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Por Redação ge — Monza, Itália


Nove meses depois, e o GP de Abu Dhabi de 2021 segue no imaginário da F1. Max Verstappen conquistou sua 11ª vitória de 2022 no GP da Itália deste domingo sob o safety car acionado pela quebra de Daniel Ricciardo - o oposto da prova em Yas Marina, que teria coroado Lewis Hamilton como campeão. Chefe da RBR, Christian Horner criticou o desfecho em Monza, e rejeitou comparações com a polêmica do ano passado.

- É o total oposto do que aconteceu em Abu Dhabi. Tínhamos tempo de sobra pra continuar correndo. Precisamos falar sobre os detalhes disso, mas tínhamos sim tempo suficiente - defendeu o gestor, logo após a prova.

Christian Horner, chefe da RBR, no GP da Itália de F1 em 2022 — Foto: Marco Canoniero/LightRocket via Getty Images

Verstappen largou do sétimo lugar após ser punido com a perda de posições no grid inicial, devido à troca de componentes de seu motor, e tirou na base da estratégia a vantagem do pole Charles Leclerc. Ele ainda interrompeu uma sina que já durava sete temporadas: nunca havia chegado ao pódio em Monza, tendo um quinto lugar como melhor resultado.

Mas o triunfo que impulsiona a luta pelo bicampeonato antecipado não foi recebido de forma tão calorosa. Ricciardo teve uma quebra de motor na volta 47, a seis giros para o fim da corrida. Os fiscais demoraram a remover o carro, e a bandeira amarela permaneceu até a conclusão da etapa.

- Nós não queríamos ganhar uma corrida sob o safety car. É algo que já conversamos há anos. A corrida devia ter sido concluída, havia tempo suficiente. Nós tínhamos o carro mais rápido, e gostaríamos de ter ganhado a prova na pista, não atrás do safety car. Compartilhamos essa decepção com os fãs - lamentou Horner.

Max Verstappen celebra vitória no GP da Itália — Foto: ANP via Getty Images

Familiar?

Outra prova importante deveria ter terminado sob o safety car, apesar da perda do apelo do entretenimento, de acordo com o regulamento esportivo da F1: o GP de Abu Dhabi de 2021. E, nesse caso, Lewis Hamilton seria coroado campeão da temporada em questão.

Mas a direção de prova optou por não manter até a bandeirada o safety car acionado na batida de Nicholas Latifi a cinco giros para o fim, só autorizou cinco retardatários - que separavam os dois rivais - a se realinharem e removeu o carro de segurança uma volta antes do indicado.,

Safety car lidera Lewis Hamilton nas voltas finais do GP de Abu Dhabi de 2021 — Foto: Cristiano Barni ATPImages/Getty Images

Assim, o holandês da RBR, que havia trocado seus pneus durante a bandeira amarela, deu o bote em Hamilton e o superou na última volta. A Mercedes chegou a protocolar dois protestos pelo caso e ameaçou apelar à Corte Arbitral do Esporte (CAS), mas desistiu. Michael Masi, diretor de provas da Federação Internacional do Automobilismo (FIA), foi removido do cargo e deixou a entidade em 2022.

Se Vencer em Singapura e Leclerc terminar abaixo de 9º, Verstappen já se sagra bicampeão mundial em Marina Bay, restando cinco corridas para o fim do campeonato. Ele ainda pode bater o recorde de Michael Schumacher e Sebastian Vettel de maior número de vitórias numa única temporada: 13.

Recuperação de Pérez

O primeiro pit stop da corrida, na volta 9, foi do companheiro de Verstappen, Sergio Pérez. O mexicano visitou os boxes para trocar os pneus médios pelos duros e retornou à pista com muita fumaça saindo da roda dianteira direita. Apesar do problema, ele permaneceu na corrida.

Sergio Pérez e Max Verstappen conversam após o GP da Itália de F1, em 2022 — Foto: Dan Istitene - Formula 1/Formula 1 via Getty Images

O mexicano caiu para 20º, mas cruzou a linha de chegada em sexto e ainda faturou o ponto extra da volta mais rápida.

- Tivmos níveis críticos e inseguros de vibração, então tivemos que pará-lo. Mas a recuperação dele a partir dali foi ótima - explicou Horner.

Pérez perdeu no GP da Holanda, no domingo passado, a vice-liderança do Mundial para Charles Leclerc; a diferença entre eles é de nove pontos. A F1 retorna daqui a duas semanas, em 2 de outubro, com o GP de Singapura.

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