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Introducción y traducción de

Isabel de R i q u e r

- 8/3 -> / / B ^

EDICIONES SIRUELA
Selección de lecturas medievales, 21 Madrid, 1987
 V

Títulos originales: Graelent, Gu.ingam.or, Desiré, Tydorel, Tyolet,

Melion, Doon, Trot y Lai de VOmbre CONTENIDO

Selección de l e c t u r a s medievales, 2 1

Colección d i r i g i d a po r Jacobo F. J . S t u a r t

NUEVE LAIS BRETONES 9

PRÓLOGO 1 1
GRAELENT 31
GUINGAMOR 45
DESIRÉ 59
TYDOREL 73
© Ediciones S i r u e l a , S. A. M a d r i d , 1 9 8 7 TYOLET 83
Plaza de M a n u e l Becerra, 15
El Pabellón E L ESPINO 97
2 8 0 2 8 M a d r i d . Teléfono: 2 4 5 5 7 2 0 MELIÓN 107
I.S.B.N.: 8 4 - 8 5 8 7 6 - 5 8 - X DOON H 9
Depósito Legal: M - 1 2 3 4 - 1 9 8 7
EL TROTE 125
Fotomecánica: Atelier , S. A. BIBLIOGRAFÍA 131
Fotocomposición: Stilo 2 0 0 0 , S. A.
Impresión: Dispograf, S. A . LA SOMBRA 133
Encuademación: Perellón, S. A.
PRÓLOGO 135
Printed and made in Spain BIBLIOGRAFÍA 163
 " I T " ^ E N T R O de l a n a r r a t i v a f r a n c e s a m e d i e v a l re-
1 c i b e n e l n o m b r e d e lais u n a s e r i e de r e l a -
J L ~ ^ tos breves escritos entre 1 1 7 0 y 1 2 5 0 en
v e r s o s o c t o s í l a b o s de r i m a p a r e a d a y c u y a s espe-
c i a l e s c a r a c t e r í s t i c a s l e s s i n g u l a r i z a de t r a d i c i o n e s
literarias anteriores.
E l t é r m i n o laid es d e o r i g e n céltico y t e n í a e l
s i g n i f i c a d o d e « c a n c i ó n » . E l lai c o m o c o m p o s i c i ó n
m u s i c a l está b i e n a t e s t i g u a d o d u r a n t e l a E d a d M e -
d i a t a n t o e n l a lírica d e l o s t r o v a d o r e s p r o v e n z a l e s
c o m o e n t e x t o s d e l e n g u a de o i l , c o n s e r v á n d o s e
t o d a u n a s e r i e d e p i e z a s líricas c o n a n o t a c i ó n m u -
s i c a l c o m p u e s t a s e n t r e el siglo x m y e l XV q u e re-
c i b e n e l n o m b r e d e lais m u s i c a l e s . E x i s t e t a m -
b i é n o t r a c l a s e d e lais l l a m a d o s n a r r a t i v o s q u e p a -
r e c e q u e n u n c a f u e r o n c a n t a d o s ; a l g u n o s de e l l o s
r e l a t a n u n a h i s t o r i a de a m o r d e n t r o de los cánones
de l a n o v e l í s t i c a cortés, p o r l o q u e r e c i b e n e l n o m -
b r e d e lais courtois y cuyo ejemplo más represen-
t a t i v o es e l Lai de VOm.bre, La Sombra. Otros,
q u e i n s e r t a n s u s e p i s o d i o s e n u n a a t m ó s f e r a de
m i s t e r i o y h e c h o s m a r a v i l l o s o s s o n l l a m a d o s lais
bretones.

