n o : Al que tiene mujer
tillo en frontera,

hermosa,

o cas-

o via en carrera, nunca le ha de fal-

tar guerra; porque, en verdad, las tres cosas son difciles, de guardar.
(i)

Mudarse j>or mejorarse.

68

R. MONNER

SANS

Y tan universal es la idea de que la mujer excesivamente h e r m o s a aumenta hasta lo increble los cuidados del marido, que los rabes inventaron hace ya
siglos un refrn que dice: Si te quieres vengar de un
hombre,

reglale una mujer

hermosa.

E n este orden de ideas, no olviden los que an no


se ataron con las ligaduras y lazos al matrimonio, lo
que Caldern afirma, esto e s :
que para dama la hermosa,
para mujer la prudente (i).

Cmo se alcanza una relativa belleza? El pueblo


nos

lo dice: Salud

y alegra,

afeite, cuesta dinero y

belleza

cra;

atavo

miente.

Afeites! Atavos! S, y a s que compon un sapillo


y parecer

bonillo, y que compuesta, no hay mujer

fea,

pues, como afirm Caldern,


A comprar espadas vengan,
pues que son como las damas,
que todas parecen bien
en estando acicaladas.

Pero si no ignoro esto, ellas no recuerdan lo que dice


D . Juan Iriarte:
Aunque al espejo se miran
las mujeres con frecuencia,
en el vidrio nunca ven
que es de vidrio su belleza.

Y no pocas a artes engaosas recurren, sin parar


(i)

{ Cul es mayor perfeccin?

DE

GRAMTICA

Y DE

LENGUAJE

69

mientes en que son muchos los galanes que y a saben


que a la mujer

con afeite,

vulvele

el rostro.

Saben

stos que al referirse Ouevedo a las tales, las fustig


con saa en Las Zahrdas de Pintn, escribiendo lo
que por largo copiar no quiero, ni lo que el mismo
autor asegura en El Mundo por dentro. Pero si renuncio a ello de buen grado, no puedo resistir a la tentacin de daros a conocer dos cantares, uno andaluz
y otro baturro, ambos referentes al asunto que nos
ocupa. Dice el andaluz:
Si fueres a comprar pao,
mira primero la muestra,
porque en el pao hay engao,
como en la dama compuesta.

Y el galn baturro le dice a la nia:


Presumida, bien te paices
a las malas alcachofas,
que tienen poca cabeza
y todo se vuelven hojas.

Burlndose donosamente de la mujer afeitada, escriba el epigramtico O w e n :


Otra suele amanecer
con afeites Doa Juana;
ved si es mudable mujer,
pues muda de parecer
de la tarde a la maana.

A u n siendo hoy permitidas estas composturas, no


han de ser excesivas; y sin que se m e ocurra en esta
ocasin declamar contra el lujo, calificado p o r doctos

7o

R. M0NNER

SANS

varones como la ruina de los hogares, recurrir, sin


salirme de mi tema, al refranero popular, en el q u e
leo esta grave sentencia: Mujer compuesta,y
en la calle puesta,

siempre

a todo lo malo est dispuesta.

autor de la Tragicomedia

de Lisaudro

y Roselia

El

escri-

b e : Mejor atavo es en la mujer la templanza en la


lengua, que las ricas ropas en el cuerpo; concepto
que convendra no olvidasen cuantas cuidan ms de
engalanar su cuerpo que de ilustrar su entendimiento.
D o n Juan Valladares, el desenfadado autor del
Caballero venturoso,

escribe, refirindose a los paseos

y conversaciones:
En mirar y hablar doquiera
y en irse a pasear fuera
la casada se recate,
porque cuando no se cate
tendr ms duelos que quiera.

Cuantos arribar quieren al tlamo, suelen, si son


jvenes de seso, fijarse mucho en la m a d r e de su
dolo, pues no olvidan que cabra por via, cual la madre tal la hija, o t a m b i n , de buena planta, planta

la

via, y de buena madre, toma la hija. S a b e n que de


mal cuervo, mal huevo; de ruin cepa, nunca

buen

miento; de mala mata, nunca

y de ruin

madera,

buena zarza,

sar-

nunca boa estela.

Madres hay, y esto no pocos lo saben, q u e p o r


mal entendido cario perjudican a sus hijas; de ah
q u e el pueblo diga: Madre pa, dao cra; o an ms
c l a r a m e n t e : Madre

ardida,

hace hija

tollida;

adver-

tencia a las madres q u e p o r ser en extremo hacen-

DE GRAMTICA

Y DE LENGUAJE

71

dosas no dejan q u trabajar a sus hijas. O t r o refrn


dice: Si mucho las pintas
hars

y regalas,

de buenas

hijas

malas.

H a y que contraer vnculo de matrimonio, s; soy


partidario decidido del casamiento casto y honrado,
que estimo como el ms firme sostn de la sociedad;
pero antes que te cases, mira que' haces, que no es nudo

que as desates. Y no se m e diga, pretendiendo enmendar el refrn, q u e ah est el divorcio, q u e desata el nudo. N o , no lo desata; lo r o m p e , lo q u e no es
lo mismo, y roto queda moralmente el hombre, y
maltrecha la mujer; y, francamente, no parecera m u y
artstica, o sase m u y moral, una sociedad compuesta de rotos y maltrechos.
No hay que meterse, pues, a ojos ciegas en el m a trimonio, del que debe excluirse la imprevisin y el
atolondramiento. Alarcn nos advierte p o r boca de
Jacinta:
Que el breve determinarse
en cosas de tanto peso,
o es tener muy poco seso,
o gran gana de casarse.

El propio Alarcn tom este consejo como p u n t o


de apoyo de su preciosa comedia El examen de maridos, y tan convencido estaba de esta verdad, q u e
aun en otra de sus comedias vuelve a la carga, p o niendo en boca de u n o de sus personajes:
y que vamos paso a paso,
pide tambin la gravedad del caso

72

R. MONNER

SANS

que se juzga violento


hecho de priesa un grande casamiento ( i ) .
Mejor es casarse que abrasarse,

dijo San Pablo en

su primera epstola a los corintios, y o mucho m e


engao, o quiso el sapientsimo varn advertir q u e
encierra el matrimonio graves peligros que slo p u e den salvar la suma prudencia, el m u t u o respeto y el
santo t e m o r de Dios.
La evanglica idea arraig en la popular inteligencia, y se exterioriz en el refrn no ser barro casarse,
que el eminente paremilogo P. Sbarbi comenta diciendo :
No ser cosa fcil y hacederael casarseni tan
acomodaticia y manejable como lo es el barro, que
as se presta a formar una teja como a modelar una
estatua.
Otros refranes h a y para p o n d e r a r el cuidado con
que debe procederse para t o m a r estado. Dice u n o :
El da que te casas, o te matas o te sanas; y otro, casar,
casar, suena bien y sabe mal. P o r q u e en verdad, segn

he odo a difamadores lo sern del matrimonio,


son los preliminares poticos, potica la luna de miel;
pero en eclipsndose sta, aparece la prosa, la vil
prosa, que sabe a rejalgar. Por esto, sin duda, se escribi:
El da que me cas
pens que estaba en el cielo,
despus en el purgatorio
y hoy me encuentro en el infierno.
(i)

Los pechos privilegiados,

DE GRAMTICA

73

Y DE LENGUAJE

Para que los difamadores de la casaca tengan autoridad que les acompae, a copiar voy un dilogo de
Lope de V e g a entre el Conde y T a m i r o :
CONDE

Razonable
bien levanto un buen costal.
Quieres tirarme un real
o alguno que por vos hable?
Dos pies os doy de ventaja
con barra o piedra.

TAMIRO.

CONDE.

TAMIRO.

No

ha

un

mes

que a vos os diera yo tres.


Ya no levanto una paja!
Tanto os heis debilitado
en un mes de casamiento?
Menos valiente me siento
que muda el tomar estado (i).

H a y una sentencia bastante conocida en Espaa,


que dice: Soltero, pavn; desposado, len; casado,

asno;

que el Dr. Luis Galindo explica diciendo:


Como en las edades, tambin en los estados hay
sus particularidades y costumbres, que son como inseparables en ellos. E n el mancebo libre de m a t r i m o nio, nota nuestro castellano la gala, la soberbia y
p o m p a que vemos en el pavn (smbolo de ella). E n el
recin casado, el celo y furores con que p r o c e d e en
la custodia y guarda de la desposada, y comprale
al len, que entre los animales conoce por el olfato el
adulterio de su leona y lo castiga celosa y severamente en ella. E n el y a maduro y entrado en las cargas
(i)

El Molino,

74

R. MONNER

SANS

del matrimonio y experimentado de los cuidados y


trabajos, hace su comparacin el refrn con el asno,
pacfico animal que tolera y sufre la carga que le imponen, sin muestras de repugnancia.
D e esta sentencia nacera, sin duda, el refrn casars y amansars, que Alarcn utiliz poniendo en
boca de D . Ins los siguientes versos:
a

Condicin que muda el tiempo:


casar y amansar
al yugo del casamiento (i).

T a m b i n dice el pueblo, para p o n d e r a r cunto t e m plan y amansan las penalidades y fatigas del matrim o n i o : Molinillo,

casado te veas que as rabeas.

Cuntase y vaya de cuento de un andaluz


que al presenciar una tempestad viniendo de E u r o p a
a Amrica, exclam con acento de profunda conviccin, apoyado en la borda del b u q u e y dirigindose
al m a r : Casadito te quisiera ver!
Qu idea tendra del matrimonio? (2).
Ms cristiana parece la intencin del gallego que,
compadecido de la joven q u e va a casarse, la canta:
Dices que non tendes crus
para rezar o rosario;
csate, mia minina,
o ters crus e calvario.

(1) El examen de maridos.


(2) Dice Fernn Caballero: Seores, deca mi padre
(en gloria est) que si el mar se casase haba de perder su
braveza, etc. (Doa Fortuna y Don Difiero).

DE GRAMTICA

Y DE LENGUAJE

75

Y a que del matrimonio hablo, y pues dije antes


que en este ramillete habra flores para todos los
gustos, all van unas graciosismas lneas de un escritor contemporneo. Declaro, no obstante, con la seriedad propia a mis aos y la energa de mi carcter,
que no estoy conforme con ellas; pero... all van:
Si meditara quien se casa d n d e va, a qu va, con
quin va, para qu va y por cunto tiempo va, fuera
mayor el celibatismo en a m b o s sexos. Cambese la
voz casar, y hallaremos que dice sacar; a saber:
sacar de tino, de juicio, sacar del bolsillo, y siempre
sacar. Por tanto, para no la errar, sorna y cachaza
dicen en mi lugar; pues casar, sacar y rascar, son
tres cosas en una sola con solo m u d a r la posicin d e
las letras.
Si hay alguno de los que me escuchan n e t a m e n t e
enemigo del matrimonio, no se refriegue las manos
de contento pensando que le he suministrado armas
para defender su egosmo. Mostrar quise el envs
para p o d e r luego, al contemplar la cara, asestar ms
certeros golpes a los difamadores de la mujer, a los
empedernidos egostas de sentimientos embotados y
corazn enjuto, a los simplemente distrados. iganme, que al palenque bajo a r m a d o de todas armas, con
brazalete y escudo, adarga y cimera, para defender
que la mujer es corona y luz y bendicin y alteza
de su marido (i); verdad tan palmaria para quien
haya saludado la historia de la H u m a n i d a d , que al
(i)

Fray Luis de Len, La Perfecta casada.

76

R. MONNER

SANS

evocar el recuerdo de un hecho sobresaliente p o r el


h o m b r e realizado, ya en ciencias, ya en artes, ya en
poltica, en cuanto espolea nuestra actividad, surge
a la par el n o m b r e de una mujer, fecunda inspiradora de grandes hazaas y p e r e n n e manantial de sublimidades sin cuento. Mujer era la q u e en el Calvario
y p o r divino ruego se troc en Madre de la H u m a n i nad, y mujer, seores, la q u e p o r celestial inspiracin complet la Tierra.
Por esto puso Gil Polo en su clebre Diana, y en
boca de Florisa, dirigindose a los h o m b r e s , las siguientes palabras:
Por ellas honras tenis,
hombres de malas entraas;
por ellas versos hacis,
y por ellas entendis
en las valientes hazaas.
Lo

que la mujer

quiere,

Dios

lo quiere,

dice otro

refrn registrado en el sapientsimo Libro de los Proverbios; y otro m u y honroso para las hijas de Eva,
n o s participa que de buenas

armas es armado

con buena mujer

Y p o r si esto no fuese

es casado.

bastante, en el citado Libro


asegura

que la mujer

de los Proverbios

hacendosa,

corona

quien

se

es de su

marido.

Prudencia suma, tanto en holganzas como en estrecheces, muestra la inteligente matrona, y as el vulgo
perspicaz, observador, asegura q u e : La mujer de buen
recaudo,
La

mujer

hinche

la casa hasta el tejado; y t a m b i n :

buena, de la casa vacia

hace llena; incon-

DE GRAMTICA

77

Y DE LENGUAJE

trovertible verdad para los que p o r violentas contrariedades de la vida h e m o s tenido q u e cruzar largos
trechos p o r entre abrojos y malezas.
Dcese t a m b i n : A la buena, jntate con ella; refrn
que nuestro incomparable L o p e glos diciendo:
Hablen los que las ofenden,
que yo dir a boca llena
que de una mujer que es buena
mil cosas buenas se aprenden (i).

T a n convencido est el vulgo de lo q u e vale la m u jer buena, que al q u e titubea en contraer estado, le
dice: Al que tiene buena mujer,

ningn

mal le puede

venir que no sea de sufrir; y al que padece un infortunio, consulalo dicindole q u e no hay mayor pena
que perder una mujer

buena.

Creen algunos casados q u e dan muestras de ser


celadores de su honra tiranizando la libertad de su
compaera, y aun sin llegar a la terrible pasin de los
celos, suponen q u e una suspicaz vigilancia evitar p u e de femeninas debilidades. Olvidan estos risibles p a rodiadores de telo q u e a la buena mujer poco

no le basta; y q u e el pueblo lo afirma: La


mala o buena,

ms quiere freno

'que espuela.

agrega ms cuando afirma que el que mucho


a la mujer,

fre-

mujer,
Y aun

guarda

mala la quiere hacer; refrn que puso en

verso un poeta del siglo xvi, D . Juan Valladares, escribiendo :


No la cele ni recele,
que es golpe que mucho duele
(i)

El verdadero amante.

73

R. MONNER

SANS

a la mujer que es honrada,


porque quiz, de indignada,
no haga lo que no suele (i).

Lo cierto es, y otro refrn nos lo advierte, q u e si


la mujer

no quiere,

ser guardada

no puede; idea sta

que del pueblo pas al libro. Y a un cantar antiguo


dice:
Madre, la mi madre,
guardas me ponis;
si yo no me guardo,
mal me guardaris.

Letrilla que, con ligeras variantes, transcribi el autor


de Don Quijote

en su Celoso

autor escribe en La

extremeo.

El p r o p i o

Gitanilla:

Advierte Cristinica, y est cierta de una cosa, que


la mujer que se determina a ser honrada, entre un
ejrcito de soldados lo p u e d e ser. V e r d a d es que es
bueno huir de las ocasiones, pero han de ser de las
secretas, no de las pblicas.
El que a tina imtjer guarde dice otro refrn
no queriendo

ella, alcanzar

con la mano una

estrella.

Caldern, el celoso defensor de la honra femenina,


p o n e estos versos en boca de I n s :
Mas tengo por disparate
el guardar a una mujer,
si ella no quiere guardarse (2).

La razn de todo esto es obvia. Sabemos todos


(1)
(2)

Caballero venturoso.
El Alcalde de Zalamea.

DE GRAMTICA. Y DE LENGUAJE

que a la mujer

buena y casta, Dios

79

le basta. < A q u ,

pues, celarla con desconfianzas injuriosas? Sneca y a


nos lo dice en su Libro de Oro: A m o r de mujer
casta, perpetuo es.
El casado casa quiere, y harto sabe todo el m u n d o
que a los que matrimonian les gusta vivir solos: en
los primeros tiempos, p o r q u e la luna de miel es
pudorosa; despus, p o r q u e cada cual en su casa y
Dios en la de todos. El simptico aragons Garca
Arista tiene una hermosa canta baturra aplicable al
caso. D i c e :
Aunque
en tu casa
al pajarico
hacerse l

se empee tu madre
no vivimos:
le gusta
mismo su nido.

Supongamos que la novia se convirti y a en esposa, y para aleccionarla recojamos algunas sentencias
de los labios del pueblo.
Conformarse debe, con m a y o r motivo pues ella lo
eligi, con el esposo q u e le cupo en suerte, y decir
con sentida alegra y hasta con orgullo: Mi marido es
tamborilero,

Dios me lo dio y asi me lo quiero.

H a de ser la mujer amiga del silencio, o a l o m e nos de poco hablar. La mujer y la pera,

la que calla-

es buena, dice el pueblo, valindose del smil de la


pera, que si cruje al comerla es seal de que aun est
verde, y p o r tanto en malas condiciones para ser
recomendable; idea sta q u e hallo consignada en un
proverbio veneciano que asegura que la buena mujer,
ni ha de or ni ha de ver.

8o

R. MONNER

SANS

S u p o n e n algunas esposas, aunque pocas, q u e su


dignidad se rebaja con someterlo todo a la opinin del
marido; suposicin q u e el refranero combate, diciendo : La casta matrona,

obedeciendo

ora; y t a m b i n : La mujer

a su marido

es se-

artera, el marido por de-

lantera; lo q u e quiere decir q u e la mujer sagaz se


excusa con su marido para dejar de hacer lo que no
le conviene.
Siempre que ello sea posible, y lo es en el m a y o r
n m e r o de los casos, casa tu hijo con tu igual, y no

dirn de ti mal; p o r q u e no supondrn que buscas


dineros, si es rica, o q u e encubres algn y e r r o , si es
pobre. El tantas veces citado A l a r c n escribe:
Pero cuando son en todo
iguales los casamientos,
no hay, si el amor los conforma,
ms paraso en el suelo ( i ) .

Y y a ven los clibes que slo en el matrimonio es


posible encontrar el paraso. O t r o refrn dice: El que
lejos va a casar, va engaado o va a

engaar.

Vivimos en poca p o r desgracia sobrado metalizada, tanto que m e lo aseguran, aunque y o no lo


creo algunos ellos y algunas ellas se prosternan, no
ante el simptico Cupido, sino ante el antiptico Mercurio. A ellos les dir tengan presente que en casa
de mujer

rica, ella manda y ella grita;

lgica adver-

tencia, p o r q u e , salvo raros ejemplos, las riquezas


comunican soberbia.
(i)

El examen de maridos.

D E GRAMTICA.

DE

8l

LENGUAJE

Dicen los franceses:


Femme riche n'estpas nafcmme;
voulez vous savoir pourqtioi?
c'est qu'au lieu d'tre madame
elle serait monsieur pour moi.

Idea que un poeta espaol tradujo libremente de la


siguiente manera:
Prisco, por qu no me caso,
dices, con rica mujer;
porque no quiero yo ser
la mujer, ste es el caso.

Y a ellas les recordar aquel otro refrn que dice:


Por codicia del florn, no te cases con ruin, ya que est

expuesto a grandes sinsabores matrimonio verificado


por inters y a salga lo q u e saliere. U n cantar baturro dice:
T t'has inclinao al otro
porque tiene muchas onzas,
pero ten mucho cuidao
no salga la nuez cocona.

Cocona
dicen:

quiere decir hueca, vana. Y los gallegos


Non te cases con haciendas
que che son bes de fortuna;
csate con bon sangre
porqu'a mala sempre dura.

Parceme que ya abus bastante de vuestra paciencia; pido, sin embargo, un poco ms de atencin,
y termino.
6

82

R. MONNER

SANS

La moza que con viejo se casa, tngase por

anciana.

La razn es clara, y a que la mujer ha de acomodarse,


en cuanto sea posible, a las-costumbres y gustos del
marido.
Refirindose el maestro Tirso a las angustias de
matrimonios desproporcionados de edad, lanza esta
delicada y hermossima exclamacin:
Castigo de quien fa
en cano amor, que cuando abraza enfra!

L o p e de V e g a p o n e en boca de Lucindo, desdeado p o r Gerarda, que va a casarse con un viejo, esta


inspiradsima quintilla:
Plegu a Dios!... Mas qu inhumanas
maldiciones puedo hacer
ms que verte las maanas
como sierra amanecer
con la nieve de sus canas? (i).

U n cantar andaluz pertinente al caso dice:


No te cases con viejo
por la moneda;
la moneda se gasta
y el viejo queda.

Y otro cantar baturro reza:


Desde que t'has casau, chiquia,
te encuentro mucho esmirriada.
Si el casarse con un viejo
es como ichar vino al agua!
(i)

La Discreta enamorcida.

DE GRAMTICA

Y DE LENGUAJE

83

Como en todos estos casamientos no tercia Dios,


y como en ellos en vez de la virtud, el inters o la
irreflexin da las manos a los desposados, bien p u e de asegurarse sin ser zahori, que en lugar de la plcida alegra tomarn asiento en el nuevo hogar desconfianzas y recelos, desvos y penalidades.
A n t e s de casarse, y a ellos principalmente me dirijo, deben ponderar sus propias cualidades, dejando
a un lado la vanidad, y a que el que no sea para casado, que no engae a la mujer; y, ya casado, tener m u y
presentes y no olvidar nunca estas frases de L o p e
de V e g a : ... el casado ha de servir dos plazas, la de
marido y la de galn, para cumplir con su obligacin
y tener segura compaa.
V o y a terminar.
. Mezcl, como dijo el poeta,
el suave nardo con el rudo espino (2)

y mucho t e m o que esta mi conversacin, pues no


merece el p o m p o s o n o m b r e de discurso, haya tenido el triste don de no placer a nadie. Si as fuere, lo
sentira, no tanto p o r m, aun cuando siempre amargan las censuras, cuanto p o r el distinguido compaero en letras el D r . F o r s , que con sobra de buena
intencin os c o n d e n al sacrificio. Si anduviera desacertado en mi suposicin, si ellos y ellas, jvenes y
viejos, casados y solteros, en una palabra, si todos
vosotros habis encontrado grato solaz en escucharla)

Bretn de los Herreros.

R. MONNER

SANS

me, si no os aburri la larga peroracin, sabedlo,


mozos que m e prestasteis atencin, h o m b r e s que me
osteis con benevolencia, no me lo debis a m, no; lo
debis a la mujer, ante la que respetuosamente me
postro como cristiano y como caballero. Infndeme piedad, seores, el clibe recalcitrante,
verdadero paria social a quien le estn negadas las
castas afecciones de la esposa, el suave perfume de
sus virtudes, los alientos que prestar suelen al nimo
varonil las amorosas frases de la idolatrada c o m p a e ra. Ay de quien, y al replegarse a su hogar, no encuentra brazos que lo estrechen, miradas que lo envuelvan, corazn que, rebosando ternura, cicatrice
con amor las heridas que la cotidiana lucha le va
abriendo. Y an ms infeliz el h o m b r e que, olvidndose de que tuvo una madre, se complace en ultrajar
y zaherir a las mujeres. Respeto, ms que respeto,
devocin, debe inspirarnos esa h e r m o s a mitad del
gnero h u m a n o , en la que Dios vaciara a manos llenos la gracia que cautiva, la debilidad que atrae, la
belleza que encanta y la virtud que sublima.
Y bastar para no olvidar lo m u c h o que a ellas
debe la Humanidad, que nos fijemos en que cuanto
nos engrandece, cuanto nos eleva, cuanto nos dignifica, tiene n o m b r e de mujer: la honra, la ciencia,
la virtud, la patria, la religin, la gloria, la inmortalidad.
Mujer, y con decir mujer lo digo todo, alza tu
frente y no te acobardes ante el sarcasmo de unos
pocos, pues t sola formas el hogar, nico oasis de

DE GRAMTICA

Y DE LENGUAJE

85

amor en esta vida, y en el que reinas con soberano


influjo; y ya hija, ya esposa, y a madre, tienes el envidiable don de trocar en plcido y tranquilo templo
el hogar ms combatido p o r el infortunio.
Y a vosotros, varones que me escuchis, os dir con
el poeta:
Mientras el hombre brbaro pelea;
mientras de acero la discordia insana
arma su diestra, o de encendida tea,
sobria, dulce, benfica y humana,
paz amorosa la mujer ansia,
fuente de dichas que incesante mana (i).
HE

(I)

Bretn de los Herreros.

DICHO.

LAS REFORMAS ORTOGRFICAS DE BELLO


Y LA COPULATIVA Y

Se solicita, con recuerdo que m e honra, mi m o desta opinin sobre las reformas ortogrficas patrocinadas por el eminente D r . Bello y su erudito compaero de tareas D . Juan Garca del Ro, y especialmente, si no entend mal, que d a conocer mi m o d o
de pensar sobre la substitucin de la y griega por la
i latina.
Ya en otra ocasin una distinguida pedagoga argentina me tir de la lengua a propsito de la copulativa j / , siendo de lamentar que no me quedase copia
de mi larga epstola, pues, de tenerla a mano, ahorrrame ahora el trabajo de redactar el presente
artculo.
Desentierro apuntes y evoco recuerdos para decir
lo siguiente:
A n t e todo debo confesar que siento por Bello p r o funda admiracin, casi dir religioso respeto, pues
aun sin llegar a la altura del alemn Diez, creo que
su Gramtica castellana bastara, si otras obras sapientsimas no tuviera, para inmortalizar su n o m b r e .

88

R. MONNER

SANS

Pero esta mi veneracin por el admirado maestro no


m e lleva hasta el extremo de aceptar a ojos cerrados
todas sus teoras, que ni su fama ni su crdito han de
sufrir menoscabo p o r q u e crea que no anduvo acertado, por ejemplo, en la invencin del post-pretrito de
indicativo, ni en el m a y o r nmero de las reformas
ortogrficas por l propuestas.
E n cuanto a stas, bien puede asegurarse que no
era un predicador convencido. A h estn sus obras
para demostrar que nunca puso especial atencin en
la ortografa del idioma castellano.
Gran conocedor Bello de nuestros clsicos y hablistas, saba que el Dr. Mayans mostrse enemigo
de la etimologa como principio ortogrfico, concediendo absoluta autoridad a la pronunciacin, y afirm l entonces que era un absurdo la regla que
prescribe deslindar el origen de las palabras para
saber de qu m o d o se han de trasladar al papel.
Declaro francamente que ambas afirmaciones me
sorprenden. Si aceptamos como regla ortogrfica la
pronunciacin, ya no podr existir aquel famoso
maestro de escuela andaluz que avisaba a sus alumnos que sordao se escriba con /. Si ellos, los andaluces, pronuncian sordao, por qu han de escribir soldado? El que pronuncie bien, escribir bien, y mal
el que malamente pronuncie; y como para hacer bien
una cosa se necesita conocer las reglas, el mismo
tiempo p e r d e m o s o ganamos enseando o aprendiendo que cuanto se ha de escribir con q y no con c, y
viceversa.

DE

GRAMTICA Y

DE LENGUAJE

Soy partidario decidido de la etimologa, p o r q u e


creyendo que cada palabra tiene su historia, alterar
su estructura se me antoja una profanacin.
Vaya un ejemplo para d e m o s t r a r a d o n d e pudiera
llevarnos una exagerada independencia etimolgica.
Homo dijeron los latinos: h y ni. Hombre decimos
en buen romance, conservando p o r respeto etimolgico la h y la m. S u p o n g a m o s que a unos se les ocurra, como sucedi cuando no haba reglas gramatical e s en tiempos del R e y Sabio se escriba orne: la
primera Gramtica es del ao 1 4 9 2 ; supongamos,
repito, que se les ocurra escribir ombre suprimiendo
la //; que a otros ms tarde, y habida cuenta que en
castellano no distinguimos el sonido de la b del de
la v, se les antoja cambiar la primera de las citadas
letras por la segunda, y escribir onivre; y que, finalmente, borrada ya por intil la regla que dice que
antes de b y de p se escribe m y no n, otros escriben onvre: quiere decrseme quin sera capaz de
establecer el origen de semejante vocablo?
No; no creo que las reformas propuestas por Bello
prosperen. La Ortografa ciencia es, aunque m o d e s ta, y como ciencia, no puede estar a m e r c e d del
vulgo indocto.
Vengamos ahora a esta famosa y griega, que y a en
el siglo x v n arm gran polvareda a estar a lo que
asegura Juan Villar en su Tratado de Ortografa, impreso en 1 6 5 1 , controversia gramatical que el citado autor asegura se hubiese excusado con no haber
tomado los espaoles ms de la latina de los latinos.

90

R. MONNER

SAKS

Defendieron el empleo de la i latina varones tan


doctos como H e r n a n d o de H e r r e r a / B e r n a r d o de A l derete, P. Martn de Roa, Manuel de Fara, Juan de
Juregui, T o m s de Vargas T a m a y o , A n t o n i o Lpez
de Vega,- Diego Saavedra Fajardo, Pedro Simn
Abril, Mateo Alemn, Gonzalo Correas (i), Jernimo Mondragn, etc., etc., y entre los m o d e r n o s la
usa, que y o recuerde, el sabio Benot. Conforme se ve,
el intento de reforma viene de lejos, y no he de ser
y o ciertamente quien oculte el n o m b r e de quienes la
patrocinan. Pero... Play un pero, y es que los antiguos empleaban ambos signos promiscuamente, sin
regla alguna, usando con frecuencia la y en la inicial.
" Las palabras entre comillas, copiadas son de la sapientsima Gramtica de Diez, el alemn a que antes
me refiriera, y la observacin es lgica. Plasta el
siglo xv la Gramtica no aparece como arte, y aun
despus su desarrollo es lento, p o r q u e deducindose
van las reglas de los escritos de los maestros de bien
decir. Y en cuanto al p u n t o especial que nos ocupa,
y a sabemos por boca de Villar que a mediados del
siglo xvii los gramticos no andaban de acuerdo, referente al empleo de la i latina p o r la y griega y viceversa.

(i) La y griega ia los doctos y advertidos la desecharon


(Ortografa kastellaua, por el maestro Gonzalo Rorreas; 1630),
La desecharon en el siglo xvn y, sin embargo, todava se
pavonea en los escritos del siglo xx!

DE GRAMTICA

Y DE

LENGUAJE

91

Parceme a m de m u y difcil solucin el p r o b l e m a


que se plantea, si no se quiere convenir en que hay
dos es : la latina i, que es vocal, y la y griega (ypsiln),
que es consonante.
Cuando la i es consonante hiere a las vocales, y
por tanto ha de ser y griega; si no se apoya en ninguna consonante ser vocal. La i de canario es vocal;
la de leguleyo, consonante. Usar indistintamente una
por otra, entiendo que es falta de ortografa.
Como ypsiln, debe servir para ligar una diccin
con otra, si bien no olvido que esta consonante se
trueca en la vocal e delante de n o m b r e s que empiecen p o r i o hi, menos en las frases interrogativas.
Cmo podra cambiarse una consonante p o r una
vocal, si no tuviesen el mismo valor gramatical? P r e gunta es sta que dirigirse puede a los intransigentes
en la materia. Y o que no lo soy, y que acostumbro
a estudiar algo antes de afirmar nada en r e d o n d o ,
aseguro que si en cuanto a la distincin que dejo
apuntada entre las dos es no me cabe ningn gnero de duda, la abrigo referente al empleo de la_y en
vez de la i para unir las palabras. P o r q u e si observamos atentamente el oficio de las vocales, veremos
que la a es preposicin, y la e, la o y la u conjunciones. Entonces, qu razn lgica hay para que la i,
la nica vocal que falta, no sea tambin conjuncin?
Creo que p o r q u e ello se declarase no haba de sufrir
mucho la lengua castellana; y si bien p o r tradicin,
por respeto a Nebrija, a Morales, a Valds, a V a n e gas, a Njera, a Villaln, etc., etc., y p o r costumbre,

92

R. MONNER

SANS

seguir usando \ay como copulativa, no me causar


enfado ver que emplean la i latina para unir, cuando
en ocasiones nosotros mismos usamos otra vocal
para reemplazarla, y siempre para separar (Pedro o
Juan; honor u gloria).
Por otra parte, en esta copulativa no aparece ningn p r o b l e m a etimolgico, como aparecera, verbigracia, en la voz yeso, que viene del latn gypsum,
que la t o m a su vez del griego, en el que empieza
por ypsiln. Y he aqu p o r qu no concedera gran
importancia al cambio de la copulativa y griega por
la latina i.
La consulta dara, ciertamente, lugar a que un gramtico conocedor a fondo de los idiomas griego y
latino, averiguase, mejor dicho, fijase de una vez, y
de una manera definitiva, el empleo de la y. E n t o n ces veramos claramente que la i latina es vocal, y
consonante l a j / griega, ya se halle al principio ya en
medio de diccin. Y como la y griega usada como
conjuncin y en fin de slaba tiene el mismo sonido
que la i vocal, no vera, repito, inconveniente en que
se escribiese rei, lei, en vez de rey, ley, y Pedro i Pablo, en lugar de Pedro y Pablo.
Esta es mi desautorizada opinin.
(Revista

de Derecho,

Historia

y Letras,

24 de mayo de 1904.)

EL EPIGRAMA

Tarea de difcil, si no imposible ejecucin, sera la


de intentar averiguar quin fu el inventor del epigrama. Nacera indudablemente de los labios del primer h o m b r e que supo ver la verdad y la expres con
grfica viveza. Mas y a que no sea fcil trazar la historia literaria de composicin tan pequea, intentemos
siquiera fijar sus caracteres y el papel que desempea en la exuberante literatura castellana.
E s el epigrama composicin breve; la relacin
segn Mil de un hecho gracioso o de un dicho
agudo, y viene a ser como una corta satirilla; docta
definicin que traza los aledaos que separan la stira propiamente dicha, del epigrama. Con este n o m bre bautizaron los griegos y los latinos a muchos
poemas que, por su extensin, p o r el estilo y por
el asunto, ms puntos de contacto tienen con el soneto, madrigal y oda, que con el verdadero epigrama, en el sentido que hoy clan a la palabra los p r e ceptistas.
No leyendo, estudiando a Ticknor, ansiosos de la
erudicin literaria que almacenar debe quien a la en-

94

R. MONNER

SANS

seanza de la literatura se dedica, lemos las siguientes lneas:


Lo cierto es que la agudeza y la severidad, en
este gnero el satrico y bajo esta forma, nunca
fueron m u y del gusto de los espaoles, los cuales,
como nacin, han sido en todo tiempo demasiado
graves y formales para exigir o tolerar la censura personal que dichas composiciones llevan naturalmente
en s.
Con todo el respeto debido al sobresaliente maestro, declaramos que, aun cuando halagaba nuestro
orgullo nacional lo de graves y formales, si el espaol se senta satisfecho, no as el literato, pues nuestras continuadas lecturas parecan demostrarnos lo
contrario de lo aseverado por Ticknor. P o r q u e creamos, y aun seguimos creyendo, que la fina stira, el
delicado epigrama, por su misma ndole y naturaleza,
no p u e d e n servirse al pblico en abultados volmenes. Es la sal de nuestro idioma, y nunca los estimulantes o apetites se sirvieron en grandes fuentes.
Para fijar los caracteres de la composicin de que
tratamos, fuerza es recordar que hay notable diferencia entre la stira y el epigrama: en aqulla tiene el
poeta gran libertad, pudiendo tomar el tono que le
convenga, y a el elevado, ya el sencillo, y a el florido,
ya el austero, mientras que en el epigrama debe tender a la claridad, brevedad y sencillez. La stira puede
ser fina hoja toledana que vaya abriendo nuestras
carnes hasta llegar a producir la m u e r t e del ente real
o moral a quien se hiere, en tanto que el epigrama es

DE GRAMTICA

Y DE LENGUAJE

95

el alfilerazo que tan slo produce m o m e n t n e o escozor. Parcenos, p o r consiguiente, que Ticknor, dando
demasiada amplitud a su idea, olvid lo que D. F r a n cisco Cutanda aseguraba en 1 8 6 1 , o sase que Espaa!..., sta es la tierra del epigrama, que aqu brota
espontneamente, mitad debido a nuestro carcter,
mitad a nuestro idioma, y todo a nuestra dulcsima
patria. Y al recordar las stiras epigramticas del
arcipreste de Hita, de Lope de Vega, del donoso
Quevedo y del procaz conde de Villamediana; al r e leer finsimos epigramas, y salgan rebujados de los
puntos de la pluma, de Baltasar del Alczar, Rebolledo, Polo, Salas Barbadillo, Francisco de la T o r r e ,
Colodrero, P. Isla, Pablo de Jrica, Iriarte, B. L. A r gensola, Castillejo, Martnez de la Rosa, Villergas,
Manuel del Palacio, etc., etc., ms nos afirmamos
en nuestra opinin, conforme en un todo con la de
Cutanda, y es que la innegable gravedad del carcter
espaol no se opone a la stira fina y delicada, como
no est reida la sana alegra con la austera severidad de las buenas costumbres.
Salvo el citado conde de Villamediana, no superado hasta hoy por autor alguno como epigramtico,
ninguno de los apuntados escritores deben su ren o m b r e al gnero literario que nos sirve de tema,
siendo clara la razn, ya que no es posible estar inventando de continuo composiciones destinadas a
destruir, mediante exagerada y ridicula caricatura,
algn defecto social o personal imperfeccin.
Como las colecciones de epigramas que con ttu-

R. M0NNER

SANS

los ms o menos chocarreros andan en manos de la


juventud inexperta, ms parecen bodrios mal condimentados para producir nuseas, que finas sales para
despertar el gusto, aun a trueque de sentar plaza de
machacones, vamos a transcribir unos cuantos epigramas de autores diversos, para demostrar cmo
idioma tan majestuoso y grave cual el castellano sabe
plegarse, manejado por expertas manos, hasta producir el alfilerazo de que antes hablbamos. E x h u m a n
otros las esculturales estancias de Fr. Luis de Len,
los tribunicios cantos de H e r r e r a o las militares rimas
de Ercilla; nosotros, con ms modesto e m p e o , agruparemos algunas satirillas que, dejando a un lado
su positivo valer literario, servirn para p r o b a r que
nuestros escritores ms condecorados no tuvieron reparo en cultivar el gnero. No halla, acaso, albergue
la malicia en el corazn humano!
LL Owen, el Marcial ingls, segn Revilla, amalgam a n d o stira y epigrama, dio de ellos la siguiente
definicin, traducida del latn p o r nuestro Salinas:
La stira sutil no es otra cosa
que epigrama espaciosa;
ni la breve epigrama
otra cosa que stira se llama.
La stira que aguda se publica,
si a epigrama no sabe, nada pica;
y la epigrama airosa y ajustada,
si a stira no sabe, sabe a nada.

