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Hoje, meus queridos leitores, divido com vocês a alegria de comemorar meus 48 anos de iniciação. Peço benção e agradeço muito a minha Mãe Thereza Fomo de Oxalá que me iniciou, me acolheu e me fez entender a fé em Oxalá.
São 48 anos de muito amor e dedicação ao Candomblé e a toda religiosidade afro-brasileira.
Em agradecimento, compartilho esse poema, inspirado pelo meu Pai Oxalá. Na época em que escrevi, usei palavras em yorùbá, mas hoje vamos celebrar em português, deixando só a louvação em yorùbá.
Ser de Oxalá
Ser de Oxalá é ter a proteção do seu manto branco e sentir toda a força de seu cajado da criação.
Ser de Oxalá é ter o ar refrescante do seu leque ritualístico e a grandeza da sua coroa real.
Ser de Oxalá é ter a pureza da sua roupa branca e vislumbrar o planar do seu pombo sagrado.
Ser de Oxalá é ter a tranquilidade do seu especial caramujo e a brandura das suas águas frescas.
Ser de Oxalá é ter o reviver de sua canjica da vida e a energia precisa do àkàsà.
Ser de Oxalá é ter o recomeçar com o raiar do dia e ter a certeza de que o pouco pode ser muito quando se faz tudo com carinho e amor.
Por tudo isso e muito mais,
Mo nifẹ́ lati Òṣàlá! (Eu amo ser de Oxalá!)
E ṣe e ó Bàbá, Epà Bàbá! Salve Oxalá!
Axé para todos!