11
 L o s lais b r e t o n e s c u e n t a n u n a a v e n t u r a , f e l i z o c a a l h é r o e d e s u c o n d i c i ó n y m e d i o h u m a n o y le
a c i a g a , q u e sucedió e n u n t i e m p o i n d e f i n i d o e n B r e - o f r e c e c o m o ú l t i m o f i n t a n sólo s u f e l i c i d a d p e r s o -
taña y q u e p o r s u carácter e x t r a o r d i n a r i o f u e d i g - nal. Y aunque la distancia espiritual que h a y entre
n a de s e r c o n m e m o r a d a p o r u n a m e l o d í a . E l lai a m b o s m u n d o s es i n f i n i t a , c o n sólo a t r a v e s a r u n
e r a e n u n p r i n c i p i o e s ta canción, quizá s i n p a l a - b o s q u e , u n río o c r u z a r u n p u e n t e e l m o r t a l e n t r a
bras, v i n c u l a d a a u n acontecimiento destacado y e n el espacio de lo m a r a v i l l o s o , donde el t i e m p o n o
q u e s e r v í a p a r a q u e éste f u e r a r e c o r d a d o e n t r e l o s e x i s t e , y es a c o g i d o p o r l a s h a d a s q u e l e o t o r g a n
t o d a clase de dones.
b r e t o n e s , d i v u l g á n d o l a b a r d o s i t i n e r a n t e s q u e se
a c o m p a ñ a b a n de u n i n s t r u m e n t o m u s i c a l c o m o e l L a s h a d a s h a c e n , pues , s u aparición e n l a l i -
arpa o la rota. t e r a t u r a e n el siglo XII. L a E d a d M e d i a heredó las
E l a s p e c t o m á s c a r a c t e r í s t i c o d e e s t o s lais es t r e s P a r c a s de l a mitología g r e c o l a t i n a c u y o c u l t o ,
q u e e l s u c e s o q u e se r e l a t a e n e l l o s es u n a a v e n t u - a s o c i a d o a l d e l a s t r í a d a s t u t e l a r e s célticas p e r m a -
r a q u e p o n e e n relación dos m u n d o s : u n o r e a l e n - neció v i v o d u r a n t e m u c h o t i e m p o . S i l a c u l t u r a cle-
m a r c a d o c l a r a m e n t e e n e l de l a s o c i e d a d corté s d e l r i c a l conservab a f i e l m e n t e los a t r i b u t o s de las a n -
tiguas Parcas, u n a n u e v a figura i b a t o m a n d o for-
s i g l o x i i y o t r o , v a g a m e n t e i n s i n u a d o , q u e es e l d e l
m a e n l a i m a g i n a c i ó n c o l e c t i v a , l a Jata, que era
Más Allá e n d o n d e r e i n a lo m a r a v i l l o s o y lo so-
dueña y señora d e l d e s t i n o de los h o m b r e s , pero
brenatural.
que también estaba u n i d a a l c u l t o de l a f e r t i l i d a d
E n e l c a m b i o q u e se o p e r ó a l p a s a r d e l o s c a n -
y de l a a b u n d a n c i a , y q u e v i s i t a b a p o r l a n o c h e l a s
t a r e s de g e s t a y l o s r o m a n s d e m a t e r i a clásica q u e casas de los m o r t a l e s p a r a e n c o n t r a r s u s o f r e n d a s.
n a r r a b a n l a s h i s t o r i a s de A l e j a n d r o , T e b a s , E n e a s L a c u l t u r a p o p u l a r m e d i e v a l conocía también o t r a s
y T r o y a a los r o m a n s de Chrétien de T r o y e s y a los d i v i n i d a d e s selváticas q u e según el f o l k l o r e u n i v e r -
lais de M a r í a de F r a n c i a se a d v i e r t e c l a r a m e n t e sal recompensaban con s u a m o r a algunos m o r t a -
que h a h a b i d o u n a modificación i m p o r t a n t e a l de- l e s . A n t e s d e l s i g l o x i i e s t a s f i g u r a s y a se h a b í a n
j a r de l a d o l a s f u e n t e s h i s t ó r i c a s , c r i s t i a n a s y clá- u n i d o e n los c u e n t o s p o p u l a r e s bajo el n o m b r e de
sicas p o r l a r i c a y v a r i a d a mitología de l a s l e y e n - hadas y más tarde, a l ser absorbidos los antiguos
d a s célticas q u e r e n o v a r o n l o s t e m a s , l a a t m ó s f e r a t e m a s folklórico s p o r l a l i t e r a t u r a c u l t a , d e n t r o d e
y e l t o n o de l a n a r r a t i v a m e d i e v a l . l a n a r r a t i v a de l a m a t e r i a de Bretaña, a p a r e c i e r o n
U n o d e e s t o s n u e v o s t e m a s l i t e r a r i o s es e l d e l las hadas.
O t r o M u n d o , e s t r e c h a m e n t e v i n c u l a d o a l de los
m o r t a l e s y a l q u e se a c c e d e s i n n e c e s i d a d d e m o - Los clercs, los escritores que las i n t r o d u j e r o n
r i r . S i e n l a novelística artúrica el héroe imponía e n l a novelística, m i t i g a r o n s u s poderes, c o n s i d e -
s u ley e n el O t r o M u n d o y regresaba d e l Más Allá r á n d o l a s t a n sólo m u j e r e s r e l a c i o n a d a s c o n e l
t r a s l a a v e n t u r a q u e había buscado p a r a ofrecer a m u n d o s o b r e n a t u r a l y n a c i e n d o de ellas u n a n u e -
l a c o r t e s u g l o r i a i n d i v i d u a l y s u s « p r o e z a s útiles» v a f i g u r a m í t i c a d e l o i m a g i n a r i o erótico.
y, sobre todo, p a r a a f i r m a r l a s u p e r i o r i d a d d e l
m u n d o caballeresco sobre el m u n d o n o civilizado,
e n l o s lais b r e t o n e s l a a v e n t u r a m a r a v i l l o s a c o n -
firma la preeminencia del Otro M u n d o que arran-