Nuestro preceptista Martnez de la Rosa dice del


epigrama:

DE GRAMTICA

Y DE

LENGUAJE

97

Ms al festivo ingenio deba slo


el sutil epigrama su agudeza;
un leve pensamiento,
una voz, un equvoco le basta
para lucir su gracia y su viveza,
y, cual rpida abeja, vuela, hiere,
clava el fino aguijn, y al punto muere.

La detenida lectura de los epigramas escritos por


griegos, latinos y castellanos, demostrando va cmo
se iba puliendo el gnero, y bien puede asegurarse
que los modernos se ajustan ms que los antiguos a
los preceptos sealados por Owen. Hay, ciertamente, en Catulo y Marcial elegancia y sutileza; pero
estas relevantes cualidades quedan las ms de las
veces obscurecidas por procacidad molesta. A q u e llas composiciones debieron lograr, no la plcida sonrisa del h o m b r e culto, sino la brutal carcajada del
salvaje.
Lgico es tambin suponer, sin que haya necesidad de apoyar mucho en ello, que no mostr el epigrama en los albores de nuestro idioma la finura y
elegancia que ms tarde se advierte al leer los de
B. del Alczar o de Iglesias, por ejemplo; as como
fcil es tambin adivinar que, a medida que fu cundiendo la cultura, gan en delicadeza el epigrama.
Cada edad, cada poca expresa su sentir y su pensar
de modo diverso, y sufre el ingenio la influencia del
ambiente; hoy no lograra r e n o m b r e un nuevo Tassis,
a bien que tampoco se publicaran ciertas comedias
de Tirso y de Guillen de Castro, ni varias poesas de
Juan Ruiz, Trrega y otros.

R. MONNER

SANS

El epigrama puede dividirse o clasificarse, por su


intencin, en poltico, filosfico, social o personal,
siendo su primera cualidad la unidad. Preparar el
chiste y dispararlo dice Cutancla antes que el
oyente se ponga en guardia y se decida a no rerse,
tal es el secreto.
P o r q u e Marcial goza de universal r e n o m b r e y
nuestro Baltasar del Alczar le supera en punto a naturalidad y agudeza, comenzaremos por dar a conocer dos epigramas de ste, ambos poco citados. Dice
el p r i m e r o :
Entraron en una danza
doa Constanza y don Juan;
cay danzando el galn,
pero no doa Constanza.
De la gente cortesana
que lo vio, qued juzgado
que don Juan era pesado,
doa Constanza liviana.

La gracia del epigrama est en que se da al adjetivo liviana el sentido figurado. Reza el o t r o :
Tu nariz, hermosa Clara,
ya vemos visiblemente
que parte desde la frente;
no hay quien sepa dnde fiara.
Mas puesto que. no haya quin,
por derivacin se saca
que una cosa tan bellaca
no puede parar en bien.

Quin no recuerda, al leer este epigrama, aquel

DE GRAMTICA

Y DE

LENGUAJE

99

clebre soneto, malogrado por la hermosa hiprbole


contenida en el p r i m e r verso,
Erase un hombre a una nariz pegado...?

No se desde el fnix de los ingenios, L o p e de


Vega, de cultivar la satirilla, y aunque pocas, nos ha
dejado tambin en este gnero muestras de su privilegiado talento. Vanse si no los dos epigramas que
copiamos a continuacin:
Doa madama Roanza
tan alta y flaca viva,
que mand su seora
enterrarse en una lanza;
y aun hubo dificultad,
porque de lo alto falt,
y de lo ancho sobr
la mitad de la mitad.
Hend, romp, derrib,
raj, deshice, rend,
desafi, desment,
venc, acuchill, mat.
Fui tan bravo, que me alabo
en la misma sepultura.
Matme una calentura.
Cul de los dos es ms bravo?

Y a que antes h e m o s citado a Salinas, medtese la


no pocas veces profunda verdad del siguiente epigrama:
Postumo, el oler tan bien
tengo por mala seal,
porque siempre huelen mal
aquellos que huelen bien,

100

R. M0NNER

SANS

Ocupa Salas Barbadillo honroso lugar entre nuestros primeros epigramticos, y si bien sus conceptos
son un tanto alambicados, no puede negrsele fina y
variada agudeza. Lanse si no los dos epigramas que
pasamos a copiar, sealados en su coleccin con los
nmeros 18 y 1 4 0 :
El honor, que al rubio Apolo
prefiere en luz soberana,
en muchos actos se gana
y se pierde en uno solo.
Hace, don Luis, tu vecina
mucha fuerza en qu es doncella,
- y yo no acierto a creella
ni a tal mi estrella me inclina.
Alumbra ms que la esfera
de diamantes adornada:
calle tan bien empedrada,
sin duda que es pasajera.

H a y que convenir en que c o r r e parejas la correccin de la forma con la malignidad de la intencin.


Polo de Medina, de quien nos es dado copiar en
la edicin prncipe de sus obras, compite en ocasiones con el donossimo Alczar. Vase si n o :
Vio a una mulata murciana
un hombre, asomada un da
a un esconce que serva
de chimenea y ventana.
Ella se le queja viendo
que no le habla, corrida
por ser del tan conocida,
y l se disculpa diciendo:

DE GRAMTICA

Y DE

LENGUAJE

101

Que pase, mire y te vea


sin hablar, no es mucho, Clara,
que entend que era tu cara
humo de esa chimenea.

Si bien no sea p r u d e n t e recomendar la forma de la


composicin, hay que confesar que el chiste con que
termina es muestra de delicado ingenio.
Revulvese airado D. L. Moratn contra los criticastros de su poca, y escribe este hermoso epigrama :
Tu crtica majadera
de los dramas que escrib,
Pedancio, poco me altera:
ms pesadumbre tuviera
si te gustaran a ti.

D e D. Nicols F . Moratn es el tan conocido


Admirse un portugus, etc.;

y el no menos popular
Ayer convid a Torcuato, etc.;

pero no tan repetido el

finsimo

De imposibles Santa Rita


es abogada; y Filena,
con devocin muy contrita,
reza a la santa bendita
a fin de que la haga buena.

El carcter de Juan Pablo F o r n e r bien se avena


con este gnero literario, y aunque tiene epigramas
m u y atrevidos, como aquellos que comienzan
Cuatro horas gasta en peinarse

102

R. MONNER

SANS

y
Era Ins de Gil querida,

en cambio escribi otros que son de constante aplicacin, por desgracia. A b o n e nuestro aserto el siguiente :
Que siempre lastime y hiera
mi estilo en prosa y en verso,
culpas, Lupo; mas espera:
si t no fueras perverso,
di, satrico yo fuera?
Hablar bien de tu codicia,
disolucin 3^ malicia,
fuera calumnia mortal;
hablar mal del que obra mal,
Lupo, es hacerle justicia.

Sangrienta verdad, bien rimada y que presenta el


carcter de su autor.
No queda rezagado D. Pablo Jrica al formar en
las filas de los que con gracejo manejaron la satirilla.
La falsa beata aparece magistralmente retratada en el
siguiente epigrama:
Que venga mi confesor
dijo, estando enferma, Ins.
Le llamaremos: quin es?
El padre fray Salvador.
As que se le llam
dijeron en el convento:
Ira; pero es el cuento
que ha diez aos que muri.

Del mismo autor es el epitafio que sigue:


Aqu fray Diego reposa,
y jams hizo otra cosa.

DE GRAMTICA

Y DE LENGUAJE

103

Parecido a ste es el siguiente epigrama de autor


annimo:
Siempre, fray Carrillo, ests
cansndonos ac afuera:
quin en tu celda estuviera
para no verte jams!

El clebre P. Isla, cuyo fino gusto literario es de


todos alabado, comenzaba una dcima epigramtica
con la siguiente h e r m o s a redondilla:
Un libro siempre es igual,
tenga o uo dedicatoria:
si es bueno, sube a la gloria;
si es malo, baja al corral.

Y ya que de libros hablamos, all va otro finsimo


epigrama que pinta a ms de cuatro poseedores de
libros que no hojean, recordando la fbula El b u r r o
cargado de aceite:
De libros un gran caudal
aqu un tico dej;
no temis comprarlos, no,
que no se les peg el mal.

Del mismo Juan de Iriarte, cuyo es el anterior, es


el siguiente:
Que en casa nunca ha cenado
bien puede Feln jurar,
pues se queda sin cenar
cuando no est convidado;

plagio ms o menos consciente del que escribiera el

R. MONNER

i04

SAKS

infeliz c o n d e de Villamediana, de quien luego hablar e m o s , y que dice:


Jura don Juan por su vida
que nunca cena en su casa;
y es que sin cenar se pasa
cuando otro no le convida.
N o p o d e m o s resistir a la tentacin de copiar otros
dos del ya citado I r i a r t e :
Dos credos, de penitencia,
daba un confesor a un tuno,
y l dijo con insolencia:
Rcelos su reverencia,
que yo no s ms que uno.
' Un genovs padeca
de Espaa en un hospital,
y un andaluz, por svi mal,
de practicante serva.
Trjole una taza un da
de caldo fro, y despus
de probarlo el genovs,
Oh, non caldo!exclamaba;
y el andaluz replicaba:
Tmalo, que caldo es.
Del otro Iriarte, de D . T o m s , es el siguiente soneto epigramtico, aplicado, con ligeras variantes p o r
la m o d a introducidas, a ms de uno de los vivientes:
Levantme a las mil, como quien soy;
me lavo... Que me vengan a afeitar;
traigan el chocolate, y a peinar;
un libro... Ya le... Basta por hoy.

DE GRAMTICA

Y DE LENGUAJE

105

Si me buscan, que digan que no e s t o y Polvos... Venga el vestido verde mar...


Si estar ya la misa en el altar?
Han puesto la berlina?... Pues me voy.
Hice ya tres visitas; a comer...
Traigan barajas; ya jugu. Perd...
Pongan el tiro. Al campo y a correr...
Ya doa Eulalia esperar por m...
D i o la una. A cenar y a recoger...
Y es ste un racional? Dicen que s.
Despunt

tambin

e n t r e los

epigramticos

del

siglo X V I I I el P. J o s Iglesias de la Casa, r e c o m e n d a ble p o r su estilo y la pureza del lenguaje. Juzgese


de su mrito l e y e n d o los dos epigramas que p a s a m o s
a copiar, confesando

que nos violentamos para no

transcribir aquel que t e r m i n a


me mir, yo le mir
y... fuese sin decir nada,
q u e t r a e a nuestra m e m o r i a el famoso e s t r a m b o t e de
Cervantes:
De toda la vida ma,
los ageros ms siniestros
fueron el tener maestros
de quien el buen gusto hua.
Y si bien de ellos me ro,
si yo llego a tener fama,
veris como alguno exclama :
se?, es discpulo mo.
Dorotea se sent
cerca de Tais, cortesana,

io6

E . MONNER

SANS

y vindola tan liviana,


de ella con gran prisa huy.
Djola Tais: Dorotea,
no huyas con presteza tal;
que no se pega mi mal
si no es a quien lo desea.
Y pues ya estamos en la pendiente, lase el de
T o m s Moore, fielmente traducido, y rase la gracia
que sabe llegar a la linde sin rebasarla:
Tiempo es que tomes mujer
dice su padre a Ventura;
no hay para tu travesura
otro remedio, a mi ver.
El remedio bueno est
responde Ventura al punto ;
pero, decidme, os pregunto,
la de quin tomo, pap?
A u n cuando vamos temiendo el cansancio del lector, permtasenos que, encariados con el asunto,
demos a conocer algunos ms.
Dice D. Francisco de la Torre, y lbreme el Cielo
de creer que el epigrama es de actualidad :
Porque en la tela del juicio
venga el corte a tu medida,
ms vale un dedo de juez
que una vara de justicia.
Y el toledano Sebastin de Horozco, abogado por
ms seas, no tena reparo en escribir:
Si pleito se ha de tratar,
cierto est que un abogado

DE GRAMTICA

Y DE LENGUAJE

107

por su parte ha de abogar


contrario al otro letrado.
As que, por esta va,
hacen como marineros:
uno boga y otro ca,
y todos cogen dineros.
F u D . Juan de Tassis, conde de Villamecliana, el
h o m b r e ms atrevido de su poca, el escritor ms
hiriente y mordaz que registran los anales de nuestra
literatura.
Su stira se distingue p o r un personalismo que la
hace antiptica. Su epigrama
Qu galn entr Verger
con cintillos de diamantes,
diamantes que fueron antes
de amantes de su mujer,
que ha logrado el h o n o r de la popularidad, demuestra q u e no se cuidaba el c o n d e ni siquiera d e desfigurar el n o m b r e de aquellos a quienes zahera.
Quien quiera conocer la tristemente clebre figura del asesinado Villamediana, hojee el notable discurso de Flartzenbusch ledo ante la A c a d e m i a en
contestacin al de Cutanda, y el trabajo ms notable
an de Cotarelo, Estudio

biogrfico y crtico., i n t e r e -

sante volumen que proclamando va la erudicin de


su autor.
El cordobs Colodrero escriba el siguiente, q u e
bien puede pasar p o r fino madrigal:
Ya que a mi huerto gustosas
entris, damas, yo quisiera

R. MONNER

SANS

ser ahora primavera


para llenallo de rosas.

Del fecundo y elegante, y no pocas veces mordaz,


D. Manuel del Palacio, tan conocido en el Ro de la
Plata, es el que sigue, cuya finura cautiva:
Si quieres con una planta
curar mis males, Ins,
en la estera de mi cuarto
pon la planta... de tus pies.

Como ejemplo de repeticin que resulta a la vez


epigramtico, solemos dar el siguiente de autor annimo :
Cristo la pobreza am
porque Cristo rico era,
que si Cristo pobre fuera,
por Cristo!, la aborreciera
como la aborrezco yo.

La censura personal no debe nunca dar pie a la


satirilla, ni aun a la verdadera stira: en la t r a n s p a rencia, nunca en la exactitud, ha de procurar su encanto.
Si al prjimo ha de ofender
tilde poniendo a su fama,
slo es bueno el epigrama
que se queda por hacer.

S; opinamos con el bonsimo Hartzenbusch, cuya


es la anterior redondilla, que estos epigramas no deben escribirse; y hoy, al releer por centsima vez los
de Gngora, Quevedo, L o p e de Vega, Montalvn y

DE

GRAMTICA

Y DE

LENGUAJE

109

Tirso contra el incomparable Ruiz de A l a r c n , al


recordar los ms de Villamediana, algunos de F o r n e r
y otros atribuidos a Manuel del Palacio, sentimos que
no se quedaran por hacer, que con ello nada perdieran
las castellanas letras, ni hubiesen demostrado a la
posteridad cunto ofuscan las pasiones aun a los
talentos ms privilegiados.
T e r m i n a r e m o s , no sin asegurar, tal es nuestro convencimiento, que el epigrama sutil, fino, delicado,
que lejos de obligar a fruncir el ceo incita a franca
risa, el que pica pero no hiere profundamente, va
siendo ms raro de da en da, quizs p o r q u e anda
ms estragado el gusto popular o el ingenio ms
cohibido. Ciertos epigramas de los siglos x v n y XVIII,
de escribirse hoy, valieran a sus autores, no los torm e n t o s de la Inquisicin, pero s la t r e m e n d a conspiracin del silencio, que al correr tupido velo sobre
un autor suele abrirle con descarnada mano las puertas de la indigencia.
Querr esto decir que h e m o s progresado? T e m e mos que no; antes opinamos que la satirilla que nos
sirvi de tema, comprensible en poca en que la
absoluta libertad de pensamiento no era conocida,
ha muerto p o r q u e y a no era necesaria su existencia.
Para qu poner a contribucin el ingenio a fin de
decir, con mal velada transparencia, lo que decir
p o d e m o s a la pata la llana y con toda claridad?
Slo la poltica p o d r dar pie en determinadas circunstancias al epigrama; mas como los polticos no
suelen ser poetas, y stos rara vez polticos, de ah

110

E.

MONNER

SANS

que el epigrama ir cayendo al olvido, y slo servir


para que alguien, como en el presente caso, exhuma
los antiguos para tener en qu ocuparse, y solazar a
quienes, aburridos de profundas lecturas, ansien desarrugar el entrecejo riendo y celebrando agudezas
clsicas.
(Revista

de la Universidad,

mayo de 1905.)

EL QUIJOTE EN EL DICCIONARIO

Hojeando la duodcima edicin del Diccionario


oficial, hube de echar de menos la palabra celestina
como sinnimo de alcahueta, lamentando que el genial
autor de aquella joya literaria titulada Tragicomedia
de Calixto y Melibea, no lograse para su personaje
principal el honor de figurar en las columnas del
Diccionario al lado de quijote y de gerundio.
Por aquellos aos, mi admirado Dr. T h e b u s e m
ech tambin de menos en el lxico oficial varios derivados de la voz Cervantes, y como de todas estas
frusleras, en que quizs pierdo tiempo con nimiedad,
tomo nota, ya se c o m p r e n d e r mi agradable sorpresa cuando, al hojear la decimotercia edicin del Diccionario, hall registradas en l, no slo la voz celestina, sino casi todos los derivados de Cervantes p r o puestos por el mentado doctor.
Ignoro quin honra a quin; esto es, no s si es
Cervantes el honrado al hacer que figuren los n o m bres de los personajes principales de su inmortal n o vela en las apretadas columnas del Diccionario ac-

112

R. MONNER SANS

dmico, o si es la Real Corporacin la honrada dando


cabida a tales palabras en el catlogo de las voces
castellanas. El retardo en aparecer en el lxico acadmico los vocablos que luego apuntar, me inclina
a creer lo ltimo, pues el perfecto caballero honra
fcilmente a los dems, pero repugna o tarda mucho
en aceptar h o n r a que no estima m u y merecida. R e cuerdo que cuando el don no era vulgar, sino ttulo
nobiliario, muchos blasonados lo rehusaban por no
creerse merecedores de tanta distincin.
Llego ya al ndice de las palabras con que han enriquecido nuestra habla los personajes de la novela
ms hermosa con que cuentan las literaturas todas.
Ellas son, y d e s e m p e o oficio, que m e cuadra, de
copista, las siguientes:
Cervantesco. Propio y caracterstico de Cervantes como escritor, o que tiene semejanza con cualquiera de las dotes o calidades por que se distinguen
sus producciones.
Cervntico. Cervantesco.
Cervantista. Dedicado con especialidad al estudio de las obras de Cervantes y cosas que le pertenecen.
Dulcinea.

Mujer querida.

Marito?'nes. Moza ordinaria, fea y h o m b r u n a .


Quijotada. Accin propia de un quijote.
Quijote.-Hombre
ridiculamente grave y serio.
H o m b r e nimiamente puntilloso. H o m b r e que p u g na con las opiniones y los usos corrientes, por excesivo a m o r a lo ideal. H o m b r e que a todo trance

DE GRAMTICA

113

Y DE LENGUAJE

quiere ser juez o defensor de cosas q u e no le ataen.


E n este caso suele ir precedido del don.
Quijotera. Modo de proceder, ridiculamente
grave y presuntuoso.
Quijotesco. Q u e obra con quijotera. Q u e se
ejecuta con quijotera.
Quijotismo. Exageracin en los sentimientos caballerosos. Engreimiento, orgullo.
El refrn all va Sancho

con su rocn q u e registra

el Diccionario, bien p u d o ver la luz p r i m e r a en las


pginas del inmortal Don Quijote de la Mancha.
A estas diez palabras creo se pudieran aadir tres
ms, dos apadrinadas p o r el m e n t a d o Dr. T h e b u s e m
y otra p o r m, atrevimiento que espero se m e disculpe en gracia siquiera a la buena intencin.
Cervantismo. L a condicin de cervantista, y
Cervantfilo. El apasionado de Cervantes, son
las dos voces propuestas p o r el Cartero honorario.
En cuanto a la ma, digo: si el pordiosero pordiosea, el quijote quijotea, y si existe pordiosear,
bien
pudiera existir quijotear, que significara realizar una
serie m s o m e n o s larga de quijotadas. R e c u r d e s e
q u e Caldern, en Maana

jotseme

ser otro da, dice:

Enqui-

el alma.

Tarea tentadora y un tanto quijotesca sera la de


averiguar el caudal de voces nuevas entonces neologismos que Cervantes regal al lenguaje culto.
Hablo d e las yuxtapuestas y de las caprichosas de
fcil formacin, p o r q u e en cuanto a las que aparecen
usadas p o r l y no p o r otros escritores, no las reputo
8

R. MONNER

SANS

nuevas, sino ennoblecidas, esto es, tomadas de boca


del pueblo y llevadas al libro a fin de que, quedando
estampadas en 61 per iu csteruum, sirvieran para p r o bar cunta era la riqueza y majestad del habla castellana cuando el hroe favorito del pueblo acometa
molinos y castigaba malandrines y follones.
(El

Correo Espaol,

de mayo de 1905.)

DISTINGUIDO?

Hablbase en cierta reunin de un general que no


contaba con ningn lance de guerra en su hoja de
servicios, y cuando todos rean la munificencia gubernamental, uno de los presentes exclam: Pues a
m me gusta mucho y m e es m u y simptico este general. Por qu?, p r e g u n t a r o n varios. Pues replic el chusco p o r q u e no tiene nada de particular.
H a venido a mis mientes ms de una vez el recuerdo, al ver con qu profusin prodigamos el adjetivo
distinguido. Lo somos todos, p o r suerte o p o r desgracia, si bien creo que p o r desgracia, y a que lo que
mucho se prodiga nada vale.
Ser pobreza manifiesta de nuestra lengua la de
no tener ms que un adjetivo laudatorio, o la penuria
estar, ms que en el idioma, en la mollera de los vivientes y parlantes? Supongo lo ltimo.
Dice la Real A c a d e m i a que distinguido vale ilustre, noble, esclarecido, tres palabras que, si bien son
sinnimas, no son homologas. Y ahora veremos con
ejemplos cmo p o d e m o s cambiar la sobada palabre-

u6

R. MONNER

SANS

ja, saliendo gananciosas en el cambio la claridad del


pensamiento y la pureza del habla.
Copio de lo ledo:
El distinguido mdico, el distinguido diputado, el
distinguido
tinguido

orador, el distinguido

militar, el distinguido

comerciante, el disliterato, el

distingui-

do, etc., p o r q u e , como antes dije, todos somos distinguidos, si bien los ms no nos distingamos en nada
de nuestros semejantes.
Sin forzar la memoria ni recurrir a los diccionarios
para entresacar la lista de los adjetivos laudatorios,
salen de los puntos de la pluma los siguientes, que,
usados discretamente y con la necesaria atencin,
prestaran a nuestros escritos la variedad de que h o y
carecen:
Afamado, s a b i h o n d o , entendido, d o c t o , notable,
nico, sin par, sin igual, abnegado, impertrrito, ilust r e , caballero, discreto, n o b l e , valiente, reputado,
estudioso, erudito, letrado, leal, sobresaliente, sabio,
hbil, incomparable, bizarro, generoso, digno y esforzado.
Claro est que si de alabar a un mdico se trata,
n o le l l a m a r e m o s valiente

o impertrrito,

sino

docto,

reputado, hbil, etc.; y si encarecerle ms queremos,


le calificaremos de afamado,

sin igual,

incompara-

ble, etc. Si este mismo discpulo de Galeno, en plena


epidemia, se olvida de s para arrebatar presas a la
muerte, p o d r e m o s llamarle abnegado, valiente, impertrrito. Si publica obra meritsima que atraiga sobre
l la atencin de sus colegas, lo distinguiremos de

DE GRAMTICA

Y DE LENGUAJE

los dems llamndole estudioso,

erudito,

117
sobresalien-

te, sabio, etc. Si a ms de mdico es amigo de los


enfermos y padre de los pobres, para rendirle un tributo de admiracin y de justicia lo apellidaremos
noble, generoso,

digno, caballero,

etc. Si rebasa en a b -

soluto el comn nivel, el sin par o nico en su clase


se impone.
Lo q u e del mdico se dice, puede aplicarse con
ligeras variantes a literatos, industriales, militares, etctera. El toque en estos asuntos est en la acertada
eleccin del vocablo, y si bien de zarrampln se graduara quien diera a un comerciante el dictado de valiente, nadie re, aun cuando rerlo debiramos, el que
se le llame ilustre. Ilustre ser un estadista, un general que dio a su patria das de gloria, un escritor cuyo
n o m b r e rebas las fronteras de su tierra, nunca el
afortunado mercader que, gracias a su talento prctico, logr trocar sus nqueles en esterlinas.
El tema tiene ms miga de lo que parece, y bueno
sera que en l se fijase algn hablista para que, i n ventariando los adjetivos laudatorios que posee nuestro idioma, los tuvisemos a mano a fin de ir dejando reducido a sus justos lmites el manoseado distinguido. D e lo contrario, y a continuar el abuso, lo distinguido ser no serlo.
Para terminar, leo y copio. El autor se refiere a
una funcin teatral que no era ciertamente un acontecimiento artstico: La numerosa y distinguida concurrencia que llenaba el teatro, etc. A l t o aqu. Si
era distinguida no era numerosa, pues lo distinguido,

n8

R. MONNER

SANS

en su recto sentido, es raro, y si era numerosa no


era

distinguida.

Y p o r q u e no quiero distinguirme ms, pongo punto


y firmo.
(ElDiario

Espaol,

21 de mayo de 1905.)

PRESTIGIAR?

E n t r e las obritas y obrazas publicadas recientemente con motivo del tercer centenario del Quijote,
descuella, a nuestro m o d o de ver, la intitulada El
Centenario Quijotesco, siendo su autor el atildado escritor y finsimo crtico P. Juan Mir y Noguera; libro
pequeo en cuanto al n m e r o de pginas y a su tamao, grande por la miga que contiene.
Dos veces hemos ledo el libro y otras tantas o
ms hemos de hacerlo si a Dios le place alargar nuestra vida; y si la primera lectura nos entretuvo, la segunda, descartada ya la tirnica curiosidad, no slo
nos entretuvo, sino que nos deleit provechosamente.
Restalla la fusta el erudito jesuta contra quienes,
y somos los ms, por ignorancia o por distraccin,
afeamos nuestros escritos con groseros galicismos, y
son tan numerosas las citas, y las observaciones tan
documentadas, que el convencimiento se apodera del
lector si es de gusto exquisito, haciendo nacer en su
pecho saludable propsito de enmienda.
A veces, por suponer, sin duda, que se dirige a ce-

120

R. MONNER

SANS

rebros. a l u m b r a d o s p o r el estudio de nuestros clsicos, se limita a indicar el galicismo, en la confianza


de que ser suficiente el aviso para que el v o c a b l o
vuelva a la obscuridad, de d o n d e no debiera haber salido. M a s c o m o ni t o d o s l e e m o s clsicos, y m u c h o s
aun l e y n d o l o s s o m o s olvidadizos, pues las p r e o c u paciones

materiales logran

borrar del c e r e b r o

no

p o c a s q u e debieran entretenerlo, de ah q u e a veces,


y para stos, resulte el libro deficiente.
E n la pgina

56 del libro a que nos

referimos

se lee :
Qu autor clsico hubiera imaginado que la voz
prestigio,

por ejemplo, hubiese de tiranizar los ojos

c o n la significacin de autoridad,

influjo,

dignidad

(que ni el latn ni el castellano en la dorada edad le


c o n c e d i ) , para que a los galicistas se les r e p r e s e n tase dulce y sabroso v o c a b l o , de alto p r e d i c a m e n t o
y de nobilsima alcurnia, siendo de su nativo origen
slo destinado al infame trato de brujos, nigromnticos y titiriteros?
Me hablaba usted de mi pleito? A q u traigo los
p a p e l e s , dice frase y a antigua, q u e vino a nuestra
m e m o r i a al leer el prrafo transcrito, pues han pasado y a ms de dos aos c u a n d o por va de entretenimiento, y a p r o p s i t o del v e r b o prestigiar,

escribi-

m o s lo siguiente, que p r o b a b l e m e n t e hubiera p e r m a necido indito sin las palabras del P. M i r :


Prestigiar.
de

Hay

q u e prestigiar

la

candidatura

etc.
V e a m o s si es posible prestigiar

algo, y v e m o s l o

DE

GRAMTICA

121

Y DE LENGUAJE

con calma, para que nuestra inteligencia no se confunda. .


Prestigiar, verbo activo y para ms seas anticuado, nacera del substantivo prestigio, voz que, segn
la Real Academia, significa: Fascinacin que se atrib u y e a la magia o es causada p o r medio de un sortilegio. E n g a o , ilusin o apariencia con q u e los
prestigiadores e m b o b a n y embaucan al pueblo.
Ascendiente,, influencia, autoridad.
Si del substantivo pasamos al verbo, nos encontramos con que no ahora, sino en lo antiguo, signific hacer prestigios, embaucar. Y nada m s .
D e n o t a n d o este verbo accin, y aceptando la ltima acepcin de prestigio,
fluencia,

hacer

prestigiar

prestigiar

ascendiente,

vali hacer

hacer

valdra hacer inautoridad,

como

prestigios.

Al idioma francs primero y al gongorismo despus, d e b e m o s la voz castellana prestigio (en su significado de ascendiente, influjo, etc.), de limpio origen latino en el sentido de artificio, ilusin, embeleco, embaimiento, etc., etc.; pero ni los franceses usan
el prestigiar, ni los gongoristas se atrevieron a dar al
verbo espaol prestigiar el significado de defender,
apoyar, proclamar,

etc.

U n a autoridad moral, poltica, literaria, artstica, etctera, influir con m a y o r tesn en una decisin
individual o colectiva; pondr

conquistado

a contribucin

su bien

ascendiente para reducir a los ms a que

sigan su parecer; tratar por todos los medios

a su

alcance de que el peso de su autoridad contribuya al

122

R. M O N N E R

SANS

logro de sus deseos; pero no embaucar, no engaar


a nadie, que a esto, y slo a esto, equivaldra el prestigiar que nos entretiene.
D e suerte que, atenindonos al origen latino del
vocablo prestigio, usado, segn Littr, p o r Diderot
(Saln

de iyy.

llemain (Sour.

A u v . , t o m o X V , pg. 7 6 ) y p o r V i Contemp.

Lescent

Jours),

al empleo

que de la voz hicieron nuestros hablistas y al anticuado significado del verbo prestigiar, creemos que
no se puede prestigiar
una candidatura, como no
puede haber obras ni ideas prestigiadas, en el sentido de amparadas,

apadrinadas,

patrocinadas,

defen-

didas, etc., etc., p o r autoridades polticas o literarias.


(El Diario

Espaol,

15

d e octubre de

1905.)

SEOR Y DON

No; ni que m e e m p l u m e n , uso y o el seor

don;

y como insistiese e intentara defender mi opinin


de q u e p u e d e n ir perfectamente juntos, sin que el
uno sea redundancia del otro, el amigo a quien aludo
agreg: Es intil que defienda usted su tesis; no m e
convencer.
Y esto precisamente voy a intentar: convencerle.
Estudiaremos primero, aisladamente, cada una de las
dos palabras, para deducir de ello que si son sinnimas no son homologas, lo que decir quiere, conforme pienso probar, que p u e d e n ir juntas, como juntas
van desde luengos aos, robustecida toda la argumentacin con citas de autoridades no acadmicas,
y a que el origen de los vocablos, y aun el de su enlace, se r e m o n t a n a pocas en que no haba nacido la
Real Academia Espaola.
I
Dice la docta Corporacin en la decimotercia edicin de su Diccionario, que la palabra seor, que p r o -

124

R. MONNER

SANS

cede del snior latino, es trmino de cortesa que se


aplica a cualquier h o m b r e , aunque sea igual o inferior.
Snior ( i ) , comparativo de superioridad de senex
(viejo) significa, por consiguiente, ms viejo, calificacin q u e se daba en el siglo v, segn Basts, no
solamente a los^hombres que c o m n m e n t e se llamaban seores por tener seoro sobre los d e m s ,
sino tambin a los santos; despus se aplic a los
prncipes, a los obispos, a los abades y tambin a los
monjes.
La voz, pues, seor, que sirve hoy para designar
a cualquier persona, tuvo su origen, como se ve, en
el respeto que los aos inspiraron siempre. Los indios filipinos afirma el Dr. T h e b u s e m l l a m a n
h o y matando" (viejo) al jefe de la casa.
Mas para qu salimos de la nuestra, cuando en
ella tenemos continuado ejemplo? Acaso en la A r gentina no dan casi todos los hijos a sus padres el
carioso ttulo de viejos?
Se c o m p r e n d e as fcilmente que, andando el tiempo, el seor, que slo debiera emplearse como trmino de elevada cortesana, se aplicase a cualquier
mortal, que no en balde fu el h u m a n o linaje crecien-

(i) As se dijo primero en castellano, y as


Fuero de Aviles; despus se troc en sennor,
que, conforme se sabe, se substituy ms tarde
yita sobre la ene. De las seis combinaciones
nacimiento a la ee, una es sta,

se lee en el
doble ene,
con una raque dieron

DE

GRAMTICA

Y DE

LENGUAJE

125

do en cultura a medida que iba dejando la sinceridad


envuelta en el polvo d e los siglos.
Refiere Covarrubias que el e m p e r a d o r A u g u s t o
Csar prohibi p o r edicto que se le llamase snior,
prohibicin que es la ms agria censura que pudiera
idearse contra quienes lo aceptan, as d e s e m p e e n
los ms bajos menesteres.
Mudaron los tiempos, pero no tanto que se haya
borrado del todo el origen del vocablo, y con l su
significacin de alto respeto. Y en tanto es as, en
cuanto el peninsular q u e quiere elevar una instancia
al rey, slo la encabeza con la palabra Seor, siendo
bueno no olvidar que vivimos en poca en que ni
el rey es seor de vidas y haciendas, ni m e n o s de
horca y cuchillo, y que y a en la monarqua espaola
los ciudadanos reemplazaron a los vasallos.
A b u n d a n los seores en el Quijote,

y seora es su

sobrina, como seor es el barbero, lo que vale para


probar que la palabra haba descendido de los estrados d e los magnates y se iba aplebeyando en labios
del pueblo, que ayer como hoy tuvo siempre deseos
de parecerse a los grandes.
Usando de la afresis y del apcope, la palabra seor pas en labios del vulgo a ser o, y p o r afresis
y sncopa, la voz seora trocse en a; o y a de
que quedan an vestigios en el campo argentino.
F u costumbre antigua, que ha llegado hasta nosotros, anteponer como muestra de delicada cortesana el posesivo mi a la voz d e q u e tratamos; y as se
deca, y aun decimos muchos, mi seor, mi seora.

i 2(5

R. M O N N E R

SANS

D e estas voces, mi seora naci, como p r o b a r o n


Z. Rodrguez y Rufino J. Cuervo, el misia americano,
que, conforme apunt en un librito mo, espero en
Dios volver a la obscuridad para dejar el puesto al
simptico seora.
Q u e d a m o s , p o r consiguiente, en q u e h o y , q u e
todos somos libres e independientes, t o d o s somos
seores; mas como en los tiempos actuales h a y m u chos, muchsimos, q u e d e p e n d e n materialmente de
otros, y los ms moralmente, de ah q u e las m o d e r nas sociedades se c o m p o n g a n de seores
vasallos,
dos palabras q u e p o r su significado rabian de verse
juntas.
II
Dice Covarrubias en su Tesoro de la lengua
llana o espaola:

caste-

Don es ttulo honorfico eme se da

al caballero y noble y al constituido en dignidad.


La Real A c a d e m i a Espaola, p o r su parte, define
el don de la siguiente m a n e r a :
Ttulo honorfico y de dignidad que se daba antiguamente a m u y pocos, aun de la primera nobleza,
que se hizo despus distintivo de todos los nobles, y
que y a no se niega a ninguna persona bien portada.
La voz procede del latn clminus (seor), que a su
vez viene de domus (casa), y con ligeras modificaciones se encuentra en los dems idiomas romances.
E n Francia dicen dom (don).
E n Provenza, don, domjon.
E n Portugal, dom.

DE

GRAMTICA

Y D E LENGUAJE

E n Italia, donno, q u e se sincop ms tarde, quedando en don.


E n el F u e r o de A v i l e s se lee don, dono, dompno,

en el de Oviedo domno, variantes q u e no son raras,


pues es fcil encontrar en d o c u m e n t o s d e aquellas
pocas una misma palabra escrita de distinta m a n e ra. E n el siglo x m , y en Len, se deca dopne, dopnus.
Basts afirma q u e los reyes franceses de la segunda raza usaron el ttulo de don, y Onufrio dice que
este ttulo se dio primero al Papa solamente, luego a
los obispos y a los abades, o a aquellos que tenan alguna dignidad eclesistica o eran recomendables p o r
su virtud y santidad, y ltimamente le t o m a r o n los
simples monjes.
No faltan autores de nota que aseguren q u e los
primeros que empezaron a usar el don fueron los j u dos, siendo entonces un dictado bajo. L i m i t n d o m e
a hacer constar su antigedad como ttulo honorfico,
recordar q u e el verdadero fundador d e la poesa
epigramtica en Espaa, el arcipreste de Llita, tiene
una hermosa composicin titulada: Ensiemplo de las
ranas en como d e m a n d a b a n r e y a don Jpiter; q u e
en el Libro de Alexandre se l e e : Estaua don Janero;
estaua don Feurero; maduraua don Junio; trillaua don
Agosto, y estaua don Othubrio; q u e nos habla en
son de burla d e don Aquiles, don Burro y doa Cuaresma; que Gonzalo de Berceo comienza la Vida de
Santo Domingo

de Silos con estos v e r s o s :

En el nombre del Padre que fizo toda cosa,


et de don Jesuchristo, fijo de la gloriosa...;

128

R.

