Entre lágrimas e com a medalha de ouro no peito, Angel Di Maria escreveu seu último capítulo defendendo seu país neste domingo, na vitória por 1 a 0 sobre a Colômbia, na prorrogação, que garantiu o título da Copa América. De quebra, foi eleito o melhor jogador a decisão.

Foram 116 minutos em campo para o meia-atacante de 36 anos. Di Maria se despede como campeão de tudo o que é possível por seu país. Ganhou o Mundial Sub-20 em 2007, foi herói no título olímpico em Pequim-2008 e repetiu a dose com gols em decisões vencidas na Copa América de 2021, na Finalíssima e na Copa do Mundo de 2022. Contra a Colômbia, não foi às redes, mas assumiu o protagonismo após a lesão de Messi e volta para casa com o troféu de homem do jogo.

"Eu tinha falado para o pessoal na janta que estava escrito. Eu sonhei que jogava a final, que ganhava e me aposentava desta maneira. Nem sei o que dizer. São tantas sensações boas. Estou eternamente agradecido a esta geração"

- Me deram tudo, fizeram com que eu alcançasse tudo. Parece fácil, mas é muito difícil. Sei por que vivi o outro lado durante 10, 11 anos lutando. Não é fácil chegar na final e ganhar. É assim. Em algum momento tinha que acontecer. Gostaria de ter vencido com alguns dos que estão fora, mas aconteceu neste momento. Eles me deram tudo.

Ao lado de Messi, Di Maria viveu os altos e baixos do futebol. Se despede como uma lenda, mas sofreu com cobranças após perder a Copa América de 2011 em casa e, principalmente, nos vices de 2015 e 2016, além da Copa do Mundo de 2014. Agora aposentado da seleção, deu um abraço fraterno no amigo e lamentou sua lesão aos 20 do segundo tempo.

- Eu não estou feliz por ele ter saído lesionado, mas pudemos vencer e dar essa alegria ao Messi. Foi realmente uma noite perfeita.

Di Maria encerra sua história na seleção da Argentina com 145 partidas, 31 gols marcados e 30 assistências. Disputou quatro Copas do Mundo e seis Copas América, além da Olímpiada e do Mundial Sub-20 que venceu.