12 13
 >

L O S LAIS DE MARÍA DE FRANCIA María de F r a n c i a seleccionó c o n s u s e n s i b i l i -

d a d e intuició n d e e s c r i t o r a a l g u n a s l e y e n d a s b r e -
L o s lais m á s a n t i g u o s e n f r a n c é s e n l o s q u e l a t o n a s q u e o y ó o q u e e n c o n t r ó e s c r i t a s ; a q u é l l as
h i s t o r i a de a m o r se d a e n t r e s e r e s de a m b o s m u n - c u y o t e m a e r a e l a m o r e n t r e u n h a d a o m u j e r so-
dos s o n l o s d e M a r í a d e F r a n c i a . E s m u y p o c o l o b r e n a t u r a l y u n caballero, o entre u n a d a m a y u n
q u e se s a b e de e s t a e s c r i t o r a , q u e e n t r e 1 1 7 0 y caballero misterioso y encantado, y los conflictos
1 1 8 9 (o, m á s p r u d e n t e m e n t e , e n e l ú l t i m o t e r c i o q u e s u r g e n de esta relación. Construyó s u s r e l a t o s
del siglo XII) e s t a b a e n I n g l a t e r r a e n l a corte d e l r e y d e n t r o de e s t o s d o s p l a n o s : e l d e l m u n d o aristocrá-
E n r i q u e I I , e n d o n d e debió e n c o n t r a r u n c l i m a p r o - t i c o d e l s i g l o X I I , q u e se c a r a c t e r i z a b a e n l a n a r r a -
picio p a r a el e s t u d i o y l a creación l i t e r a r i a . A l g u - t i v a p o r q u e d e s t a c a b a u n a serie de valores c o m o l a
n o s a s p e c t o s d e s u f o r m a c i ó n i n t e l e c t u a l , de s u m a - cortesía, l a v a l e n t í a y l a g e n e r o s i d a d , y e x c l u í a t o d a
n e r a de t r a b a j a r y d e s u i n t e r é s p o r l o s t e m a s b r e - acción v i l o d e s h o n r o s a , y el m u n d o d e l M á s Allá,
tones, u n a novedad entonces, nos los revela ella el O t r o M u n d o , m o r a d a de seres e n c a n t a d o s , d o n -
m i s m a e n e l prólogo de s u p r i m e r a o b r a l i t e r a r i a , de se r e a l i z a b a n p o r t e n t o s y s i e m p r e se e r a f e l i z .
los lais. E l e s t r e c h o m a r c o d e l c u e n t o r i m a d o se a d a p -
S o n doce relatos b r e v e s q u e ella m i s m a c a l i f i - tó p e r f e c t a m e n t e a l a e s t r u c t u r a n a r r a t i v a de l o s
ca, c a s i s i e m p r e , c o m o « c u e n t o s» y q u e e s t á n i n s - lais. L a a c c i ó n se d e s a r r o l l a r á p i d a y l i n e a l ; s i n
p i r a d o s e n a l g u n o s lais b r e t o n e s ; «Os v o y a c o n t a r p a s o s p r e v i o s , e n s e g u i d a se e n t r a e n e l c o n f l i c t o ,
c ó m o ocurrió l a a v e n t u r a d e o t r o lai; f u e a c e r c a de y l o s a c o n t e c i m i e n t o s se v a n d e s a r r o l l a n d o a n t e