MONNER

SANS

que en el Poema del Cid se p o n e siempre el don,


doa ante los n o m b r e s de personas, no slo ajustado a su valor etimolgico, sino ante los n o m b r e s
propios y los de ttulos o dignidades, como don
abbat (i); y que Cervantes, a quien luego citaremos,
nos habla de don San Jorge, uno de los mejores andantes que tuvo la milicia (2).
Que el don fu en otro tiempo, conforme indican
Covarrubias y la Real Academia, ttulo honorfico y
de dignidad (3), se averigua con slo leer la Cdula
de almirante, visorrey y g o b e r n a d o r de las islas y
tierra firme, expedida por los Reyes Catlicos en abril
de 1 4 9 2 a favor de Cristbal Coln, en la que se
dice: ... que vos podades dende en adelante llamar
e intitular don Cristbal Coln; lo que p r u e b a
-dice el erudito Dr. Thebusem el e n o r m e valor
del don en aquella fecha; tanto valor, agrego, que
aceptando como buena la afirmacin de Covarrubias,
muchas casas de seores que comprendan el alto

(1) Gramtica del Cid.


(2) Quijote, parte II, cap. LVIII.
Este tratamiento se daba a Dios por los judos en Espaa,
y as en nombre de don Dios, que en seis das fizo el cielo
e la tierra e al seteno puso el fuego, tomaban juramento a
los que profesaban la fe judaica. (G. Maura, Rincones de la
Historia, pg. 314.)
(3) Refirindose a D. Pelayo dice Salazar: Dironle sus
vasallos el prenombre de don, que daban solamente a los
santos, para ms honrarle. (Origen de las dignidades seglares
de Castilla y Len.)

DE

GRAMTICA

129

Y D E LENGUAJE

valor de este ttulo lo rehusaban p o r no creerse m e recedoras de l, en tanto que lo t o m a b a n muchos a


quienes no les convena.
Burlse Quevedo de este afn del vulgo p o r ennoblecerse, escribiendo: Es de advertir q u e en t o d o s
los oficios, artes y estados se ha introducido el don
en hidalgos y en villanos. Y o he visto sastres y albailes con don. Y en Visita

de chistes,

dice : Y

diles a todos los dones a teja vana, caballeros chirles,


hacia-hidalgos y casi-do7ies que hagan bien p o r m.
Tanto se fu aplebeyando el vocablo y tanto se
daba a cualquiera, aun a los jvenes sin bozo, que...
Pero cedo la palabra a Gaspar Lucas Hidalgo, quien
en sus Dilogos

de apacible

entretenimiento

p o n e en

boca de D . Diego las siguientes frases:


Dejando una materia p o r otra, h o y he odo en la
calle q u e dicen que ha salido premtica en Madrid
que no se p u e d a n llamar don los caballeros hasta
edad de treinta aos, p o r q u e dicen q u e el don en los
h o m b r e s es para denotar autoridad, y hasta los treinta aos no la pueden tener. t e m : que p o r q u e el don
en las mujeres se les da, no a ttulo de a u t o r i d a d q u e
no se les p o n e bien, sino a ttulo de damera y hermosura, m a n d a n que a ninguna mujer de sesenta aos
arriba la llamen don ( i ) .

(1)

TEODORA.
CHICHN.

ES

Chichn?

Mi presuncin
a Chichn no te responde;
que despus que sirvo al Conde
9

130

R. MONNER

SANS

La palabra doncel, diminutivo de don, que hoy se


aplica a cualquier joven decente y bien trajeado,
signific en lo antiguo hijo adolescente de padres
nobles, y t a m b i n joven noble que aun no estaba
armado caballero; y en buena lgica, de tales significados se sigue que para que correspondiese nobleza
al hijo, necesario era que los padres la tuviesen. No
poda ser doncel quien no fuese hijo de un don, como
slo es condesito o marquesita el hijo del conde o
del marqus.
D e lo expuesto se deduce que el don fu en los
primeros tiempos ttulo honorfico que no anulaba el
de seor, como ste no se anula al anteponerle ilustrsimo o excelentsimo; q u e fu tenido en m u c h a
estima hasta que de l se apoder el vulgo, y que
fueron intiles cuantas burlas escribieran Cervantes y
Ouevedo contra el, ya en su poca, popularizado ttulo. Quin no recuerda aquello de
que sienta mal
el don con el Turuleque? (i).

Cervantes, persiguiendo la idea de desterrarlo de


las costumbres populares, nos habla de don ladrn,
me llamo ya don Chichn,
heme aqu quitado el don
y vuelto al primer estado.
(ALARCN, El Tejedor de Segnviti, acto I, esc. XVII.)

(i) Registra la Real Academia en su Diccionario la e x presin familiar Mal se aviene el don con el Turuleque.

DE

GRAMTICA

Y DE

LENGUAJE

131

don villano, don patn, don bacallao, etc., y para ms,


doas llama a las dos mozas de partido que presencian el lance de la a r m a d u r a de D . Quijote. E n su
mismo inmortal libro, p o n e en boca de Teresa las siguientes p a l a b r a s : Teresa m e pusieron en el bautismo, n o m b r e m o n d o y escueto, sin aadiduras ni cortapisas ni arrequives de dones ni doas..., y con este
n o m b r e m e contento, sin que m e le pongan un don
encima que pese tanto que no lo pueda llevar. Y en
el mismo captulo, que es el V de la segunda parte,
dice Sancho, refirindose a su hija: ...pero si en dos
paletas y en menos de un abrir y cerrar de ojos te la
chanto un don y una seora a cuestas, etc.
Siguiendo tales huellas, Quevedo, en su Boda y
acompaamiento del campo, nos describe a don R e p o llo, doa Berza, doa Calabaza, doa Mostaza, don
Meln, don Cohombro, etc., y en una de sus famosas
letrillas afirma que ms estima un dan que un don.
III
Cundo se asieron del brazo el seor y el don, y
hermanados comenzaron a recorrer la pennsula espaola y sus Indias? El Dr. Thebusem opina que
no pasa de fines del siglo xiv y principios del xv, y,
apasionado admirador del Quijote, diserta brillantemente, y con su particular gracejo, sobre los dones
otorgados p o r Cervantes a nobles y plebeyos, grandes y chicos, d e m o s t r a n d o que el inmortal autor,
previendo que el don era el ttulo apropiado para el

132

R. M O N N E R

SANS

carcter de los espaoles, de suyo graves y p o m p o sos, como grave y sonora es la palabra, lo populariz,
fij e inmortaliz en la fbula del ingenioso hidalgo.
Digno de llamar la atencin es el uso de estos dos
vocablos cuando se emplean juntos, pues acompaando el don al n o m b r e de pila y el seor al apellido,
parece que debiera decirse don seor y no seor don.
Por qu 'desde que se unieron va el don a retaguardia del seor} Por la razn que luego veremos,
A q u no usamos el seor y el don juntos. Por qu?
Dejemos a los peninsulares con sus costumbres, y
vengamos a la nuestra; mas como sta, en el asunto
que nos ocupa y preocupa, tiene su base en palabras
castellanas, necesario fu averiguar, como acabamos
de hacerlo, el valor etimolgico de cada vocablo. U n a
vez logrado el propsito, sin gran esfuerzo se sabe
que es diferente la raz y diversa la etimologa, y que,
por consiguiente, no hay tal sinonimia, como pretenden algunos.
Si seor y don fuesen homlogos, podramos e m plearlos indistintamente. Quin, si es ledo, a una
pregunta q u e se le dirija, contestar: No don} Quin
dir don Ribadavia? Y basta fijar un poco la atencin
para notar que el seor va con el apellido, y el don
con el n o m b r e de pila; y si no decimos don Ribadavia, por qu decir seor Bernardino? Y a este respecto no estar p o r dems hacer constar que los
mismos que rechazan el don lo emplean con ciertos
y determinados personajes, y a q u e n o dicen el seor
Bernardino Ribadavia, ni el seor Juan Manuel R o -

DE

GRAMTICA

Y DE

LENGUAJE

133

sas, ni el seor Jos Manuel Estrada, sino don Bernardino Ribadavia, don Juan Manuel Rosas, don Jos
Manuel Estrada.
E n el campo argentino es frecuente or: Diga,
don. Cmo le va, don?; frases lgicas aunque m o lesten h o y a odos delicados. No d e c i m o s : Diga,
doctor. Cmo le va, marqus? Pues si el don es
ttulo, los campesinos hablan lgicamente.
Como dato curioso apuntar la noticia que los
israelitas espaoles de Oriente suelen anteponer el
don al apellido, diciendo, p o r ejemplo, don Ribadavia.
IV
T e n a m o s y a el seor, vulgar, cuando a los m o n a r cas se les ocurri conferir a algunos el ttulo de
don (i); y como un ttulo no quita otro si en el nuevo no va e m b e b i d o el anterior, de aqu que el seor
y el don p u e d a n ir juntos, como juntos van seor marqus, seor duque, seor cannigo, seor magistrado, etc., etc. El que se llamaba seor Juan, despus
de obtenido el ttulo de don se llamara seor don
Juan, y sta es la razn que abona el que el seor
preceda al don.
Gil Blas refiere que hallndose c o n F a b r i c i o Nuil ez, lleg un gentilhombre y dijo:
Seor don Fabricio, vengo en busca de V m . para
(1) Los hidalgos necesitaban un cuento de renta perpetua para usar el don.

134

R. M O N N E R

SANS

decirle que el duque, mi seor, quisiera hablarle y espera a V m . en su casa... Y o qued m u y admirado
de haber odo tratarle de don y de mirarle as convertido en noble, a pesar de ser su p a d r e maese Crisstomo el barbero... Buenos dasle dije, seor
don FabricioL. Al orme se ech a rer y c o n t e s t :
Conque has notado que m e han tratado de don}...
E n verdad que si he t o m a d o este dictado de honor,
no es tanto p o r satisfacer mi vanidad como por acom o d a r m e a la de los otros. T conoces a los espaoles: maldito el caso que hacen de un h o m b r e honrado, si tiene la desgracia de ser p o b r e o plebeyo, y aun
te dir que veo tantas gentes... que hacen las llamen
don Francisco, don Gabriel, don Pedro o don..., como
t quieras llamarle, que es preciso confesar que la
nobleza es una cosa m u y comn, y que un plebeyo
que tiene mrito la honra cuando quiere agregarse
a ella.
Seor don se lee dos veces en el transcrito pasaje; seor don se llama el Caballero de la Triste Figura ( i ) , y seor don usaron y usan las autoridades de
la lengua, y ante hecho tan evidente, casi me atrevera a repetir aquello que de estudiantes decamos:
Cuando Caldern lo dijo,
estudiado lo tendra.

(i) En el mismo Quijote se lee: ... adonde est mi seora doa (parte II, cap. X X X ) .

DE

GRAMTICA

Y DE

LENGUAJE

135

V
Otra pregunta y t e r m i n o .
Por qu razn damos aqu el ttulo honorfico de
don al barrendero, al faqun, al menestral, y guardamos el hoy vulgar seor para las clases ms elevadas
de la sociedad?
No creo que sea p o r p a r e c e m o s a los primitivos
judos, ni p o r exceso de modestia como aquellos n o bles del siglo xv, ni p o r emplear el don como graciosa burla contra los desheredados de la suerte;
antes opino que la supresin del don p u e d e o b e d e cer a galicsima sumisin, inclinndome a creerio al
notar que este ttulo fu empleado p o r los argentinosjuzgo por los e s c r i t o s h a s t a y a ms que p r o mediado el siglo anterior, y que fu desapareciendo
poco a poco, a medida que Buenos Aires se acercaba a Pars. Si los franceses con el solo dictado de
seor (monsieur) tienen bastante, para qu ms los
que nos pasamos la vida leyendo obras francesas y
vertiendo de ellas vocablos y frases que cachetean la
analoga y sintaxis castellana? ( i ) .

(1) En los Dilogos familiares de J. de Luna, y al razonar


el discpulo con el maestro, dice aqul que mejor hacen
en Francia, que a todos los igualan diciendo vos*; a lo que el
maestro responde que esa sola razn muestra ser malo
el uso de ella, pues iguala al prncipe con el ganapn y no
hace distincin de persona, siendo justo la haya.

136

R.

MONNER

SANS

D e suerte q u e lo que era en nosotros riqueza y


abundancia lgicaah est la etimologa histrica,
lo trocamos en pobreza manifiesta slo por rendir
culto a la moda, olvidando que cada idioma tiene
sus peculiaridades, y que p r e t e n d e r vaciarlos todos
en el mismo molde es tirar a obscurecer lo h e r m o so que cada uno en s tiene, y a bastardearle sin gloria ni provecho.
(Revista

de la Universidad,

1905.)

EL PLEITO DEL LENGUAJE


LA GRAMTICA

La contienda est empeada. D e un [lado el vulgo


que es numerossimo abominando de la Gramtica y burlndose de sus cultores; del otro aquellos
que la defienden con tesn por haberse con ella encariado, o por m o m e n t n e o arrobamiento impuesto
por causas que no es oportuno analizar.
No nos ocupemos en el vulgo. Dejemos eme contra
la Gramtica descarguen sus iras los que en sus conversaciones y en sus escritos la aporrean de continuo:
es m u y lgico y m u y h u m a n o que los que delinquen
con frecuencia hallen en extremo severas las leyes
que tienden a p o n e r un freno a sus desmanes.
Nunca nos preocuparon, pues, las diatribas de los
incultos, pero siempre l a m e n t a m o s que las personas
ledas, comenzando por la Superioridad, no dieran a
tal estudio la importancia que por su innegable utilidad merece. Olvidan stos que hay entre todos los
conocimientos una h e r m a n d a d ntima, y que desconocer el valer de la Gramtica arte y ciencia

i3

R. MONNER

SANS

equivale a r o m p e r la armona de la Ciencia en su ms


amplio concepto. No ya el abogado, el mdico, el ingeniero, necesitan a cada m o m e n t o pedirle ayuda a
la Gramtica, peticin que vergonzosamente se formula con dudas y vacilaciones que a las claras manifiestan la poca solidez de anteriores estudios.
U n o s pocos de este grupo tratan de probar que las
reglas gramaticales son innecesarias y que el gramtico es un ente ridculo que p r e t e n d e legislar sobre
lo ilegislable. Los tales moveran a risa si a c o m p a sin no movieran, pues no saben que las reglas gramaticales aparecieron todas a posteriori, deducidas
de los autores primitivos, maestros del bien hablar,
sin que hasta la fecha haya nacido gramtico que inventara una sola regla u ordenado tal o cual excepcin. Non sumus inventores vocum, sed custodes
earum, deca Sneca, lo que, traducido en r o m a n ce, quiere decir: No son los gramticos inventores, sino guardas o depositarios de las voces; concepto que Salva glos definiendo la Gramtica de
este m o d o : Conjunto ordenado de las reglas del lenguaje que vemos observadas en los escritos o conversacin de las personas doctas que hablan el castellano.
Dgame el rol de la preposicin, omos un da en
un examen de Gramtica; Qu es paragogue}, p r e guntaba otro profesor; Defina usted la tanguente,
peda un maestro de Geometra; .Recientemente es un
p r o n o m b r e , afirmaba otro; y al or estos dislates y
otros que no consignamos en gracia a la brevedad,

BE

GRAMTICA

.139

Y D E LENGUAJE

vena a nuestra memoria aquel luminoso informe dirigido a la Comisin de los Diez p o r varias celebridades norteamericanas, y especialmente aquellas frases:
As, cada leccin de Geografa, de Fsica o de Matemticas, puede y debe ser una parte de la enseanza
del ingls para el alumno ( i ) , lo que p o n e de manifiesto la importancia q u e en los Estados Unidos se
concede al idioma nacional.
Mas dejemos abandonados a su desenfado o a su
ignorancia a los que, queriendo o sin querer, atropellan al gramtico, y encarmonos con stos.
Se dividen h o y en dos b a n d o s : el que p r e t e n d e ensear reglas y cree, al hacerlo, ensear Gramtica, y
el q u e intenta ensearla analizando trozos escogidos.
Ms claro: el u n o quiere estudiar el vocablo; el otro,
la frase.
V e a m o s lo q u e haya de verdad en cada una de las
dos tendencias : las seculares luchas entre realistas y
nominalistas,

e n t r e clsicos y romnticos,

entre

idea-

listas y prosistas, se repite h o y entre los gramticos.


Y as como haba algo de verdad en cada una de las
apuntadas escuelas, as creemos que algo hay de razonable en lo defendido p o r cada uno de los contendientes. A analizarlo se encaminarn las siguientes
lneas.
La Gramtica es ciencia y es arte<casi nos atreveramos a afirmar que la Gramtica castellana no tan
(1) Informe del Comit de los Diez, publicado por orden
del ministro de Instruccin pblica.

140

E . MONNER

SANS

slo es arte, sino ciencia ; pero concretndonos a


aceptar como buena la definicin corriente, p o d e m o s
dejar sentado que la Gramtica es un arte, el de hablar y escribir correctamente un idioma cualquiera,
el castellano, p o r ejemplo. Esto afirman los de un
bando; los del otro a r g u y e n : No hablamos con m o noslabos, ni los diccionarios todos ni la Gramtica
constituyen la lengua, como los cdigos de leyes no
constituyen la nacin. Para dominar bien un idioma
no hay que estudiar el vocablo: hay que ahondar algo
ms, hay que penetrar en su vida, que est fuera del
vocabulario.
Por qu no juntar estas dos verdades y, h e r m a nndolas, levantarlas a guisa de bandera para la e n seanza del idioma patrio? Por qu empearse en
desunir lo que por su naturaleza y sus fines es indisoluble?
Sentado el fundamento, que nadie niega, de que
la Gramtica sea un arte, evidente es que no hay arte
sin reglas, negativas las ms, pero reglas al fin. La
Retrica es un arte de reglas negativas, y a nadie se
le ha ocurrido cerrar contra la Retrica.
Que la idea es superior a la palabra, nadie lo duda
ni discute, como nadie niega que el lienzo terminado,
el edificio construido son superiores a la masa de piedra y a los colores en pasta. Pero el edificio p u e d e
estar bien o mal construido, el cuadro mejor o peor
pintado, la idea p u e d e expresarse ramplona o bellamente. Si el arquitecto, el pintor, el que habla desconocen las reglas de sus artes respectivas, casi p u e -

DE GRAMTICA

Y DE

LENGUAJE

I I
4

de asegurarse de antemano que sus obras distarn de


ser bellas. Los burros flautistas van siendo cada da
ms raros.
La oracin, un discurso se presentan a nuestros
ojos como un edificio que, salido de expertas manos,
ser un grandioso m o n u m e n t o ; si de manos torpes,
una choza vulgar. Para que el arquitecto levante una
hermosa catedral o un suntuoso palacio es menester
que de antemano sepa las leyes de la Geometra, que
no desconozca ni el peso ni la resistencia de los materiales, que no ignore el m o d o de combinarlos, para
que su enlace proporcione seguridad y esbeltez a la
obra. Para que u n qumico, un m e r o farmacutico .
invente un compuesto, necesario es que previamente conozca en sus menores detalles el valor de los
simples.
A h o r a bien: la oracin, el discurso, qu son sino
grandiosos compuestos de simples bien o mal trabados, segn sean los conocimientos del manipulador? Qu sino edificios peor o mejor construidos, segn sea la pericia tcnica del arquitecto?
Si, dejando smiles a un lado, nos fijamos pura y
simplemente en el lenguaje, a poco que reflexionemos con serenidad nos convenceremos de que cada
idioma tiene su carcter distintivo, que se encierra
en su morfologa peculiar, en su lxico y en su fontica, elementos stos que d e b e m o s estudiar por m e dio de reglas en la Gramtica.
Cierto que en la actualidad hay en el estudio de
este arte una bien definida tendencia sinttica: no

142

R. MONNER

SANS

pasa da sin que algn gramtico de nota no se rebele contra caprichosas subdivisiones que, si p u e d e n
halagar al analtico, fatigan al estudiante, embarazndole y estorbndole en su camino; mas cierto es tambin que una cosa es la Gramtica y otra la Retrica,
y que ser siempre expuesto a error p r e t e n d e r ensear el clculo infinitesimal a quien no domine algo
ms que medianamente las Matemticas.
El hablar bien, el escribir bien don es del Cielo,
como lo son el pintar, el esculpir, el modelar bien.
Se nace con predisposicin particular para tal o cual
arte, pero esta predisposicin suele malograrse no
pocas veces por abominar de las reglas que p u e d e n
pulirla y abrillantarla. Lo de que el poeta nace y el
orador se hace no pasa de la categora de frase: el
poeta, como el orador, como el pintor, como el msico, etc., nacen y se hacen. A l talento natural hay
que agregar el estudio de las reglas y de los modelos.
Decimos de las reglas y de los modelos, aunque
aqullas sean la lgica consecuencia de stos, p o r q u e
en unas veremos lo que no d e b e m o s hacer, y en otros
el resultado de lo que se ha hecho. La fusin de lo
negativo y de lo positivo nos dar el dominio de un
arte cualquiera.
A c o n t e c e con esto de la Gramtica algo digno de
llamar la atencin de cuantos gustan averiguar el porqu de las cosas. Se tilda una palabra, una frase, y y a
se tiene p r e p a r a d a la respuesta: Lo fundamental es
la idea; la palabra es a lo sumo un signo o sonido
convencional, que p o r lo mismo p u e d e variarse a vo-

DE GRAMTICA

Y DE

LENGUAJE

143

luntad. Hgasele entender al que as razona que las


palabras son partes constitutivas de un gran caudal
heredado que no d e b e m o s dilapidar; que las voces
tienen su historia y su valor preciso, exacto, impuesto
por radicales, races, flexiones y desinencias, y que es
irreverente, si no criminal, que alguien, p o r su sola
voluntad, quiera anular valores y borrar historias; que
as como en el trato de gentes cultas hay leyes sociales que nadie puede barrenar, as al hablar y al escribir debemos sujetarnos a ciertas leyes impuestas polla Gramtica y la Retrica, si no q u e r e m o s que se
nos tache de ignorantes.
E s una verdad, por desgracia evidente, que los detractores de los estudios gramaticales son los que
aporrean el nativo idioma; como otra verdad aparece
tambin bastante clara, y es que hay quien gusta del
anlisis y quin de la sntesis. Gramticos no los hay,
pero aficionados a Gramtica s, que pretenden desterrar el anlisis de la enseanza, como existen aficionados para quienes toda enseanza se reduce a la m e cnica repeticin de reglas, definiciones y excepciones. U n o s quieren ir de lo compuesto a lo simple;
otros se contentan con el conocimiento de la materia
prima.
Quizs, extremando el concepto, haya ms lgica
en stos que en aqullos, ya que stos ensearn Gramtica, que es de lo que se trata; los otros barbecharn en los campos de la Retrica, segunda etapa en
los estudios del lenguaje.
Mas h u y e n d o de extremos, que mal se avienen con

144

R. MONNER

SANS

la serenidad del que debe ensear, encerraramos la


manifestacin de estas ideas en los siguientes p u n t o s :
I . U n a cosa es la Gramtica y otra la Retrica.
2 . Fluyamos de la frialdad de la definicin, pero
esforcmonos en dar a conocer el valor de los simples.
3.
Sin Gramtica y sin lxico no hay idioma.
4.
N o hay arte sin reglas.
5. Las reglas gramaticales no nos trocarn en
oradores, ni siquiera en hablistas, pero nos advertirn lo que no debemos decir para no caer en ridculo.
6
Para hablar bien es menester amoldarse a los
cnones de la Gramtica; y
7.
Dios le d a la Superioridad buena m a n d e r e cha para encarrilar por segura va los harto descuidados estudios gramaticales.
0

(Revista

ae la Universidad,

marzo de

1906.)

UNA OBRA GRAMATICAL

H a r t o se c o m p r e n d e r , sin que lo digamos, dadas


nuestras aficiones, que la alegra ha de bailarnos p o r
dentro el cuerpo cuando a nuestras manos llega obra
gramatical que, p o r separarse de los vulgares libros
de texto, ofrezca sabrosa miga y d lugar a meditacin y aun a controversia. Cansados estamos todos
los profesores de hojear obras que si alguna novedad
ofrecen es la de una no siempre habilidosa facilidad
en zurcir y pegar retales e hilvanar remiendos de otros
libros diputados por la crtica como buenos. Batimos
palmas, pues, cuando llegan a nuestras manos libros
tan bien pensados como Oracionesy anlisis, del r e p u tado catedrtico oriental D. Francisco Gmez Marn,
cuya es la obra que pasamos a analizar.
Probable es, no probable, casi seguro, que este escrito no logre muchos lectores; que la Gramtica fu
siempre materia antiptica a cuantos creen q u e se
llega a escribir bien sin dominarla siquiera medianamente. No importa; escribimos para los aficionados
a tales estudios. Si no p o d e m o s pasar a mayores sin
detenernos, segn Cervantes, en el atrio de la Gramtica, hagamos alto en ella unos m o m e n t o s y converIO

146

R. M O N N E R

SANS

sernos un poco sobre la obra, que no vacilamos en


calificar de notable, del citado Sr. Gmez Marn.
U n a observacin p r e v i a : ni conocemos personalm e n t e a dicho seor, ni n o s p r o p o n e m o s elogiar el
libro. V a m o s a criticar, segn nuestro criterio, analizando lo bueno y lo, a nuestro entender, deficiente o
errneo que n o s vaya saliendo al paso, razonando,
aunque brevemente, las observaciones.
D e s d e luego hemos p o d i d o notar varias erratas de
imprenta que, si afean cualquier libro, tienden a m a tar una obra gramatical. T a n en el odo de los cajistas
est el verbo ser en vez del verbo estar, que le hacen
escribir al eximio profesor El ro de la Plata es form a d o , etc., p o r est formado.
No d e b e s o r p r e n d e r n o s el hecho. E n estos ltimos
tiempos la Intendencia m a n d p o n e r en las calles de
Buenos Aires unos cartelitos que dicen: Es prohibido escupir sobre las veredas, en cuya frase el m e nos entendido en materias de lenguaje p u e d e notar
tres faltas: es, sobre y veredas. P o r q u e ni es, sino est,
ni sobre, sino en (debajo de las veredas,

s?), ni vere-

das, sino aceras. T o d o s sabemos q u e en una calle no


p u e d e h a b e r veredas.
La divisin que el autor hace de los sujetos n o s
parece m u y clara, siguiendo en parte a notables tratadistas. Sin embargo, al llegar a los colectivos creemos notar cierta confusin. Con todo el respeto q u e
el autor n o s merece, d e b e m o s decir q u e el ejemplo
que comienza (pg. 1 2 ) El pueblo qued perplejo,
exige en singular el verbo decidir.

BE

GRAMTICA

V DE

LENGUAJE

147

Sabemos que en lo antiguo fu c o s t u m b r e colocar


el verbo en plural despus de un colectivo; p e r o dejando a un lado q u e h o y aquella costumbre va cayendo en desuso, conviene no olvidar que una cosa es un
colectivo (nominativo) incomplejo y otro un colectivo
(sujeto) complejo. E n este ltimo caso surge la duda
de si el verdadero agente del verbo es el colectivo o
las palabras que lo especifican, y a estn determinadas, y a implcitas, duda que slo resolver el sentido
de la frase, y as en estas oraciones el verbo ir unas
veces al singular y otras al plural.
Al p r e t e n d e r reducir a reglas estas concordancias
se nos ocurri, no sabemos si p o r vez primera o si fu
resurreccin en la memoria de algo ledo, que para
saber si el verbo tiene que ir al singular o al plural,
hay que atender al valor de la palabra dominante en
la frase. Y as diramos: La mitad de las ovejas pasaron el puente, p o r q u e son las ovejas las que pasaron el puente; y La mitad de las langostas cay
sobre el campo; la otra continu volando, p o r q u e en
esta frase la palabra mitad es la dominante.
A rengln seguido e n u m e r a el Sr. Gmez Marn las
palabras que p u e d e n representar al sujeto, y se nos
ocurre, parodiando cierta clebre frase, decir que ni
estn todos los que son, y huelgan muchos de los que
estn. Fcilmente se reducen los seis p r i m e r o s en
uno solo con decir que los p r o n o m b r e s personales
agentes del verbo son sujetos, y varios de los dems
con afirmar q u e cualquier p a r t e de la oracin se substantiva m e d i a n t e la anteposicin del artculo en unos

t. MONNER SANS

casos, y sin l cuando el sentido es indeterminado.


A l llegar a los sujetos que han de ir delante del
verbo y los que han de seguirle cabe p r e g u n t a r : No
podramos decir Esperaremos a que vuelva Pedro;
Lo he visto y o mismo; Tu hermano, ha venido?, etc.? Y a sabemos que estas oraciones estn en
sintaxis figurada; pero si de ella nos servimos continuamente, por qu decir que han de ir delante o despus, sin agregar en rigurosa sintaxis regular?
Notable nos parece el captulo III, dedicado a los
complementos. LTay en l un sinnmero de observaciones m u y atinadas y de ejemplos bien escogidos.
D e acuerdo estamos en que con el ablativo p u e d e n
omitirse algunas veces las preposiciones; en lo que
no nos conformamos es en que se omita la a entre el
n o m b r e de la poblacin y la fecha, y m e n o s an en
que se escriban con mayscula los n o m b r e s de los
meses.
A s e g u r a el docto catedrtico que no puede haber
nunca tres complementos enclticos, lo que en absoluto no creemos cierto. U n padre, refirindose a su
hijo, dice a un p r e c e p t o r : Aconsjesemele bien, y ,
etctera. Por qu no? Que la palabra resulta dura?
U n a cosa es la dureza y otra la exactitud de la palabra. D i r e m o s : Que m e le traiga enseguida; o bien,
Trigasemele en seguida: cualquiera de las dos formas p u e d e emplearse, a nuestro m o d o de ver.
Clarsimas encontramos las reglas apuntadas para
conocer los complementos, notndose en su exposicin la benfica influencia de Benot; lo que y a no nos

DE

GRAMTICA.

Y DE

LENGUAJE

149

lo parece tanto es el subdividir las oraciones incidentales en explicativas y determinativas. No sera ms


claro separables e inseparables?
E n pocas lneas demuestra el sabio profesor que la
concordancia de gnero y n m e r o no se p o d r verificar nunca en los n o m b r e s .
H a y en la pgina 40 algo que no encontramos expresado con claridad. Afirma el Sr. Gmez Marn que
los p r o n o m b r e s personales y los adjetivos numerales
cardinales no se prestan para servir de predicados p o r
la facilidad que tiene el verbo ser de concertar con su
segundo trmino, afirmacin sta que, a nuestro juicio, no viene apoyada ms que con el ltimo de los
ejemplos. P o r q u e Ese soy yo, El malo eres t y
Los patriotas era gente que no retroceda ante el p e ligro, en buena sintaxis regular seran: Yo soy se;
T eres el malo; Los patriotas, gente era, etc.; frases m e n o s elegantes que las anteriores, es evidente,
pero no por ello dejaran de estar lgicamente construidas dentro de la sintaxis regular. El ejemplo que
nos parece bien hallado e s : El sueldo de un maestro son cuarenta" y dos pesos, p o r q u e en esta frase
el verbo concuerda claramente con el predicado,
anomala del verbo ser que tambin se nota al invertir la oracin, ya que diramos: Cuarenta y dos
pesos es el sueldo de un maestro.
T a m b i n tropezamos con una regla que por lo a b soluta no nos parece verdad, y es que en la pasiva se
pone el verbo ser en el mismo tiempo, nmero y persona que tiene el verbo activo. Si decimos Juan com-

150

R. M 0 N N E R

SANS

pra el libro, claro est que en la pasiva d i r a m o s :


El libro es c o m p r a d o p o r Juan; p e r o si el atributo
predicado es plural, evidente es que al trocarse en sujeto exigir el verbo en plural, con lo que quedara
barrenada aquella l e y : Juan c o m p r a (singular) los
libros; pasiva: Los libros son (plural) c o m p r a d o s
p o r Juan.
Hermossimo, claro y metodizado encontramos el
captulo dedicado a la pasiva de las oraciones i m p e r sonales, y de veras nos agrada q u e un gramtico de
sus vuelos consigne, aunque de pasada, que una cosa
son verbos unipersonales y otra verbos personales. A
quin no le agrada caminar en honrosa compaa!
S u s p e n d e m o s la tarea no p o r propia fatiga, sino
p o r q u e t e m e m o s a la ajena; que no son estos artculos de los que encuentran lectores a m o n t o n e s . Mas
no h e m o s de e s t a m p a r la firma al pie d e estas lneas
sin felicitar al autor p o r su interesantsima obra y p o r
la serie de artculos gramaticales que, referentes al
grrran Cejador como le llama un fillogo espaol
que anda p o r Alemania y sabe d n d e tiene la mano
derecha , ha publicado estos das en un peridico
de Montevideo.
Cunta falta estn haciendo autores gramaticales
del fuste del Sr. Gmez Marn!
(El Diario Espaol, 18 d e

marzo de

1906.)

EN PLENO SIGLO XXI


FANTASA

LEXICOLGICA

D i o vuelta a los anteojos, se arrellan en su silln


de cuero cordobs y comenz a leer el escrito que le
haba entregado el nuevo redactor del peridico. D u rante la lectura, que fu rapidsima, como h o m b r e
avezado a extraerle en seguida el jugo a lo que en su
cerebro penetrara por las ventanas del alma, ni sus
ojos ni su cara delataron expresin alguna de complacencia o desagrado. Mas, no bien terminara, toc
el t i m b r e elctrico, y un Que venga el Sr. Antilo
fu lo nico que dijo al aparecer el ordenanza.
E n t r a los pocos instantes el n o m b r a d o , a quien
el director entreg el artculo dicinclole:
Su trabajo es interesante, pero p o r parecer redactado en el siglo x i x o principios del x x no sera
del agrado de nuestros lectores. Tiene miga, no lo
niego, pero es arcaico. Nadie en nuestro siglo, como
no sean unos cuantos retrgrados, se acuerda y a de
los reyes, tan fabulosos como los dolos chinos, y de
nuestro lenguaje, en perpetua evolucin, h e m o s ido

152

R. MONNER

SANS

descartando cuantas palabras directa o indirectamente nos recordaban una forma de gobierno ridicula y
absurda.
Iba a replicar el Sr. Antilo, pero el director se apresur a agregar:
A u s t e d , segn noticias, le sobra talento para
c o m p r e n d e r m e y complacerme, y no dudo que sabr,
sin modificar el fondo, cambiar el lenguaje, que peca
de anticuado.
Intentar serle agradable, si bien t e m o escollar
en mi tarea: si empleo refranes, modismos...
Pues no emplearlos o modificarlos; todo es p r e ferible a disgustar al lector, que es quien paga.
V o y a ver si logro obedecerle y dentro de cinco
minutos traer a usted los primeros prrafos de mi
escrito.
Efectivamente, a los pocos momentos, y previo
permiso del director, el Sr. Antilo ley lo escrito,
interrumpido, como se notar algunas veces.
El presidente de la creacin, no puede negarse, camina republicanamente hacia su perfeccin. Las
costumbres se van puliendo y la paz preside en el corazn de los ciudadanos.
Cmo deca esto antes?
La paz

reina.

Ah! Est bien; prosiga.


Aun los poetas, ms apegados a las antiguas
tradiciones, cantan a las hermosas, a las republicanas
mozas...
Mozas republicanas?

DE

GRAMTICA

Y DE

LENGUAJE

153

S, por no decir reales mozas. Sigo: ... las republicanas mozas en octavas republicanas, y en pleno
idealismo abominan presidencialmente...
Qu?
Por no emplear realmente. ... de cuanto p u e d e
recordar tiempos pasados. El pueblo, si bien a veces
se rebela y no le da la republicana gana...
Qu asonancia ingrata!
No poda decir la real gana. ... de acatar leyes
dictadas p o r su bien, fu el primero en suprimir o
modificar ciertos n o m b r e s que le recordaban antiguas
costumbres, tanto que el presidente es el p e n ms
fuerte en el ajedrez y la carta de m a y o r valor en los
naipes, y es presidenta la de las abejas, y hay bienes
republicanengos...

Qu es esto?
Por no escribir bienes realengos. ... y pinos democrticos, y no se da a lo verdadero ms n o m b r e
que ste o el de republicano.
No c o m p r e n d o .
A n t e s deca que slo se da a lo real el n o m b r e
de realismo.
Sabe que el prrafo resulta no y a confuso, enigmtico?
No es culpa ma, seor. A u n tardaremos algunos siglos en desarraigar de la mente del pueblo la
idea de la realeza y del imperio, idea que, como la de
Dios, seorea en su corazn. No recuerda el seor
director aquella graciosa exclamacin de un ciudadano del siglo x i x : Yo soy ateo, gracias a Dios? Pues

154

R. MONNER

SANS

algo de esto ocurre en nuestros das con muchos de


los republicanos, quienes dicen no obedecen una
orden porque no les da la real gana.
E s un m o d o de decir.
S, es cierto; es una manera peculiar de expresarse, que si algo revela es que antao cada nacin
tena u n rey y h o y cada ciudadano quiere serlo, y entre la tirana de uno o l a ' d e muchos, los ms prefieren la individual.
Bueno, no discuto; pero su modo de pensar, de
no modificarlo, no le conviene a mi peridico.
Como dudo que lo modifique, me retirar.
Como guste. Sobran pretendientes; a rey muerto...
Seor director!
D i g o : A presidente m u e r t o o ido, nuevo p r e sidente.
Ve usted cmo no es tan fcil como usted crea
modificar el lenguaje, que es, quirase o no, lo que
mejor refleja el m o d o de ser y de pensar de un pueblo?
Tendr razn el Sr. Antilo? Doctores hay en Crdoba o en Salamanca que p o d r n resolver el punto.
(El

Diario

Espaol,

12

de enero d e

1907.)

