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Por Jornal Nacional


Número de focos de incêndio florestais sobe 53% no primeiro semestre do ano

Número de focos de incêndio florestais sobe 53% no primeiro semestre do ano

Nos primeiros seis meses de 2024, o Brasil registrou quase 36 mil focos de incêndios florestais – 53% a mais do que no mesmo período de 2023. O número mais alto para um primeiro semestre em uma década. A Amazônia e o Cerrado responderam por três em cada quatro focos identificados por satélites.

Os incêndios estão prejudicando uma das principais atividades econômicas do Pantanal: o ecoturismo.

Às margens do Rio Paraguai, em Corumbá, Luceni Aparecida Alves torce pela volta dos visitantes, afastados pelo fogo.

"Muitas vezes tivemos que mudar nosso roteiro. Se era para descer o rio, nós tivemos que inverter e subir o rio, porque com a fumaça, além das pessoas passarem mal, fica difícil fazer fotos e também os animais que não vão estar ali naquele momento", diz a dona de um barco.

Incêndios no Pantanal prejudicam o ecoturismo da região — Foto: Reprodução/TV Globo

No Porto da Manga, uma pousada teve que fechar as portas.

"Fica inviável atender as pessoas. É difícil respirar, a sujeira e a fuligem. O impacto é muito grande. Um prejuízo razoável de mais de R$ 100 mil", relata o dono da pousada, Adenilson Neves.

Os poucos turistas que ainda passeiam pela região ficam impressionados com o cenário.

"Como a estrada é bem longa de chão, a gente ficou com medo de pegar um fogo no meio do caminho. Conversando com alguns amigos, é triste eles falarem que já esteve muito mais bonito e as queimadas estão sendo frequentes. Como é a primeira vez, a gente não sabe, mas eu espero que chova", comenta o empresário, Adalberto Penaio Júnior.

Incêndios no Pantanal prejudicam o ecoturismo da região — Foto: Reprodução/TV Globo

Casa resiste ao fogo em área devastada

Casa resiste ao fogo em área devastada — Foto: Reprodução/TV Globo

Em uma área que foi completamente destruída pelo fogo, o que mais impressiona é uma casa que resistiu a esse fogo. A reportagem tentou conversar com o morador.

O caminho pelas cinzas leva até o Édson Damásio Martins. A casa dele foi construída próxima do rio. A rota é usada por milhares de turistas todos os anos. O fogo destruiu a vegetação que sempre impressionou os visitantes.

"O fogo começou aqui em cima, chegou aqui e queimou tudinho. Queimou tudo no campo. Vim de encontro para combater, mas não teve jeito. A labareda foi intensa. Só ficou a casa. Tive que sair daqui e ficar lá na beira do rio assistindo queimar o capinzal. Não teve o que fazer", conta o peão.

Da varanda, o pantaneiro observa o horizonte. A esperança é pelo fim dos incêndios e por um novo ciclo, cheio de vida. Com o Pantanal recuperado e preservado.

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