u n vasallo m u y noble l l a m a d o Lanval» (Lanval, n u e s t r o s ojos e n e l m i s m o o r d e n e n q u e s u c e d e n
1-4). «Os h a b l a r é d e l a a v e n t u r a de l a q u e l o s b r e - de m a n e r a s e n c i l l a y c l a r a . S i n e m b a r g o , n o se n o s
t o n e s c o m p u s i e r o n u n lai» (Laostic, 1-2). «De l o s d a n explicaciones p a r a los hechos e x t r a o r d i n a r i o s ,
c u e n t o s q u e sé q u e s o n v e r d a d e r o s , l o s b r e t o n e s s i e m p r e q u e d a e n el relat o algo a m b i g u o y enig-
h a n h e c h o lais: os l o s c o n t a r é b r e v e m e n t e » (Guin- mático.
guemar, 2 0 - 2 2 ) . D e e s t o s e j e m p l o s se d e s p r e n d e L a c o n c e p c i ó n d e l a m o r e n l o s lais de M a r í a
q u e M a r í a h a c e u n a c l a r a distinción e n t r e « a v e n - de F r a n c i a t i e n e t a m b i é n u n a s c a r a c t e r í s t i c a s es-
tura» (el s u c e s o q u e ocurrió), e l lai (la m e l o d í a q u e peciales: el s e n t i m i e n t o surge e n t r e los protagonis-
se c o m p u s o p a r a r e c o r d a r l o ) y e l «cuento» , «os c o n - t a s de u n a m a n e r a v i o l e n t a y rápida, a l c o n o c e r s e ,
taré» (el r e l a t o q u e h a c e d e l a a v e n t u r a ) . P e r o c o m o a l v e r s e p o r p r i m e r a vez: «ÉL l a miró y l a encontró
e l l a m i s m a a p l i c a b a a l g u n a v e z e l n o m b r e d e lai a m u y bella . A m o r le h i e r e e n t o n c e s c o n u n a l l a m a
a l g u n o de s u s relatos, p o r ejemplo, e n Bisclavret, que c o n s u m e y abrasa s u corazón» (Lanval,
1-2, «puesto q u e m e h e p r o p u e s t o c o n t a r u n lai n o 1 1 8 - 1 2 0 ) . E s , p u e s , u n f l e c h a z o q u e n o sólo s i r v e
olvidaré e l d e l h o m b r e - l o b o , se l l a m a B i s c l a v r e t », y c o m o r e c u r s o l i t e r a r i o p a r a a h o r r a r extensión a l
e n Madreselva, 1 1 7 - 1 1 8 , «os h e d i c h o l a v e r d a d relato, sino para d a r mayor fuerza e intensidad
s o b r e e l lai q u e os h e c o n t a d o » , l a p a l a b r a lai a c a - a l a m o r y o t o r g a r l e u n carácter t o t a l , recíproco y,
bó p o r d e s i g n a r e s t a c l a s e d e c u e n t o s b r e v e s , e n
m u c h a s v e c e s , s i n e x p l i c a c i ó n . A m o r físico q u e
v e r s o , de a m o r y de m i s t e r i o y q u e c o n s t i t u y e n u n
b u s c a l a satisfacción y el p l a c e r , y a u n q u e m u c h a s
auténtico g é n e r o l i t e r a r i o .
v e c e s es adúltero q u e d a c a s i s i e m p r e e x c u s a d o p o r