CHABACANO
CON B O CON

Sr. D. F.

Gmez Marn.

V?

Montevideo.

Mi estimado amigo y c o m p a e r o : Cada da m e convenzo ms de lo difcil que es fijar la etimologa de


un vocablo. No bien le que usted haba escrito chavacano con v, m e dije: Pues y o tambin lo hubiese
escrito as, y aun m e afirm ms en mi opinin al
p r e g u n t a r m e usted si vena de chav. Llegu a mi
casa y, como era lgico, t o m el Diccionario acadmico y di con el chabacano con b y con la peregrina
teora del chav.
Y entonces m e asaltaron varias dudas. Si chav, primitivo, se escribe con v, por qu chabacano se ha escrito con b? Qu quiere decir chav en jerga andaluza? Por qu a ella recurre la Real A c a d e m i a en busca de etimologas?
Chav, si no o mal, significa en mi patria nativa,
a veces tipo, otras barbin, en ocasiones guapo. Qu
tiene que ver todo ello con grosero, burdo, falto de
gracia, que es lo que significa chavacano? Confieso
que lo ignoro.

156

R. M O N N E R

SANS

A c o s t u m b r a d o a que la Real A c a d e m i a se corrija


frecuentemente a s misma, t o m o la duodcima edicin de su Diccionario y leo:
Del italiano ciabattino, el ignorante o negligente
en su arte.
Nueva confusin. Por qu motivo la Real A c a d e mia releg al olvido la etimologa italiana, que siquiera legitimaba la b del vocablo que nos entretiene, para
aceptar la andaluza de chav?
No tengo el Barcia a mano; pero como cuantos hacen diccionarios se copian unos a otros, y todos en
general andan flojos en cuanto a etimologas, abro a
Echegaray, doy con la palabra escrita con b y con la
siguiente etimologa, que me va pareciendo ms racional que las anteriores: Del latn capa-fia, cabana,
choza, vocablo rstico.
Gracias a Dios, me dije, siquiera aqu hay base
filolgica, pues todos sabemos la frecuencia con que
laj> latina se trueca en b castellana. El significado de
la voz latina tambin dice relacin con el significado
espaol: generalmente las chozas son chavacanas.
Iba ya a dar el asunto por suficientemente estudiado, cuando se me ocurre abrir el Covarrubias, Tesoro
de la lengua castellana, y cul no sera mi sorpresa
al leer:
Chavacano (con v en el ao l 6 l l ! ) . D e este trmino usan en el R e y n o de Toledo, y a unas ciruelas,
que p o r otro n o m b r e dicen porcales, o harta puercos,
las llaman chavacanas, y chavacano al h o m b r e grosero, vulgar e impertinente; del n o m b r e griego Ka-

DE

GRAMTICA

Y DE

LENGUAJE

5?

vayo, fatiens, la ypsiln pronunciamos nosotros como


v, pero ms cierto tengo ser n o m b r e hebreo.
D e suerte que chavacano p u e d e venir:
l.

De

chav.

De

ciabattino.

3.
Del latn.
4.
Del griego; y
5.
T a m b i n del hebreo.
Y chele usted un galgo!; pues si retrocedemos un
poquitico ms nos vamos al snscrito o al vasco, que,
segn los novsimos etimologistas, fu el idioma hablado por nuestros primeros padres.
L b r e m e Dios de asegurar que chavacano procede
del griego, o del hebreo, o del latn; pero lo que s
me parece evidente es que no viene del andaluz, y que
la Real A c a d e m i a no ha estudiado la voz en que m e
ocupo.
Opino, y a que opinar p o d e m o s todos, que el vocablo griego se latiniz en capona, y ste se espaoliz en chavacano, regresando con la v al idioma primitivo, como acontece en no pocas voces espaolas
de origen latino. P o r q u e y esto lo sabe h o y todo el
m u n d o el latn t o m mucho del hebreo y del griego y, pulido, lo incorpor a su idioma, de d o n d e lo
tomaron luego espaoles, franceses, italianos, catalanes, etc. D a r como primera y ltima etimologa, en
el m a y o r n m e r o de los casos, la voz latina, es sentarse por fatiga a poco de haber andado el camino
que debiera recorrerse.
0

No s, mi admirado compaero, si lo apuntado

158

R. MONNER

SANS

puede tener valor para usted, tan conocedor d e los


idiomas griego y latn; pero lo que s puedo asegurarle es que su consulta m e ha servido para desechar
p o r ahora la b acadmica y q u e d a r m e con la v d e
Covarrubias; si h e de escribir otra vez la palabra
continuar en mis trece, o sea empleando la v, y no
p o r capricho, sino p o r encontrar ms lgica en la
etimologa antigua que en la modernsima de la A c a demia Espaola.
Sabe es m u y su amigo su atento y seguro servidor.
(El Diario Espaol, 26 d e

enero de

1907.)

EL CARNAVAL
ENTRETENIMIENTO

HISTRICO

PAREMIOLGICO

Como no siempre se ha de hablar profundo, ni es


para todos la tarea de resolver o de enmaraar
ms los problemas polticos, religiosos y sociales
que traen a mal traer al m u n d o entero, al espaciar mi
imaginacin en busca de asunto que pueda servir de
solaz a los lectores de El Diario Espaol, doy con el
Carnaval, t e m a que, cuando no otro mrito, tendr el
de la oportunidad.
Comencemos p o r el principio, perogrullada no tan
falta de lgica, hoy que el m a y o r n m e r o de los discutidores no aciertan a colocar en orden los fundamentos de la argumentacin.
La palabra carnaval es italiana; la genuina espaola sera antruejo. Ms tarde se invent la de carnestolendas. Y a veremos luego que en nuestro Refranero,
verdadera nfora d o n d e se conserva puro y limpio
nuestro sin par romance, no aparece la palabra carnaval.

A l hablar la Academia del vocablo antruejo, que


define, nos remite a antruido, que deja sin definicin.
Y aun hay ms. La palabra definida no lleva la nota

R. MONNER

SANS

de anticuada en su artculo c o r r e s p o n d i e n t e , y en
cambio la ostenta cuando la da como sinnima de
antruido. T a m p o c o estampa la etimologa en antruejo, a la que dedica ocho lneas, y nos la sirve en antruido, que se consigna tan slo para participarnos
que es sinnima de aqulla. Por qu?
No discutiremos si tiene o no razn la A c a d e m i a
al hacer derivar la palabra de introitus, o si p u e d e
venir, como opina Covarrubias, del griego, si bien,
no p o r razones filolgicas, sino sociales y aun culinarias, bien pudiera valer antruejo tanto como fiesta
de las ollas grandes y ollas podridas.
Y pasemos a otras consideraciones.
H e m o s odo a no pocos peninsulares censurar con
acritud la costumbre de echar agua a las personas durante los tres das de Carnaval, no sabiendo, o no recordando, que tan pesada b r o m a vino de E s p a a a
estas tierras, con la circunstancia, atenuante para los
argentinos, de q u e la mojadura, gracias a la estacin,
resulta en muchos casos agradable, mientras que haba de ser irritante en pleno invierno. Dice C a m p m a n y en su Museo histrico que en Espaa, en muchas
partes, se echa agua a las personas, se dan chascos,
se p o n e n mazas y se hacen otras burlas. Y Luis de
Quiones y Benvente, en su gracioso e n t r e m s El
Abadejillo, p o n e los siguientes versos en boca de uno
de los personajes:
Tambin es caballero,
carrerita, paseo,
el agua convertida en galanteo,

DE GRAMTICA

D E LENGUAJE

l6l

pues hay galn que remojar se deja


embobado a los hierros de una reja,
y el que, para mirar su sol divino,
guila viene, vuelve palomino.

En Mjico, si no estoy mal informado, naci la frase peladillas por antruejo, pues fu c o s t u m b r e en
Nueva Espaa tirar puados de peladillas alas damas,
como en la Pennsula huevos con agua de olor, que
en mis mocedades vi llenos de harina. P o r q u e la harina se convirti ms tarde en arena, y el agua de olor
en lquidos malolientes, la autoridad hubo de prohibir expansiones tan poco cultas.
E n t r e las burlas de Carnaval que se hacan en el
siglo x v n i figuraba la siguiente, contada por T o r r e s
Villarroel: ... hacer provisin de naranjas para exprimirlas sobre el pescuezo de todo ganapn o aldeano, como si fueran pechugas de perdiz ( i ) .
Se ponen mazas, escribi Campmany, y bueno
es recordar, para vituperarla con energa, la costumbre de molestar a los perros por Carnestolendas. A\
animal ms simptico y ms amigo del h o m b r e se le
persegua durante los tres das locos, y no slo se le
ataban mazas a la cola, sino cuernos y vejigas, y en
no pocos lugares se le manteaba. D e tan fea costumbre naci el refrn Yo soy perro con vejiga, que
nunca me falta un Gil que me persiga; ya que a los
perros que iban corriendo por las calles todos les gritaban y daban con lo que haban a mano. A cuntos
(i)

Sueos morales, pg. 17.


11

I2

R. M O N N E R

SANS

se les puede aplicar hoy, en sentido figurado, el transcrito refrn? La Real Academia, en el artculo perro,
registra este o t r o : Como p e r r o con cencerro, o con
maza, o con vejiga; m o d o de hablar, agrega, con
que se significa que alguno se retir sentido de alguna especie, con precipitacin y sonrojo.
El P. Sbarbi registra el mantear a alguno como
a p e r r o p o r Carnestolendas, que explica diciendo:
... darle alguna b r o m a p e s a d a , aludiendo a ser
costumbre antigua en Espaa, practicada an en tal
cual pueblo, el mantear a los perros p o r Carnaval.
Correas, considerado con razn como uno de los
paremilogos ms antiguos y ms autorizados, trae
la siguiente significativa frase, que comenta as:
Vise en la de Mazagatos. Varase de muchas
maneras, denotando peligro y trance o revuelta; frmase el n o m b r e Mazagatos de las mazas que ponen
por el antruejo a perros y gatos, y los gatos atados a
perros por maza, de d o n d e unos y otros escapen con
dificultad, y al que escap decimos que escap de la
de Mazagatos, esto es, en tribulacin, y sase el n o m bre como propio de algn lugar en que se dio batalla, como la de Olmedo, la del Salado, la de las Navas,
la de Roncesvalles, y no ha faltado quien fingiese historia de Mazagatos para comedia.
El y a citado Quiones, en su tambin indicado entrems, escribe:
Ah te dejas, por olvido o yerro,
tanta persecucin de todo perro,
que en maza y manta cruel corre fortuna.

DE

GRAMTICA

DE

LENGUAJE

163

Por suerte para la raza canina, la infancia callejera


de hoy no se entretiene en tan censurable faena, que,
por otra parte, no toleraran las Sociedades protectoras de los animales. Evidentemente, hemos p r o gresado: ya no se ponen mazas a perros, contentndonos con colgar sambenitos a personas, gritando con poco cristiana fruicin: A se, que es p o denco!
F u tambin costumbre antigua la de celebrar las
Carnestolendas comiendo ms de lo ordinario, razn
por la que soy partidario de la etimologa de Covarrubias; y de aquella costumbre, sin hojear historias
antiguas, nos informan los refranes Sepan gatos que
es antruejo; Sepan los gatos que ha venido el antruejo; Sepan los gatos que es maana antruejo;
refranes que, en sentido figurado, se aplican en desdeo de alguno que cacarea mucho su riqueza y abundancia.
Recordando el pueblo que tras las fugaces horas
de alegra suelen llegar las punzantes y duraderas del
dolor, deca en otro t i e m p o : Alegras, antruejo, que
maana ser ceniza.
Las locuras de estos tres das suelen dejar recuerdos en no pocos mortales amigos de divertirse a costa ajena, y, en algunas, perdimiento de lo que es imposible de recobrar; de ah que el vulgo inventara
aquello de la noche de antruejo se me tost el pellejo. Y tanto arraig la costumbre de holgar durante los tres das de Carnaval, que en las aldeas las mozas q u e m a b a n los copos en los das de antruejo a las

164

R. MONNER

SANS

q u e hallaban hilando. D e aqu el refrn Copete, est


quedo, que aqu vers antruejo.
V a s e este otro, harto significativo: Pascua de antruejo, pascua bona, cuanto sobra a mi seora, tanto
dona; pascua mala, cuanto sobra a mi seora, tanto
guarda, q u e censura a las personas que slo dan las
cosas cuando y a no les p u e d e n servir.
El Diccionario oficial consigna este otro refrn:
Ni antruejo sin luna, ni feria sin ramera, ni piara sin
artua, que explica as: Significa que en Carnestolendas hay siempre luna nueva, en las ferias malas
mujeres y en los rebaos alguna oveja a quien se le
haya m u e r t o la cra.
D e todo lo conversado hasta aqu creo p o d e r deducir lo siguiente:
l. Que la palabra carnaval es italianismo introducido en E s p a a en el siglo x v m .
2
Que el vocablo castizo es antruejo, que hallo
usado desde el siglo xvr.
3.
Que el Refranero no ostenta ni una sola vez
el italianismo y en cambio emplea siempre la voz
antruejo, lo que p r u e b a la pureza del vocablo.
4
Que la c o s t u m b r e de echarle agua al prjimo
d u r a n t e las Carnestolendas nos vino de Espaa.
5- Que y a no se mantean perros, ni se les ata
a la cola mazas, cuernos o vejigas.
6. Que h o y como ayer se loquea bastante durante los tres das.
7
Que el pueblo no se harta h o y durante ellos
tanto como se hartaba en pasados siglos; y
0

DE GRAMTICA

Y DE

LENGUAJE

I6

8. Que quizs lean este escrito los que estn fatigados de tantas disquisiciones polticas, religiosas y
sociales, de tanta regeneracin y europeizacin |durejala palabra! inventadas por m o d e r n o s Dulcamaras o filsofos de similor.
(El Diario Espaol, 10

de febrero de

1907.)

LA PRESIDENCIA DE LA ACADEMIA

Desde que a D. Emilio Castelar se le ocurri dividir a los acadmicos en dos grandes grupos, siempre
que se trata de llenar un silln vacante nos p r e g u n tamos con comprensible inters : Ser el nuevo acadmico acadmico de verdad

o simple figura

decorati-

va? Y tngase en cuenta que con exagerada modestia


que le honra, el ilustre tribuno se contaba entre los
que componan el segundo grupo.
La m u e r t e del conde de Cheste, personalidad saliente p o r ms de u n concepto en la Espaa del
siglo xix, al dejar vacante la silla presidencial de la
Academia tuvo el no esperado privilegio de interesar
a todos, no tanto por su desaparicin del m u n d o de
los vivos, cuanto por dejar vacante la Presidencia de
la Corporacin ms intelectual con que cuenta Espaa. A u n se estaba velando el cadver del literatomilitar, cuando ya se lanzaban a volar los n o m b r e s
de los candidatos para substituirle.
La opinin de los h o m b r e s de letras, de los polticos y de los periodistas se dividi al da siguiente en
tres grandes grupos :
El q u e levantaba la candidatura de D. Alejandro

168

R.

MONNER

SANS

Pidal, el que quera llevar a la Presidencia a D. Marcelino Menndez y Pelayo, y el que, fingiendo rerse
de los partidarios de ambos literatos, afirmaba que
careciendo la A c a d e m i a de autoridad, era indiferente
que la presidiera uno u otro. La prensa vocinglera
se declar partidaria de D. Marcelino, no p o r q u e en
el fondo le creyese con superiores mritos para el
cargo, sino por llevar la contraria al elemento serio
y reposado de la Academia, por lo que, segn ella,
tiene de retrgrada y obscurantista.
Los que afirmaban que el asunto careca de inters para la intelectualidad espaola, pudieron convencerse de que su aserto no era fundado: el apasionamiento en todos por el triunfo de los respectivos
candidatos p r o b , no slo que el cargo tiene gran
importancia moral, sino que no debe ser la Real
A c a d e m i a una agrupacin de tontos como aseguran unos c u a n t o s , cuando tanta resonancia logra
la simple eleccin de su presidente.
A los que sin mayores averiguaciones insultan y
denigran a la Academia p o r q u e aparecen deficiencias
en el Diccionario oficial, o no n o m b r a n inmortal al
autor de su predileccin, bueno sera leerles los n o m bres de los treinta y seis acadmicos de n m e r o ; esta
sola lectura, el recuerdo de lo que cada uno ha p r o ducido y las diversas escuelas que ellos representan,
bastara para hacer e n m u d e c e r a cuantos convertidos
en relojes de repeticin afirman a cada paso que los
acadmicos se pasan de tontos. Quin puede regatear talento a E d u a r d o Benot, a Octavio Picn, a

DE

GRAMTICA

DE

LENGUAJE

l6g

Menndez Pidal, a Cotarelo, al conde de la Vinaza?


Quines sino los intransigentes y distrados por
aadidura pueden negar mritos literarios a Mariano Catalina, a Commelern, al P. Mir, a Montoto,
a Liniers, etc., etc.? Pues cmo Sociedad que cuenta
en su seno con tantos talentos, tantas lumbreras intelectuales, puede ser tonta y mema, y torpe y caprichosa? No hay en tales ataques falta, no ya a la
lgica, sino al sentido comn?
E n la eleccin a que nos venimos refiriendo se dio
el caso de que los ms fogosos partidarios del n o m bramiento de Menndez y Pelayo para cargo de director de la Academia fueron los que ms alejados
se hallan de sus ideas polticas. Ser p o r q u e al fin
se convencieron de q u e un ferviente catlico puede
ser h o m b r e de granelsimo talento? Nada de esto. Se
supo que el elemento sensato, serio y reposado de
aquella agrupacin quera llevar al silln presidencial
a D. Alejandro, y en su enemiga contra todo lo que
representa orden, disciplina, correccin y, por qu
no decirlo!, lgica, se levant la candidatura de don
Marcelino. Se necesitaba una bandera para introducir, o tratar de introducir, la divisin en la Academia,
y ninguna ms deslumbradora que aquella en que se
inscribiese el n o m b r e del autor de los
Heterodoxos
espaoles. Menndez y Pelayo era lo de menos; lo de
ms era ir contra esa negra camarilla de obscurantistas, compuesta de Ferrari, Selles, Maura, Hinojosa, Saavedra, etc., etc. Cunta ceguera!
Vino la votacin, y por unanimidad, ya que slo

R. MONNER

SANS

tres votos tuvo Menndez y Pelayo, result n o m b r a d o


director D . Alejandro Pidal. Obraron bien los inmortales? Creemos que s.
Para dirigir se requieren cualidades especiales que
no t o d o s tienen. Preguntbanle cierto da a un eminente general de la Orden ... quin deba ser guardin del convento X , si un sabio, si un santo o un
prudente, y sin detenerse a pensar contest el general : El sabio que estudie, el santo que rece y el
p r u d e n t e que dirija.
Y bien pudiera ser el caso, pues sobre sus mritos
literarios, logrados tras larga y brillante carrera, tiene
D. Alejandro, por su tacto y por sus prendas de carcter, las cualidades necesarias para ser un dignsimo sucesor del ilustre marqus de Villena.
(El

Tiempo,

13

d e abril d e

1907.)

ACEITUNEMOS?

Y valga el neologismo, que no ser mucho peor


que varios de los que circulan p o r estas tierras, ya
que de aceitunas vamos a tratar con algn espacio.
Cosa chiquita es el fruto de la oliva, p e r o como n o
todos p o d e m o s ahondar en los pozos de la m o d e r n a
ciencia, ni a todos nos es dado, convertidos en canal,
traducir la forastera para servirla luego como propia,
nos e n t r e t e n d r e m o s un rato hablando de un fruto
que, a juzgar p o r lo que luego veremos, ha perdido
la importancia de que antao gozara.
Cuando p o r vez primera fuimos a Madrid cuntos aos han pasado! dimos con nuestra humanidad
en una modestsima casa de huspedes de la calle de
la A b a d a . T e r m i n a d a la frugal comida, y viendo que
no nos servan los postres, los solicitamos cortesmente, y cul no sera nuestro asombro al ver que
la apergaminada patrona colocaba en el centro de la
mesa un platito con una docena escasa de aceitunas.
Llegbamos del antiguo Principado, y all no obtena
el mencionado fruto el honor de cerrar las comidas.
Poco dur nuestra sorpresa, ya que recordamos

172

R. M0NNER SANS

p r o n t o las famosas redondillas de Baltasar del Alczar, y con voz teatral recitamos la que dice :
Prueba el queso, que es extremo;
el de Pinto no le iguala;
pues la aceituna no es mala,
bien puede bogar sin remo.

Si el celebrado autor de La Cena coma

aceitunas

de postre, bien podamos saborearla nosotros, que


no h e m o s de alcanzar, ciertamente, su celebridad.
Que as se servan durante los siglos xvi, x v n y x v m
lo probarn, a ms de la redondilla citada, las siguientes transcripciones ( i ) :
El regocijado Luis Quiones y Benavente, en su
Entrems famoso
TURRADA.
LUCA.

de Turrada,

dice :

Dnde vas, fiera?


A buscar quien me quiera
y siquiera me d unas aceitunas.

Que podan no ser de postre? Bueno; pero casi de


(i) Nuestro querido amigo, el doctor en Filologa D. Pedro de Mugica, nos dio a conocer en un artculo publicado
en El Lenguaje, de Madrid, las dos siguientes redondillas,
que confirman lo aseverado:
Juan a c o m e r c o n v i d
a J o s , q u e f u en a y u n a s ,
y ponindole

aceitunas

al p r i n c i p i o , lo a d m i r .
Y dijo : En mi tierra vi
q u e s t a s s i e m p r e p o s t r e fueron.
Juan replic : No mintieron,
q u e t a m b i n lo s o n aqu.>

DE

GRAMTICA.

Y DE

LENGUAJE

173

seguro lo eran, ya que Luna, en su Dilogo VIII, escribe: Trae, pues, la fruta de postre : camuesas, peras, aceitunas, nueces, avellanas y la caja de m e r m e lada. Y el mismo autor, en el Dilogo VI, dice: Con
esta pierna de cabrito beber V m . otra vez, y trae
unas aceitunas para la tercera.
Esta ltima transcripcin parece indicar que la
aceituna, p o r ser un tantico clida, solicita lquido,
opinin sta corroborada con el refrn Con la aceituna, una, que Correas comenta diciendo : Entienden vez de vino, y aaden: docena.
El primitivo refrn fu Aceituna, una, que algn
aficionado a la bebida ampli en la forma que queda
expuesta, ampliacin que no slo ha perdurado, sino
que est en m o d a hoy ms que nunca, pues hoy, al
servirse en los cafs los mal llamados aperitivos ( i ) ,
suelen acompaarlos de un plato de aceitunas y cacahuetes, frutos oleaginosos que incitan a beber. El
ya citado P. Correas dice que muchas no hacen p r o vecho y son melanclicas.
El Comendador Griego y cuantas colecciones paremiolgicas se han impreso despus, registran el
siguiente refrn, que avalora el a n t e r i o r : Ni bebas
en laguna, ni comas ms de una aceituna, que hemos
ledo tambin con la variante que se notar : No
bebas en laguna, ni comas ms que una aceituna;
refrn que indica ser expuesto y contra la salud ejecutar ambas cosas.
(1)

Apetites, en buen castellano.

174

R. M O N N E R

SANS

Como acontece siempre, tena la aceituna y a en


aquellos siglos sus partidarios y sus enemigos, y as
al que deca: Aceituna, una, se le contestaba: Pero
si es buena, una docena. Los enemigos vengbanse
entonces ensartando los siguientes refranes, t e n d e n tes todos a menoscabar la importancia del fruto de
que tratamos :
La aceituna, una; dos, mejor, y tres, peor. Aceituna, una es oro; dos plata, y la tercera mata.
Opinin sta de que participaba Correas, pues despus de transcribir este ltimo refrn, aade sentenciosamente : Es lo ms cierto.
Aceituna, una es plata, dos son oro, y tres son
lodo.
Palmireno, de quien es la curiosa coleccin de refranes sobre la salud, advierte la moderacin con que
se d e b e n comer las aceitunas para que no hagan dao,
y el famoso D . Juan Ruiz de Alarcn, en su celebrrimo Examen de maridos, desliza, a juzgar por los siguientes versos, la idea de que provocan mal aliento:
A enfado
dice, seor, que provoca
el aliento de tu boca;
mira t a quien has besado
sobre ahito y en a3'unas
o despus de comer olla,
ajos, morcilla, cebolla,
habas verdes o aceitunas.

Ignoramos lo que puede haber de cierto en la anterior afirmacin; pero lo que s nos consta p o r propia

175

experiencia es que comidas de noche fatigan el estmago y son causa de molestas pesadillas. Quizs por
esta razn Palmireno y Correas aconsejan sean comidas con parquedad.
A los refranes ya apuntados, que h e m o s tomado
en su sentido literal y recto, agregaremos otros e m pleados en sentido figurado, lo que acabar de p r o bar, a nuestro parecer, en cunta estima se tuvo en
otro tiempo el fruto de la oliva.
El paso de las aceitunas, delicioso entrems de
Lope de Rueda, indica por su solo ttulo que en los
comienzos del teatro espaol gozaba la aceituna de
gran fama, fama que ms se alcanza r e c o r d a n d o el
refrn Aceitunas,
pan y queso, eso tiene la corte
en peso.
Fortuna y aceituna dice otro , a veces muchas y a veces ninguna; lo que denota que as como
la cosecha de la aceituna rara vez es mediana, as
tambin es la fortuna, que rara vez se contenta con
la mediana.
Para indicar que todo lo del m u n d o es proporcionado, aun cuando as no lo crean muchos de los m o dernos sabios, decan los antiguos : Cuando mayores la aceituna, m a y o r es el hueso.
Otro curioso refrn, un tanto enigmtico, reza:
Una por una, la de la aceituna; vez p o r vez, la de la
nuez; y alta y de peso, la del queso; y para ms ana,
la de la sardina; y regada por vegada, la de la ensalada. Ningn paremilogo de los consultados se
atrevi a comentar el anterior refrn, que a nuestro

R. MONNER

SAKS

entender se refiere a las libaciones con que deben


acompaarse aceitunas, nueces, queso, sardinas y ensalada, afirmndonos en nuestra opinin aquel otro
refrn: Para beber mucho, mucha oliva y poco conducho.
Y como olivo y aceituno todo es uno ( i ) , all
van tres refranes ms que acreditan lo que ste asegura :
No m e digas oliva hasta que me veas cogida.
Aceite de oliva, todo mal quita; y
Aceite, vino y amigo, antiguo.
Como curiosidad municipal transcribiremos las
frases con que el nuevo acadmico Sr. Rodrguez
Marn comenta el refrn La aceituna la da Dios, y
el aceite el maestro. Dice el genial poeta y clsico
prosista :
Pecado aejo debe de ser el de los molineros,
cuando all p o r los aos de 1 5 6 0 el Concejo, Justicia y Regimiento de la villa de Osuna, en Cabildo de
14 de noviembre acordaron : Que por cuanto la ordenanga primera que trata de la molienda de los
molinos de azeyte, p r o h y b e y defiende que el m o linero no salga del molino de noche, ni saque azeyte
en ninguna manera so las penas en ella contenidas,
(1) Dice Quiones y Benavente en su entrems el Baile
del Aceituno :
M o c i t a s d e mi l u g a r :
e n carnal o d i a d e a y u n o ,
oliva y o l i v o y

aceituno

t o d o es uno, t o d o es u n o .

DE

GRAMTICA

Y DE

177

LENGUAJE

se entiende y agora de nuevo se ordena, m a n d a y


defiende que en todo el tiempo desde que los m o linos comengaren a moler hasta que acaven de m o ler, y durare la molienda del azeytuna, de noche, ni
de da ninguna mujer, hija, ni criada, ni vezina de
los molinos y otros officiales que tratan en los dichos
molinos no puedan entrar en ellos so la pena de la
dicha ordenanga.
Basta ya de aceitunas.
S u p o n e m o s que lo que de escribir acabamos ni
tiene miga, ni substancia, ni interesa a nadie, y mucho t e m e m o s que, si alguien lo lee, criticar nuestra
mana de buscar enseanzas en lo antiguo, y aun se
atrever a m u r m u r a r de nosotros haciendo bueno en
tal caso el refrn que asegura que un poco de m u r muracin es aceituna del postre. Pero, en fin, lo escrito queda para probar, ignorando si lo hemos logrado :
I. La importancia de la aceituna en los siglos
citados.
2
Que antao se sirvi de postre.
3.
Q u e su abuso es perjudicial; y
4.
Que de ser el ltimo plato, o sea el que con
ms tranquilidad se saborea, ha pasado a la categora
de vergonzante entrems o a ayudante de apetitos no
siempre dispuestos a desempear el cargo que confirseles quiere.
0

(El Diario Espaol, 12 de enero de 1908.)

12

EL LENGUAJE NATIVO

Ignoris quizs, los que nunca os alejasteis del natal terruo, o si de l salisteis fu para caer con vuelo
de guila o lento andar de tortuga en otra regin lingsticamente h e r m a n a de la vuestra, el mgico encanto del nativo lenguaje, del idioma que aprendisteis a balbucir en el maternal regazo; que slo se
aprecia el bien cuando la adversidad se empea en
velarlo a nuestra vista.
. Vosotros no sabis que al poderoso acento de la
palabra de largo tiempo no oda surgen en nuestra
mente ideas casi olvidadas, sentimientos adormecidos, sensaciones que yacan a r r u m b a d a s en la ms
diminuta celdilla de nuestro cerebro; que, no y a un
cantar, una frase, una palabra, logra hacer revivir en
nuestra m e n t e seres que fueron, perfumes q u e se
evaporaron, vibraciones del todo diluidas en el ambiente constantemente en renovacin.
Vosotros no podis estimar en su justo valor el
poder evocativo del vocablo materno, que en su armona traduce todo el pensamiento de vuestros p r o -

i8o

R. MONNER

SANS

genitores, y hace desfilar en vuestro cerebro, cual si


estuviesen impresos en cintas cinematogrficas, el
caliente hogar de vuestros padres, el aula bulliciosa
frecuentada en vuestra niez, los juegos de vuestra
edad temprana, los pasajeros amoros de la juventud
o los bien raigados amores al campanario, a la calleja, a la huerta o a la playa.
Si acaso, como yo, habis peregrinado un poco
por el m u n d o y habis morado largos aos en tierras
donde no resonaran los acentos escuchados al abrir
vuestros ojos a la razn, sabris cmo se acelera la
respiracin en nuestro pecho, cmo el alma entera
se asoma a nuestros ojos cuando omos una voz que
nos recuerde la nativa comarca, y cmo va nuestra
mirada tras el h u m a n o ser que, sin pretenderlo tal
vez, nos transport a tiempos que p o r q u e se fueron
se nos presentan ms risueos que los actuales. Y
aquel semejante n u e s t r o , ser para nosotros desconocido, se nos antoja entonces un d e u d o , casi un
hermano, ya que piensa y habla en nuestro mismo
lenguaje, y oyndolo, juntos lloraremos o reiremos, mientras los forasteros nos contemplarn indiferentes .
No hay idioma feo considerado aisladamente, pues
con cualquier vehculo del h u m a n o pensar p u e d e la
madre arrullar al hijo, el doncel enamorar a la nia,
el poeta cantar sus sentires y el orador enardecer a
las masas. No le hablis a un pueblo de parangones
filolgicos, ni de agradable sucesin de sonidos, ni
de melodiosos acentos, ni de rtmicas cadencias; los

DE G R A M T I C A

Y DE

LENGUAJE

sabios estn, afortunadamente, en minora; l no os


comprender. Mas si queris moverlo, si pretendis
que su corazn lata al comps del vuestro, si ansiis
aduearos de su alma, habladle su idioma, penetrad
en su ser por las ventanas del odo. Slo as se explican los ruidosos triunfos de la oratoria y de la declamacin.
V a n o intento pretender apagar los sonidos de una
lengua, si ingrata para quien la desconoce, llena de
encantos para quien la c o m p r e n d e . E m p e o intil el
de quebrar liras o r o m p e r plumas, si no es posible,
conjuntamente, aprisionar cerebros y encarcelar corazones. Que cada cual exteriorice su pensar en la forma ms grata a su alma : la oracin lo mismo sube
al divino alczar formulada en el brillantsimo idioma
de Pineda que en el an inculto lenguaje tagalo. Y
si esto es cierto, como creo, qu orquesta podr
compararse nunca a la que producirn en las clicas
regiones los acentos de los cuatro mil idiomas hablados por el linaje humano?
No seamos intransigentes con lo ajeno; la voz ms
dulce, ms cariosa, ms suave de un idioma desconocido, se nos antoja spero sonido sin alma y vida;
y por el contrario, la palabra ms dura perder sus
aristas si, p o r q u e la c o m p r e n d e m o s , llega con claridades de luz a nuestro cerebro.
Con hondo pesar dejar el m u n d o de los vivos p o r
no haber podido saborear en el mismo idioma en que
fueron escritos, los delicados cuentos de Turguenef,
las suaves poesas de Pleine y los geniales arranques

R.

MONNER

SANS

de Shakespeare. E n cambio agradzcole al Cielo la


merced que me dispensara al p o d e r recrearme leyendo a Silvio Pellico, a A n d r s Chenier, al divino H e rrera y a Muntaner.
(El

Diario

Espaol,

22 d e

noviembre de

1908.)

