A circulação dos trens do ramal Saracuruna está retomada, após ao menos três horas de interrupção em trecho de 11 estações na tarde desta terça-feira. De acordo com atualização da SuperVia nas redes sociais, publicada às 17h42, as composições estão com intervalos de 20 minutos entre a Central do Brasil e a Penha, tempo ampliado para 40 minutos nas demais estações do trecho até Saracuruna. Já para quem vai da Penha para a Central, a concessionária informa a circulação está com intervalos irregulares. O motivo da paralisação foi a queda de uma estrutura da rede aérea sobre a linha na altura de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.
Quem chegou à Central do Brasil no início da noite e tentou acessar a plataforma dos trens de Saracuruna, deparou-se com o aviso de que o ramal está com intervalos irregulares.
Três horas antes de comunicar a retomada da operação, a concessionária publicou em suas redes sociais que técnicos atuavam para solucionar a situação, que paralisou o serviço em 11 estações, entre a Penha Circular e Saracuruna. De acordo com passageiros, o incidente ocorreu entre Duque de Caxias e Vigário Geral e, quem passava pela rua, pôde ver funcionários uniformizados trabalhando em meio aos trilhos.
As circunstâncias que levaram à paralisação estão sendo apuradas pela Agetransp. De acordo com a agência reguladora responsável pelo setor, também serão apuradas as causas do incidente, a adequação do atendimento prestado aos usuários e dos procedimentos adotados pela operadora para restabelecer o serviço.
Paralisação gerou apreensão com a volta para casa
A notícia da paralisação do serviço no ramal preocupou quem estava no trabalho, já pensando na volta para casa. Essa foi a situação de Fernanda Neves, de 30 anos, que é estagiária de Direito no Centro do Rio, e usa o ramal para desembarcar em Saracuruna, em Duque de Caxias, onde mora.
— A verdade é que todos os dias fico insegura em como será a volta, pois depender da SuperVia é uma caixa de surpresas, que sempre prejudica os usuários. É muito desgastante pagar caro e, mesmo assim, não ter um transporte eficiente — desabafou Fernanda, que lembra do perrengue pelo qual passou na volta para casa no último dia 21.
Trens do ramal Saracuruna têm circulação suspensa em 11 estações
Na ocasião, o ramal ficou totalmente interrompido por 26 horas, devido à falta de energia. Fernanda, naquele dia, levou mais de 3 horas para chegar até em casa, e cita que a preocupação com a volta para casa "até prejudica no trabalho".
Passageiros que tentavam partir em direção aos bairros cortados pelo ramal Saracuruna buscaram nas vans a opção para se deslocar. Atrás da Central do Brasil, as filas davam voltas, e a espera podia chegar a quase meia hora.
Pelas redes sociais, um homem contou que estava levando o filho ao médico, quando o trem parou nesta tarde:
"Levando o 'menor' no médico e a SuperVia faz uma graça dessas: (tenho que) andar no meio do mato", reclamou o passageiro, enquanto caminhava sobre os cascalhos entre os trilhos, na altura da estação Corte 8, em Duque de Caxias.
Já em outra publicação, a reclamação foi que o trem permaneceu parado por conta de falta de energia. Em vídeos compartilhados em grupos de passageiros, funcionários da concessionária aparecem auxiliando os usuários a desembarcarem da composição, também na altura do Corte 8.