Senta que lá vem história - e das boas! Vamos falar sobre absorventes: quem são? De onde vieram? Ao longo dos anos, diferentes produtos foram criados para absorver a menstruação das mulheres. E sim, infelizmente, muitas vezes o tema foi (e ainda é) tratado com rejeição e um certo tabu.
Muitos são os saltos históricos que nos trazem à realidade de hoje, cheeeia de possibilidades. Para entender o nosso avanço dos absorventes na sociedade, montamos uma linha do tempo para nos contextualizar melhor! Confira:
2.000 a.C e as soluções intravaginais arcaicas
Surpreendentemente, a solução na maioria das sociedades eram intravaginais - uma
versão arcaica do absorvente interno que conhecemos hoje! Os primeiros registros de
absorventes são do Egito, onde proteções internas feitas de papiro processado eram
inseridas dentro do canal vaginal. As romanas utilizavam chumaços de lã macia. Na
Grécia, pedaços de pano envolviam gravetos de madeira que facilitavam a inserção. Na
Índia, introduziam fibras de vegetais e no Japão, pedaços de papel eram enrolados e
formavam um “canudinho” semelhante à versão atual dos absorventes internos.
Nessa época a menstruação era tratada por meio de uma visão negativa sobre o
processo natural das mulheres.
Idade média, 476 d.C à 1492: os tecidos e toalhinhas
Na Idade Média, as famosas “toalhinhas” eram colocadas sob as roupas íntimas,
lavadas e depois reutilizadas. Essa foi a primeira versão reutilizável de um método de
absorção. A parte negativa desse processo é que a lavagem das toalhinhas era realizada
sem sabão e com água que já havia sido usada para outras funções.
Século XIX e os primeiros absorventes para consumo
Até o início do século XIX, a evolução foi pouca. Os tecidos cortados, dobrados em
camadas e depois reutilizados ainda eram a opção mais higiênica disponível. Mas, por volta
de 1894, surgiram nos Estados Unidos registros dos primeiros absorventes desenhados
para consumo. Durante esse mesmo período, por volta de 1890, os primeiros
absorventes descartáveis já eram comercializados na Alemanha, feitos de bandagens e
vendidos em embalagens com seis unidades.
Século XX : Modess, Tampax e OB
Durante a primeira Guerra Mundial, enfermeiras perceberam o potencial de absorção
dos materiais utilizados para os soldados feridos, permitindo os primeiros esboços dos
absorventes como conhecemos hoje. Em 1930, no Brasil, a Modess foi a primeira linha de absorventes descartáveis a ser produzida no país. Em 1933, surgiram os absorventes internos comaplicador, o Tampax nos Estados Unidos e o OB na Alemanha, que significa “ohne binde”, em português “sem toalha”.
Século XXI: oi, calcinhas absorventes!
Atualmente, a percepção da menstruação como um ciclo natural, que vem se tornando
cada vez mais comum, impulsionou uma visão mais ampliada sobre os métodos de
absorção. Além disso, as mulheres passaram a enxergar com mais carinho o ciclo natural
do seu corpo, abrindo-se para entrar em contato com o sangue e mudar sua relação com
ele. Essa evolução movimentou a indústria e incentivou a criação de novas marcas, alternativas, pesquisas e desenvolvimento de tecidos tecnológicos para as calcinhas absorventes, como a da Pantys.