EL IDIOMA Y LA PATRIA
DESPERTEMOS

No hay para qu pregonar de nuevo la conveniencia de manejar con maestra el idioma heredado, ni
por qu ensalzar sus bellezas, ni recordar que cuantos a estudios comparativos se dedican, lo diputan
como el ms armonioso, elegante y rico de los hablados por el linaje h u m a n o . Plido sera cuanto
dijrase, al lado de lo mucho y bueno que y a se ha
escrito respecto a este asunto, como exentas de novedad las citas con que se pudieran documentar
tales asertos.
Mas si no son del caso estas repeticiones, no holgarn ciertamente algunas consideraciones tendentes a
p r o b a r que todo conspira para que el habla de nuestros mayores, de tropiezo en tropiezo, vaya a caer en
la sima del olvido, que cuando los idiomas se bastardean a ciencia y paciencia de quienes debieran velar
p o r su pureza, vuelan, que no corren, a su total aniquilamiento.
El patrio lenguaje se estudia, consciente o inconscientemente, en el hogar, en la escuela primaria, en

184

el libro, en el peridico, en la enseanza secundaria,


en torpes traducciones y en las Facultades.
V e a m o s con impuesta rapidez cmo y en qu
condiciones se verifica el estudio. Y a diremos luego
que sobran argumentos para probar que el amor
patrio nos aconseja tambin guerrear por la pureza
del idioma.
El hogar p u e d e estar constituido por padres nacionales o extranjeros, cuando no por cnyuges de
diferentes nacionalidades, y en estos dos ltimos
supuestos, el idioma que aprenden los hijos dista
mucho, no ya de ser correcto y puro, sino de ser
comprensible para quien no se educara en aquel
diminuto ambiente. Conste que entre stos figuran
no pocos hogares cuyos jefes son de origen peninsular, que creen obrar cuerdamente, por aquello de
en la tierra d o n d e fueres haz lo que vieres, aceptando cuantas corruptelas idiomticas recogen, y no
por cierto de labios doctos.
Si el hogar es argentino, salvando, como se supondr, varias y m u y honrosas excepciones, los hijos
aprendern verdaderos atentados contra la exacta representacin de varios vocablos, contra las elementales reglas de la Sintaxis, contra el alma y el espritu
del idioma patrio; alma y espritu que constituyen
su peculiar fisonoma y contra quienes a nadie le es
dado atentar.
Grave mal es ste sin duda alguna, pero de todos
el ms fcil de corregir; pues de ello se encargarn,
y la experiencia abona la afirmacin, los mismos

DE GRAMTICA Y DE LENGUAJE

185

hijos a medida que, ensanchndose la esfera de sus


conocimientos, c o m p r u e b e n que va siendo verdad
inconcusa el dime cmo hablas y te dir quin
eres.
La escuela primaria poco se preocupa, p o r desgracia, de corregir dislates de lenguaje, aun suponiendo, y no es poco suponer, que quien la dirige
no p e q u e a cada m o m e n t o contra las leyes que ensea y cuyo respeto debiera cariosamente exigir.
Son tantos los retazos de ciencia con que hay que
rellenar aquellas infantiles inteligencias, que no queda tiempo para hacerles c o m p r e n d e r que el estudio
del patrio idioma debera ser la preocupacin de
todos, ya que todos hemos de hablar mientras en
pie nos mantengamos sobre la superficie de la tierra.
A p e n a observar cmo aqu, que por las causas antes apuntadas el nio va a la escuela en peores condiciones que en Francia, en Inglatera, en Italia, etc.,
el magisterio carece de tiempo para desarraigar en
edad t e m p r a n a vicios que luego crecern con lozana. A esta labor, que aqu debiera ser ms intensa,
concedemos menos espacio y tiempo.
Menudo mal si la escuela secundaria se encargase
de depurar el habla de sus educandos de las corruptelas que la afean; males de poco trascendentales
consecuencias seran sin duda si en las aulas de los
colegios nacionales se pudiese dedicar a estudio tan
importante el tiempo que su innegable utilidad reclama. Pero all tampoco tiene ocasin el alumno de
encenderse en el amor de su idioma, ya que todo, al

i86
contrario, conspira para ahogarlo, si por casualidad
tiende a manifestarse en alguno. E n los libros que
en sus manos se ponen, en varios de los cuales se
califican de modelos, trabajosos e incorrectos trozos
de deslavazada prosa; en las lecciones orales que en
algunas clases recoge; en las conversaciones que doquier oye el joven mejor dispuesto para el estudio
que nos ocupa, se desencanta o tiende a rebelarse
contra lo legislado en materias de lenguaje. Y hoy
que la anarqua, cunde y hay que trocarse en hroe
para no dejarse arrastrar p o r el aquiln demoledor,
]cun fcil es poner en la picota preceptos que se
abominan p o r q u e no se conocen, leyes que se atropellan p o r q u e de nios nos ensearon a mofarnos de
toda autoridad, a burlarnos de quienes con la fe del
convencido ensean y defienden la correccin en el
hablar, la pureza en el escribir, la elegante claridad
en la ntida expresin del propio pensar!
Sin base de griego ni de latn, los idiomas r o m a n ces se van empobreciendo; aquellos estudios, ayudados del que podra verificarse meditando sobre grandes modelos, podran salvarnos'del d e r r u m b e . Pero
ya que por causas diversas, que no es posible analizar en estos m o m e n t o s , no cabe pensar por ahora en
el establecimiento de tales disciplinas, siquiera podramos ir retrasando la hora del desastre leyendo y
analizando metdicamente las obras de quienes gozan
reputacin de hablistas. Pero... falta tiempo, que en
esta segunda etapa de los estudios son muchos tambin los retazos de ciencias diversas que el educando

DE GRAMTICA Y DE LENGUAJE

I 8

debe ir acopiando para adquirir el raro privilegio de


poder hablar de todo sin saber de nada.
Las Facultades se han dado exacta cuenta del mal
q u e estamos sealando, y los doctos varones que
forman sus Claustros son los primeros en lamentarlo: grave injusticia sera la de suponer que ellos
no advierten la insuficiente preparacin de quienes
penetran en sus aulas. Mas qu pueden hacer en
defensa propia y en inters de los que a sus clases
llegan? Prcticamente, nada, y al verlos cruzados de
brazos, aun dndose cuenta del conflicto, hay que
convenir en que son las Facultades las que menos
culpa tienen del pauperismo literario de las generaciones que avanzan.
V e a m o s ahora en qu medida la lectura contribuye a pulir o a bastardear el idioma.
Se lee mucho el peridico, algo la revista, poco,
relativamente, el libro.
Al periodismo m o d e r n o no se le pueden exigir
modelos de lenguaje. Escrito forzosamente a la ligera, se resiente, aun sin querer, de la lgica precipitacin impuesta por la p r e m u r a del tiempo; ms informativo que instructivo, el diario m o d e r n o refleja
forzosamente la atropellada nerviosidad que a todos
agita, y sera infantil candidez p r e t e n d e r que la hoja
del da pudiese sealarse como modelo digno de
imitacin. De buen grado debe, pues, reconocerse
que no es posible pedirle al peridico lo que el p e ridico no p u e d e dar; y as como nadie estudia una
ciencia, un arte cualquiera, leyendo los escritos que

188

R. MONNER SANS

referentes a ellos aparecen con frecuencia en los diarios, as nadie ir, no y a a pulir, pero ni siquiera a
aprender, el patrio idioma leyendo las hojas volantes
que en su tierra se publiquen. Mas como todo el
m u n d o las lee y no es posible intentar tapar el cielo
con un arnero, los encargados de dirigir a la juventud deberan procurar neutralizar en lo posible, con
sabias y metdicas enseanzas, los perjuicios que
aquella lectura puede acarrearle.
Mejor escrita y pensada se nos presenta la revista,
y las diversas firmas que en ellas aparecen, y que
contrastan con la redaccin annima del diario, garanta suelen ser de acierto y de conocimientos en
sus autores. Por desgracia, nuestras mejores publicaciones de esta ndole viven tan precaria vida, que la
misma anemia que padecen, a las claras muestra la
falta de atencin que la juventud les presta. Ellas,
que podran contribuir a levantar el nivel intelectual
de las clases todas y en particular de los jvenes, se
ven arrolladas por la hoja periodstica, lgicamente
interesada en satisfacer la insaciable curiosidad de
un pblico que, atosigado por materiales luchas, no
tiene tiempo para pensar en lo espaciosos y dilatados que son los horizontes intelectuales.
El libro puede ser nacional o extranjero; escrito
en el propio idioma o en forastera lengua. Si es el
libro nacional, bien puede predecirse, sin sentar plaza de zahori, que su circulacin ser modesta. Quin
compra libros de autor a quien conoce! Qu influencia puede ejercer sobre la cultura general de un pue-

DE GRAMTICA Y DE LENGUAJE

189

blo obra de la que se imprimen 500 ejemplares, de


los cuales se regalan IOO a los amigos? No hay que
pensar, pues, en que p o r ahora el libro nacional contribuya a corregir el mal que nos ocupa.
E n cuanto al libro extranjero, su lectura presenta
graves inconvenientes. El estudio razonado de uno o
ms idiomas, lejos de ser un mal es un bien cuando
se posee, regularmente siquiera, el idioma materno;
mas cuando ste se conoce imperfectamente, se corre
el albur, al tomar por costumbre leer obras escritas en
otras lenguas, de lograr la rara habilidad de hablar algaraba con palabras castellanas. Los vocablos podrn
ser de nuestra lengua; pero de lo que hablemos, de lo
que escribamos, habr huido el espritu, el alma a que
antes nos referamos, y sin esta escondida savia, que
sabe a mieles cuando se aprendi a gustarla, el idioma
materno pierde todo su encanto y hermosura.
Sube an de p u n t o el perjuicio si leemos m e n d a ces traducciones, de las que se ha alejado en no p o cas ocasiones el sentido comn. V e r d a d e r o s intrpretes de hotel, la turbamulta de traductores del
francs y del italiano, seducidos p o r el innegable parentesco de aquellos idiomas y por la aparente facilidad de su versin al nuestro, van llenando pginas
y pginas, en las que no se sabe qu admirar ms, si
el atrevimiento del grafmano, la buena fe del lector
o la paciencia casi heroica del autor, que ha permitido se sirviese su obra a naciones forasteras, carnavalescamente ataviada con los abalorios de una jerga
que de todo tiene menos de castellana.

R. MONNER SANS

A fin de aminorar los funestos resultados de lecturas realizadas en tales condiciones, cabra volver
la vista hacia atrs y recrearse en la lectura de los
autores llamados del siglo de oro, ejercicio a la par
provechossimo para enriquecer el lxico individual.
Pero en el m a y o r n m e r o de los casos t a m p o c o p u e de ello realizarse en la enseanza secundaria, p o r q u e
las opiniones polticas y religiosas de aquellos autores pugnan con las modernsimas ideas de libertad,
y ms vale leer y estudiar el patrio lenguaje en traducciones de Voltaire, Rousseau y Schopenhauer,
que en los originales concepciones de Gracin, Pineda, Rivadeneyra, etc.
D e lo ligeramente expuesto y con brevedad razonado, se d e s p r e n d e que todo conspira entre nosotros
para deslustrar un idioma que es el encanto de los
extranjeros; que no p u d i e n d o las Facultades atajar
los estragos que lamentan, tienen que tolerar que
trasponga sus atrios una juventud iliterariamente p r e parada; que la enseanza secundaria, r e c o m e n d a n d o
modelos que en muchos casos no son dignos de ser
imitados, y dando de m a n o a los Barbadillos, Ayalas,
Sigenzas, Nierenberg, etc., cuando no burlndose
de aquel genio colosal, asombro de todos los pueblos
de la Tierra, del inmortal autor de La Galatea, no
puede despertar la aficin al estudio del nativo idioma; y que la escuela primaria, al tener que dedicar
largas horas a desflorar las varias plantas que juntas
forman el inmenso jardn de los saberes h u m a n o s ,
t a m p o c o tiene tiempo para corregir vicios aprend-

DE GRAMTICA Y DE LENGUAJE

dos en el hogar, ni ensear el m o d o de servirse con


galanura del habla que nos legaran nuestros antepasados.
Y hemos de cruzarnos de brazos al ver tamao
desastre? No cabe reaccin posible ante la ola demoledora? Ser p r u d e n t e que cuando los pueblos
todos de la Tierra se afanan p o r desear para sus respectivos idiomas el respeto y la admiracin de todos,
nosotros contemplemos impasibles cmo se va e m pobreciendo el nuestro, cmo se va bastardeando,
dejando la belleza de sus encantos en los zarzales de
la indeferencia y de la ignorancia?
No, p o r Cristo, que por egosmo hemos de defender el patrio lenguaje, este lenguaje que dentro de
un siglo, siguiendo el progresivo y fabuloso desenvolvimiento de la A m r i c a hispnica, y principalmente de la nacin argentina, ha de ser hablado p o r
2 0 0 millones de habitantes, ya que al crecimiento
vegetativo habr que agregar su natural imposicin
a cuantos de forasteras regiones vengan a poblar estas
juveniles Repblicas.
La lucha est empeada ya entre el ingls y el espaol, hoy que el francs se va mostrando en decadencia; hora es de despertar y abrir los ojos a la
realidad, pugnando y batallando cada uno desde su
sitio para que el estudio del patrio lenguaje ocupe a
muchos y preocupe a todos.
Por razones de patriotismo, tambin debiera ser
motivo de honda meditacin el temido desastre,
pues nadie ignora cunto influye en la fisonoma

192'

moral de un pueblo la conservacin de su idioma


nativo. A r l e q u i n e m o s ste con retazos de lenguas
extranjeras, inoculemos en su organismo el ponzooso virus de idiomas extraos, y sin que lo advirtamos, sin quererlo quizs, atentamos contra la indisoluble unidad de la patria.
P o r q u e la patria es, sin que por fortuna tengamos h o y que detenernos mucho en p r o b a r la afirmacin, no slo el pedazo de suelo en que naciramos, sino la comunidad de usos, de costumbres, de
leyes, de creencias y aun de supersticiones, y de
idioma, s, de idioma, ya que p o r l, y a despecho
de humanitarios cosmopolitismos, siempre nos sentiremos ms ligados con peruanos, chilenos, mejicanos y espaoles que con los que hablen forasteras
lenguas, que sern todo lo sintticas (como el ingls),
todo lo afectivas (como el alemn), todo lo dulces
(como el italiano) que se quiera, pero no ser la lengua con que nos arrull nuestra madre, ni aquella
en la que aprendimos nuestros deberes de hijos y de
ciudadanos; que es el idioma lazo de tan fuerte resistencia, que a travs del tiempo y de la distancia une
a las generaciones de pasados siglos con las de hoy,
aproxima pueblos que centenares de leguas separan.
Recientemente la Sociedad Alianza para la p r o pagacin de la lengua francesa en el extranjero, ha
participado a sus asociados que M. Pichn dirigi,
con fecha 2 de m a y o del corriente ao, una circular
al Cuerpo diplomtico para poner en conocimiento
de los embajadores, ministros y cnsules el apoyo

193

DE GRAMTICA Y DE LENGUAJE

oficial del Gobierno a aquella Sociedad, y su inters p o r el desarrollo de esta obra, que no vacila en
calificar de nacional por la bienhechora influencia
que puede ejercer sobre el sentimiento patrio de
los franceses que viven lejos de su tierra; recuerdo
que bien vale para demostrar cunto se p r e o c u p a el
Gobierno francs de su idioma, y cmo c o m p r e n d e
que conservarlo y extenderlo es realizar obra p a tritica.
Para que se pueda apreciar el laudable esfuerzo
que realiza la mencionada Sociedad y el e m p e o con
que defiende el uso de su idioma, citaremos la frase siguiente de M. Salone, secretario general de la
A s a m b l e a anual de 17 de mayo de este a o : Creo
que la razn se abrir paso, y que al fin se convendr en que no hay ms que dos esperantos naturales : el latn para el pasado, el francs para el p r e sente.
Aquella benemrita Sociedad, el Gobierno de
M . Fallieres, los franceses todos, adivinan que el
idioma es el vehculo importantsimo para la difusin del pensar nacional, y poderoso medio para
afianzar la propia personalidad e influir en la ajena.
Contribuir a extenderlo y popularizarlo, esforzarse
en pulirlo y perfeccionarlo, ensendolo con fe y
estudindolo con entusiasmo, sin arcaicas exageraciones, pero sin benevolencias que lo deslustren, es
realizar obra patritica, obra laudable que adivin
hace ya algunos aos el benemrito venezolano Rivod, al estampar como lema de su copiosa labor
13

194

R. MONNER SANS

gramatical esta salvadora m x i m a : Nada enaltece


tanto a un pueblo como poseer correctamente su
idioma nativo.
Del nuestro deca recientemente un gramtico
francs, M. R o b l e :
La lengua espaola, enteramente calcada sobre
la lengua latina, adopt de sta la osada y la concisin; es decir, las inversiones graciosas y las construcciones elpticas.
Rica, armoniosa y sonora, la lengua castellana
fu gradualmente depurndose hasta llegar, bajo la
pluma de autores clsicos, a ser lo que e s : la ms
majestuosa de Europa.
Parece, por la alternativa feliz de las consonantes con las vocales, que el genio de la Grecia haya
presidido a su formacin : melodiosa sin empalagamiento, nerviosa sin rigidez, grave sin rudeza, digna
sin afectacin; es la nica entre las lenguas m o d e r nas que rene la armona griega j u n t o con la majestad latina, y la p o m p a brillante de los hijos del
desierto con el vigor varonil de los naturales de la
Germania.
Despus de leer tales elogios, cmo no lamentar
que cerremos los ojos a la luz y nos complazcamos
en hundirlos en las tinieblas!
Cmo no apesadumbrarse al contemplar que despreciamos pursimos chorros de oro p o r reemplazarlos p o r lingotes de ureo latn o pulido cobre!
D e s p e r t e m o s de una vez, y desde la ctedra, desde el libro, desde el peridico, desde la improvisada

DE GRAMTICA Y DE LENGUAJE

195

tribuna, avivemos en todos el amor al idioma que


por vez primera reson en las virginales selvas de
Amrica, no olvidando que con ello contribumos a
honrar y enaltecer a la patria.
(Revista

Argentina

de Ciencias

Polticas,

noviembre de 1910.)

CUESTIONES DE LENGUAJE

i
Al Sr. Dr. D. Pedro

de Mgica.

Berln.

Muy queridsimo amigo m o : Cunto y cunto me


voy acordando de usted siempre que al hojear la
prensa bonaerense encuentro noticias que podran
dar pie a entretenidas conversaciones lingsticas,
filolgicas o simplemente gramaticales!
Viviendo usted en esa ciudad, albergue hoy del
serio pensar, y dedicado durante largos aos al estudio de temas que a ambos nos preocupan y que a
usted dieron universal renombre; y habitando yo esta
inmensa capital, en la que si hay algunos vaya si
los hay! que pulen y castigan el lenguaje, hay muchos, en cambio, que por ignorancia tiran a c o r r o m perlo y a bastardearlo, fcilmente adivinar quien en
ello se fije que en ciertos puntos concretos no p o d e mos estar en completo acuerdo, sin que valga asegur a r huyo de las afirmaciones en redondo que no
sea el error mi compaero.

198

R. MONNER SANS

Dice Menndez y Pelaj^o, no recuerdo dnde, que


en todo conviene hacer muchas salvedades, y algunas
hice durante veintitrs aos, poniendo el tono oratorio y didctico al comps del auditorio. Harto sabe
usted que todo atropellado avance revolucionario en
cualquier orden de ideas, trae lgicamente aparejada
una reaccin.
No academice usted, por Dios!, exclama en una
de sus donossimas e instructivas epstolas; pero... y
hay van dos ancdotas rigurosamente histricas:
Como de acuerdo con Baralt, Bello, Surez, A m u ntegui, Cuervo, etc., americanos todos, volviese en
una reunin por los fueros del idioma, t o r p e m e n t e
atropellados, se m e contest, palabras textuales: Nos
hemos independizado de todo, incluso del idioma.
E n otra ocasin se sostena que ni la Gramtica
ni la Retrica sirven para maldita de Dios la cosa, y
que cualquiera, con un librejo de texto en la mano,
p u e d e ensear ambas materias; lo difcil es ensear
Matemticas.
Y a supondr usted, mi erudito amigo, que estos
dos botones de muestra pertenecen, no a una botonadura, sino a una gruesa de tan til bagatela. Guardo para mejor ocasin otros recuerdos.
No le parece que con tales gentes es fuerza academizar} No opina que es conveniente oponerse con
arrestos sansonianos, si fuese posible, al avance de
la anarqua lingstica, que acabara de triunfar, dando al traste con la singular hermosura de nuestra
lengua?

DE GRAMTICA Y DE LENGUAJE

199

No creo, como F e r n a n d o Ortiz en su reciente libro


La reconquista de Amrica, que deba reducirse a lmites restringidos la fuerza del idioma; y menos an,
como Federico Manthuer en su obra
Contribuciones
a tina crtica

de lenguaje,

que la Gramtica es c o m o

un intento para ascender c m o d a m e n t e al Himalaya


con la ayuda de un mapa del Tirol; antes entiendo
que tiene el idioma un gran p o d e r de asimilacin,
como opino q u e antes de entrar en el santuario de
las ciencias conviene detenerse largo rato en el vestbulo llamado Gramtica. Nunca las reglas ataron
vuelos al verdadero genio.
No s, admirado maestro, si le ha llamado la atencin el hecho siguiente : mientras los peninsulares,
si no todos, muchos, y no pocos hispanoamericanos
se complacen en barbarizar nuestro idioma, llenndolo de solecismos y plagndolo de forasteras voces,
so pretexto de emanciparse de tutelas acadmicas,
los franceses que piensan un poco en asuntos d e
lenguaje se alarman con razn ante la crisis p o r q u e
atraviesa su idioma, asegurando Ai. Eugene Tavernier
que la dcadence de la langue frangaise correspond
l'abaissement de l'esprit frangais. Les mots suivent
le dsordre des idees.
M. C. Vincent, en su libro Le fril de la langue
frangaise, escribe : Tous les bons frangais devraient
unir leurs efforts pour arrter la dcadence et la desagregacin qui c o m p r o m e t le passe et l'avenir de
notre langue nationale.
Fltame tiempo para copiar o traducir de la Revue

R. MONNER SANS

200

Hebdomadaire un artculo de M. Parigot, titulado La


crise du frangais. Sin embargo, no puedo resistir a
la tentacin de transcribir una frase. Habla de la seudodemocracia actual y dice : D'crire et de parler
p r o p r e m e n t notre langue, l'intret ne lui parat pas
essentiel.
Opinando, pues, mi ilustre amigo, que es hacer
obra meritoria en pro, si no se quiere de la raza, de
la civilizacin hispanoamericana r o m p e r lanzas un
da y otro en favor del idioma ureo y cadencioso
de Pineda y de Cervantes, calcule con qu placer saboreo los m u y substanciosos libros de usted; los bien
pensados volmenes de T o r o y Gisbert; las brillantes
disertaciones de D . Blanca de los Ros, de Rodrguez
Marn, de Bonilla y San Martn, encaminado todo a
avivar en las generaciones que avanzan el amor a esta
lengua nuestra, sonora y gallarda, encanto de los ledos y desesperacin de grafmanos, y p o n d e r e con
qu alegra..., pero esto merece punto y aparte.
a

H a r poco tiempo, uno de los diarios de m a y o r


circulacin de este pas se quejaba amargamente de
que los avisos de la calle pecaran contra la Gramtica y la Esttica. D e este artculo, m u y juicioso y
m u y sensato, que honra p o r igual a su autor y al
diario en cuyas columnas vio la luz, copio los dos
parrafitos siguientes :
Por qu no obligar a que todo letrero, cartel,
aviso de cualquier especie que se fije en las calles
escrito en idioma extranjero, ostente la correspondiente traduccin castellana? Y p o r qu tambin no

DE GRAMTICA. Y DE LENGUAJE

201

hacer obligatoria una Ortografa y una Gramtica decentes?


Es poco pedir si se considera que debemos defender nuestro idioma, ya que es la representacin
de nuestra alma nacional y se confunde con ella
misma.
L a m e n t a n d o otro diario el que a las conferencias
de M. Martinenche asistieran ms damas que caballeros, escribe las siguientes lneas, plaidera exclamacin ante hechos reales y concretos :
Para nosotros, en efecto y especialmente para
nuestra sociedad femenina , no hay en toda E u r o pa ms que la capital de Francia. Este deplorable
prejuicio ha trado como consecuencia la ignorancia
y la indiferencia por todo lo que de all no provenga,
inclusive el habla. Cuntas perfumadas cabecitas no
meditan sus lindas cartitas confidenciales sino en
francs!
Y la gente de estudio, la gente de serio prestigio
que profesa en nuestras Universidades, y que sabe la
medida en que se ignora y se desprecia groseram e n t e la gloriosa literatura de nuestro riqusimo idioma, lejos de procurar una noble reaccin, propicia
una tendencia que p u e d e ser m u y mundana, pero
que no es menos deplorable y funesta.
Ledo lo que transcrito queda, dirig espiritual mirada al dios protector de las letras castellanas, subray a n d o con lpiz azul lo que aparece aqu subrayado,
como contundente contestacin a cuantos creen que
es el heredado idioma propiedad de los que en poca

202

R. MONNER SANS

estima lo tienen y prefieren el estudio de lo ajeno,


dejando y e r m o el propio campo.
Y aun hay ms, mi estimado seor y amigo.
El Consejo Nacional de Educacin ha abierto estos das un concurso llamando a los escritores para
que ofrezcan obras que p u e d a n ser representadas en
el teatro de los nios; y p o r vez primera en certmenes de tal naturaleza se lee en la convocatoria el
siguiente prrafo :
Como las mismas obras contribuirn, al propio
tiempo que a educar el sentimiento y el gusto artstico de los nios, a su perfeccionamiento en el idioma, se cuidar de que estn escritas en correcto y
culto lenguaje castellano.
Sonoro aplauso merece el Consejo Nacional de
Educacin al prevenir que las obras que aspiren a
los premios ofrecidos deben estar redactadas, si no
en galano y elegante estilo, al nenos exentas de los
burdos atentados lexicolgicos y sintcticos que en
otras producciones del gnero se advierten.
Santo y bueno que quien conozca al dedillo el copiossimo caudal de voces registrado en el lxico oficial, se permita crear un neologismo, y bueno t a m bin que se vayan ennobleciendo, pasando al comn
Diccionario, m o d o s de decir y frases populares que
como m o n e d a de buena ley circulen en los vastos
dominios del habla de Castilla; pero de ah a p r e g o nar irreverente desdn por leyes que se tildan de
acadmicas, slo p o r q u e la A c a d e m i a las apadrina,
media un abismo que la ignorancia no acierta a llenar.

DE GRAMTICA Y DE LENGUAJE

203

E n este pas, en el que por causas y a apuntadas


en el prlogo de una de mis obras, todo conspira
contra la pureza del patrio lenguaje, hay que academizar por fuerza. No cabe el t e m o r de que los jvenes
escritores se nos pasen a la otra alforja, resucitando
giros y vocablos a r r u m b a d o s ya. p o r inservibles; lo
que conviene es mostrarles las innmeras riquezas
acumuladas por varias generaciones en el Diccionario
oficial, y sobre todo familiarizarlos con nuestros clsicos, con nuestros incomparables msticos, arrinconados hoy por nuestros educadores a la violeta, que
slo aciertan a ver en estas obras ideas filosficas y
creencias religiosas en pugna con su indiferencia,
cuando no contra su animadversin, que les veda saborear el caudal de verdad h u m a n a que contienen.
Las tres ltimas transcripciones, recogidas en p o - '
eos das, demuestran claramente, a mi ver, que no han
perdido del todo el t i e m p o cuantos, un da tras otro,
fueron predicando la buena doctrina; y demuestran
ms, y ello me llena a m de gozo, como de contento
le servir a usted ciertamente, y es que son ya muchos los argentinos la falange es numerosa, forma
nutrida legin que piensan que no es asunto balad
el de la pureza del idioma, y ya que a todos no nos
sea posible pulirlo y acrecerlo, al menos a todos se
nos p u e d e exigir que no dilapidemos el caudal heredado.
E n una de sus entretenidas cartas me habla usted
de diminutivos y superlativos, quejndose de que
unos y otros vayan cayendo en desuso, De esto ha-

204

R. MONNER SANS

blaremos en ocasin ms oportuna, pues me temo


que a los ojos de mis lectores y a los de usted aparezca como el gaitero de Bujalance. Cierro el pico, lo
que equivale a termino, desendole a usted mucha
salud para que vaya enriqueciendo con nuevas p r o ducciones suyas la biblioteca espaola, no tan esmirriada como creen muchos.
Soy de usted admirador y amigo.
(La Nacin,

29 de noviembre de 1911.)

205

DE GRAMTICA Y DE LENGUAJE

II

Al Sr. Dr. D. Pedro

de Mugica.

Berln.

Muy estimadsimo amigo : La carta que a usted


dirig con fecha 29 de noviembre y que vio la luz en
La Nacin, tuvo la fortuna de encontrar algunos lectores. E n t r e stos figura un annimo escritor que,
pidiendo sin duda hospitalidad en un peridico peninsular, y a propsito de dicha carta, me concede un
ttulo que no poseo y me atiza un palo que no creo
merecer.
U s t e d dir, despus de leerme, si tengo o no razn
en lamentar ambas cosas.
Dice el articulista que soy nada menos que acadmico correspondiente de la Real Espaola, afirmacin que, al ser inexacta, prueba que aquella docta
Corporacin obra c u e r d a m e n t e al no admitir en su
seno a quien, entre otros pecadillos de lenguaje muchos han de ser , se permite escribir, y no ayer que,
con saber poco, saba menos que hoy, muy queridsimo amigo.
No, no soy acadmico de la Lengua y harto lo
lamento, p o r q u e creo de buena fe que todos los acadmicos, as los de nmero como los correspondien-

R. MONNER SANS

206

tes, manejan el idioma con ms soltura que yo, conocen sus exquisiteces y no caen en errores de tanto
bulto como el sealado p o r el articulista.
Refirindome ahora especialmente a ese doble superlativo por m usado, que viene a ser, como afirma
el escritor que lo censura, lo de albarda sobre albarda, puedo decirle que no ignoro lo que la Real
A c a d e m i a consigna en su Gramtica, como s que
hay muchos tratadistas que fustigan ese doble superlativo. Y por saber, y algo es algo en quien no es
acadmico, s tambin que Gmez Manrique, en las
Coplas

a la muerte

del marqus

de Santillana,

dice

por muy grandsima


pieza; que Jorge de Montem a y o r nos habla de muy finsimo oro; que L o p e
de R u e d a escribi muy bellaqusimamente;
que
H e r n n Prez de Guzmn invoca a la Virgen Mara
llamndola muy Santsima Seora, y que, finalmente, el Prncipe de los Ingenios, aquel sin par Cervantes de Saavedra, en el captulo LI de la parte primera de su inmortal novela, dice por boca de un cabrero tengo fresca leche y muy sabrossimo queso.
Y a ve mi desconocido censor que no voy mal
acompaado; y bien puedo asegurarle, sospechando
ser credo, que me diera yo con un canto en los pechos si a fuerza de castigar y pulir mi prosa y de estudiar uno y otro da hablistas de tanto r e n o m b r e como
los citados, lograra que lo p o r m escrito no llegase
a ser, que esto lo tengo p o r imposible, sino que se
asemejase a las brillantes pginas por aquellos autores compuestas.

DE GRAMTICA Y DE LENGUAJ

207

Hace y a algunos aos, otro crtico, al juzgar uno


de mis escritos, hubo de afirmar, si no recuerdo mal,
que mucho se pareca mi estilo al de Aparisi y Guijarro; y aun creyendo entonces, como sigo creyendo
ahora, que haba en tal aseveracin mucho de lisonja,
le confieso a usted, muy grandsimo amigo, que el
dicho g u s t m e por dems, espoleando mi aficin al
casticismo para que a fuerza de trabajo, y al andar
del tiempo, no me sonara a m mismo tan a mentira
lo afirmado p o r el aludido crtico.
Y a m e dir usted, admirado Mugica, cuando pueda
dedicarme un rato, si en efecto p e q u gravemente al
emplear el doble superlativo, o si merezco absolucin, y a que autores de nota lo usaron antes que
este su muy devotsimo amigo.
(El

Diario

Espaol,

28 de diciembre de 1911.)

DOBLE SUPERLATIVO

Las cartas abiertas dirigidas con fechas de 2Q de


noviembre y 28 de diciembre de 1 9 1 1 al docto fillogo espaol D r . Pedro de Mugica, referentes al muy
estimadsimo,

han logrado la donosa contestacin si-

guiente:
Sr. D. R. Monner Sans,
Mi querido amigo: Por poco se asusta el anonimista. Qu
dira, entonces, de la frase muy requetebin} Vaya una serie
de superlativos! Y de luego, luego; casi, casi, y otras frases
del Quijote, que Rodrguez Marn califica de superlativos?
Y qu diremos de chiquirritito, diminutivo elevado a la tercera potencia? Y de desnudo, esto es, dos veces en pelota,
pues primero fu nudo) Y de conmigo (cum mecum), que primero fu migo y carg con otra albarda por no saber qu
significaba go? (Y de le lendcmain (le le en de mane) con dos
artculos?
Por desgracia, en el lenguaje corriente se van perdiendo
los superlativos en isimo, que no se conocan en los siglos xn
y X I I I . Slo quedan y florecen en las iglesias en frases como
el dulcsimo corazn de Jess, pronunciada ante una imagen rubicunda, muy pulida, de ese artculo religioso de exportacin francesa moderna.
Qu dira el anonimista de la frase del Quijote muy
14

210

lt. MONNER SANS

mucho discreto? En el captulo X L I , primera parte del


Quijote, se lee: y con lgrimas de muy alcgrsimo contento. Los franceses, que reciben una instruccin escolar muy
superior a la nuestra, dicen, verbigracia: Est-ce que vous,
vous tes bien amus? Mais, tres, tris bien.
Mismsimo es un doble superlativo.
Basta por hoy. Suyisimo sunprisimo. P. DE MUGICA.
Berln, 15 de febrero de 1912.
(El Diario

Espaol,

14 de marzo de 1912.)

i ESCRIBAN OS O NOTARIOS?

Cohibido anda el pensamiento y tembloroso el


pulso, pues he de m e t e r m e con gentes de curia; y a
la verdad que si slo mirase el propio lucimiento,
cosa sera de relegar al fondo del tintero lo que aos
ha pugna por salir de los puntos de la pluma. Pero
como ms que al propio bien enderezo mi trabajo al
ajeno, a semejanza del cobarde que ante el peligro
cierra los ojos para que l no lo amilane, as y o olvid m e de los tildes y reparos que a este trabajillo
p u e d e n oponerse, y paso a exponer lo que despus
de mucho cavilar he llegado a deducir.
Ms de cuatro lustros hace, y esto que he tenido
poqusimo que ver con curiales y letrados, que vengo
p r e g u n t n d o m e a m m i s m o : Por qu a los notarios
se les llama escribanos} Son homologas las dos voces? Por qu razn rechazamos la primera de las dos
palabras y con una sola voz designamos ocios harto
diversos?
Pidiendo disculpa a los interesados, si opinaren
ellos que hay yerro en platicar sobre asuntos de su
sola incumbencia, voy a demostrar, con la historia
en una mano y la lgica en la otra, que convendra

212

R. MONNER SANS

borrar la homologa. Dije voy a demostrar, y casi m e


pesa la afirmacin, p o r oler a alegato de defensor
convencido, a bien que convencido estoy de que hay
notable diferencia entre el depositario de la fe pblica y el encargado de auxiliar al juez de sus harto delicadas funciones. De lo que ya no estoy tan cierto
es de que el Cielo me depare la suerte de comunicar
a mis lectores el propio convencimiento. Lo intentar, no obstante, y como la intencin es sana y. ella
no p u e d e perjudicar a tercero, confo que no acertarn a enojarse ni los unos ni los otros.
D o y de mano a la historia del origen y nacimiento de escribanos, notarios, tabeliones, cursores, etc.,
p o r q u e ello se puede fcilmente encontrar en cualquiera de las enciclopedias corrientes, no sin recoger,antes lo aseverado por Basts, dejndole toda la
responsabilidad de la afirmacin. Dijo este laboriossimo autor:
Todos los escribientes pblicos, fuesen escribanos, tabeliones o notarios, eran en un principio esclavos pblicos, es decir, pertenecan al cuerpo o
municipalidad de cada poblacin. Los notarios, aun
en el da estipulan y aceptan por las partes lo que
no hubieran podido hacer si ellos, en su origen, no
hubiesen sido esclavos pblicos, pues es un principio
de Derecho que ninguna persona puede estipular por
otra, de cuya regla solamente se hallaban exceptuados los esclavos, los cuales podan estipular y adquirir por su amo.
A p u n t a n d o el dato slo a ttulo de curiosidad, co-

DE GRAMTICA Y DE LENGUAJE

213

meneemos p o r copiar las definiciones que d e a m b a s


voces registra la decimotercia edicin del Diccionario acadmico:
N O T A R I O . (Del lat. notaras.) m. E n lo antiguo, escribano pblico. Posteriormente se dio este n o m b r e
exclusivamente a los que actuaban en negocios eclesisticos. H o y es el funcionario pblico autorizado
para dar fe de los contratos y otros actos extrajudiciales conforme a las leyes, etc.
ESCRIBANO. (Del b . lat. scribamis;

del lat. scriba.) m .

El que por oficio pblico est autorizado para dar fe


de las escrituras y dems actos q u e pasan ante l.
Los hay de diferentes clases; como escribano d e cmara, del rey, de provincia, del n m e r o y ayuntamiento, etc. E n el da, los encargados de redactar,
autorizar y custodiar las escrituras son los notarios,
quedando reservada la fe pblica a los escribanos en
las actuaciones judiciales ( i ) .
Basta leer atentamente ambas definiciones para
c o m p r e n d e r que si no huelgan los dos primeros prrafos de la segunda, deban ponerse los verbos en

(1) En el Libro o Poema de Alexandre, atribuido por algunos crticos, y por otros negado, a Juan Lorenzo Segura de
Astorga, se lee:
Terne, se lo compriere, que soe bon

escrivano;

si bien debo advertir que aqu la palabra est empleada en


el sentido de autor.
Tambin se dijo esclivano, aunque sospecho que esto sea
un leonismo.

214

E. MONNER SANS

copretrito de indicativo y decir estaban,


pasaban,
etctera, ya que en el da los escribanos no dan fe
de las escrituras, pues de acuerdo con la ley que luego citar, tan elevadas funciones incumben exclusivamente a los notarios.
Estudiemos, sin embargo, el punto con la calma
necesaria a fin de no embarullarnos, y procediendo
con orden lgico hojeemos primero las primitivas
leyes espaolas, buscando en ellas lo que se refiera
a tales funcionarios pblicos.
E n el Fuero Juzgo, romanceado, segn la opinin
ms corriente, en 1 2 4 1 , se lee:
Los males de algunos onmes nos facen poner ley
pora los que son de venir e que aquellos que non se
quieren castigar por palavra, si al que non, que se
castiguen por la pena de la ley. E p o r q u e vimos y a
algunos que escriban leyes de rey falsamientre, e
que las alegaban falsamientre, o que las facan escrevir a los notarios por las confirmar, onde metien muchas cosas en nuestras leyes h y escribien que non
eran ordenadas, nin pora nos, nin eran convenibles
a nuestro pueblo nin provechosas, e que facien grande danno a nuestros pueblos; p o r ende defendemos
en esta nueva ley que ningn o n m e daqu adelante,
si non fuere escrivauo comunal, de pueblo o del rey,
o tal o n m e a quien m a n d e el rey, que non ose allegar falsas constituciones, ni falsos escriptos del rey,
nin escrivir, nin dar a ningn escrivano que escriva
falsamientre. Mas los escrivanos del pueblo, o los
nuestros, o a quien nos m a n d r e m o s las escrivan e

DE GRAMTICA Y DE LENGUAJE

215

las lean las nuestras constituciones e non otri. E si


algn o n m e fuere contra este defendimiento si quier
sea libre o siervo, el juez le faga dar ce azotes, e
sea sennalado layclamientre; e fgale dems cortar el
polgar de la mano diestra, por que vino contra nuestro mandado e contra nuestro defendimiento. (Libro VII, ttulo, V , prrafo IX.)
Se habr notado en el prrafo transcrito, que se
emplea una sola vez la palabra notario y tres la de
escribano, y que del contexto se deduce q u e ambas
voces eran por entonces homologas. T a m b i n se
habr observado que ya se seala en esta ley la divisin que se haca de los escribanos, pues segn ella
los haba comunales, pblicos y reales.
Las Leyes de Partida, escritas, como se sabe, algunos aos despus, aclaran esta divisin, pues definen
al escribano como orne que es savidor de escrivir, e
son de dos maneras de ellos. Los unos que escriven
los privilegios e las cartas e los actos de la casa del
Rey, e los otros que son los escribanos pblicos que
escriven las cartas de las vendidas e de las compras
e los pleytos e las posturas que los ornes p o n e n entre s en las cibclades e en las villas. E el pro que
nasce de ellos es m u y grande cuando facen su oficio
bien e lealmente.
E n la L e y II, ttulo VIII, libro I del Fuero Real,
partiendo siempre de la homologa que vengo notando, se lee:
Que el oficio de escribano es pblico y comunal
para todos, y necesario para que no se pusiesen en

R. MONNER SANS

2l6

duda los derechos de cada cual en los contratos, en


los juicios, en las dems transacciones civiles, y para
que no hubiese pleitos y contiendas.
H e m o s de ver p r o n t o cmo esta ltima idea del
legislador no logr salir de la esfera del buen deseo.
Notario d e Mara llama Berceo a un clrigo tahr
y ladrn, pero m u y devoto de la Virgen, sin que p o r
el contexto pueda averiguarse otra cosa q u e su d e vocin, m a s no el cargo q u e tena. Llmale tambin
su cancellario, pero esto, lejos d e darnos luz, contrib u y e a engendrar confusin.
Dissol Santa Mara: Ficiestes desguisado,
que iaz el mi notario de vos tan apartado (i).

