Agito
Agito, por Thi Araujo

O blog do universo LGBTQIAPN+

Informações da coluna

Thiago Araújo

Jornalista formado pela UFRJ, criador de conteúdo para a comunidade LGBTQIAPN+ há mais de 15 anos e editor-chefe do portal Pheeno.com.br!

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Ex-participante do reality show “Caravana das Drags“, apresentado por Xuxa e Ikaro Kadoshi na Prime Video, a drag queen Ravena Creole optou por usar suas redes sociais como um espaço de reflexão e desabafo neste Dia dos Namorados. Em sua postagem, Ravena, uma pessoa trans não-binária, abordou um tema bastante relevante dentro da comunidade LGBTQIAPN+: a solidão da mulher transexual.

“Dia 12 de Junho, mais um Dia dos Namorados. Repararam quantas pessoas trans/travestis vão postar que estão vivendo uma relação amorosa? A resposta é: poucas! (Em relação a grande quantidade de outros casais) Sabe por que? A solidão trans é real”, inicia ela. Ravena continua o texto destacando como as mulheres trans e travestis enfrentam não apenas a falta de representação em relacionamentos afetivos publicamente celebrados, mas também a dolorosa realidade de serem fetichizadas e objetificadas.

“Pessoas trans/travestis são tratades como objetos sexuais, como aventuras passageiras numa sociedade que ensina que não servem para ser amadas. As que se relacionam com héteros, muitas não podem assumir a relação. As que se relacionam com gays/bi, são vistas como amores passageiros porque eles buscam uma figura masculina e tudo que se aproxima do feminino é demonizado. É muito difícil viver em sociedade quando se é negado o básico da vida: o afeto!”, ressalta ela.

Ravena, então, propõe uma reflexão: a possibilidade de amar para a sigla T da comunidade LGBTQIAPN+. “Da pra acreditar que amar é mais um privilégio cis?”, questiona ela, finalizando o seu texto com um pedido especial. “Peço que vocês reflitam sobre a possibilidade de olhar para a letra T como uma possibilidade de afeto, de um relacionamento. Enfrentem a sociedade, mudem esse cenário e assumam essas relações. Quando vamos parar de ser o país que ainda mais mata pessoas trans/travestis para ser o país que também mais tem pessoas T vivendo um relacionamento amoroso?”, conclui a artista.

Enquanto celebramos o amor em todas as suas formas, é crucial reconhecer e confrontar a solidão que muitas pessoas trans e travestis enfrentam. O Dia dos Namorados não deve ser apenas sobre casais românticos convencionais, mas também sobre a inclusão e valorização de todas as formas de amor e relacionamentos.

Confira o desabafo completo

O desabafo de Ravena — Foto: Reprodução
O desabafo de Ravena — Foto: Reprodução
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