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Por Maurício Saraiva

Comentarista da RBS TV

Porto Alegre


Eu nunca tinha visto em toda minha vida. Um torcedor adversário invade o campo para agredir um jogador do outro time. Ato contínuo, no calor de um pós-pênalti defendido pelo seu goleiro que seria cobrado de novo por invasão na área, um jogador dá um soco no invasor. O VAR chama o árbitro de campo e recomenda a expulsão do jogador que revidou a agressão.

O Juventude, que vencia por 1x0, sofre o empate e fica com um a menos até o fim dos 20 minutos restantes incluindo acréscimos. A falta de sensibilidade de quem mandou expulsar e de quem expulsou beira o insano. A punição a Alan Ruschel foi desproporcional. Cabia o cartão amarelo. Jamais o vermelho naquele contexto de jogo.

O Inter já tivera a favor um primeiro pênalti muito discutível, Alan Patrick desperdiçou. Depois, Valencia fez uma cobrança ridícula defendida por Gabriel, anulada por invasão do jogador do Juventude que pegou o rebote. Até aí, interpretações discutíveis mas aceitáveis.

Agora, a expulsão de Alan Ruschel é das coisas mais grotescas que já vi num campo de futebol. Ao fim e ao cabo, o Juventude mereceu a classificação pelo que fez em campo, o Inter mereceu a eliminação pelo conjunto da obra. Não sei o que falta ver em futebol, mas poderia ser pior se o Juventude restasse eliminado depois de tudo que aconteceu no Alfredo Jaconi.

Jogadores do Juventude comemoram gol contra o Inter — Foto: Fernando Alves/EC Juventude

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