Valds, el celebrado autor del nunca bastante alabado Dilogo de las lenguas, escribe:
T O R R E S . N o s y o si osariades decir eso en la

Chancillera de Valladolicl.
VALDS.Por

q u no?

T O R R E S . P o r q u e os apedrearan aquellos
rios y

nota-

escribanos.

Me inclino a pensar, salvo m s calificado parecer,


que aquel doctsimo varn no emple a h u m o de
pajas la copulativa, y, antes al contrario, la estamp
para hacer observar la diferencia q u e haba entre los
dos cargos. .
Si abrimos el p r i m e r Diccionario de la Lengua cas-

(i)

Rufino Lanchetas.

DE GRAMTICA Y DE LENGUAJE

21/

tellana, publicado en I I I con el ttulo de Tesoro de


la Lengua

castellana

o espaola,

compuesto por

el

licenciado D . Sebastin Covarruvias Orozco, p o d r e mos leer las siguientes definiciones, si bien de la segunda, que es sobrado extensa, slo copiar la parte
pertinente:
Notario.El
escribano y oficial pblico que en
juicio y fuera de l escribe los autos judiciales y da
fe de ellos. A n t i g u a m e n t e eran los que escriban con
abreviaturas, con gran velocidad.
Escribano.Este
n o m b r e se dijo de escribir...
A n t i g u a m e n t e , y antes de que hubiese impresin, ganaban muchos su vida a escribir y copiar libros, y
algunos se llamaban notarios, los cuales iban escribiendo con tanta presteza que seguan al que iba
orando o recitando, y a stos llamaron notarios, y
por esto les dio Marcial el epteto de veloces... Llmanse tambin notarios los que escriban en los T r i bunales los autos pblicos.
Refirindose a este arte de escribir p o r notas, o
sea a los antiguos taqugrafos, escriba el P. Feijo al
p r o m e d i a r el siglo x v m :
Una invencin envidio mucho a los antiguos, la
cual se perdi y no atin hasta ahora a resucitarla el
ingenio de los modernos; sta es el arte de escribir
con un gnero de notas o caracteres, de los cuales
cada uno comprenda la significacin de muchas
letras; de modo que el que posea este artificio p o da trasladar al papel una oracin que estaba oyendo, sin faltar una palabra, y sin que la lengua dejase

218

R. MONNER SANS

atrs la pluma. D e estas notas tomaron el n o m b r e


los que se llamaron entonces notarios, y tenan el
ejercicio de escribir cuanto se profera en los actos
pblicos legales. Paulo Dicono dice que Ennio fu
inventor de ellas. Plutarco, en la Vida de Catn el
Menor, atribuye, no s si la invencin o la publicacin, a Cicern, con el motivo de referir cmo siendo cnsul hizo escribir una oracin de Catn al paso
que ste la iba pronunciando en la Curia, por unos
escribientes a quienes l antes haba enseado el
artificio.
Hasta aqu nos vamos convenciendo de que ambas palabras son rigurosamente sinnimas para el
legislador y la gente docta, ya que, con excepcin
de Valds, los dos vocablos se usan indistintamente.
Mas como para fallar en definitiva h e m o s de or a la
verdadera p a r t e interesada, o sea al pueblo, vamos a
interrogarle para saber cmo opinaba en este asunto,
y si confundi alguna vez los que escriven las cartas
de las vendidas e de las compras con los que escriben los pleytos e las posturas que los ornes p o n e n
entre s, como apuntan las Leyes de Partida.
Declaro lealmente que en el paciente rebusco que
hice en nuestros clsicos y aun en nuestros hablistas
los que hube a mano, se e n t i e n d e , hasta la mitad del siglo anterior, no tropec con pulla o irnica alusin contra el funcionario encargado de dar fe
de los contratos pblicos, y en cambio almacen
buena copia de insultos y diatribas contra los que
acompaaban a los jueces para levantar i n f o r m a d o -

DE GRAMTICA Y DE LENGUAJE

2IQ

nes, t o m a r declaracin a los testigos, encarrilar los


pleitos, etc., etc.
No abusar de la paciencia de mis lectores transcribiendo todos los apuntes recogidos; m e limitar a
los siguientes:
Dice Cervantes en la segunda parte de su inmortal novela:
Hubiera untado con ellos la pndola del escribano.
Y en los Trabajos

de Per siles y

Segismunda:

... en oliendo los escribanos que tenan lana los


peregrinos, quisieron trasquilarlos, como es uso y
costumbre, hasta los huesos.
E n el famoso p o e m a de La danza, de la muerte,
dice sta a los escribanos:
Hiciste mentiras en tus escrituras,
porque en lo dems de cuanto escribiste
no pones verdades, mas todo figuras.

D o n A n t o n i o Enrquez Gmez, novelista del siglo xvn,

escribe en la Vida

de D.

Gregorio

Gua-

daa :

. . . , pero tal vez el juez se fa del escribano, y sin


tener culpa en el cohecho le culpan en el hecho.
Esos escribanos, seor hidalgo, ms son escribas
que ministros de fe.
Y ms adelante:
Yo, que soy escribano, digo que vuelvo un pleito
lo de dentro afuera.
Quevedo arremeti contra ellos en distintas oca-

220

R. M0NNER SANS

siones, as en verso como en prosa. E n la letrilla V I


de la Musa V escribe:
El escribano recibe
cuanto le dan sin estruendo,
y con hurtar escribiendo
lo que hurta no se escribe:
el que bien hurta bien vive.
Ha}' muchos rostros exentos,
hermosos cuanto tiranos,
que viven como escribanos
de fes y conocimientos.

E n la letrilla X I I es an ms expresivo:
El signo del escribano,
dice un astrlogo ingls
que el signo de cncer es
que come a todo cristiano;
es su pluma de milano,
que a todo pollo da bote
y tambin es de virote,
tirando al blanco de un real,
y no lo digo por mal.

Tal vez p o r q u e los azares de su vida le obligaron


a tratar con m s frecuencia de la que l deseare con
jueces y alguaciles, corchetes y escribanos, o, pensando m e n o s maliciosamente, p o r q u e quiso recoger en
sus obras el c o m n pensar, aludi el inmortal autor
de La poltica

ele Dios a tales funcionarios en varias

de sus obras.
E n Las zahrdas

de Plutn

escribi:

... y not que no h a y cosa q u e crezca tanto en

DE GRAMTICA Y DE LENGUAJE

221

tan poco tiempo como culpa en p o d e r de escribano.


Has visto t alguacil sin escribano algn da?
... Muchos hay buenos escribanos, y alguaciles
muchos; pero de s el oficio es con los buenos como
la m a r con los muertos, que no los consiente y dentro de los tres das los echa a la orilla.
Y ac dije y o : Cmo no hay ninguno? S
hay me r e s p o n d i ; mas no usan ellos de n o m bre de escribano, que ac p o r gatos los conocemos ( i ) .
E n la Visita de los chistes dice, glosando una de
sus poesas:
Volarse con las plumas. Pensis que lo digo p o r
los pjaros, y os engais; que eso fuera necedad;
dgolo p o r los escribanos y ginoveses, que stos nos
vuelan con las plumas el dinero de delante.
En el Alguacil alguacilado p o n e la siguiente frase
en boca de un personaje, empleando la palabra en
tono despectivo:
Yo no traigo corchetes, ni soplones, ni escribanito.

(i) En la mojiganga que sali el martes de Carnaval del


ao 1 6 3 7 iba una cuadrilla de escribanos, cuyo letrero deca:
Todos los desta cuadrilla
son los gatos de la Villa.
(Memorial

Histrico

Espaol,

tomo XIV, pg

68.)

K. MONNER SANS

222

Y,

finalmente,

en El sueo de las

Calaveras:

Dijeron lo p r i m e r o : Estos, seor, la m a y o r culpa


suya es ser escribanos. Y ellos respondieras a voces
pensando que disimularan algoque no eran sino
secretarios.
A u n q u e si no me lastimara a otra parte el afn
con que una gran chusma de escribanos andaban huy e n d o de sus orejas, deseando no las llevar p o r no
or lo que esperaban.
E n Gil Blas de Sautillaua

se lee:

Crees, por ventura, que el caballo en que viniste


se ha restituido a su dueo? No. lo creas; hllase en
la caballeriza del escribano, donde se deposit como
p r u e b a del delito, y y o estoy persuadido de que su
a m o verdadero nunca volver a ver ni siquiera la grupera.
Deba por entonces gozar de poca estima la p r o fesin, cuando en el expediente incoado para favorecer con el hbito de Santiago a D . Francisco de R o jas Zorrilla, se dice que result p r o b a d o el defecto
de haber sido escribano el padre del aspirante ( i ) .
Para terminar estas citas literarias antiguas, copiar de un libro impreso en 1 6 7 1 , titulado Consejos,
el dirigido a los escribanos; dice as:
Evitad siembre borrones
en actos, y las postillas
no digan son manganillas.
(1)

Cotarelo y Mori, Francisco de Rojas, pg. 8 3 .

DE GRAMTICA Y DE LENGUAJE

223

' Zorrilla, nuestro sin par poeta del siglo xix, aquel
que a mi entender encerraba en su trovadoresco lad
todas las hermosuras de la tierra y todas las a r m o nas de los cielos, tambin hizo sinnimas las voces
en que m e estoy ocupando, y buena prueba de ello
son los siguientes versos, que copio de su piadossima l e y e n d a A buen juez,

mejor

testigo:

Escribano, al caer el sol,


al Cristo que est en la Vega
tomaris declaracin.
Hacia la severa imagen
un notario se adelanta,
de modo que con el rostro
al pecho santo llegaba.
el notario a Jesucristo
as demand en voz alta.

Finalmente, no holgar recordar que en lo antiguo


existi el cargo de protonotario, mas no el de protoescribano, y que en los actuales tiempos, si en la
pennsula espaola el ministro de Gracia y Justicia
ostenta el ttulo de notario m a y o r del reino, existen
varios protonotarios
apostlicos desparramados p o r
el m u n d o .
D e las anteriores citas, que no quise alargar p o r
temerle al cansancio del lector, se desprenden varias
enseanzas. E n el Fuero Juzgo

se habla de

escribanos

que en las actuaciones metien muchas cosas, y y a


hemos visto cmo el autor annimo de los Consejos
r e c o m e n d a b a algunos siglos despus que no se abu-

224

R. MONNER SANS

sase de las postillas, que podran engendrar sospechas de parcialidad o cohecho. E n el Fuero Real, con
plausible buena fe se p o n d e r a el oficio de escribano
para que no hubiese pleitos y contiendas, y al andar el tiempo, Queveclo afirma que hacen crecer los
pleitos; Cervantes alude a su venalidad, y Enrquez
Gmez disculpa al juez volcando la animosidad del
pueblo hacia el infeliz escribano. Y quirese an
ms? Y a p o r aquellos siglos, y huyndole a un vocablo que iba siendo sinnimo de desleal, cuando no
de ladrn, comienzan a llamarse secretarios los que
evacan las diligencias judiciales.
Teniendo, sin duda, en cuenta todas estas apreciaciones, p u d o escribir Martnez de la Rosa su conocido epitafio:
En sepulcro de escribano
una estatua de la Fe!
No la pusieron en vano,
que afirma lo que no ve.

R e c u r r a m o s ahora a la filosofa popular, o sea a


nuestro copiosmo refranero, y veamos qu opinaba
el pueblo. U n a de las colecciones ms antiguas es la
del maestro Gonzalo Correas; de ella entresaco los
tres siguientes, con la explicacin que da de ellos el
mismo compilador:
Escribano y difunto todo es uno. (Porque si el
uno no tiene alma, el otro es desalmado. En qu
se parece el escribano al difunto? E n que no tiene
alma.)
Escribano, p... y barbero, pacen en un prado y

225

DE GRAMTICA Y DE LENGUAJE

van por un sendero. (Que todos pelan y rapan por


su modo.)
Escribanos, alguaciles y procuradores, todos son
ladrones. (Ojeriza que se les tiene.)
O t r o refrn, registrado por el Comendador Griego,
dice:
Dios te guarde de recipes de mdico, de prrafo
de legista, de infra de canonista y de etctera de escribano.

Otro, no citado por ninguno de estos paremilogos, e s :


Estar mano sobre mano, como mujer de escribano, que Rodrguez Marn comenta diciendo: Se dijo
por suponer el pueblo que los escribanos agencian
tanto, que sus mujeres tienen muchas criadas y no
necesitan trabajar; aadiendo al comentario la siguiente copla vulgarsima:
Un pjaro con cien plumas
no se puede mantener,
y un escribano con una
mantiene casa y mujer.
Y dama, si tiene alguna.

O t r o reza:
Entr como escribano en el infierno; absurdo
segn Juan T a b o u r o t , pues en el infierno no se
encuentra un solo curial, por temer Satans que le
usurparan cetro y corona.
E n oposicin a esta idea, escribe el Dr. T h e b u s sem con aquella sal tica que todos le envidiamos:
iS

226

R. MONNER SANS

Refieren varios escritores que San Ivo patrn


h o y en E s p a a de los abogados entr en el cielo
sin ser llamado, y que trataron de arrojarle de aquel
sitio; pero l manifest q u e no saldra sin q u e un
escribano se lo notificase y un alguacil lo lanzara, y
como en el cielo no se hallaron ni alguaciles ni escribanos, de aqu la imposibilidad de q u e San Ivo desalojase el lugar que haba usurpado.
D o n Fulgencio Afn de Rivera, en su Virtud al
uso y mstica

a la moda ( 1 7 2 9 ) , vierte t a m b i n el

mismo c o n c e p t o :
Si te llegaren a p r o p o n e r el q u e seas escribano,
dirs q u e naciste para salvarte y no condenarte, porque es oficio m u y arriesgado, y si no, cmo
Aun teniendo plumas, nunca
vuela un escribano al cielo?
Y es el motivo, porque
le contrapesa el tintero ( 1 ) .

Por q u ni los clsicos registran pulla alguna contra los notarios, ni en el refranero popular se encuentra la ms ligera alusin contra tales funcionarios? Pues sencillamente p o r q u e ni unos ni otros
' tuvieron motivo de queja contra los depositarios de
(1)

Un cantar turolense dice:


En el cielo hay una uva
que es para los escribanos;
y como no va ninguno,
no le falta ningn grano.

DE GRAMTICA Y DE LENGUAJE

227

la fe pblica, contra los que intervenan en los contratos y redactaban testamentos. Su ojeriza se dirigi
siempre contra los secretarios del juez, contra los
escribanos del Juzgado, contra los que saban volver
lo del derecho al revs. Y tanto es as, que el p u e blo, con esa marrullera desconcertadora a veces de
doctos y letrados, invent el conocidsimo refrn:
Por bueno o por malo, el escribano de tu mano;
indicando con l cunto contribuye p a r a el buen
xito de un negocio tener de su parte al principal
agente de l, y en cambio para ponderar la confianza
que le inspiraban los notarios y lo tiles que son
para ponerse a cubierto de la mala fe o de perjudiciales olvidos, ide el otro refrn, no menos conocido que el anterior: Entre dos amigos, un notario y
dos testigos ( i ) .
Djeseme batir palmas ante el buen sentido d e
este pueblo hispano, que con slo dos refranes borr
la sinonimia que no haban logrado extirpar ni las
antiguas leyes, ni Vleles, ni cuantos intentaron defender a los escribanos de buena fe de los brutales
ataques dirigidos a todo el gremio por las aceradas
plumas de nuestros satricos ms insignes, y a este

( 1 ) El clebre D. Casiano Pellicer, hablando de Agustn


de Rojas Villandrando, dice:
... se acogi al oficio de escribano, que, juntamente con
el de notario pblico de la Audiencia episcopal de Zamora,
ejerci..., etc. (Tratado histrico sobre el origen, etc., de la
comedia en Espaa.)

228

E. MONNER SANS

buen sentido apelaron, sin duda, los legisladores


peninsulares para promulgar la ley de 29 de mayo
de 1862, llamada del Notariado, p o r la que se cambi por completo la faz de los funcionarios a que
vengo refirindome, logrndose con ella que quedasen definitivamente separadas la fe judicial de la
extrajudicial. T a n t o que, segn su artculo primero,
notario es el funcionario pblico autorizado para dar
fe conforme a las leyes, de los contratos y dems
actos extrajudiciales.
Por qu r e p u g n a m o s aqu la palabra? Ser por la
consonancia con la voz que en el idioma del delito,
segn mi amigo el Dr. A n t o n i o Dellepiane, equivale
a h o m b r e honrado?
Descartada esta suposicin, pues de admitirla dirigiramos grave ofensa a las clases cultas y elevadas
de nuestra sociedad, por suponerlas capaces de admitir la tirana de los criminales, queda la primera
pregunta, a la que intentar encontrar contestacin
admisible, ya que no completamente lgica.
La palabra escribano p e n e t r en el Ro de la Plata
con el conquistador Garay; el acta de la fundacin
de Buenos Aires lleva la firma del escribano Xerez,
y escribano tuvo S. M. el R e y en estos dominios, y
escribano el Cabildo, y el pueblo, por no ser menos,
sin duda, tuvo tambin su escribano, que recibi el
subttulo de pblico. La palabra adquiri, pues,
carta de ciudadana, y de la ciudad pas al campo, no siempre con el significado que le asignaban
las leyes espaolas. Es el secretario o, como le lia-

DE GRAMTICA Y DE LENGUAJE

229

man los gauchos, el escribano, el tramoyista de la


comedia, dice el Dr. J. M. Ramos Meja en su libro
Las multitudes argentinas; lo que decir quiere que
las gentes del campo tenan ms en cuenta, al e m plear el vocablo, el modesto oficio de escribiente que
las elevadas funciones que segn las leyes deba ejercer el depositario de la fe pblica. Y vase cmo hemos llegado a dar la razn a los habitantes lugareos,
y a que los escribanos de nuestros Tribunales secretarios son, como con este n o m b r e , segn recordaremos, queran encubrirse aquellos de que nos habl
Ouevedo en El sueno de las

Calaveras.

R o q u e Barcia, en la edicin postuma, corregida y


considerablemente aumentada, de su libro Sinnimos castellanos, no registra la palabra escribano; en
cambio da como sinnimas las voces notario y actuario, que define de la siguiente manera, no sin recordar antes la diferencia que va entre sinonimia y
homologa:
Actuario es el que evaca diligencias, el que instruye expedientes, el que acciona, el que activa; ms
claro, el que acta.
Notario es el que notifica, el que da la nocin

del

asunto, el que lo hace notorio.


E1 actuario es el agente de la Escribana.
E1 notario es el instructor.
Para este fillogo, el escribano peninsular y el secretario argentino son simplemente actuarios, y fuerza ser convenir en que no le falta razn, y a que en
estilo forense espaol, y la definicin est consigna-

R. MONNER SANS

230

da en el lxico oficial, actuario es el escribano ante


quien pasan los autos.
Sntesis de todo lo expuesto, que p o r razones ya
aducidas se ha a c o r t a d o :
I. Q u e los actuales secretarios de Juzgado, escribanos son encargados de dar fe en los asuntos
judiciales, si bien para no darle la razn a Quevedo
y enaltecer la profesin a los ojos del pueblo, para
quien son escribanos todos los que escriben, llamralos y o actuarios, de acuerdo con Barcia; y
2 . Q u e los funcionarios depositarios de la fe
pblica extrajudicial debieran llamarse notarios, voz,
como h e m o s visto, de noble alcurnia, y cuyos pergaminos no p u e d e obscurecer ni manchar la consonancia con la rufianesca voz otario. D e a r r u m b a r vocablos p u r o s de nuestro idioma p o r q u e la jerga carcelaria les dio otro significado, cosa sera de arcaizar
a centenares las voces, pues p o r cientos se cuentan
las que registra el y a mencionado Dr. Dellepiane en
su interesante libro El idioma del delito, las que p u blica el sobresaliente abogado y literato espaol don
Rafael Salillas en sus libros Hampa y El lenguaje de
los criminales, y Bernaldo de Quirs, en colaboracin
con Llanas Aguilaniedo, en la obra La mala vida en
Madrid.

Quien interviene en los tratos entre particulares,


quien da fe de la ltima voluntad de un nacido, notario

es; c o m o escribano,

y an mejor actuario,

el

que auxilia al juez en sus delicadas funciones, y asevera bajo su honrada palabra q u e verdaderas son

DE GRAMTICA Y DE LENGUAJE

231

las declaraciones recibidas de los testigos y lo afirmado por cuantos intervienen en el curso de un p r o ceso.
Este es, al menos, mi modestsimo y desautorizado parecer.
(Revista

Argentina

de Ciencias

Polticas,

junio de 1911.)

CUESTIONES
GARANTO.-EL

GRAMATICALES
POR L A H O M L O G O S

Al Sr. Dr. Jos

Chiola.

Y a que usted gusta de los estudios gramaticales


y oy mi corta polmica con un simptico compaero nuestro, a usted dedico este trabajillo, tendente
a p r o b a r que mis opiniones en asuntos gramaticales
hijas son de un no interrumpido estudio de nuestros
clsicos y de las obras de los ms afamados gramticos hispanoamericanos. No tengo la pretensin
pido a Dios que de ella me libre de creer que
no sean controvertibles mis ideas; mas defiendo stas
con tesn cuando son hijas de profundos gramticos
a quienes respeta y venera el m u n d o hispanoamericano, ideas que conscientemente se arraigaron en mi
cerebro para hacer ms fructfera la labor instructiva
que el Gobierno de la Nacin me encomendara.
Mi estimado contrincante opina que el verbo garantir es anticuado, y, partiendo de esta falsa suposicin, entiende que la forma garanto es, por tanto,
anticuada y no incorrecta.

234

R. MONNER SANS

E n mi Gramtica

de la Lengua

castellana,

pg. 1 8 7 ,

se lee lo siguiente :
Abolir slo se emplea en las formas cuya terminacin es i o principia p o r i, dejando de usarse, por
consiguiente, en las tres personas del singular y la
tercera del plural del presente de indicativo y en el
singular del imperativo. E n iguales circunstancias estn los verbos aguerrir,
empedernir,

despavorir,

arrecirse,
manir,

aterirse,

garantir,

blandir,

colorir,

pre-

terir y algn otro. Es, por consiguiente, grave falta


y disparate maysculo decir yo garanto, tan frecuente
en este pas, como lo sera decir
abuelo.
V e a m o s en qu opiniones me fundo para afirmar
lo que transcrito queda, no sin antes hacer notar que
el verbo garantir no es anticuado : no figura en el
Diccionario de Covarrubias ni en el de Autoridades,
y en el de la Real A c a d e m i a Espaola p u e d e leerse :
Garantir, a. Garantizar.
Garantizar, a. Salir fiador, etc.
La a que estampa la docta Corporacin no es abreviatura de anticuado, sino de activo.
Oigamos ahora a gramticos que gozan de justa
reputacin.
Dice la Real Academia en su Gramtica :
Hay, en fin, varios verbos de la tercera conjugacin que, ya por el sentido anfibolgico, ya p o r lo
extrao o malsonante de las voces que, conjugndolos, resultaran en algunos tiempos y personas, se
emplean tan slo en aquellas que en sus desinencias
tienen la vocal i; estos verbos son abolir,
aguerrir,

235

DE GRAMTICA Y DE LENGUAJE

arrecirse,

garantir,

aterirse,

despavorir,

embar,

empedernir,

manir y quiz algn otro.

Don Rafael F r e y r e , en su interesante libro


loga de la Lengua

espaola,

Lexico-

escribe :

Hay varios verbos de la tercera conjugacin q u e


slo se emplean en aquellas personas que en sus d e sinencias tienen la vocal i; tales son abolir,
aterirse, garantir,

Matas Salieras, en su conocida Gramtica


da de la Lengua

arrecirse,

etc.

razona-

espaola, trata de estos verbos en la

siguiente forma :
Abolir,

arrecirse,

aterirse, empedernir,

garantir,

se

usan en todas aquellas formas cuya desinencia principia p o r i.


Joaqun de Avendao, siempre estudiado con fruto
por cuantos sentimos cario p o r la Gramtica, dice :
Abolir,

arrecirse,

blandir,

empedernir,

garantir,

manir, suelen slo emplearse en las desinencias que


comienzan con la letra i.
Daz Rubio, conocido p o r los estudiosos p o r el seud n i m o de El Misntropo,
mera Gramtica
Abolir,

en su libro titulado

espaola razonada,

blandir,

garantir,

Pri-

escribe :

manir,

desmarrirse

despavorir, son regulares, pero defectivos, faltndoles


todas aquellas personas en que no entra la i.
Salvador Padilla, en su reciente obra
Gramtica
histrica
Abolir,

de la Lengua
blandir,

se, empedernir,

castellana,

manir, garantir,

despavorir,

dice lo siguiente :
aterirse,

arrecir-

se conjugan en todas aque-

llas formas en q u e siga al radical una z.

236

R. MONNER SANS

Lorenzo Elizaga, en su curiossimo libro Los diez


mil verbos castellanos, estampa lo q u e sigue :
Garantir suele conjugarse nicamente en las desinencias que principian p o r la letra i.
Que los autores hasta ahora citados son peninsulares? Dejando a un lado q u e tengo mis dudas sobre
la nacionalidad de Elizaga, a quien creo americano,
all van unos cuantos pareceres de gramticos nacidos en el continente colombino.
L e o en la Gramtica

de la Lengua

castellana

de

Bello, comentada p o r Cuervo, americanos ambos :


As como las formas que faltan a blandir y garantir

se suplen con las de blandear

garantizar,

que son completos, las q u e faltan a otros verbos d e fectivos se suplen, etc.
Y p o r nota se agrega :
Muchos escritores americanos han usado las formas garanto, garanta, q u e no han tenido aceptacin
hasta ahora.
El eminente venezolano Rivocl escribe en uno de
sus sabrosos Entretenimientos

gramaticales

Sabido es que los verbos defectivos terminados


en ir slo se usan en las inflexiones en que la terminacin es i o principia p o r i, y a veces ni aun en t o das ellas. Las formas que son inusitadas se suplen en
algunos con las de sus afines en ar, ear, ecer, izar;
tales son fallar...,

garantizar.

E n las Curiosidades

gramaticales

del cubano Ra-

m n Martnez y Garca se dice :


Abolir,

aguerrir,

arrecirse,

aterirse, blandir,

empe-

DE GRAMTICA Y DE LENGUAJE

dernir, garantir,

manir, desmarrirse

237

y despavorirse

se

conjugan slo en aquellas personas que tienen i en


la terminacin.
El colombiano Emiliano Isaza, en su Diccionario
de conjugacin castellana, dice del verbo en cuestin
lo siguiente:
.Garantir. Este verbo es defectivo, y slo se usa
en las formas cuya terminacin es i o comienza p o r i;
las dems se suplen con las correspondientes de garantizar.
Ms explcito es an en su Gramtica
la Lengua

prctica

de

castellana.

Oigmosle:
Hay otros verbos de la tercera conjugacin que,
a semejanza de abolir, estn reducidos a las terminaciones en i o que principian p o r i; tales son aguerrir,
arrecirse,

atetarse, despavorir,

empedernir,

colorir,

ga-

rantir, manir. Ni todas las terminaciones que principian p o r i pueden usarse cuando la i hace parte de
un diptongo; pues aunque el odo no extraa aboli,
aboliese,

le chocaran sin duda ateri, ateriese.

Mas

para suplir las formas que a estos verbos faltan se


echa mano casi siempre de verbos terminados en
ecer, ear, ezar, c o m o empedemecer,

colorear,

garan-

tizar.

Dejo de transcribir otras apuntaciones ya tomadas,


p o r q u e la tarea va resultando sobrado fatigosa. Las
antecedentes citas creo demostrarn a usted plenam e n t e que lo aseverado p o r m en mi Gramtica en
curso, se ajusta al parecer de verdaderas autoridades

E. MONNER SANS

en estos estudios; y que, en sntesis, ni garantir


defectivo ni debe decirse yo garanto.

es

El por la. El artculo masculino el (segn uso


constante y por razn de eufona) se p u e d e juntar a
substantivos femeninos que empiezan con la vocal a
acentuada, o con h muda seguida de la misma vocal, siempre que stos no sean n o m b r e s propios de
mujer.
E n las frases anteriores, que copio de la Gramtica
de la Real Academia, se sienta una verdad a medias,
la que aparece entre parntesis; pero se le da al estudiante o al estudioso una falsa i d e a : la de creer lo
que aseveran tambin otros gramticos, esto es, que
el artculo la se ha convertido en el p o r razn de
eufona. A este cambio llaman algunos tratadistas
substitucin

del

artculo.

E n mi Gramtica octava edicin despus de


transcribir lo que dice la Real Academia, agrego :
Bueno ser advertir a los estudiosos, de acuerdo
con U n a m u n o y Mugica, que no hay tal cambio de
artculo. La forma femenina antigua era ela, forma
que perdi la e, y as decimos la casa; pero en los
n o m b r e s que comienzan p o r a sta se fundi con la
final del artculo, conservndose, por tanto, la inicial
de dicho artculo; y as, en vez de decir ela agua, ela
alma, se dijo el agua, el alma.

A u n cuando en las frases transcritas aparece sinte-

DE GRAMTICA Y DE LENGUAJE

tizada la teora cientfica, sntesis forzosa en una obra


elemental, apelar a indiscutibles autoridades para
demostrar que no fu mi aserto a h u m o de pajas.
Dice Bello :
Antiguamente el artculo femenino de singular era
ela. Djose, pues, ela agua,

ela guila,

ela arena;

confundindose la a final del artculo con la a inicial


del substantivo, se pas a decir y escribir el agua, el
guila, el arena. D e aqu proviene q u e usamos, al parecer, el artculo masculino de singular antes de substantivos femeninos que principian p o r a.
Comentando esta opinin dice el eminente colombiano Cuervo":
Las formas antiguas del artculo definido adjetivo
eran el, ela, elos, elas, como se ve en estos versos del
Alejandro

Por vengar ela ira olvid lealtad.


Fueron elos troyanos de mal viento feridos.
Exian de Paraso elas tres aguas sanctas.

E n la versin castellana del Fuero Juzgo leemos :


De las bonas costumes nasce ela paz et ela concordia. Todos queran para s retener elos prncipes.
Como nuestro el femenino es el antiguo ela, parece
que deberamos sealar la elisin del a escribiendo
el'alma, como en francs lame y en italiano lanima.
Y a antes que Bello y que Cuervo haba dicho el
alemn Federico Diez ( 1 7 9 4 - 1 8 7 6 ) en su m o n u m e n tal Gramtica

histrica:

El uso de el delante de las voces femeninas es d e -

R. MONNER SANS

240

bido, segn la afirmacin de Delius Jahrb I X , 9 5 , a


una elisin de la a en la antigua forma ela : el guila
por

el'guila.

Que las formas del artculo antiguo eran elo, ela,


elos, elas, parece ya definitivamente demostrado. El
colombiano Marco Fidel Surez, c o m e n t a n d o a Bello,
nos da a conocer la opinin al respecto de Ticknor
y Max Mller.
E n ms m o d e r n o s tiempos, el erudito Menndez
Pidal, reconocida autoridad en estas materias, habla
extensamente del nacimiento de nuestro artculo d e t e r m i n a n t e , en su libro Cantar de Mo Cid. Texto,
Gramtica y Vocabulario; y con no menos precisin,
pero con m a y o r claridad, en su Manual elemental de
Gramtica histrica espaola. A ambas obras remito
a usted, pues las transcripciones, p o r lo extensas, lograran aburrir a los lectores.
Opina lo mismo que Diez, Bello, etc., etc., el seor
Salvador Padilla, autor de una compendiada Gramtica histrica

de la Lengua

castellana,

y Miguel U n a -

muno, quien, en nota q u e se lee en la Gramtica del


castellano antiguo, de mi admirado Mugica, resume
as la buena teora :
La regla, bien formulada, acerca de la colocacin
de la primera mitad (el) del antiguo artculo femenino (ela) ante n o m b r e s q u e empiezan p o r a, verbigracia,
la abundancia, es sta. Los n o m b r e s femeninos que
empiezan p o r a acentuada

(a en slaba, tnica) llevan

ante s la primera mitad del artculo femenino ela;


ejemplo: el guila.-

2 I

> GRAMTICA Y DE LENGUAJE

Dgame usted ahora, mi b u e n amigo, despus de


ledo lo que de escribir acabo, si anduve desacertado
al consignar en mi Gramtica lo que antes copi, y
si no hago bien en demostrar sintticamente en mi
libro, y despus ms ampliado de viva voz, que no
hay tal substitucin de artculo y que el el de el agua
no es ms que la apcope del antiguo artculo femenino ela.

**
Y llego, por fin, a los homlogos, por m apadrinados y negados en absoluto p o r mi ilustrado c o m p a ero.
Comenzaremos por definir la palabra para luego
demostrar que no huelga en Gramtica, y que no son
lo m i s m o trminos sinnimos que trminos homlogos.

La Real A c a d e m i a define as la voz : Homlogo.


Lg. Dcese de los trminos sinnimos o que significan una misma cosa.
V e a ahora cmo define la palabra sinnimo : Dcese de los vocablos o palabras que tienen una misma o parecida significacin.
D e ambas definiciones, harto deficientes las dos, se
desprende:
l. Que hay palabras que tienen una misma significacin.
2.
Que hay palabras que tienen una parecida
significacin.
0

16

242

R. MONNER SANS

3.
Que al decir vocablos o palabras claramente afirma que ambas voces tienen en este caso una
misma significacin.
A estos vocablos, a estas palabras, a estas voces, a
estos trminos, llaman las autoridades que luego c i tar homlogos, dejando la palabra sinnimo para las
voces de parecida significacin.
Mi estimado compaero afirmaba, y yo con l, que
no hay voces sinnimas, en el sentido que a esta voz
daban los gramticos antiguos; pero como existen
algunas, aunque pocas, que son de exacto significado,
a estas tales se les dio el n o m b r e de homlogos o tr0

minos

equivalentes.

Est bien hallada la voz? Vemoslo.


Significa : en Anatoma, partes idnticas de n o m bre y de funciones; en Filosofa se dice de los trminos sinnimos o que signifiquen una misma cosa;
en Msica, sonidos que guardan entre s las mismas
relaciones de intervalos, y en Qumica son cuerpos
homlogos las substancias orgnicas que desempean
las mismas funciones y siguen las mismas leyes de
metamorfosis.
D e acuerdo con estas ideas, y estableciendo la
lgica diferencia que debe haber entre voces de significado igual y voces de parecido significado, digo
en mi

Gramtica:

Homlogos, o trminos equivalentes, son dos o


ms m o d o s distintos de n o m b r a r un mismo objeto o
expresar una misma idea.
Sinnimos son aquellos trminos o voces que,

DE GRAMTICA Y DE LENGUAJE

con apariencia de equivalentes, ofrecen, sin embargo,


en su uso diferencias quizs pequeas, pero claras y
conocidas.
Presntanse casos no solamente de dos, sino tambin de tres, cuatro y aun mayor nmero de trminos
equivalentes u homlogos, como, por ejemplo :
Aceituna y oliva.
Carnaval y Carnestolendas.
Bacalao, abadejo y curadillo.
Himeneo, b o d a y casamiento.
Beodo, borracho, ebrio, espita y temulento.
Diablo, diantre, demonio, d e m o n t r e , pateta, Lucifer, Luzbel, Satans y mandinga.
Glgota y Calvario.
Pleder y apestar.
Claro est que para afirmar en mi libro lo que
acabo de copiar, deb tener en cuenta no slo el
propio criterio, sino el parecer de reconocidos maestros. Me permitir llamarlos a juicio para que dep o n g a n en p r o o en contra, o sea, leeremos lo que
al respecto han escrito para que nos ilustren.
Covarrubias, el inmortal autor del p r i m e r Diccionario de la Lengua castellana, no habla de homlogos, voz entonces desconocida; pero define con rigurosa exactitud los sinnimos, que para l son dos
n o m b r e s o verbos que significan una misma cosa,
con alguna

diferencia

de ms o

menos.

Confieso que me agrada ms esta definicin, dada


trescientos aos atrs, que la que nos da h o y la Real
Academia. En aqulla se deja abierta la puerta para

244

R. MONNER SANS

que puedan pasar los homlogos] en la de de la docta


Corporacin se engloban sinnimos y homlogos.
Oigamos al erudito C a m p m a n y :
Otro de los riqusimos tesoros de nuestra lengua
es el gran caudal de sinnimos; es a saber, de aquellas voces de una misma especie que, siendo idnticas entre s respecto a la significacin objetiva de la
idea principal que todas representan, son distintas
en cuanto a la significacin formal de la idea accesoria que cada una determina y caracteriza. Por consiguiente, no hay rigurosos sinnimos en el sentido
riguroso que hasta ahora nos haban explicado nuestros gramticos, que sin aumentar el nmero de las
ideas multiplicaba sin necesidad el de las palabras.
Para C a m p m a n y , pues, no existen los homlogos,
y las voces sinnimas ofrecen siempre entre s notable, aunque p e q u e a diferencia.
A o s ms tarde, Monlu afirmaba que si dos vocablos significasen idnticamente la misma cosa, tendramos dos signos diferentes para una misma idea,
lujo absurdo que ninguna lengua se ha permitido
jams.
Sin duda, nuestro insigne fillogo, en lo que acabo de copiar, no hizo ms que glosar la siguiente
idea de Dumarsais. Escribi ste:
Si hubiese sinnimos perfectos llamados hoy
homlogos, habra dos lenguas dentro de una misma lengua; cuando se ha llegado a obtener el signo
exacto de una idea, no se busca otro.
Y a rebatir luego esta opinin; continuemos con

DE GRAMTICA Y DE LENGUAJE

245

Monlu, quien a pesar de que lo afirm, y como si


se arrepintiera de su intransigencia, aade luego:
Parecen perfectamente iguales:
Aceituno y olivo.
Agudez y agudeza.
Abecedario y alfabeto.
Almod y almud.
Detalle, detall y detal.
Entraa y viscera.
Pato y ganso.
Vidrio y vidro.
Y sin e m b a r g o hay entre ellos las diferencias que
establecen la edad del vocablo, su forma, su origen,
su uso, etc., por lo cual no pueden usarse indistintam e n t e en todos los casos.
Con el m a y o r respeto debo afirmar que si no hubiese entre los sinnimos ms diferencias que las
que nota Monlu entre las palabras copiadas, sera
cosa de afirmar que los sinnimos rigurosos, o sean
lor homlogos, alcanzan a un nmero crecidsimo. El
que una palabra est arcaizada, el que su uso sea
poco frecuente, p o r q u e el pueblo haya encontrado
otra voz a su parecer ms sonora, la misma edad del
vocablo, no son argumentos convincentes. D e lo que
se trata es de saber, prescindiendo de edad, forma,
origen y uso, si hay voces de exacto significado, as
como las hay de parecido significado.
Dice Sanmart en la decimoquinta edicin de su
Gramtica:

Homlogos o equivalentes son las dicciones que

246

R. MONNER SANS

tienen estructura diferente y significado igual: aceituno y olivo, ateo y atesta; tontada, tontedad,
Y

tontera

tontuna.

