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Na segunda partida em que promoveu mudanças, Rogério Ceni voltou a contar com Caio Alexandre, Everton Ribeiro e Thaciano, mas descansou os laterais Gilberto e Luciano Juba. Com isso, Cicinho e o estreante Iago Borduchi foram escalados. No ataque, com Everaldo suspenso, Ademir ficou com a vaga, enquanto que Biel, titular decisivo na última rodada, começou no banco.

As mudanças levaram o Bahia para uma de suas piores atuações em um primeiro tempo do Campeonato Brasileiro. Mal na construção ofensiva, o Tricolor não teve conforto para atacar com o lateral-esquerdo mais avançado e o direito na base da defesa. Até agora no campeonato, a equipe de Ceni vinha fazendo o contrário, com Juba recuado e Arias ou Gilberto mais à frente.

Sem superioridade numérica pelo lado direito, seu principal ponto forte, o Esquadrão virou presa fácil para a forte marcação do Cuiabá e teve muita dificuldade para encontrar espaços pela zona central e pelos lados do campo.

Os contra-ataques a partir dessas bolas perdidas foram perigosos, mas o time baiano também se complicou para marcar o adversário com suas duas linhas defensivas posicionadas à frente do goleiro Marcos Felipe.

Além disso, o Tricolor passou perto de sofrer gol em bolas perdidas por Cicinho e Kanu na defesa, em lances iniciais, e contou com Marcos Felipe para evitar o pior, aos 17 e aos 20 minutos, em finalizações sem marcação do adversário (uma ainda bateu no travessão), mas o goleiro ficou longe de afastar a bola de Pitta após cobrança de escanteio. O atacante subiu entre Kanu, Marcos Felipe e Gabriel Xavier para balançar a rede de cabeça, em erro na marcação por zona [assista ao gol no vídeo abaixo].

O placar adverso não mudou o cenário do jogo, tanto que o Bahia terminou o primeiro tempo com apenas quatro finalizações para o gol contra dez do Cuiabá e ficou mais perto de sofrer o segundo do que obter o empate.

No segundo tempo, Gilberto substituiu Cicinho e Biel entrou no lugar de Ademir. Com isso, o Bahia passou a ter o lateral-direito mais avançado, criou superioridade numérica pelo setor e empatou o jogo em cruzamento de Everton Ribeiro para cabeçada de Jean Lucas, aos três minutos [assista ao gol no vídeo abaixo].

A melhora na parte ofensiva não significou fechamento de espaços lá atrás. Dois minutos depois do empate, o Bahia sofreu um balde de água fria quando Pitta recebeu com liberdade na grande área e marcou o segundo. Na jogada, Gabriel Xavier estava fora da linha de defesa, enquanto que Kanu ficou para trás na corrida contra o atacante. Outro ponto a se destacar é que o Tricolor voltou a sofrer mesmo com suas linhas defensivas posicionadas para defender [assista ao lance no vídeo abaixo].

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Novamente atrás do placar, o Bahia teve o jogo que gosta ao seu dispor por mais de 40 minutos do segundo tempo, já que o Cuiabá recuou consideravelmente para garantir o resultado. Momento para concluir que não era apenas uma tarde ruim da defesa. O Tricolor errou muitos passes na frente da área e mostrou que estava pouco inspirado do ponto de vista ofensivo.

Rogério Ceni ainda mandou a campo Rafael Ratão no lugar de Jean Lucas, com Thaciano virando meio-campista por alguns minutos, e Luciano Juba e De Pena nos lugares de Biel (se machucou) e o próprio Thaciano, mas o Bahia virou bola de um lado a outro e só levou perigo em finalização de fora da área de Cauly e gol anulado de Gilberto por impedimento.

A derrota não só derruba uma ótima sequência como mandante do Bahia, mas mostra que o Tricolor precisa voltar a ser consistente defensivamente e tentar novas alternativas contra equipes fechadas como o Cuiabá. Se o jogo de toques curtos não funcionou, por que não mudar a estratégia na reta final da partida e arriscar mais cruzamentos e chutes de fora da área?