14 15
 M a r í a de F r a n c i a a l c o n s i d e r a r q u e a q u e l m a t r i m o - l o s lais d e M a r í a d e F r a n c i a , ejerció, e j e r c e todavía,
nio había sido i m p u e s t o o q u e el m a r i d o e r a celoso u n a p r o d i g i o s a fascinación.
o egoísta. E l a m o r v e r d a d e r o es e l e l e g i d o y t i e n e S o n sólo u n a s b r e v e s r á f a g a s p e r o i n t e n s a s
todos los derechos. q u e d a n a l r e l a t o cortés e l m i s t e r i o y e l e n c a n t o d e
Los a m a n t e s , a u n q u e u n o de ellos p e r t e n e z c a los c u e n t o s de hadas... l a d a m a q u e aparece y de-
al O t r o M u n d o , están s i t u a d o s e n u n m i s m o p l a n o s a p a r e c e e n Lanval, e l caballero-pájaro d e Yonec,
de i g u a l d a d e n s u r e l a c i ó n a m o r o s a ; y n o a p a r e c e l a c i e r v a b l a n c a q u e h a b l a y l a n a v e de boga s i n
e n n i n g ú n m o m e n t o l a d o m i n a c i ó n de l a d a m a n i p i l o t o e n Guinguemar, o el c a b a l l e r o q u e e n l a so-
el s e r v i c i o y s u m i s i ó n p o r p a r t e d e l a m a n t e , i m - l e d a d d e l b o s q u e se c o n v i e r t e e n l o b o .
p u e s t o s p o r l a lírica de l o s t r o v a d o r e s p r o v e n z a l e s
y a c e p t a d o s p o r l a n o v e l í s t i c a cortés .
E l elemento m a r a v i l l o s o tiene e n estos lais
u n o s a s p e c t o s p e c u l i a r e s a l l o g r a r , c o n sólo u n a s
breves i n s i n u a c i o n e s , c r e a r u n c l i m a , u n a t e l a de
fondo bella y sutil t a n acertada y atractiva que pre-
v a l e c e a n t e l o s ojos d e l l e c t o r p o r e n c i m a de l o s
a s p e c t o s c o t i d i a n o s de l a v i d a m e d i e v a l .
E n este proceso de matización de los e l e m e n -
tos m a r a v i l l o s o s p r o p i o s de a l g u n o s e s c r i t o r e s
franceses medievales observamos u n rasgo i m p o r -
t a n t e y r e v e l a d o r e n M a r í a de F r a n c i a y q u e p e r d u -
rará e n e s t a c l a s e d e r e l a t o s : l a o m i s i ó n de l a p a l a -
b r a «hada». E l ser m a r a v i l l o s o q u e v a y v i e n e c u a n -
d o y d o n d e q u i e r e , q u e a v e c e s es i n v i s i b l e o e n c u -
bre s u a p a r i e n c i a , que ofrece valiosos y mágicos
r e g a l o s , s i es d e l s e x o f e m e n i n o es l l a m a d o « d a m a »
o «doncella » y s i es u n v a r ó n « c a b a l l e r o » , y m i e n -
t r a s s u s c u a l i d a d e s h u m a n a s y s u a t r a c t i v o físico
quedan m u y c l a r a m e n t e resaltados, sus poderes
s o b r e n a t u r a l e s p e r m a n e c e n e n l a s o m b r a y sólo
p e r c i b i m o s p a r t e de ellos.
L o m a r a v i l l o s o es e n M a r í a de F r a n c i a sólo u n
recurso para salir del m u n d o real que considera
v u l g a r y g r i s ; l o m a r a v i l l o s o es l a satisfacció n t a n
sólo i m a g i n a r i a d e l a s a s p i r a c i o n e s h u m a n a s , d e
los s u e ñ o s h e c h o s r e a l i d a d : a m a r s i e m p r e , n o m o -
r i r j a m á s . P o r e s t o se c o m p r e n d e q u e e l e l e m e n t o
maravilloso, p o r m u y m a t i z a d o y t e n u e que sea e n

16 17