Rita Cadillac chega aos 70 faturando alto ao produzir conteúdo adulto: 'Tem um cara que me pede sempre ensaio no cemitério. Coisa de doido!'

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— Eu me sinto muito honrada sabendo que muitas pessoas se inspiram em mim, sabem que uma mulher sozinha pode superar muitas coisas e lutar. Nunca escondi nada. Por incrível que pareça, acho que 90% (das pessoas) me aplaudem; 10%, não. Quando alguém me conhece pessoalmente e vê quem eu sou, acaba mudando de ideia se tinha alguma questão comigo. Muita mulher vem falar comigo que sou inspiração, assim como os gays também falam que sou inspiração de luta e quebra de barreiras. Sempre brinquei falando que minha casa é uma embaixada gay! A maioria dos meus amigos é gay. Tento brigar pelo direito deles de ter uma vida digna, de casar, de ter filhos... — afirma a artista, que faz uma avaliação positiva sobre sua trajetória: — Estou me sentindo maravilhosamente bem. Tenho 70 de cronologia, porém, de cabeça, eu continuo jovem, bem. Avalio que a minha vida foi ótima, está sendo ótima e vai continuar sendo, porque até os 100 eu chego, tá? Da minha vida inteira, eu sempre tirei coisas boas. O melhor da vida foram os amigos que fiz. Coisas ruins a gente joga para o lado, joga debaixo do tapete, e tá tudo certo.

Ao longo dessas sete décadas, Rita se virou como podia e fez (e faz) muito sucesso. A eterna chacrete, marcada pela música “É bom para o moral”, que completou 40 anos, até hoje é contratada para festas de aniversário, de casamento e de empresas, e a canção nunca pode ficar de fora.

— É legal ver que depois de 40 anos a música ainda faz sucesso. Onde quer que eu vá, me pedem pra cantar. Se não cantar, me matam (risos)! Nunca tive medo de trabalhar. Se eu ficar sem trabalho, eu morro. É uma parte bem importante para mim. Quem não está produzindo, acaba ficando doente, porque acaba adoecendo principalmente a mente. Sem trabalho, eu não sou nada — afirma ela, que também já foi candidata à vereadora em Praia Grande, São Paulo, mas não foi eleita: — Isso entrou por um acaso em minha vida. Me convidaram, e eu falei: “Ah, vamos ver”. Depois, vi que não era para mim. Se eu continuasse com a política, eu ia acabar morrendo! Eu não consigo calar muito a boca, eu não tenho filtro. Não era a minha praia. Resolvi brigar por fora, quietinha. Não entraria na política só pra ganhar dinheiro.

Atualmente, além dos shows, Rita ganha a vida produzindo conteúdo para plataformas de conteúdo adulto. No OnlyFans, por exemplo, a assinatura para ter acesso ao perfil da artista custa 6,50 dólares (cerca de R$ 35). Quanto já faturou até agora nesse meio, ela não conta. Mas afirma que suas fotos e vídeos têm, sim, feito muita diferença no orçamento!

— Graças a Deus, está dando pra viajar para Nova York de vez em quando (risos) — conta ela, que este mês esteve na cidade americana gravando um novo clipe de "É bom para o moral": — Tenho assinantes diversificados, desde a garotada de 18 anos, passando pela meia-idade, e também mulheres. Recebo muitas mensagens delas também. Tem pessoas que mandam pedidos, que conversam, que falam que acha legal eu estar fazendo aquilo. Tem pessoas que são apaixonadas, tem pessoas que são taradas... Tem de tudo um pouco! Tem um cara que até hoje me pede para fazer um ensaio sensual em um cemitério. Isso é coisa de doido (risos). Mas eu tento realizar alguns desejos quando posso.

E por falar em conteúdo adulto, o primeiro filme do tipo que ela fez, "Sedução", completou 20 anos em 2024. Na época que foi lançado, alguns criticaram Rita pela empreitada. E até a própria cantora pensou que sua carreira havia acabado ali:

— Era um trabalho como outro qualquer. O engraçado é que eu achei que fosse ter uma rejeição muito grande. Pensei que a Rita Cadillac iria acabar, mas foi justamente o contrário. Acabou não tendo essa rejeição tão grande. Muitas pessoas me abraçaram, elogiando minha coragem. Eu fiz falando a verdade, que, na época, aceitei fazer por causa de grana. Fiz exclusivamente por dinheiro. Já nas plataformas de conteúdo adulto, você faz fotos e vídeo como quiser, mais sensuais ou picantes. O meu perfil é muito mais para realizar os pedidos dos seguidores. Acho que tem que fazer mesmo. Eu achei muito legal o Nizam, do “BBB 24”, fazer. É um homem bonito, pô (risos)!

Neste Dia dos Namorados, na véspera de seu 70º aniversário, Rita conta que está solteira, mas afirma que está realizada no amor. Ela garante que não sente necessidade de estar na companhia de uma pessoa. Está plena consigo mesma!

— Estou solteira, sim. Sozinha, nunca. Jamais (risos)! Eu nunca tive a necessidade de ter uma pessoa do meu lado, de estar casada ou namorando. Sempre fui a favor de eu estar bem. Vou estar legal namorando ou não. Primeiramente, tenho que me amar. Hoje a prioridade é Rita — diz ela, que, para os próximos meses, em celebração aos 70 anos, planeja um stand-up, em que contará passagens divertidas e trágicas de sua trajetória, e ainda quer lançar uma marca de lingerie.

Símbolo sexual até hoje, Rita garante que não sofreu pressão estética nos últimos anos. Apesar de já ter feito alguns procedimentos no corpo, ela diz ter aversão a qualquer técnica "mais invasiva".

— Não levo pra mim essa pressão que tem que fazer harmonização, plástica, dieta... Tenho medo de fazer alguns procedimentos. Fazer para quê? Para depois eu ficar chorando porque não ficou legal? Sempre busquei estar bem mentalmente. Não sou contra as pessoas que querem fazer. Cada um faz o que quer, mas sou contra o excesso — detalha Rita, que conta já ter passado por um sufoco quando foi contratada para fazer propaganda de uma clínica de estética em Paris, na França: — A mulher botou um preenchimento do cão na minha cara! Olhei no espelho e não me via ali. Não era a Rita. Procurei outro médico que pudesse tirar a substância e, graças a Deus, sumiu. Eu tenho que assumir a minha idade, quer queira quer não.