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Por Sidney Magno Novo — Vitória, ES


A bola já está rolando para a segunda fase da Copa Espírito Santo, que está com um formato novo. Para este ano de 2024, sai o mata-mata e entra uma fase de grupos que vai classificar dos times para a grande final.

Copa ES: Vilavelhense e Desportiva na estreia da segunda fase — Foto: Henrique Montovanelli/FES

Após oito rodadas, oito clubes, dos nove participantes, avançaram para a segunda fase. Nela, os times foram divididos em dois grupos: o A tem Porto Vitória (1º), Rio Branco-ES (4º), Real Noroeste (5º) e Vilavelhense (8º), e o B é composto por Desportiva Ferroviária (2º), Vitória-ES (3º), Capixaba (6º) e Linhares FC (7º).

Nesta segunda fase, os times da Chave A enfrentam os da Chave B, em turno e returno (oito rodadas), e apenas os líderes de cada grupo avançam para a grande final, disputada em jogo único, no estádio estadual Kleber Andrade.

A mudança do formato foi proposta por representantes da Desportiva e aprovada, por maioria, em reunião do Conselho Arbitral. O ge.globo ouviu a opinião de representantes de quatro clubes sobre nova fórmula que vai definir os times que lutarão pelo título e pela vaga para a Série D do Brasileirão do ano que vem.

Técnico do Rio Branco, que estreou com derrota para o Capixaba, Rodrigo César viu com bons olhos a mudança no formato.

- É um formato novo, que as equipes conseguem jogar mais jogos durante o ano, os atletas têm mais tempo em atividade. Quem ganha é o torcedor capixaba, quem acompanha o futebol - declarou o treinador, em entrevista ao ge.globo.

Copa ES: Rio Branco x Vitória — Foto: Henrique Montovanelli/FES

O volante Mariano, do Vitória-ES, também aprovou a mudança. Para o jogador, que no ano passado conquistou o título defendendo o Serra, no novo formato tornou a competição mais difícil.

- Fase de grupo é um pouco mais forte, fica um campeonato mais disputado também, porque são duas chaves e todo mundo quer classificar e só tem uma vaga de cada grupo para final. O regulamento desse ano tem mais jogos e é muito mais difícil que o ano passado.

Outro está de acordo é Daniel Costa, do Capixaba. Presidente, jogador e atualmente técnico do Tubarão, a mudança na fórmula beneficia o clube, que trabalha revelando jogadores. Dois deles, Diguda e Salah, se destacaram na primeira fase e foram emprestados ao Serra, que disputa a Série D do Brasileirão.

- Como esse formato tem mais jogos, vejo como positivo porque o Capixaba trabalha como vitrine para poder colocar os jogadores em evidência, como um clube formador. Votei a favor da proposta Desportiva também porque a competição fica mais igual para todos.

A proposta da Desportiva, de mudar o formato da Copa ES, não foi unânime. Na Reunião do Conselho Arbitral, o Vilavelhense, Sport-ES, Nova Venécia e Real Noroeste votaram contra a alteração. O diretor de futebol e atual técnico do Vila, Carlos Oliveira, acredita que a definição dos finalistas por meio de uma fase de grupos foi um “retrocesso”.

- Isso é um retrocesso para o futebol capixaba. A gente não tem tamanho para disputar uma competição onde tem nove clubes e classifica oito, depois jogam mais oito jogos para sair um de cada grupo para fazer a final. Isso afasta o torcedor, porque não tem mata-mata, e tira chances dos clubes com menos investimento de chegar a disputar um título. Isso não é benéfico para o futebol capixaba.

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