Oigamos ahora a dos autoridades m o d e r n a s : una


americana y otra peninsular; ambas dedicaron varias
pginas a esclarecer el punto que nos preocupa. Sintetizar en cuanto me sea posible las opiniones de
ambos maestros.
Habla Rivod, eminente gramtico venezolano:
Homlogos

o trminos

equivalentes.

No

tratamos

aqu de los sinnimos propiamente dichos, sino de


los trminos equivalentes; esto es, dos o ms m o d o s
distintos de n o m b r a r un mismo objeto o expresar
una misma idea.
Y a rengln seguido da ejemplos de varios trminos equivalentes, y como se presentan casos de dos,
tres y aun m a y o r n m e r o de homlogos, los pasa en
revista llegando a encontrar doce palabras homologas
para expresar el mismo concepto.
A m p l i a n d o su idea, agrega los luminosos prrafos
siguientes:
Generalmente se dice que no hay en el idioma
dos palabras que tengan exactamente el mismo significado, pero esto es un error manifiesto. Lo ms
que podra asentarse sera que no sea permitido
usarlas indistintamente en todos los casos.
Es tambin de notar que algunas hay que son
equivalentes en una de sus acepciones, y no en otras.
Tal acontece entre diccin, voz y palabra.
Suele igualmente acontecer que la una sea anti-

DE GRAMTICA Y DE LENGUAJE

247

cuada o inusitada, y la otra sea voz de uso corriente.


(Dirase que contesta a Monlu.)
Por lo regular, una es la expresin literaria, culta,
tcnica, cientfica, potica, y la otra es la palabra de
uso vulgar. D e ah la calificacin de voces eruditas
y voces populares.
A h o n d a n d o en el tema, el infatigable rebuscador
demuestra que hay casos en que el equivalente de
una voz no es otra voz, sino una yuxtaposicin o una
frase, y lo demuestra con ejemplos; y conforme en
esto con Monlu, afirma y prueba que las voces homologas provienen unas veces de la misma etimologa y otras de diversas. Por fin trata de los n o m bres propios personales, que ofrecen rarsimas h o mologas.
Cedamos ahora la palabra a un autor peninsular,
al erudito y custico Jos Mara Sbarbi, uno de los
ms profundos conocedores de nuestra hermosa lengua. Seis pginas de m u y menuda prosa dedica a demostrar que hay verdaderos sinnimos, o sase que
existen homlogos, llegando en su argumentacin a
desafiar a cualquiera a que le p r u e b e la diferencia
que existe entre aalejo, burrillo, cartilla, epacta, gallofa y diatal; junpero y enebro; bislabo y dislabo;
ascua y brasa; almanaque y calendario; suficiente y
bastante; cucaracha, curiana y corredera, etc., etc.,
p o r q u e la lista es largusima.
No se m e oculta dice luego que, dadas dos
voces exactamente sinnimas, la una suele no ser tan
usada como la otra, cual sucede con can y perro; ni

R. MONNER SANS

24S

tampoco desconozco que algunas, aun cuando de uso


corriente en la actualidad, no son empleadas arbitraria o indiferentemente, pues nadie dice hambre perruna

ni tos canina,

sino hambre

canina y tos perru-

na. A l ver semejante disconformidad, m e hallo en el


caso de decir q u e esto no pasa de ser u n o de tantos
caprichos de que hace alarde el desptico uso, etc.
Finaliza el admirado autor de Doa Luca el trabajo que despus de varios aos acabo de releer, con
estas atinadas observaciones:
Creo q u e a medida q u e vayan pasando los aos
y desapareciendo con ellos las distancias, a beneficio
de los ms rpidos medios de comunicacin, la lengua castellana se ir haciendo ms y ms espaola,
hasta llegar a serlo p o r completo al recibir progresiv a m e n t e en su seno un caudal considerable de trminos provinciales idnticos en valor a otros q u e
poseyera de antemano. No cuenta ya con azucarillo,
bolado y esponjado,

y tal vez t a m b i n con panal,

en

la acepcin todos cuatro de azcar rosado, como se


llam en lo antiguo?
Y advirtase que el aplaudido autor del Ambig
literario no tuvo en cuenta los muchos americanismos q u e p u e d e n aspirar a q u e el Diccionario oficial
les abra la puerta, ya que de este honor gozan en la
actualidad no pocos provincialismos peninsulares.
R e s u m e n : en los sinnimos
los homlogos

o trminos

hay diferencias; en

equivalentes

no las hay; y

como stos no son en tan corto n m e r o como creen


algunos, conviene tratar de ellos de un m o d o espe-

DE GRAMTICA Y DE LENGUAJE

249

cial a fin de llegar a la conclusin a que arribaron


los m o d e r n o s tratadistas, o sea que h a y dos o ms
voces que expresan exactamente una misma idea,
voces que p o d r a n llamarse sinnimos absolutos, p o r
ser absolutamente igual el significado. Pero si ya t e nemos la voz homlogo, para qu recurrir a dos palabras para n o m b r a r lo q u e p o d e m o s con una sola?
Quiere usted decirme, amigo mo, qu diferencia
hay entre nosotros garantimos y nosotros garantizamos? Ninguna, ciertamente. Y entre
aguzanieve,
chiriva y pizpita? T a m p o c o existe, como no la hallar ciertamente entre diablo, demomio, Luzbel, pateta, patillas,

mandinga,

etc., a u n q u e

esta voz

no

figure en el Diccionario ele la Real Academia.


U s t e d ya sabe cunta es mi aficin p o r los estudios paremiolgicos, pues en verdad creo que encierran los refranes la sabidura de las naciones. Pues
bien: antes que a ningn gramtico se le ocurriese
pensar en que existiesen voces homologas, y a el pueblo las daba p o r reales, cuando deca, y aun dice:
Hiede que apesta.
Olivo y aceituno tocio es uno.
Ganso, pato y ansarn, tres cosas suenan y
una son.
Ledo cuanto antecede, si su paciencia lleg a tanto, creo se habr convencido de que mis afirmaciones no eran hijas de m o m e n t n e o capricho, sino el
resultado de lecturas bien digeridas. Respeto mucho
a los antiguos maestros y m e descubro ante el ms
humilde y modesto gramtico de los pasados tiem-

250

R. MONNER SANS

pos; pero a la par atento estoy a cuanto se va publicando y a mis noticias llega, y me lo proporciono y
lo saboreo, ansioso, no de dar al traste con lo de antao por el hecho de ser viejo, pero s de modificar
opiniones o pareceres sobre asuntos no bastantemente estudiados en pasados tiempos.
Recordar usted, estimado amigo, que compelido
a ofrecer en el acto ejemplos de homlogos, expuse
los tres siguientes:
Olivo y aceituno.
Diablo, demonio, Lucifer, etc.
Casamiento y matrimonio.
Como de los dos p r i m e r o s se ha hablado ya, paso
a t r a t a r de

casamiento

y matrimonio,

a los que

no

sin cierta impudicia se les agrega enlace, rechazado


hoy por las personas de gusto refinado en materias
de lenguaje.
Dice la Real A c a d e m i a :
Casamiento. Contrato hecho entre h o m b r e y
mujer con las solemnidades legales para vivir matrimonialmente.
Matrimonio. U n i n perpetua de un h o m b r e y
una mujer libres, con arreglo a derecho.
Enlace. Parentesco, casamiento.
Si no ha olvidado usted lo asegurado por Sbarbi,
adivinar que en muchas ocasiones son homologas
las tres palabras, y que se puede invitar a los amigos
de los contrayentes a presenciar la ceremonia del
casamiento

o del

matrimonio.

Si he de referirme a mi compaera, h u y e n d o del

DE GRAMTICA Y DE LENGUAJE

cursi y antiptico mi seora, por las razones y a aducidas en mi libro Notas

al castellano

en la

Argentina,

dir: mi mujer, mi esposa, palabras ambas rigurosam e n t e sinnimas,

o sea

homologas.

Parceme que cuanto he escrito, q u e aun pudiera


ampliar si se m e hurgara, prueba plenamente q u e
una cosa son los sinnimos y otra los homlogos,
como creo que leyendo mucho, compulsando autores y estudiando un poco, se van saboreando bellezas ignoradas, y se adquiere la difcil habilidad de
hacer agradable el estudio de la Gramtica, de esa
asignatura anatematizada p o r quienes no pasaron de
sus elementos, privndose, al no profundizarla, de
experimentar los puros goces que su conocimiento
proporciona.
D e m dir a usted que lamento mucho q u e mi
texto, modesto p o r ser mo, no sea el ms metdico
y el ms nutrido de ideas entre los que circulan, p u diendo asegurarle, y esto les consta a algunos compaeros mos, que he aceptado, durante los aos
mediados entre la primera edicin y la octava en
curso, varias observaciones tendentes a modificar
conceptos, precisar definiciones o corregir ligeras
oscitancias, y que hoy experimento un verdadero
pesar al no poder diferir en ninguno de los tres temas
al parecer de mi querido compaero y amigo, que
slo p o r m o m e n t n e a preocupacin hubo de combatir lo afirmado verbalmente por m.
U n a duda m e asalta al terminar este ya largo escrito, y es la de si mi colega se propuso tan slo, al

2j2

E. MONNEE SANS

controvertirme, tirarme de la lengua, como vulgarmente se dice. Si as fuere, se lo agradecera tambin,


p o r q u e la ligera discusin sostenida m e ha obligado
a refrescar ideas y me ha permitido escribir a usted
esta carta abierta, delatora de la sincera simpata que
por usted siente su m u y atentsimo y seguro servidor.
(Revista

de la Universidad,

febrero de

1912.)

CAMBIAR IDEAS.
Seores redactores de la Revista del Centro de Estudiantes.
Colegio Nacional de Buenos Aires.

P r e s u m o que antes de resolver la publicacin de


esta hoja periodstica se reuniran ustedes, cambiaran ideas, y despus de tomar algunas medidas

con-

ducentes a asegurar la vida futura de la revista, acordaron a una voz que al pblico saliera p r e g o n a n d o
su valenta y buen deseo.
Y , y a lo ven ustedes, al primer tapn, zurrapas.
Me favorecen pidindome un artculo de colaboracin, suponiendo, dejndose engaar p o r fama m e n daz, que lo q u e escribir lograra estara siquiera escrito en regular castellano, y las primeras lneas que
salieron de los p u n t o s de mi pluma escritas van en
jerigonza, en jerga, en b r b a r o .
P o r q u e reledo el primer prrafo, advierto q u e
cambiar ideas es un disparate de t o m o y lomo, y no
m e convencern de su casticismo aunque m e lo p r e diquen frailes descalzos. A b r o el Diccionario oficial
y leo y copio :
Cambiar.Trocar
una cosa p o r otra, mudar, variar, alterar, etc., etc.

254

R. MONNER SANS

Cambiamos dinero, de domicilio, de ocupacin, etc.


Los clsicos nunca usaron el verbo cambiar como
neutro, lo que vale decir que lo emplearon siempre
como transitivo. E x t r e m a n d o la lgica, el individuo
cambia de opinin, pero no p u e d e cambiar su opinin por la ele otro, so pena de que el trastrueque
resulte inconcebible, pues este otro debera quedarse
con el parecer del primero.
S que alguien que sabe donde le aprieta el zapato ha zamarreado donosamente la frase que censuro,
mas no recuerdo quin, ni tengo tiempo para averiguarlo. Basta a mi intento dar la voz de alerta a los
que gustan de estos tiquismiquis lingsticos.
Tomar medidas! Otra te pego, Mateo! Si Baralt
viviera! A n t e s t o m a b a n medidas sastres y zapateros,
modistas y corseteras, arquitectos y agrimensores.
H o y toma medidas todo el m u n d o , desde el Gobierno hasta el ltimo zascandil. No hay conflicto en
perspectiva, hecho anormal, acontecimiento i m p r e visto que no exija en seguida que se tomen medidas
para resolverlo, encauzarlo o siquiera atenuarlo.
Como al buen entendedor con media palabra basta, p o n g o y a punto en boca, habiendo demostrado a
ustedes con estas lneas dos cosas a cual ms importantes, al menos para m, y es que mi colaboracin
haba de resultar oa y molesta y que, a pesar de
este convencimiento, ha tenido e m p e o en complacerles su seguro servidor.
(Revista del Centro de Estudiantes, octubre de igi2.)

ETIMOLOGAS
PERRO

Cul es la verdadera etimologa de esta palabra?


P o r q u e es el caso que entre unos y otros m e han
metido en un mar de confusiones, del que, lo confieso no sin vergenza, no acierto a salir.
A b r o el Covarrubias y leo :
... p o r su calidad gnea se llam perro: de pyr,
ignis, etc.
T o m o la duodcima edicin del Diccionario oficial
y copio de la voz perro :
Del zendo vekrka, lobo?
Y de la decimotercia edicin :
Del bajo latn canis petronius, perro de ganado;
del latn petro, carnero?
D e suerte que la misma docta Corporacin abriga
sus dudas al respecto, y se limita a preguntar, en la
primera de las citadas ediciones, si viene del persa, y
en la segunda si del latn.
E d u a r d o Echegaray, autor de un estimable Diccionario general etimolgico, abriga tambin sus dudas,
pues obligado a consignar la etimologa de cada voz,

8. MONNER SANS

256

lo hace con la timidez que revelan las siguientes p r e guntas :


Del zendo vehrka, lobo? Del rabe dir (?), lobo?
Del bajo latn petruncuhts
canis?
Por su parte, el infatigable Mugica escribe :
Perro: etimologa persa, dice la Academia. K n a p p
cree patrio

(como sapiat, saipa,

sepa), paitro,

petro.

Pero aqu K n a p p tropieza con la voz Pedro (ntese


que no h a y Pedra, sino Petra), y acude a una ley
morfolgica francesa, segn la cual tr=rr.
Se apoya
adems en patula

(extensa), patla, patra, parra.

Pe-

rrn es el apellido de un actor cmico; acaso Pedrn,


que dicen los chicos en la frase Me c... en San Pedrn. (Dialectos

castellanos.)

La ley morfolgica a que se refiere K n a p p no es


privativa del francs, pues la t e n e m o s tambin en
castellano. V a s e si no :
D e pa-dr-e,

h a c e m o s pa-ter-no,

pa-tri-monio,

pa-rr-icida.
D e p i e - d r - a , hacemos
D e Pe-dr-o,

pe'-tr-eo.

Pe-tr-ona.

Flojeando la erudita obra de D . Estanislao Snchez


Calvo, titulada Los nombres de los dioses, tropiezo con
el luminoso prrafo siguiente :
No h a y nada en el m u n d o que tenga tanta vida
como las palabras. E n aquellas que Platn no p u e d e
resolver, en - A O U J V , knn, perro; en u S w p , udor, agua, y
sobre todo en itop, pyr, fuego, se nota esa especie de
inmortalidad. El chino kouen, el snscrito c.van, el
aryaco kuum, el griego v.uwv, el latn canis, el cltico

257

DE GRAMTICA Y DE LENGUAJE

cu, el francs chien, el alemn liund, el espaol can,


se elevan todos, como cha-cu-rra,
uscaro, forma
aglutinada y a de una ms primitiva, a otra cuyo n cleo es ese cu o gu, o n o m a t o p e y a del ladrido.
Por su parte, Littr explica de la siguiente manera
la etimologa de la palabra chien :
Picare!, kieu, et, dans le Sauterre, tchn; rouchi,
tien; wallon, chcu;

Berry, chen,

chin;

chian,

chine,

chienne; Santouge, chein et cheune, chienne; bourguig., chen; p r o v e n c , can; ital., cae, du latin, canis;
au m i m e radical appartiennent le grec v.uiuv le g a lique cu, le bas-breton ki, le gothique hunts (allemand
luud, anglais hound), le lithuanien, szu; le zend, epa;
le sanscrit, svana.i>
De ambas citas deduzco, dejando a un lado cuanto
se refiere a la voz can, que quizs tuvo razn Covarrubias en suponer q u e es pyr el origen de la voz
perro. E n t r e el zendo o el griego, m e quedo en este
caso con la procedencia helnica.
Que Pedro tenga el mismo origen q u e perro no
he de discutirlo, y menos con un romanista de la
talla de Mugica; mas como opinar p o d e m o s todos,
dir que Pedro
ptreo, Petra,

m e recuerda el Petrus,
Petroua,

petrificar,

piedra

(de ah

etc.), y perro

el pyr

de los griegos.
Galinclo y Vera, en su curioso libro Progreso
vicisitudes

del idioma

castellano,

al tropezar p o r vez

primera con la palabra en que me ocupo, escribe:


Afirman algunos q u e la palabra perro viene de la
griega pyr, p o r el t e m p e r a m e n t o seco de estos ani17

R. MONNER SANS

2 8
5

males. Otros suponen que se deriva del latn a pede


rodeudo. H e m o s odo decir a una persona competentsima en la materia que la crea cltica.
Si perro es cu en cltico, a esta voz corresponde la
de can en castellano, que es lo que nos han dicho
Snchez Calvo y Littr.
E n mi libro, ya bastante adelantado, El perro en el
idioma castellano he de volver sobre este extremo;
debiendo confesar ahora que las anteriores lneas
fueron escritas, no con el deseo de demostrar pacientes lecturas, sino con el de que los Mugica, los H u i dobro, los Robles, los T o r o y Gisbert, los Aicardo, etc., m e ilustren con sus observaciones.
(El

Lenguaje,

revista de Filologa.Madrid, febrero de 1913.)

CELESTINA

Ele aqu una palabra que anduvo peregrinando ms


de trescientos aos en las mentes espaolas e hispanoamericanas, sin p o d e r hallar sitio en el Diccionario oficial hasta el ao 1 8 9 9 , en que la A c a d e m i a resolvi su admisin, en la decimotercia edicin de su
lxico, como sinnima de alcahueta, pero asqueando
su etimologa.
Y cuidado si era fcil dar con ella!
A b r o el poco consultado Tesoro de la Lengua castellana o espaola, de Covarrubias, copiado pocos
aos despus p o r Alderete, y leo :
Celestina.Nombre

de una mala vieja, que le dio

DE GRAMTICA Y DE LENGUAJE

259

a la tragicomedia espaola tan celebrada. Djose as


cuasi scelestina a scelere, por ser malvada alcahueta
embustidora; y todas las dems personas de aquella
comedia tienen n o m b r e s apropiados a sus calidades.
Calixto es n o m b r e griego, pulcro; Melivea vale tanto
como dulzura de la vida, miel, vida. s t o s son los
personajes principales de la obra.
A h o r a bien: de esto resulta que celestina viene del
latn scehts, -ris, grande, disforme, pecado, maldad; y
an ms ampliado el origen, de scelestus, a, um, cosa
cargada y llena de grandes y disformes pecados,
substantivos ambos que tienen larga progenie. Scelerante, sceleratus,

sceleritas,

scelero, sceleste, etc., pala-

bras en las que domina siempre la idea del primitivo.


Si de la etimologa, que como se ve es perfecta,
pasamos al uso que de la palabra han hecho clsicos
y hablistas modernos, podra acumular tantas citas
q u e su lectura causara enfado. Vanse algunas :
E n el Vejamen, de Anastasin Pantalen de Ribera, leo :
... y vi que le habitaba un h o m b r e moreno de
rostro y azul de traje; sus grigescos eran tan justos
que merecieron ser celestes; su ropilla, ni s si p o r
el color o la vejez, era celestina.
Juan Navarro Espinosa, en su Entrems famoso de
la Celestina, no slo, como se ve, usa la palabra en
el ttulo, sino que crea el caprichoso verbo celestinizar, cuando dice :
Pues ya las tas y suegras
de oficio cehstinizan.

260

R. MONNER SANS

El clebre D . A n t o n i o de Mendoza escribe en uno


de sus donosos romances :
Tenga vergenza en mal hora,
que esas gloriosas boquillas,
cansadas de ser celestes,
ya se han vuelto celestinas.
E . Carrre, en El espadn

del Caballero

guardia,

siguiendo el ejemplo de Navarro, inventa otro derivado de la palabra al decir: ... apareca el perfil celestinesco de la doncellona sobornada, citas que no
amplo para no fatigar a los lectores; de lo q u e se
deduce q u e el vocablo tena derecho a figurar en las
ediciones del Diccionario oficial, y que en la edicin
en curso deba haberse estampado su etimologa.
Littr, al tratar de la palabra scle'rat, dice :
De sceleratus de scelus, crimen. E n el siglo xvi se
deca sceler; scelerat (que en francs equivale a criminal) es un latinismo o un italianismo (scclerato).
D e scelerat nacieron sce'le'ratesse,
E n el Vocabulario

sce'lratisme.

della lingua italiana, de Giovanni

Gherardini (seis tomos; Milano, 1878), no encuentro


la voz scelerato, indicada p o r Littr, pero hallo el verbo scelerare, verbo activo que significa contaminar,
manchar con crmenes; sirviendo estos dos recuerdos para p r o b a r que en los tres idiomas (castellano,
italiano y francs) la palabra celestina tiene el mismo
origen, y q u e en los tres, dganlo o no sus Diccionarios, dio lugar a l formacin de derivados.
CEl Lenguaje, revista de Filologa.Madrid, noviembre de 1913.)

DE GRAMTICA Y DE LENGUAJE

26l

ESPLN

Dice el Diccionario de la Real A c a d e m i a :


Del ingls spleen. H u m o r ttrico q u e produce
tedio de la vida.
A l g u n a s lneas antes haba escrito :
Esple'nico, del griego. Perteneciente o relativo
al bazo.
Ojeando y hojeando el Diccionario de Autoridades,
ha nacido en mi nimo una duda. Piafaremos t o m a do, conforme indica la Real Academia, la palabra del
ingls, o ser precisamente lo contrario, que el ingls
la ha t o m a d o de nosotros? V e a m o s .
E n el citado Diccionario de Autoridades leo :
Splnico, ca.Adjetivo
que se aplica a los vasos
del bazo. Mart. A n o t . Complet. Indic. Lat. Splenicus, a, um.

Esta palabra spluico aparece ya con la e antepuesta en el Diccionario de la A c a d e m i a de 1 7 8 3 ; y en


el de la misma Corporacin de 1 7 9 1 , adems de esta
voz figura otra nueva: Esplene'Hco, lo perteneciente
al bazo.
E n latn t e n e m o s :
Splen, is. El bazo.
Spleuicus, a, um. Enfermo del bazo.
Splenium, ii. La hierba espiono, medicinal para
el bazo. Palabras las tres que dieron lugar al nacimiento de las siguientes voces castellanas :
Esplenectoma. Extirpacin del bazo.

262

R. MONNER SANS

Esplenectmico.Relativo
a la extirpacin del bazo.
Esplentico.-Se
dice de las personas sujetas a las
afecciones del bazo.
Esple'nico. Concerniente o relativo al bazo.
Esplenitis. Inflamacin del bazo.
Esplenocele. Hernia del bazo.
Esplenografa. Descripcin del bazo.
Esplenogrfico. Relativo a la Esplenografa.
Esplengrafo. El que se dedica al estudio de la
Esplenografa.
Esplenoideo. Que tiene la apariencia del bazo.
Esplenologa. T r a t a d o acerca del bazo.
Esplenolgico. Relativo a la Esplenologa.
Esplenologista. El que se dedica a la Esplenologa.
Esplenoncia. Infarto o ingurgitacin del bazo.
Espleroparectamo.
A u m e n t o de volumen del
bazo.
Esplenopata. Enfermedad del bazo.
Esplenorragia.
H e m o r r a g i a del bazo.
Esplenotoma. Diseccin del bazo.
Esplenotmico. Relativo a la Esplenotoma o diseccin del bazo.
A n t e tal cmulo de palabras derivadas fundamentalmente del latn splen, surgi la duda a que antes
m e refer, duda que, lejos de disiparse, se arraig an
ms al abrir el Diccionario ingls y l e e r :
Spleen. Bazo, p a r t e del cuerpo que est en el
hipocondrio izquierdo.
Y como, segn mis vulgares conocimientos mdi-

DE GRAMTICA Y DE LENGUAJE

263

eos, el hipocondrio segrega un h u m o r que engendra


la hipocondra, deduzco :
l. Que espln es sinnimo de hipocondra; y
2
Que no procede del ingls, sino del latn, y
que es voz m u y antigua.
(Revista

de Derecho,

Historia

y Letras,

noviembre de 1913.)

LENGUA Y LITERATURA

ARGENTINAS

El tema no puede ser ms tentador para quien ha


pasado cerca de cinco lustros oyendo hablar u n castellano estropeado y leyendo libros, folletos y peridicos de los que se alej, sin duda enojado, el elegantsimo corte del idioma espaol. Mas aseverado
lo que antecede, cabe afirmar, sin t e m o r de verse
desmentido, que media e n o r m e diferencia entre lo
que ayer se escriba y lo que se escribe hoy; los
mismos que p o r una mal entendida independencia
hacen gala en sus conversaciones de ridiculizar el
amanerado estilo de Valera o de Pereda, p o r ejemplo, liman y pulen cuando escriben lo que va b r o tando de su pluma, siquiera para que no aparezcan,
con su firma al pie, dislates de aquellos que patentizan crasa ignorancia de las reglas ms elementales
del b u e n decir.
A p u n t a r las causas del barbarismo, aun reinante
aqu en materias de lenguaje, me llevara m u y lejos.
Me limitar por hoy a indicarlas, dejando para otro
da, si llega, el glosarlas con atencin y documentarlas ampliamente.

266

E. MONNER SANS

Como causas principales pueden sealarse las siguientes :


1.
Exagerado culto al idioma francs: la aparente facilidad de traducir palabra por palabra, engaa
a los que no conocen a fondo ni la lengua de Bossuet
ni la de Ovalle. Y as se oye a cada paso la fiesta
tuvo lugar (eut lien); por esto es que (c'estpour cela
que); le dio un golpe de p u o (coup de poiug), etc.
L e y e n d o todo el santo da de Dios o libros franceses
o libros castellanos p s i m a m e n t e traducidos, puede
sorprender a alguien que, no ya el vocablo, el giro
francs, se haya infiltrado en nuestras conversaciones
y en nuestros escritos?
2.
La independencia a que antes me refer nos
lleva como de la mano a no titubear nunca en materias de lenguaje, y as se inventan verbos, o de un.
verbo se hace derivar un substantivo. Los que cometen tales desaguisados son los que aseguran, suelta la
lengua y en tono enftico, que el idioma castellano
es pobre. Como si la vida de un h o m b r e bastara
para conocerlo a fondo!
3.
Los dislates de que estn plagados los libros
de lectura para las escuelas primarias, y aun los de
texto para la enseanza secundaria; debiendo agregarse a esto, que no es poco, las incorrecciones que
el menos avisado nota en los supuestos Trozos selectos de ciertos autores, que si acertaron a pensar, no
supieron escribir correctamente lo pensado. Las generaciones, pues, en formacin beben en aguas m u y
turbias la linfa transparente de nuestro gallardo r o a

DE GRAMTICA Y DE LENGUAJE

267

manee. Ejemplos? A cientos, p o r no decir a millares, p u e d e n recogerse con slo hojear los libros que
se p o n e n en manos de la juventud y de la infancia; y
4.
La desbordante emigracin que nos invade,
t r a y e n d o todos sus peculiares lenguajes y dialectos,
que al mezclarse con el idioma del pas forman m o m e n t n e a m e n t e una arlequinada jerigonza que del
hogar va a la calle, encaramndose no pocas veces a
las columnas de los peridicos populares. Quin es
capaz de p o n e r vallas a tan desbordado torrente?
Sin embargo, repito lo dicho: hay gentes que desean hablar bien el espaol; hay periodistas, y eso
que en su oficio hay faltas disculpables, que ponen
especial empeo en escribir con cierto casticismo.
Diario hay que y a a r r u m b la palabra changador,
substituyndola por la de faqun. Pocos das har
p u d e leer en un suelto de gacetilla la palabra febriA

citante en lugar de

febriciente.

Poco a poco hila la vieja el copo, dice antiguo r e frn, y en estos pulimentos suelen andar los pueblos
m u y despacio. A los desplantes revolucionarios de
aos atrs va sucediendo el plausible deseo de hablar
y escribir en buen romance; los mismos que antao
casi a gala tenan ser cultores de una jerga slo comprensible en esta capital, hogao se afanan por ciar a
sus frases el culto sabor a que aspiran los hablistas.
Pasando del vocablo y de la frase a la produccin
literaria argentina, bien puede asegurarse tambin,
sin temor de verse desmentido, que ella es todava
m u y escasa, a pesar de que ste es el pas en que

268

R. MONNER SANS

quizs hay ms autores de un solo libro o folleto.


E s t e fenmeno tiene para m una explicacin.
E s el argentino, por regla general, vivaz, de imaginacin rica, y dotado por ende de un gran p o d e r
de asimilacin. La juventud lee mucho, atropelladamente, sin orden ni concierto, y sin sujecin, p o r lo
tanto, a ninguna disciplina mental, y con este bagaje
literario, en la edad de las ilusiones y de los atrevimientos, y a se cree capacitada para enriquecer la patria literatura con algn fruto de su soadora m e n t e .
La obra aparece, pero no se v e n d e , y la realidad
se encarga de demostrar al autor, que falta, para lo
de casa, pblico, ambiente; y al recordar que fulano
de tal, que se estren m u y bien y a quien la Prensa
colm de elogios, dej de escribir para dedicarse a
ms lucrativos quehaceres, y al convencerse de que
vive en una tierra d o n d e es prctico el que slo en
terrenas cosas se ocupa, y soador, sinnimo de loco
y pobre, el que aislado quiere dar pasto a su espritu, alejado del materialismo que todo lo afea, r o m p e
la pluma con que escribiera su primer libro, y torciendo de r u m b o aplica su actividad a empresas que
si no han de llevarle de la inmortalidad al alto asiento, lograrn en cambio acrecer su caudal, rodendole este solo hecho de la estima de sus semejantes.
Cundo h u b o pobreza sabia, ni cundo abundancia
necia?
A esto hay que agregar que aqu, como en Espaa, no se olvida que nadie es profeta en su tierra.
Jos Mara Ocantos, novelista m u y distinguido y m u y

DE GRAMTICA Y DE LENGUAJE

269

simptico, es ms conocido fuera de su patria que


en ella; Ugarte aun vivira en la p e n u m b r a si no hubiese cruzado el Atlntico; ngel de Estrada no sera
quien es si no se alejara de cuando en cuando de su
regia morada de la calle de Bolvar. Y tantos otros!
P o r q u e quin va a convenir en que es escritor de
muchsimo talento aquel joven que ni nos mira cuando pasamos por su laclo; aquel h o m b r e que por el
mero hecho de serlo tiene sus defectillos, y su manera de sentir el arte y ver las cosas, en pugna no
pocas veces con nuestro m o d o de pensar o de entender la vida?
Mas tambin en esto de la produccin literaria hemos adelantado relativamente mucho en poco tiempo, pues dejando a un lado las osadas medianas,
que suelen escribir de todo y sobre todo sin saber
nada de nada, h o y ya se publican obras en este pas
dignas de ser ledas y gustadas por los estudiosos;
obras que, de ver la luz en nacin ms poblada y
con habitantes menos dados a literaturas forasteras,
alcanzaran la circulacin a que por su fondo y forma
tendran derecho.
Pugnan por salir n o m b r e s de los puntos de la
pluma; pero pongo freno al deseo para que estas
lneas no se estimen como dictadas por personales
simpatas. Lo que s puedo asegurar es que tengo al
alcance de mi mano trabajos que patentizan la slida
preparacin de sus autores, obras que revelan p r o fundos conocimientos en quien las escribiera.
Ignoro an si es un bien o es un mal, pero he de

270

R. MONNER SANS

sentar el h e c h o : aqu no tenemos centros intelectuales. H u b o un A t e n e o , y tuvo que cerrarse por falta
ele socios. Se trat de fundar una Academia corresp o n d i e n t e de la Real Espaola, a semejanza de otras
no discuto ni su utilidad ni su o p o r t u n i d a d , y
todo qued en agua de cerrajas. Dirase que la gente
que en asuntos literarios anda metida tiene horror a
las Asociaciones; no puedo, no quiero suponer que
sea el gusanillo r o e d o r de la envidia el que ponga
traba al sentimiento naturalsimo en el h o m b r e a
agruparse; antes bien, plceme creer que siendo todava m u y reducido el n m e r o de los cultores de las
letras, aun reunindose, poca influencia podran ejercer sobre la inteligencia argentina en general.
R e s u m e n : que el castellano en la Argentina, lejos
de bastardearse ms y ms cada da, lo que nada
tendra de particular si se recuerdan las causas apuntadas, tiende a pulirse, a perfeccionarse, y esto se
nota no slo en el libro, sino en la'hoja diaria; que
los que soaron un da en un idioma especial y aislador para los roplatenses, se convencieron de que
perdan lastimosamente el tiempo, y que la p r o d u c cin argentina, con ser diminuta, p o r q u e pequeo es
an el pas en cuanto al n m e r o de lectores, debe ya
tenerse en cuenta cuando se pase en revista el movimiento intelectual de la Amrica de origen espaol.
Ce ideas y apret conceptos para no alargar este
escrito. Ocasin no faltar, ciertamente, para decir
lo mucho q u e puede decirse.
(El Lenguaje, revista de Filologa.Madrid, agosto de 1912.)

EL ACENTO
DISQUISICIN

GRAMATICAL

JOCOSERIA

Dejaremos p o r un m o m e n t o el tono ex cthedra


con que solemos hablar los que de la ctedra vivimos, y en lenguaje liso y llano, sin las ampulosidades de que alardean los que p r e t e n d e n hablar hondo,
trataremos del acento gramatical, este leve trazo que
al lector le indica dnde, en qu slaba debe apoyar
la voz.
No p r e t e n d e m o s ahora ensear; ms modesto hoy
nuestro propsito, se encamina tan slo a distraer;
distracciones que bien se le p u e d e n tolerar a quien
de continuo y hace y a muchos aos! se ve obligado, por mandatos de la profesin, a enfurruarse
cuando sin razn se corren los acentos, falseando en
ocasiones, con falta al parecer tan leve, el verdadero
alcance de una palabra. Decir mndigo por mendigo
es barbarismo de tomo y lomo, que va afortunadam e n t e desterrndose de nuestra habla, pero que en
nada perjudica el significado de la palabra, la idea que
con ella q u e r e m o s expresar. Pero si decimos que San

272

R. MONNER SANS

Martn fu un h o m b r e celebre, as, sin acento sobre


la primera e, falseamos la idea, pues el menos ledo
sabe que media enorme diferencia entre clebre, celebre y celebr; lo q u e demuestra, burla burlando, q u e
si bien el acento ortogrfico se invent para ser usado, debe ponerse sobre la slaba que lo reclama. No
hay que olvidar lo que los latinos afirmaban del acento en general, o sea del ortogrfico y del prosdico :
Velut anima

vocis,

o sea, q u e el acento viene a ser

el alma de la voz, y esta alma ni debe aniquilarse


ni trasegarse, so pena de incurrir en crimen de leso
lenguaje.

Recurdese la gracia con que el bonsimo Hartzenbusch fustig a los maniticos esdrujulizadores de su
tiempo, y los trabajos en serio y bien pensados de
Relio, de la Barra, Benot, Cuervo, Rivod, R. Robles
y otros, sobre la conveniencia y utilidad de acentuar bien las palabras para no obscurecer su significado.
Y ya q u e acabamos de escribir el verbo acentuar,
no pecaremos de atrevidos llamando la atencin de
los inteligentes sobre el abuso q u e de l se hace y,
lo que es an peor, del torcido significado que se
le da.
Decir, por ejemplo, se acenta la oposicin al Gobierno; se va acentuando la mejora del enfermo;
la crisis se acenta cada da ms, es sencillamente
disparatar, pues basta abrir el Diccionario para convencerse de que se le da en tales casos a este verbo
un significado que no tiene.

273

DE GRAMTICA Y D LENGUAJE

No hace muchos aos rea un profesor, por cierto


ele idioma, nuestra candidez al or que pronuncibamos medula, as, sin acento, en vez de medida, creyendo que al hacerlo queramos lograr el ttulo de
eruditos, cuando a lo nico que aspirbamos era a
demostrar que habamos ledo, no slo el entrems
de Cervantes, titulado El rufin viudo, d o n d e dice :
Los muchachos han hecho pepitoria
de todas tus medulas y tus huesos,

sino lo que respecto a esta palabra escribiera el inmortal Bello ( i ) .


