Amor & Sexo
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Por Geiza Martins


Sexo: química sexual existe? (Foto: Thinkstock) — Foto: Glamour
Sexo: química sexual existe? (Foto: Thinkstock) — Foto: Glamour

Tem aquela pessoa que te deixa doidinha. Qualquer toque dela aumenta o desejo sexual e te faz querer subir pelas paredes imediatamente e o sexo é simplesmente inexplicável. Geralmente, damos todo o crédito ao nosso parceiro. Quem aí nunca pensou com um sorriso grudado no rosto: “esse é bom de cama mesmo”? Será que vale ao menos uma amizade colorida? Mas saiba que, na verdade, a “culpa” não é do moço que sabe fazer maravilhas na hora H. Existe uma explicação mais científica para isso, a química sexual.

Sim, ela não é maneira de falar ou invenção da sua cabeça. Trata-se de um processo do organismo que envolve muitos feromônios e duas pessoas com uma forte atração uma pela outra. De acordo com a pscioteraputa Selma Alves, especialista em sexologia, as sensações e desejo sexual são sentidos no corpo humano, aflorados pelo hormônios sexuais, sendo a testosterona nos homens e o estrogênio nas mulheres. “É um processo cerebral”, explica Selma.

A mente é maravilhosa
O desejo sexual nada mais é do que um sinal de cérebro para interagirmos e reconhecermos a pessoa por quem sentimos tal sensação. “Os feromônios são substâncias químicas que são ativadas instintivamente ao contato com o outro através dos gestos, cheiro, beijo, causando então o desejo sexual”, afirma a psicoterapeuta.

E as reações do corpo vão desde nervosismo, descontrole da concentração, alteração da temperatura, vontades incontroláveis e até mesmo alteração do tom de voz. Claro, sentimos faíscas sexuais por algumas pessoas e outras não. Segundo Selma, para rolar a atração, é necessário que haja a identificação com o outro como “objeto” de prazer. E os sinais de desejo devem ser recíprocos.

Cheiro e sensibilidade
Sabe aquela história de que somos atraídos pelo nosso olfato? Pois ela também é verdade. “O cheiro da pessoa desejada funciona como um estimulante mexendo com o cérebro e com o corpo”, diz.

O processo é o seguinte: as moléculas exalam da pessoa, passam pelo nosso nariz e, quando entram em contato com o olfato, a informação é conduzida para o cérebro. Daí, as memórias e sensações se aglomeram. Então, é registrado no hipocampo (parte responsável pela nossa memória) a imagem do ser desejado e o cheiro deste passará a estar conectado com a imagem dele. A partir daí, toda vez que você vir a pessoa, sentirá a tal atração.

Dá para criar a química?
Não pense que toda essa magia do corpo não pode ser induzida, por ser algo que acontece do nada, como um comportamento selvagem. Muitos relacionamentos começam com outros tipos de sentimento, como afinidade e admiração. “Após uma relação sexual ou diversos contatos físicos não sexuais e/ou conversas que, por serem intensamente satisfatórios, podem causar a química entre as pessoas”, comenta.

De acordo com Selma, aspectos emocional, comportamental, mental e até mesmo espiritual podem, ao longo do tempo, possibilitar o surgimento da química ou apenas da compatibilidade sexual. “Este último fator é importante para a durabilidade das relações, pois o sexo é também aspecto importante para preservação da intimidade de um casal”, diz.

Ashton Kutcher e Natalie Portman em cena de "Sexo sem Compromisso" (Foto: Divulgação) — Foto: Glamour
Ashton Kutcher e Natalie Portman em cena de "Sexo sem Compromisso" (Foto: Divulgação) — Foto: Glamour

A química pode “desgastar”
É aquela velha história: nada como os primeiros meses de um relacionamento. A química é tão novidade para o casal que o sexo é praticado a todo momento. Mas, com o tempo, ela diminui e pode até acabar.

“Face ao êxtase deste sentimento, o consciente fica comprometido à medida que lidamos com os ‘defeitos e diferenças’ do parceiro. Se concluímos que não vale a pena investir no relacionamento, a química sexual reduzirá, podendo chegar ao seu fim.”

It’s just sex
Ter química sexual é padecer de uma sensação irresistível, é querer estar junto no sexo. Mas existem outros tipos de “químicas”, como a intelectual e a emocional, por exemplo. “A química refere-se sempre a um aspecto relacionado à afinidade”, explica. E são essas que precisamos sentir para ter um relacionamento com alguém.

O problema é quando confundimos a química sexual com a emocional e entramos na barca furada de um relacionamento que era para ser apenas sexual. Então, fica a dica: analise como vocês se comportam fora da cama. Pode ser que seja só sexo mesmo, ok?

Química sexual: Pode ser que seja só sexo mesmo, ok! (Foto: Shutterstock) — Foto: Glamour
Química sexual: Pode ser que seja só sexo mesmo, ok! (Foto: Shutterstock) — Foto: Glamour
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