A n t i g u a m e n t e rein verdadera anarqua en cuanto
a la colocacin de los acentos, y nuestros poetas de
los siglos xv al X V I I nos ofrecen ancho campo en que
espigar ejemplos de cmo, tiranizados por la rima,
no tenan reparo en colocarlos, no donde lo exiga
la correccin ortogrfica, sino d o n d e a ellos les convena.
D e q u e no exageramos, vayan unas cuantas m u e s tras.
T o d o el m u n d o recuerda el p r i m e r verso de La
vida es sueo
Iiipgrfo violento,

y sin e m b a r g o , Caldern deba s a b e r v a y a si lo


sabra! que la palabra subrayada no es esdrjula,
como no es aguda la que aparece en letra bastardilla
(1)

Opsculos gramaticales.
18

274

R. MONNER SANS

en los siguientes versos de La Dama duende, del p r o pio autor :


No se hilan las cuentas tan delgadas
como en casa, que vive en sus porfas
la cuenta y la razn por laceras.

Si Segura de Astorga, en el Poema de Alejandro


en el supuesto de que sea suyo hace rimar Daro con secretario y falsario,
el Arcipreste de Hita
escribe :
Non has miedo nin vergenza de Rey nin Reina
Mudaste d te pagas cada da ana;

d o n d e p o d e m o s notar disuelto el diptongo en la palabra reina.


Juan de Mena no quiso ser menos que sus antecesores, y aun si cabe carg ms la mano, escribiendo
en un r o m a n c e que h e m o s ledo en la Coleccin de
Duran :
Ca vos me engais riendo
y cngauasvie liorando,
engaasme vos durmiendo
y ms me matis no os viendo
que me penis en mirando.

H a g a m o s constar que, aunque bien se ve que esto


no es romance, no nos creemos autorizados para
cambiar el ttulo puesto p o r su autor.
F r a y Diego Gonzlez, aquel insigne poeta de quien
dice Ticknor : imit a Luis de Len, y lo hizo con
tanto xito, que en algunas de sus odas y en algunas
do sus versiones de los Salmos, podramos pensar
que estamos o y e n d o los tonos solemnes de su maes-

DE GRAMTICA Y DE LENGUAJE

275

tro, escribi en la poesa que titula El digamos de


Mreo :
Parse a ver la cara
del bello fenmeno;

trocando en grave una palabra esdrjula.


Prez de Hita reproduce un romance, callando el
n o m b r e del autor, en que se dice :
Que en perder tales varones
es mucho lo que perda :
hombres, mujeres y nios
lloran tan grande perdida.

Luis Gmez de Tapia, el casi siempre fiel traductor de Os Lusiadas,

de Camoens, hace rimar rico con

nico e impdico; y Cristbal de Castillejo, en el c-

lebre Dilogo q u e habla de las condiciones de las


mujeres, escribe :
y
y
y
y
y

Curiosa y apasionada
a locuras,
deleites y blanduras,
a caricias y halagos,
a revueltas y trfagos,
secretas travesuras.

Esteban Manuel de Villegas, poeta harto discutido,


pero de quien dice Maurice-Kelly que sus imitaciones de A n a c r e o n t e y Catulo son maravillas de precocidad, corra tambin el acento. Vase si no :
Al Tlamo hospedado
de Venus Cipriota,
y de Baco Tebo
al nctar y a la ambrosia;

R. MONNER SANS

76

y a las pocas pginas dice :


No, no ver Prosrpina
por ms que ande solcita.

U n poeta cuyo n o m b r e calla el conocido Rengifo,


hablando de San Lorenzo, dijo :
El fuego ni los tormentos
no pudieron divertir
el nimo y la constancia
de este glorioso mrtir.

Y finalmente, p o r q u e tanta cita ha de fatigar ciertamente, nuestro admirado Guillen de Castro escribi en La piedad

en la justicia

o La justicia

cu la

piedad:
Dando aplauso general
a los suyos en su tierra,
donde, despus que en la guerra,
f u otro Pirro, otro Anbal.

Recordamos q u e hace pocos aos se nos pregunt


c m o deba decirse : vacan

o vacian, y, es natural,

hubimos de contestar q u e lo correcto es lo segundo,


por no haber olvidado que Ouevedo haba dicho :
Bestia de noria, que ciega
con los arcaduces andas;
y en vacindolos los llenas,
y en llenndolos los vacias.

Y en un e n t r e m s titulado El Alcalde

registrador,

DE GRAMTICA. Y DE LENGUAJE

de autor annimo, del siglo


posterioridad :

XVII,

277

hemos ledo con

No entendis vos el enredo :


que estas doncellas se casan
como las nubes de invierno,
que vemos adonde vacian,
mas donde hinchen no lo vemos.

Quin no conoce aquellos versos cmicos que comienzan


En tiempo de los apostles, etc.?

Y como no faltaron nunca poetas juguetones para


regocijo de las gentes sencillas, ah van dos coplas
burlescas poco conocidas, y en las que se notar, especialmente en la segunda, la gracia con que est
suprimido el acento ortogrfico. Dicen as:
Estaba la Virgen Mara
debajo de unos arboles,
comindose unos pmpanos
con los santos apostles.

Ayer tarde en las vsperas


te vide desde el pulpito,
que estabas en el rgano
hablando con el msico.

Y basta de conversacin tendente a probar, mitad


en broma, mitad en serio, dos cosas : primera, que
los seores poetas abusan en no pocas ocasiones de
la libertad de que gozan, a cambio de la esclavitud a

278

R. MONNER SANS

que les sujeta la tirnica rima; y segunda, que de


prudentes es acentuar ortogrficamente y con sumo
cuidado las palabras, consultando, en caso de duda,
cualquier buen Diccionario. No olvidemos que las
faltas ortogrficas, y falta ortogrfica es omitir un
acento o variar su situacin, son en los escritos lo
que las manchas en los trajes. Qu importa que la
levita est bien cortada si est llena de lamparones!
(Revista

de la Universidad,

julio de 1914.)

NOTAS LEXICOGRFICAS

Declaro, y aun lo jurara si ello fuese permitido y


no trascendiera a rufianesco, que el estudio del Diccionario, sobre ser provechoso, pues enriquece el
lxico individual, proporciona placeres que no son
para despreciados en pocas en que, como la p r e sente, los h o m b r e s todos parecen empeados en anubarrar horizontes, en entristecer nimos y en sembrar,
en fin, sobre la haz de la tierra temores, recelos y
desconfianzas.
H u y n d o l e al ruido que de ultrapuertos llega, t r o cado por propia voluntad en sordo de los peores,
pues no quiero or , y buscndole distracciones a
mi anacortica vida, repaso el m o n t n de notas lexicogrficas que poseo, y de las mil y pico que logr
reunir, entresaco algunas, pocas, que ofrezco a la
consideracin y al estudio de los entendidos, y no
digo de la Real Academia, p o r q u e sta, ms atenta a
cortesas sociales que a trabajos de erudita y paciente investigacin, no se cura de aquilatar la verdad de
las observaciones que ha sugerido y de continuo su-

280

R. MONNER SANS

giere el detenido anlisis de su monumental Diccionario.


H o l g r a m e saber que h a y algo aprovechable en
las observaciones que siguen; pues siempre place enterarse de que no se perdi del todo el tiempo ocupado en tales inquisiciones. Si as no fuere, sera el
primero en lamentarlo, a bien que, aun en este supuesto, nadie p o d r trocar en amargas las agradables horas empleadas en la redaccin de estas p a p e letas. E n c o g i n d o m e de h o m b r o s , dira, parodiando a
un clsico que no cito, pero s quien e s :
Seores, lo que he bailado
no lo puedo desbailar.

Si, lo que no es probable, pues la precisin en el


vocablo y su acertado empleo no es para todos los
entendimientos, gustaren estas observaciones, otras
y otras y an ms p o d r n seguir. E n mi rincn est
el telar, y como el tejedor halla placer en la faena,
dir con el hijo del campo argentino: Qu ms quiere el pato, sino que lo echen al agua.
All va, pues, un puadito de n o t a s :

ACHANTAR

V e r b o , dicen, de Germania Hidalgo no lo


t r a que significa reservar, ocultar, esconder;
su participio pasivo equivale a oculto, escondido,
tal sentido lo emplea Galds en Torquemada

regisluego
y en
en el

DE GRAMTICA Y DE LENGUAJE

28l

Purgatorio, cuando dice: ... achantados en un extremo de la mesa lateral, etc.


Segn el erudito D r . Pedro de Mugica, en dialecto
vizcano se emplea este verbo, que en gallego equivale a aguantarse,

y en bable a esperar, aguardar

oca-

sin, significados ambos q u e no p u g n a n con el fundamental de ocultar, esconder, ya que, metafricamente, n o . p o c a s veces oculta, esconde sus designios
el que se achanta o espera.
El verbo, trocado en reflexivo, se usa en estas tierras, y el participio, en el significado de vencido, es
de uso bastante frecuente, aunque vulgar.

AGUAZADO

No figura este adjetivo participial en el Diccionario,


por la sencilla razn que no existe el verbo aguazar.
Pero es el caso que el substantivo aguaza consta
en el lxico oficial, como figura en el llamado de
Autoridades, si bien conviene hacer notar que la
Academia opina que aguaza es un h u m o r acuoso
que arrojan de algunos tumores los animales, mientras que las Autoridades nos dicen que es un h u m o r
que se cra y j u n t a entre cuero y carne, del que suele
resultar algn t u m o r o hinchazn; con la cual definicin, q u e de tal enfermedad no excluye a las personas, se c o m p r e n d e bien el alcance de las siguientes
palabras de Alejo V e n e g a s :

Mas el que todo esto vence, queda ms victorio-

282

R. MONNER SANS

so q u e el que conversare entre mujeres que tuviesen


rostro de cartulas arrugadas, desnudas, llorosas, mudas, aulladoras, apelmazadas, estando l aguazado,
h a m b r i e n t o y muerto de fro. (La agona del trnsito de la muerte.)

Ntese aqu, de paso, el verdadero significado de


la voz

cartula.

Para aguazado,
cionario oficial?

no habra un lugarcito en el Dic-

ATIERRAR m
Por derribar, no figura tampoco en el lxico acadmico, si bien en l se lee atierre.
Q u e el verbo es castellano lo probarn tres citas.
Dice Cervantes en la j o r n a d a primera de La Numancia:

Pensis que slo atierra la muralla


el ariete de ferrada punta?
Y en El trato de Argel escribe:

Seora, tengo un recelo


que me consume y atierra.
Cristbal Surez de Figueroa dice en El

Pasajero:

Gigante a quien tu dilacin atierra.


Si de batir se hizo abatirde

a y batir,

p o r de-

( i ) Opina Mugica, despus de leda esta papeleta impresa, que podra usarse por aterrizar. (Traslado a Ja Academia.)

DE GRAMTICA Y DE LENGUAJE

2S3

rribar, echar por tierra, no creo p u e d a haber inconveniente en dar cabida en el lxico oficial a atierrar
d e a y tierra, mxime despus de haber d e m o s trado que emplearon el verbo Surez de Figueroa y
el prncipe de nuestros ingenios.
CAZOLERA

D e grada naci gradera; ergo, siguiendo la misma


lgica, de cazuela p u d o nacer y naci cazolera, y
aun

cazolerilla.

V a m o s a demostrar que un autor digno de que


no le olviden, Luis de Quiones y Benavente, e m ple ambas palabras.
Bueno ser p r o b a r con citas, que servirn a la par
para atenuar la aridez de este trabajillo, cmo autores y actores intentaban atraerse la benevolencia de
las damas concurrentes a la cazuela. Ellas nos dirn
de pasada que aquel lugar distaba mucho de ser, en
los antiguos corrales, modelo de prudencia y c o m e dimiento.
Segn el y a citado Diccionario de A u t o r i d a d e s ,
el pueblo, m u y aficionado a smiles, recordando que
el guisado compuesto de diferentes legumbres y carne
picada se llama cazuela, con este n o m b r e design el
sitio de los teatros en que entran todo gnero de mujeres, y estn mezcladas unas con otras. Graciosam e n t e bautiz tal lugar Quiones y Benavente con
el significativo n o m b r e de jaula de las nmjeres. E n la
Loa con que empez en la Corte, despus de dirigirse

284

R. MONNER SANS

a t o d a clase de espectadores, dice refirindose a las


q u e ocupaban tal sitio:
Damas que en aquesa jaula
nos dais con pitos y llaves
por la tarde alboreada,
a serviros be venido...;
de lo que se colige que las damas de aquellos tiempos eran un tantico aficionadas al jolgorio, suposicin que se robustece con las siguientes lneas que
copio de Los Avisos, de D. Jos Pellicer, pg. 1 3 9 :
Los reyes se entretienen en el Buen Retiro oyendo las comedias en el coliseo, d o n d e la reina, nuestra seora, mostrando gusto de orlas silbar, se ha
ido haciendo con todas, malas y buenas, esta misma
diligencia. Asimismo, para que viese todo lo que
pasa en los corrales en la cazuela de las mujeres, se
ha representado bien al vivo, mesndose y arandose unas, dndose vaya otras y mofndose los m o s queteros. H a n echado entre ellas ratones en cajas,
que, abiertas, saltaban; y ayudado este alboroto de
silbatos, chiflos y castraderas, se hace espectculo
ms de gusto que de decencia.
T a m b i n ayer como hoy, no pocas damas frecuentaban los teatros ms para lucir hechizos y galas que
para saborear las hermosuras del arte escnico. Con
stas se encara Pedro Francisco Lanini, dicindoles
en el Baile

de la entrada de la

Comedia:

Tambin hay muchas damas


que a la cazuela

la comedia a ver vienen


por su belleza;

DE GRAMT7CA Y D LENGUAJE

285

y aun convencido, como no pocos autores, que mucho se lleva ganado en la partida que se juega, si se
asegura la femenina aprobacin, escribe en la Loa
para

a Compaa

de Vallejo :

De la cazuela asegura
la dicha su rosicler,
pues la hermosura
y aplauso es.

Llegando ahora a la base de esta y a larga nota,


dir que Quiones y Benavente, en una de sus Jcaras llama cazolerilla a una de la cazuela, y que la
segunda parte de su entrems titulado El Giarda
infante, comienza a s :
Escuchad, cazolera,
escuchad vuestra Jusepa.

La actriz en boca de quien pona estas palabras,


se llamaba Josefa Romn.
No abogo por la inclusin en el lxico de las palabras cazolera y cazolerilla, derivados graciosos de
cazuela, y bien pudiera, ya que tertuliano, que figura
en el Diccionario, es el que concurre a una tertulia o
a la tertulia ( i ) .
CHINGA. CHINGARSE

A decir verdad, el erudito Cejador espole en m


el dormido deseo de estudiar estas voces. Haba lle( 1 ) El mentado Mugica me pregunta por carta: Por qu
no admitir cazolera habiendo cazolero} Hay la forma.

286

R. MONNER SANS

gado a mis odos, no s cmo, que eran palabras de


Germania; si ello era as, para qu intentar ennoblecer vocablos canallescos? Mas despus de ledo lo que
luego dir del admirable fillogo, abr el Vocabulario
de Germania de Juan Hidalgo, y p u d e cerciorarme
de que en l no se registran tales voces.
Aquietada, pues, mi primera miajilla de escrupulosidad, estudiaremos el substantivo y el verbo que
figuran en la cabecera de esta nota. r m e n s e de paciencia los estudiosos, y srvales de consuelo saber
que si ellos consumen una chinga, digo, una poca,
m a y o r dosis debi gastar el colector o comentador
para consultar textos y ordenar apuntes.
Dice M e m b r e o en sus Honduerismos :
Chingaste. R e s i d u o , etc. Es palabra de origen
mejicano.
Chingo. H o y sinnimo de corto.
Chingar. Hacer burla, y como pronominal, un
chasco.
Si de H o n d u r a s nos vamos a San Salvador, nos
dir el Dr. Barberena, en su libro Quicheismos,
que
de la palabra chinga, tcnico del juego de gallos, se
ha formado el verbo chingar, sinnimo de molestar.
Segn este autor, la palabra se c o m p o n e de tres ra-ces quichs :
chi = para.
in = producir, multiplicar.
gag, raz de gagaben = enojar.
As, chi - j - in -\- gag, significa literalmente para
producir enojo, explicndose entonces que a la voz

287

DE GRAMTICA Y D LENGUAJE

chingarse

se le d la significacin

frustrarse,

chasquearse,

de

fracasar.

El mismo D r . Barberena nos avisa que en Costa


Rica la palabra chinga y sus derivados entraan la
idea de falta,

disminucin,

quite,

pequenez.

E n Colombia, segn Rufino Jos Cuervo, chingarse


equivale tambin a chasquearse.
Ricardo Palma registra chingarse y chingado en su
libro Papeletas lexicogrficas; y si bien al verbo le
da el mismo significado que Cuervo y Barberena, en
cambio al participio o adjetivo participial, adems
del sentido originario, le da el de chiflado.
Z. Rodrguez en su conocido libro Chilenismos, y
Echevarra y Reyes en s obra Voces usadas en Chile, convienen con los autores antes citados en q u e
chingarse

vale tanto c o m o chasquearse,

fracasar.

D o n Samuel Lafone Quevedo, en su Tesoro de catamar queismos, no registra el verbo, pero s la palabra
chingado,

con el significado de perdido,

de un tiro que

no sale, y lo hace derivar del quichua chinea, perder.


El polgrafo Ciro Bayo, merecedor del aplauso d e
todos los estudiosos, en su Vocabulario
criollo-espaol,
da igualmente al verbo idntico significado.
Y p o r ltimo, Tobas Garzn, en su no despreciable Diccionario argentino, estampa tambin el verbo
con significacin idntica.
D e todo lo cual resulta q u e el verbo chingarse, en
el sentido de chasquearse, fracasar,
etc., se emplea
en H o n d u r a s , San Salvador, Costa Rica, Colombia,
Per, Chile y la Argentina, esto es, en una gran p o r -

88

cin de la A m r i c a espaola, y sin embargo no ha


logrado un sitio en el Diccionario acadmico, d o n d e
se pavonean provincialismos de todas las regiones
espaolas, y aun comarcas harto ms pequeas en
cuanto a extensin territorial q u e las naciones que
emplean este americanismo que apadrino.
Pasando ahora a la etimologa del vocablo, llama
mi atencin q u e Barberena lo haga descender del
quiche, y Lafone Ouevedo del quichua. Sin embargo,
nada objetara, dejando q u e estos conocedores de los
idiomas indgenas de A m r i c a contendieran entre s,
y a q u e la etimologa influira poco en la decisin
acadmica, si Cejador no nos asegurara que chinga
viene del uscaro clnka, q u e vale chispa, un poquillo,
casi nada. Y a acabamos de ver que chingaga-ste

sig-

nifica en H o n d u r a s residuo y en San Salvador entraa


la idea de pequenez; debiendo agregar, adems, que
en Venezuela chinga

es sinnimo de colilla

rro, y aun de cantidad pequea

de ciga-

de una cosa.

Cmo hermanar, entonces, las etimologas americanas con la uscara? Pasara el vocablo de E s p a a
a las tierras del Darien, para desparramarse despus
por toda la A m r i c a del Sur?
Tienen la palabra los sabios.
El y a citado Cejador n o s participa, a m a y o r abundamiento y para q u e se s u m e n dudas, haber odo en
Andaluca y en Mlaga la frase dar chingare', p o r dar
molestias, y si no olvidamos q u e chingar vale en estas A m r i c a s chasquear, notaremos la casi igualdad
de significado entre dar chingar y chingar a u n o .

289

DE GRAMTICA Y DE LENGUAJE

DESGALGAR

Dice la Academia, advirtiendo q u e el verbo p u e d e


u s a r s e como reflexivo: Arrojar, precipitar de lo alto;
hacindolo derivar de galga, piedra.
T o d o ello anclara bien hilado si no m e cosquilleara una duda.
Galga, adems del anterior significado, tiene otros
varios, incluso el de designar con tal n o m b r e la h e m b r a del galgo, casta de perros q u e se distinguen p o r
su ligereza. D e aqu la frase chale un galgo!, y
en el refranero se nos habla de la galga de Lucas.
A h o r a b i e n : como no siempre la partcula des indica privacin, desgalgarse bien puede equivaler a
agitarse, correr c o m o galgos en pos de una cosa.

No les parece a los seores acadmicos que el


verbo est empleado en este sentido en el siguiente
pasaje de Surez Figueroa : Desgalgbanse a buscar
los monscos? (El Pasajero, pg. 287.)
Si opinaren de conformidad, no estara p o r dems
q u e as se estampase en la nueva edicin del Diccionario.
ENROLAR

V e r b o caprichoso, formado de en y rolar,


orno rolar no significa listar o alistar,

pero

de ah que el

verbo huelgue, p o r no expresar lo q u e se p r e t e n d e .


Cierto q u e existe el substantivo rol que no vale
19

2Q0

R. MONNER SANS

papel, como creen los galiparlistas en su significado de lista, nmina o catlogo, trmino de marinera, p e r o ello no autoriza para crear el verbo rolar..
Donosos desatinos saldran de verbalizar todos los
substantivos!
E n buen castellano, enrolarse ser alistarse.
E n algunas comarcas peninsulares he odo embanderarse, en el sentido de sentar plaza de soldado, p o nerse bajo banderas.

ESCUDERAJE

Define esta palabra la Real Academia diciendo i


Servicio de asistencia que hace el escudero c o m o
criado de una casa.
M u y bien; pero indicando en ocasiones la t e r m i nacin aje conjunto, reunin, como balconaje, cordaje, fardaje, etc., escuderaje bien vale reunin de escuderos, y as lo emple A n t o n i o de Mendoza e n
Querer por slo querer,

c u a n d o escribe :

No les dije que no es gente


de historia el escuderaje?
E n Vida del escudero

Marcos

de Obregn, leo :

Pasando p o r la plaza, haciendo mil escuderajes,


con los dems gentileshombres de casa, etc.
El francs tiene su equivalente en valetage.
Podra aadirse a escuderaje
la acepcin q u e
apuntada queda?
La Academia resolver.

DE GRAMTICA Y DE LENGUAJE

EXIDO

Del latn extus,

salida.

El Diccionario oficial registra exida, con la nota de


anticuado, p o r salida, pero no el masculino exido.
Por qu?
E n el Poema

de Mo Cid, leo :

El da es exido, la noch querie entrar.

S o r p r e n d e ms el adjetivo participial femenino sin


el masculino, al c o m p r o b a r que en el mismo Diccionario figura el infinitivo exir, y con justo motivo.
D e la Disputa

del alma y el cuerpo,

copio :

Un sbado exient, domingo amanezient;

y en el p r i m e r p o e m a lrico castellano Rason feyta


de amor o R o m a n c e de L o p e de Moros, se encuentran los versos siguientes :
Mas ell olor que d'i yxia
a omne muerto rressucetarya.

Entiendo, salvo mejor parecer, que en el lxico


acadmico debera figurar, no el femenino, sino el
masculino.
REBENCAZO

No figura en el Diccionario, y s el primitivo rebenque, y c o m o la palabra es tan lgica y expresiva


c o m o latigazo, y rebencazo se usa m u c h o p o r estos
pagos, no m e parece pueda haber inconveniente para

292

R. MONNER SANS

su admisin en el lxico oficial, ya q u e en l figuran, a d e m s del citado latigazo,

codazo, porrazo,

sa-

blazo, etc.
TENIENTE
Teniente

cura se dice por aqu, en vez de

vicario,

que se emplea en Espaa, y como entiendo q u e la


voz teniente es castellana, en el sentido de persona
que en las Ordenes regulares tiene las veces y autoridad de alguno de los superiores mayores, en caso
de ausencia, falta o indisposicin, definicin sta ent r e comillas q u e se lee en la palabra vicario, y como
conviene tambin a teniente, debiera hacerse constar
as en el Diccionario.
Leo en El Pasajero, de Surez de Figueroa :
Cierto que en las dos iglesias q u e tuve debajo de
mi amparo y administracin procur diesen los sacerdotes q u e servan en ellas buen olor de su proceder
en toda parte. Mis tenientes adverta fuesen varones
hbiles, etc.
Por donde se ve que la acepcin propuesta a la
voz no es forastera en nuestro idioma.
TREPIDAR

A l g o llevo ledo en este picaro m u n d o , y en ningn escrito clsico tropec con este verbo, q u e si se
lee en el Diccionario de la Real Academia, no se r e gistra, en cambio, en el llamado de A u t o r i d a d e s .

DE GRAMTICA Y DE LENGUAJE

293

E n ste figura la voz trepidacin, y al ejemplo all


impreso p u e d o agregar el siguiente :
... mas luego creemos las cosas que nos p o n e n
t e m o r o trepidacin. (Juan Lpez de Palacios Rubio,
Tratado

del esfuerzo

blico.)

No p o r q u e exista la voz trepidacin debemos dar


p o r vlida la voz trepidar, como no p o r q u e t e n g a m o s
genuflexin

inventaremos

genuflexar.

nterin no se m e demuestre q u e doctos varones


e m p l e a r o n trepidar

en el sentido de vacilar,

titubear,

estremecerse, continuar creyendo que empleando la


voz con tales sentidos, es brbara, extraa a nuestro
idioma.
A pesar de lo expuesto, y para que no se diga q u e
soy m u y arrimado a la ma, hara la siguiente distincin : trepidar es vacilar, temblar, en sentido m a t e rial; el tableteo del trueno, el paso de un tren, la r e percusin del sonido de un caonazo hace trepidar
el suelo, un edificio, pero no la gravedad de un asunto; esto nos har vacilar, titubear, estar perplejos, y
aun quizs, segn de qu carcter sea, nos har estremecer.
Digo al terminar este artculo lo que al principio
apunt, o sea que tengo ms ajos en el mortero, y
hallme dispuesto a machacarlos si m e entero de q u e
hay alguien que m e lleva el apunte anote el modismo la Real Academia ; de lo contrario, y all va
otra frase h e r m o s a p o r lo significativa, meter violn
en bolsa.
(Revista

de Derecho,

Historia

y Letras,

noviembre de 1914.)

ASNO

Dice el Diccionario de la Real A c a d e m i a : Del


latn asinus. m. Animal cuadrpedo. E n lenguaje figurado, persona ruda y de m u y poco entendimiento.
Quien desee noticias sobre el origen del vocablo,
p u e d e consultar, y con esto m e evito el trabajo de
copiar cuanto en l se dice, el Diccionario
filolgico
comparado

de la Lengua

castellana,

de Matas Calan-

drelli, tomo II, pg. 5 4 7 El erudito fillogo expuso all brevemente cuanto
p u e d e decirse al respecto, y nada, p o r lo tanto, m e
es dado agregar.
Pero si en este extremo fuerza es asentir, en cambio m e rebelo, no contra el Diccionario, sino contra
el vulgo, que a ciegas, a tontas y a locas, sin t o n
ni son, estableci absoluta sinonimia entre burro y
torpe, asno e ignorante, jumento y estpido.
Torpe el asno} Desde cundo y en qu se fund
el pueblo para denigrar de tal suerte a tan simptico,
a tan til, a tan pacienzudo animal?
(i) Del vocabulario que precede a un libro prximo a
publicarse, titulado Paremiologa asnal.

2QG

R. MONNER SANS

No quiero referirme al p o e m a Asuelda, original de


Cosme de A l d a n a (vase la voz asuelda), por cuanto
arroja poca luz sobre el tema que vamos a ventilar;
p e r o a los curiosos recomiendo s lo que escribi
nuestro Pedro Mexa, autor del siglo xvi, a imitacin
de Luciano y A p u l e y o , en alabanza del asno; ello
anda impreso con los Coloquios y Dilogos de dicho
autor. Lase con calma, sin prevencin, y estoy cierto que despus de la lectura, si no convienen con
U n a m u n o en que es el asno un asceta y hasta un
mstico, averiguarn que dista mucho de ser u n
torpe, un ignorante, un animal despreciable.
Como algo he dicho y a en defensa de c u a d r p e d a
tan interesante en la introduccin de esta obrilla, y
m u c h o se puede leer en su favor en las pginas d e
este libro, slo agregar ahora que su carcter sufrido, su proverbial paciencia, la conformidad con
que conlleva las privaciones y los vapuleos de i r a s cibles bpedos racionales, ms que abdicacin de su
dignidad asnal, retratan un carcter, un t e m p e r a m e n t o m u y conocedor del papel que d e s e m p e a en
el seno de la sociedad. No pretende, como ciertos
seres, pasarse a mayores; est convencido de que el
que nace para ochavo no p u e d e llegar a cuarto; sabe
bien que adonde ir el b u e y que no are, y que es
intil p r e t e n d e r dar coces contra el aguijn; y con
filosofa que ya quisieran para s ms de cuatro m o r tales, se aviene con su suerte, con el papel que le
toca representar en el engranaje econmico-rural d e
los pueblos modernos. No siente el orgullo como el

DE GRAMTICA Y DE LENGUAJE

caballo, que mal se compaginara vicio tan feo con


quien es el prototipo de la m a n s e d u m b r e , y as, lo
mismo le da llevar sobre sus lomos a una garrida
moza, que a un apestoso trajinero; acarrear bolsones
repletos de oro, que serones rebosantes de estircol.
Trabajar es su divisa, y al trabajo se doblega con
paciencia digna de admiracin, que no de vilipendio.
A c a b o de decir que lo mismo le da llevar en sus
lomos a una bella moza que a un descendiente de
Picio, y ahora aadir que fu antao costumbre n o
slo llevar al patbulo a los reos, caballeros en burros o asnos, sino vapulear a ciertos delincuentes,
brujos, hechiceros, judaizantes, etc., pasendolos
desnudos de medio cuerpo hacia arriba, mientras
los representantes de la Justicia descargaban sobre
los culpados los golpes de sus flexibles varas. A esta
tarea el caballo no se hubiese prestado; el asno s,
p o r q u e adivin el alcance de la h u m a n a justicia.
Ments como borracho, y llevs talle
de que os haga subir sobre una calle,
y aunque ms me lo rueguen,
que por los asnos pblicos os lleven,

dice Quiones y Benavente en su entrems El retablo de las maravillas

(i).

Mustrase a veces burln el animal en quien m e


ocupo, que es propio del filsofo rerse de la ajena
tontera, y buena p r u e b a de esto nos suministra el
(i)

Vase la voz borriquito.

298

R. MONNER SANS

citado autor en su Entrems

de los pareceres.

E n l

p o n e en boca del licenciado el siguiente s u c e d i d o :


Eso parece un hombre que prestado
pidi un jumento a cierto licenciado,
y excusndose dijo: Perdonadme,
que no est en casa el tal asnificante.
Y el asno rebuzn en el mismo instante.
Dijo el amigo: No es l que rebuzna?
Pues cmo me decs que no est en casa?
Y el dueo respondi con grande clera:
Cuerpo de Dios con vuestro desatino!
Quin es ms de creer, yo o el pollino?
S u c e d i d o , cuento o chascarrillo que Montalvn r e piti en la j o r n a d a p r i m e r a de su comedia Los
de la fortuna,

hijos

metrificndolo de la siguiente m a n e r a :
Tena un lindo borrico
para sus necesidades
cierto alcalde, y como un da
un su compadre llegase
a pedrselo prestado,
l, por librarse de darlo,
dijo que en el monte estaba;
pero como rebuznase
el borrico a esta sazn,
dijo el otro: Veis, compadre,
cmo el borneo est en casa
y que vos os engaasteis?
A lo cual, muy enojado,
el alcalde sin turbarse
le respondi: No est tal,
y miente quien lo pensare,
que aunque el borrico lo dice
con suspiros desiguales,

DE GRAMTICA Y DE LENGUAJE

299

yo digo aqu lo contrario;


y es muy mal dicho que nadie
ms crdito quiera dar
a un borrico que a un alcalde,
siendo yo un hombre de bien
y el burro un pcora campi.

Siendo el hecho el mismo, aunque narrado de distinto m o d o , bien sirve para p r o b a r que es el b u r r o
(el asno) amigo de la verdad, y que oda la mendaz
afirmacin, quiso poner en ridculo al mentiroso.
Don asno lleg a decirse por aquellos siglos en
que andaba m u y despierta la sana gracia espaola,
cosa que a nadie sorprender ciertamente. Si el A r cipreste de Hita escribi don meln, y Silva don bellacazo, y Lpez de U b e d a don papel, etc., etc., porque se podran a m o n t o n a r muchas citas, Lpez d e
R u e d a escribi con singular donaire:
Pues y o os p r o m e t o , don asno, que si apao u n
garrote, que y o os haga ir presto ( i ) .
Resumen, p o r q u e esta papeleta va resultando larga
en demasa: que es el asno un animal inteligente,
cachazudo, p o r q u e sabe que chi va piano, va ratto,
paciente, filsofo, m u y amigo del p o b r e , a quien
presta tilsimos servicios, y que arguye, sobre ignorancia, ingratitud abrumarle con denigrantes eptetos.
(Revista
(1)

Los Engaados.

Nosotros,

diciembre de

1914.)

NDICE

Pginas.
ADVERTENCIA

Paremiologa infantil
7
Paremiologa mercantil
17
Notas lexicogrficas
29
La lengua
37
Ex
41
A propsito de Santo
45
La enseanza del idioma
5
La mujer y el matrimonio. (Paremiologa femenina)..
59
Las reformas ortogrficas de Bello y la copulativa y..
S7
El epigrama
93
El Quijote en el Diccionario
111
Distinguido?
115
Prestigiar?
119
Seor y don
123
El pleito del lenguaje
137
Una obra gramatical
145
En pleno siglo xxi. (Fantasa lexicolgica)
151
Chabacano. (Con b o con v?)
155
El Carnaval. (Entretenimiento histrico y paremiollgico)
159
La Presidencia de la Academia
, 167
Aceitunemos?
171
El lenguaje nativo
179
El idioma y la patria
183
1

302

NDICE
Pginas.

Cuestiones de lenguaje
D o b l e superlativo
Escribanos o notarios?
Cuestiones gramaticales
Cambiar ideas
Etimologas
Lengua y literatura argentinas
El acento
N o t a s lexicogrficas
Asno

197
9

2 1 1

33
53
5S
5
7
79
295

OBRAS DE R. MONNER SANS


VERSO
Fe y amor. Coleccin d e poesas, con un prlogo de don
Jos Selgas.(Agotada.)
Las justicias del Rey Santo. Tradicin toledana.(Agotada.)
El juramento de Theolongo. Romance(Agotado.)
La Hurfana. Comedia infantil.
Oraciones, rimas y cantares. - (Agotado.)
Ms rimas. Coleccin de poesas.
A histrico pasado, risueo porvenir. P o e m a argentino.
Dos madres. Apropsito lrico-dramtico.
Desde La Falda. Coleccin de poesas.
Mis dos banderas. P o e m a hispanoargentino.
PROSA
Cuentos incoloros .Folleto (agotado).
Cuatro palabras sobre la cuestin naviera.Folleto ( a g o tado).
El reino de Hawaii. Estudio histrico y geogrfico. Un
tomo (agotado).
Liberta. Estudio histrico y geogrfico.Folleto ( a g o t a d o ) .
La Repblica de Orange. Estudio histrico y geogrfico.
Folleto (agotado).
Discurso sobre la importancia de la
GeografaFolleto
(agotado).
Crespo. Apuntes biogrficos.Folleto (agotado).
La Baronesa de Wilson. Estudio biogrfico y literario.
Folleto (agotado).
Breves noticias sobre la novela espaola. Folleto ( a g o tado).
Almanaque histrico argentino. Aos 1891 y 1892. (Agotado.)
Ciencia espaola. Notas.Folleto (agotado).
Dr. Andrs Lamas. Estudio crtico-literario.Folleto ( a g o tado).
El lector argentino. Primero y s e g u n d o libro de lectura
para las escuelas.Dos tomos (agotados).
Pinceladas histricas. Misiones guaranticas, 1607-1800.
Un tomo (agotado).
Los Dominicos y Coln. Estudio histrico.Folleto (agotado).
Gramtica de la Lengua castellana. Novena edicin.
T r e s tomos.

Los catalanes en la defensa y reconquista de Buenos Aires


(1806-1807).Folleto histrico (agotado).
Efemrides argentinas. Notas histricas, 1810-92.Un tomo.
La Espaa de hoy. Recuerdos y estadsticas.Folleto.
De algunos catalanes ilustres en el Rio de la Plata.Folleto (agotado).
Desvestirse. Pasatiempo lexicogrfico.Un tomo.
Lecciones de Geografa fsica y poltica de la Repblica Argentina.\]n tomo.
Minucias .lexicogrficas. (Tata, tambo, Poncho, Chirip, e t ctera.)(Agotado.)
Gramtica elemental, para uso de las escuelas comunes.
Tres tomos (agotados).
Apuntes e ideas sobre educacin.Un tomo.
Cuentos Un tomo.
Espaa y Norte-Amrica. Antecedentes y consideraciones.
Un tomo.
La Religin en el idioma. Ensayo paremiolgico. Un tomo.
La dama en el siglo XVII. Discurso. Folleto (agotado).
La Argentina y Catalua. Discurso.Folleto.
Cristbal Coln. Rectificaciones e hiptesis. Folleto (agotado).
Notas al castellano en la Argentina. Un tomo (agotado).
Ruidos, gritos.y voces especiales de algunos animales.F'olleto (agotado).
Hilemos. Disquisicin paremiolgica.Folleto.
Teatro infantil. Monlogos, dilogos y comedias.Untomo.
Cmo deben escribirse las cartas.Folleto.
Desastres. Entretenimiento paremiolgico.Folleto.
Amor. Monlogos y dilogos para jvenes. Un tomo.
Petrarca plagiario?'Folleto.
Ensayos dramticos. Un tomo.
Conversaciones sobre Literatura preceptiva.Un tomo.
Importancia y necesidad de los estudios literarios.Folleto.
El neologismo.Folleto.
Un novelista espaol: Po Baroja.Folleto.
Un critico espaol en Alemania: Dr. Pedro de Mgica.
Folleto.
Enseanza del castellano.Folleto.
El amor de los extranjeros a la patria argentina Folleto.
Nieves. Novela y cuentos.
Guillen de Castro. Crtica literaria.
Labor de confraternidad. Conferencias en Espaa.

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